<![CDATA[]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/ Sat, 27 Apr 2024 07:58:54 +0000 Zend_Feed http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss <![CDATA[Armazenamento adequado de silagem: Dicas de Manejo e Cuidados]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/armazenamento-adequado-de-silagem-dicas-de-manejo-e-cuidados/ O armazenamento adequado de silagem é fundamental para manter a sua qualidade nutricional e reduzir as perdas ao longo do tempo. Implementar práticas eficazes de manejo e cuidado pode garantir que a silagem permaneça em condições ideais para o consumo do gado. Vamos explorar detalhadamente algumas diretrizes essenciais para garantir um armazenamento eficiente da silagem:

Escolha do Local de Armazenamento:
Selecionar um local bem drenado é o primeiro passo para garantir a preservação da silagem. Áreas longe de alagamentos são preferíveis, pois a umidade pode comprometer a qualidade do produto.
Além disso, a acessibilidade do local é crucial para facilitar o manejo e a distribuição da silagem, reduzindo o tempo e o esforço necessários para essas atividades.

Preparação do Local:
Antes de iniciar o armazenamento da silagem, é importante preparar adequadamente o local. Isso envolve compactar e nivelar o solo para proporcionar uma base sólida para o silo.
Além disso, a área deve ser limpa de quaisquer objetos pontiagudos ou obstáculos que possam danificar a lona ou o plástico de cobertura, garantindo assim a integridade do armazenamento.

Escolha do Tipo de Estrutura de Armazenamento:
Existem diferentes tipos de estruturas de armazenamento de silagem, cada uma com suas vantagens e desvantagens. Os silos horizontais ou trincheiras são comuns e oferecem uma boa capacidade de compactação, sendo ideais para grandes quantidades.
Por outro lado, os silos verticais são uma opção para produtores com espaço limitado, podendo ser construídos de concreto, metal ou plástico, proporcionando flexibilidade de escolha de acordo com as necessidades do produtor.

Compactação Adequada:
A compactação da silagem é essencial para eliminar o máximo de ar possível, pois o oxigênio favorece o crescimento de fungos e bactérias, comprometendo a qualidade do produto.
O uso de tratores ou equipamentos de compactação é recomendado para garantir uma densidade uniforme em toda a pilha, otimizando assim o armazenamento.

Cobertura Adequada:
Para proteger a silagem da exposição ao ar e à chuva, é fundamental cobri-la com uma lona de plástico de alta qualidade. Essa cobertura deve ser pesada com pneus ou outro peso adequado para evitar que o vento a levante, garantindo a sua eficácia ao longo do tempo.

Monitoramento Regular:
É importante realizar inspeções periódicas na cobertura da silagem para garantir que não haja rasgos ou furos que permitam a entrada de ar, o que poderia comprometer a qualidade do produto.
Além disso, é essencial verificar sinais de deterioração, como mofo ou aquecimento, que podem indicar problemas de armazenamento e exigir ações corretivas imediatas.

Manuseio Durante a Retirada:
Ao retirar a silagem para alimentação do gado, é recomendável remover apenas a quantidade necessária para minimizar a exposição do restante, preservando assim a qualidade do produto.
Após cada retirada, a lona deve ser recolocada e pesada novamente para garantir a proteção adequada da silagem restante.

Higiene e Limpeza:
Manter a área de armazenamento limpa e livre de detritos é essencial para evitar a contaminação da silagem. Além disso, é importante limpar regularmente o equipamento utilizado no manuseio da silagem para prevenir a contaminação cruzada e garantir a segurança alimentar do gado.

Ao seguir essas diretrizes de manejo e cuidado, os produtores podem maximizar a qualidade e a durabilidade da silagem, garantindo uma fonte nutritiva e econômica de alimento para o gado durante todo o ano. O investimento inicial em práticas adequadas de armazenamento pode resultar em benefícios significativos a longo prazo, tanto em termos de qualidade do produto quanto de eficiência operacional. Portanto, é fundamental dedicar tempo e recursos para implementar essas medidas de forma adequada e consistente.

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Wed, 27 Mar 2024 10:38:27 +0000
<![CDATA[Recuperação de Pastagens Degradadas: O Papel Vital do Mix de Sementes de Leguminosas]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/recuperacao-de-pastagens-degradadas-o-papel-vital-do-mix-de-sementes-de-leguminosas/ A degradação das pastagens é um problema sério que afeta não apenas a produtividade agrícola, mas também a saúde dos ecossistemas e a sustentabilidade a longo prazo da agricultura. Felizmente, existe uma solução promissora para este desafio: o uso de mix de sementesde leguminosas para recuperar pastagens degradadas.

As pastagens degradadas são aquelas que perderam sua capacidade produtiva devido à compactação do solo, erosão, desmatamento, sobre pastoreio e uso inadequado de produtos químicos. Essas áreas de terra, antes ricas em biodiversidade e vida vegetal, muitas vezes se transformam em terras estéreis e improdutivas.

Introduzir um mix de sementes de leguminosas nessas áreas desgastadas pode trazer uma série de benefícios significativos. As leguminosas são conhecidas por sua capacidade de fixar nitrogênio atmosférico no solo, tornando-o mais fértil e nutritivo para as plantas circundantes. Além disso, muitas leguminosas têm raízes profundas que ajudam a melhorar a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e reduzindo a erosão.

Ao selecionar um mix de sementes de leguminosas para revitalizar áreas com pastagens degradadas, é importante considerar uma variedade de espécies que se adaptem às condições locais de solo e clima. Espécies com diferentes hábitos de crescimento e ciclos de vida podem ser combinadas para maximizar os benefícios da recuperação da pastagem.

Além dos benefícios agronômicos, a introdução de leguminosas em pastagens degradadas também pode ter impactos positivos no meio ambiente. Ao restaurar a fertilidade do solo e aumentar a cobertura vegetal, a recuperação das pastagens pode ajudar a mitigar a erosão do solo, melhorar a qualidade da água e promover a biodiversidade local.

No entanto, é importante ressaltar que a recuperação de pastagens degradadas através do uso de mix de sementes de leguminosas não é uma solução instantânea. Requer planejamento cuidadoso, monitoramento regular e práticas de manejo adequadas para garantir o sucesso a longo prazo. Além disso, é essencial envolver os agricultores e comunidades locais no processo, garantindo sua participação ativa e compromisso com a sustentabilidade a longo prazo.

Em resumo, o uso de mix de sementes de leguminosas para recuperar pastagens degradadas oferece uma abordagem holística e sustentável para enfrentar um dos maiores desafios da agricultura moderna. Ao restaurar a saúde do solo, aumentar a produtividade e promover a biodiversidade, esta prática não só beneficia os agricultores e suas comunidades, mas também contribui para a conservação dos recursos naturais e a sustentabilidade do nosso planeta.

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Wed, 13 Mar 2024 18:38:22 +0000
<![CDATA[Opções de forrageira para engorda na pecuária de corte]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/opcoes-de-forrageira-para-engorda-na-pecuaria-de-corte/

As forrageiras desempenham papel essencial na engorda de bovinos na pecuária de corte nacional. Gramíneas do gênero Brachiaria e Panicum, recentemente com sua denominação atualizada para Urochloa e Megathyrsus, respectivamente, são populares devido ao bom valor nutritivo, fácil cultivo e rusticidade. O Manejo adequado, levando em conta as particularidades de cada material, promove o ganho de peso eficiente e a sanidade do rebanho.

Visando auxiliar o pecuarista quanto a escolha do material mais adequado para o seu modelo de produção, comentaremos a respeito de alguns materiais já consagrados e outros que vem mostrando excelentes resultados a campo.

Capim Marandu (Brachiaria brizantha cv. Marandu):

É amplamente, se não o mais utilizado, na engorda de gado de corte no país, devido às suas características favoráveis, as quais destacam-se:

  • Bom Valor Nutricional: O capim Marandu possui bom teor de proteína e energia, fundamentais para o ganho de peso eficiente dos bovinos durante a engorda.
  • Resistência ao Pastejo: Essa variedade de Brachiaria é conhecida por sua capacidade de suportar o pastejo frequente e intenso, permitindo que os bovinos tenham acesso constante a um pasto de qualidade.
  • Crescimento e Produção: O Marandu tem um crescimento vigoroso e rápido, mesmos em solos de média fertilidade, permitindo a renovação constante da pastagem e garantindo oferta de forragem abundante para o rebanho. Recomendado para regiões não sujeitas a geadas e frio intenso.

 Capim BRS Piatã (Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã):

 É uma forrageira que deriva do Marandu, muitas vezes chamado de “Marandu melhorado”, é uma forragem valorizada na engorda de gado de corte por suas características específicas:

  • Boa Qualidade Nutricional: O capim BRS Piatã apresenta teor de proteína e energia significativamente altos, contribuindo para o ganho de peso eficiente e saudável do gado durante a fase de engorda.
  • Características estruturais e foliares: Por ser um material melhorado, apresenta maior digestibilidade por possuir menos fibras. Possui talos mais finos o que possibilita o aproveitamento dos mesmos pelos animais.
  • Resistência e Adaptabilidade: Essa variedade de Brachiaria é conhecida por sua adaptação a diferentes tipos de solo e condições climáticas. Apresenta maior velocidade de rebrote reduzindo o tempo de retorno dos animais a invernada.
  • Crescimento e Recuperação Rápidos: O BRS Piatã exibe um crescimento vigoroso e possui rápida capacidade de rebrota após o pastejo, assegurando uma oferta contínua de forragem de qualidade para o rebanho.

Essas características fazem do capim BRS Piatã uma escolha estratégica para pecuaristas que buscam eficiência na engorda de bovinos de corte, maximizando a produção de carne.

 Capim BRS Tamani (Panicum maximum cv. BRS Tamani):

É uma opção valiosa para a engorda de gado de corte, e também para as atividades de cria e recria, devido às seguintes características:

  • Alta Produtividade: O BRS Tamani apresenta excelente capacidade de produção de biomassa, fornecendo uma quantidade significativa de forragem de alta qualidade para sustentar o ganho de peso dos bovinos.
  • Qualidade Nutricional: Essa variedade de Panicum maximum possui excelente teor de nutrientes, incluindo proteína e energia, essenciais para promover o crescimento eficiente e saudável dos animais durante a engorda.
  • Adaptabilidade: O BRS Tamani é conhecido por sua adaptabilidade a diferentes tipos de solo e condições climáticas, porém com restrições quanto ao frio e solos de baixa fertilidade, o que o torna uma escolha viável em várias regiões, contribuindo para a produção sustentável de carne bovina.

Com suas características favoráveis, o capim BRS Tamani é uma alternativa promissora para otimizar a engorda do gado de corte, garantindo uma produção e de qualidade.

 Capim BRS Zuri (Panicum maximum cv. BRS Zuri):

Destaque também como opção de forrageira para equinos, oferece grandes vantagens para a engorda de gado de corte devido a as suas características, como:

  • Alto Valor Nutricional: O BRS Zuri possui teor elevado de proteína e nutrientes, promovendo o ganho de peso eficiente e saudável do gado durante a fase de engorda.
  • Crescimento e Cobertura: Essa variedade de Panicum maximum cresce vigorosamente, fornecendo uma cobertura densa de forragem, garantindo uma oferta contínua de alimento de qualidade e de alta digestibilidade para o rebanho.
  • Resistência e Durabilidade: O BRS Zuri é conhecido por sua resistência a pragas, doenças e adversidades climáticas, tolerando inclusive algum grau de umidade de solo, que as principais Brachiarias não suportam, assegurando a persistência da pastagem e a disponibilidade de forragem ao longo do tempo.

Com essas características benéficas, o capim BRS Zuri é uma escolha estratégica para pecuaristas que buscam maximizar a engorda do gado de corte de maneira eficiente e sustentável.

 Capim Mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça):

Embora seja um material mais antigo, continua sendo também uma excelente opção para a engorda de gado de corte devido às seguintes características:

  • Alto Teor Proteico: O capim Mombaça possui teor significativo de proteína, essencial para estimular o ganho de peso dos bovinos durante a engorda.
  • Crescimento Rápido e Volumoso: Essa variedade de Panicum maximum apresenta crescimento vigoroso e produz uma quantidade abundante de forragem, garantindo suprimento constante de alimento ao rebanho.
  • Qualidade Nutricional: O Mombaça oferece uma composição nutricional equilibrada, incluindo fibras e energia, contribuindo para o desenvolvimento saudável dos animais durante a fase de engorda.

Devido a essas características favoráveis, o capim Mombaça é uma escolha popular entre os pecuaristas que buscam maximizar a eficiência na engorda do gado de corte.

Essas forrageiras oferecem características distintas para a engorda de bovinos na pecuária de corte, permitindo aos pecuaristas escolher as melhores opções para suas necessidades e condições específicas. Consulte os nossos consultores de vendas para esclarecer as suas dúvidas a respeito.

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Tue, 15 Aug 2023 18:50:14 +0000
<![CDATA[Drible os Efeitos da Seca com a Pastagem Correta]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/drible-os-efeitos-da-seca-com-a-pastagem-correta/

O período de seca é uma das principais preocupações para os produtores rurais que dependem da pecuária e da produção animal como atividade principal ou não. Durante essa época, as pastagens naturalmente tendem a perder vigor e diminuir sua produtividade, resultando em escassez de alimentos para o gado. Para minimizar essa situação desafiadora, uma das opções mais eficazes é o plantio de sementes de pastagem, de espécies de gramíneas e/ou leguminosas especialmente adaptadas para resistir a condições adversas e fornecer uma fonte constante de alimento para o rebanho.

A seguir, conheça as características de algumas das forrageiras mais comuns e melhor adaptadas para enfrentar o período de seca:

A)           Brachiaria decumbens cv.  Basilisk:

 

É uma das espécies forrageiras mais populares em regiões tropicais. Ela se destaca por sua boa produtividade de forragem e adaptabilidade a diferentes tipos de solo. Além disso, essa forrageira demonstra resistência à seca, tornando-se uma escolha ideal para enfrentar os períodos de estiagem prolongada. A Brachiaria decumbens é conhecida por crescer vigorosamente mesmo em condições de baixa umidade, garantindo uma fonte constante de alimento para o gado durante a escassez de pasto.

B)           Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguas:

 

É uma cultivar específica de Brachiaria, que possui características promissoras para enfrentar o período de seca. Ela é valorizada por sua resistência a condições adversas, principalmente a seca. Essa variedade pode apresentar alta produtividade de forragem, fornecendo aos animais uma dieta nutricionalmente equilibrada, mesmo em períodos de escassez de alimentos. Além disso, a cultivar BRS paiaguas é adaptável a diferentes tipos de clima e solo, tornando-se uma opção viável para diversas regiões.

C)           Brachiaria híbrida Mavuno:

 

É um hibrido apomítico que pode oferecer vantagens significativas para enfrentar a seca. Ela pode apresentar maior produtividade de forragem, o que a torna uma opção interessante para maximizar o suprimento de alimento durante o período de escassez. O alto teor proteico e digestibilidade também sãos seus diferenciais. A resistência a pragas e doenças também é uma característica importante do Mavuno, reduzindo a necessidade de tratamentos químicos que podem ser afetados pela disponibilidade de água. Além disso, assim como outras Brachiarias o Mavuno tende a ser adaptável a diferentes condições de clima e solo, o que permite seu cultivo em várias regiões.

D)           Brachiaria humidicola cv. Llanero:

 

É especialmente conhecida por sua boa tolerância ao encharcamento, o que a torna a escolha ideal para enfrentar a seca em áreas onde períodos de inundação temporária são comuns. Ela pode resistir bem a solos encharcados e áreas úmidas, permitindo que continue seu crescimento mesmo durante a estação seca, quando outras espécies podem sofrer. Além disso, essa cultivar também pode apresentar produtividade de forragem satisfatória e adaptabilidade a diferentes tipos de solo, o que a torna uma opção valiosa para sistemas pecuários em regiões com recursos de solo limitados.

E)            Andropogon gayanus cv. Planaltina:

 

É uma opção promissora para enfrentar a seca, graças a sua alta resistência à estiagem prolongada. Essa variedade é conhecida por sua capacidade de se desenvolver bem em condições de baixa umidade, garantindo a disponibilidade de alimento para o gado durante a estação seca. Além disso, o cultivar Planaltina pode ser adaptado a diferentes tipos de solo, o que aumenta sua versatilidade para ser cultivado em várias regiões. Sua tolerância à seca e sua capacidade de produzir forragem de qualidade o tornam uma opção valiosa para garantir a alimentação do rebanho durante os períodos de escassez de pasto.

Em conclusão, o plantio de pastagens como a Brachiaria decumbens, Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguas, Brachiaria híbrida Mavuno, Brachiaria humidicola cv. Llanero e Andropogon gayanus cv. Planaltina pode ser uma estratégia eficaz para driblar o efeito da seca e garantir uma fonte constante de alimento para o gado durante os períodos de escassez de pasto. Essas variedades apresentam características específicas que as tornam adaptáveis a diferentes condições climáticas e de solo, oferecendo uma solução viável e sustentável para enfrentar os desafios impostos pela seca na pecuária

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Wed, 02 Aug 2023 17:20:47 +0000
<![CDATA[A Revolução da Irrigação: Descubra os Diferentes Tipos de Tubulação e Escolha a Melhor para o seu Projeto!"]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/a-revolucao-da-irrigacao-descubra-os-diferentes-tipos-de-tubulacao-e-escolha-a-melhor-para-o-seu-projeto/ Existem vários tipos de tubulação utilizados para sistemas de irrigação, cada um com suas características específicas. Aqui estão alguns dos tipos mais comuns:

  1. Tubos de PVC (Policloreto de Vinila): O PVC é amplamente utilizado na irrigação devido à sua durabilidade, baixo custo e facilidade de instalação. Os tubos de PVC são leves, não corrosivos e possuem uma variedade de diâmetros disponíveis. Eles são adequados para sistemas de baixa pressão, como irrigação por gotejamento ou aspersão em pequenas áreas.
  2. Tubos de polietileno (PE): Os tubos de PE são flexíveis e resistentes, tornando-os ideais para sistemas de irrigação enterrados. Eles são frequentemente usados em sistemas de aspersão, onde a tubulação precisa ser flexível para acompanhar o movimento dos aspersores. Os tubos de PE também são resistentes à corrosão e podem suportar altas pressões.
  3. Tubos de polipropileno (PP): O polipropileno é outro material popular para tubulação de irrigação. Os tubos de PP são leves, duráveis e resistentes a produtos químicos. Eles são adequados para sistemas de irrigação por aspersão, especialmente em áreas onde há exposição a produtos químicos agrícolas.
  4. Tubos de aço galvanizado: O aço galvanizado é usado em sistemas de irrigação de alta pressão, como pivôs centrais. Esses tubos são resistentes e duráveis, podendo suportar pressões significativas. No entanto, eles são mais pesados ​​e mais caros em comparação com outros tipos de tubos.
  5. Tubos de alumínio: Os tubos de alumínio são leves e resistentes à corrosão, tornando-os adequados para sistemas de irrigação portáteis, como sistemas de irrigação de carretel. Eles são fáceis de montar e desmontar, facilitando o transporte e a instalação.
  6. Tubos de ferro fundido: Os tubos de ferro fundido são fortes e duráveis, sendo usados principalmente em sistemas de irrigação de grande escala, como em fazendas ou áreas agrícolas extensas. Eles são resistentes a altas pressões e podem suportar o peso do solo sobre eles.

Esses são apenas alguns exemplos dos diferentes tipos de tubulação utilizados em sistemas de irrigação. A escolha do tipo de tubo depende das necessidades específicas do projeto, como pressão da água, tipo de irrigação, tamanho da área a ser irrigada, entre outros fatores. É importante considerar as características de cada tipo de tubo antes de selecionar o mais adequado para o sistema de irrigação desejado. Por isso, é importante entrar em contato com um especialista no assunto, para não gastar a mais do que precisa, entre em contato conosco que levamos o especialista para sua área de irrigação.

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Tue, 04 Jul 2023 11:06:26 +0000
<![CDATA[Mix de sementes, estratégia sustentável nas atividades agropecuárias]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/mix-de-sementes-estrategia-sustentavel-nas-atividades-agropecuarias/ A recuperação de áreas degradadas é um desafio ambiental de grande relevância, e a utilização de mix de sementes diversas e leguminosas tem se mostrado uma estratégia eficaz tanto no inverno quanto no verão. Essa prática traz uma série de vantagens, que vão desde a quebra do ciclo de pragas até a melhoria das características físico-químicas do solo. Além disso, optar pela empresa Galpão Centro-Oeste para aquisição desses mix representa a melhor escolha em termos de vantagens econômicas.

Uma das principais vantagens da utilização de mix de sementes diversas e leguminosas é a promoção da diversidade vegetal nas áreas degradadas. Ao combinar diferentes espécies vegetais em um único mix, é possível aumentar a resiliência do ecossistema, tornando-o mais resistente a condições adversas e estabelecendo um equilíbrio natural. Isso contribui diretamente para a recuperação da biodiversidade local, fornecendo habitat e alimento para uma variedade de organismos, incluindo aves, insetos e outros animais.

No que diz respeito à quebra do ciclo de pragas, a utilização de mix de sementes diversas desempenha um papel fundamental. Ao plantar uma mistura de espécies, é menos provável que pragas específicas encontrem um ambiente propício para se desenvolverem. Além disso, algumas leguminosas possuem a capacidade de fixar nitrogênio atmosférico no solo, o que reduz a necessidade de fertilizantes nitrogenados e contribui para a redução do uso de agrotóxicos, diminuindo os impactos negativos no meio ambiente.

Outro benefício relevante é a melhoria das características físico-químicas do solo. As leguminosas, por exemplo, têm a capacidade de melhorar a fertilidade do solo por meio da fixação biológica de nitrogênio, enriquecendo-o com esse nutriente essencial para o crescimento vegetal. Além disso, a diversidade de espécies presentes nos mixes promove a formação de uma cobertura vegetal densa, que ajuda a reduzir a erosão do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e evitando a compactação.

Ao escolher a empresa Galpão Centro-Oeste como opção para aquisição desses mix de sementes, há uma série de vantagens econômicas a serem consideradas. A empresa possui uma vasta experiência e conhecimento na produção e fornecimento de sementes de alta qualidade, com variedade e diversidade de espécies disponíveis. Isso garante que os clientes possam escolher os mixes mais adequados às suas necessidades específicas, levando em conta as condições do local a ser recuperado.

Além disso, a Galpão Centro-Oeste oferece um excelente custo-benefício, proporcionando produtos de qualidade a preços competitivos. A empresa se destaca pela sua ética de trabalho, compromisso com a sustentabilidade e excelência no atendimento ao cliente. Os mixes de sementes e leguminosas fornecidos pela empresa são testados e certificados, garantindo a eficácia e a confiabilidade dos produtos.

Em resumo, a utilização de mix de sementes diversas e leguminosas representa uma estratégia eficiente para a recuperação de áreas degradadas. Essa prática contribui para a quebra do ciclo de pragas, melhoria das características físico-químicas do solo e restauração da biodiversidade local. Ao optar pela empresa Galpão Centro-Oeste para aquisição desses mixes, os clientes podem desfrutar das vantagens econômicas proporcionadas pela qualidade dos produtos e pelo compromisso da empresa com a satisfação do cliente.

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Thu, 22 Jun 2023 16:08:05 +0000
<![CDATA[Ensiladeira, vale a pena o investimento?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/ensiladeira-vale-a-pena-o-investimento/ A ensiladeira é um equipamento utilizado na pecuária para cortar e picar plantas forrageiras, como capim, milho, sorgo, entre outros, e transformá-las em silagem. A silagem é um alimento importante na criação de gado, especialmente durante períodos de escassez de pastagens, como no inverno.

 

Existem algumas razões pelas quais você pode considerar a compra de uma ensiladeira:

 

1.            Alimentação do gado: Se você é um pecuarista, uma ensiladeira é essencial para produzir silagem de qualidade e garantir uma alimentação adequada para seus animais. A silagem é rica em nutrientes e pode ajudar a manter o gado saudável e produtivo.

2.            Autossuficiência na produção de alimentos: Ao ter uma ensiladeira, você pode produzir sua própria silagem, o que significa que você não precisa depender totalmente da compra de alimentos para o gado. Isso pode reduzir custos e fornecer uma fonte confiável de alimentação animal.

3.            Aproveitamento de safras excedentes: Se você tem uma grande quantidade de plantas forrageiras em sua propriedade e não consegue utilizar tudo para pastagem, uma ensiladeira permite aproveitar esses excedentes, cortando e picando as plantas para fazer silagem. Dessa forma, você evita desperdício e maximiza o uso dos recursos disponíveis.

4.            Conservação de alimentos: A ensilagem é um método de conservação de alimentos que permite armazenar as plantas forrageiras por um longo período de tempo sem que elas percam grande parte de seus nutrientes. Com uma ensiladeira, você pode preparar silagem de alta qualidade e armazená-la adequadamente para uso futuro.

5.            Aumento da eficiência do trabalho: Ao utilizar uma ensiladeira, você pode processar grandes quantidades de plantas forrageiras de forma rápida e eficiente. Isso economiza tempo e esforço em comparação com métodos manuais de corte e picagem.

 

É importante considerar o tamanho da sua propriedade, a quantidade de gado que você possui e suas necessidades específicas antes de comprar uma ensiladeira. Além disso, é recomendado obter treinamento adequado para operar a máquina com segurança e eficiência.

Na dúvida entre em contato com os nossos consultores de vendas para esclarecimentos. Nós, do Galpão Centro-Oeste, temos vários modelos de ensiladeiras disponíveis, cada um mais adequado para cada tipo de situação. Entre em contato conosco através dos nossos canais de venda.

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Fri, 09 Jun 2023 13:07:49 +0000
<![CDATA[Andropogon Gayanus com Estilosantes Campo Grande, opção para áreas secas e de baixa fertilidade]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/andropogon-gayanus-com-estilosantes-campo-grande-opcao-para-areas-secas-e-de-baixa-fertilidade/ O consórcio entre o capim Andropogon (Andropogon gayanus) e Estilosantes campo Grande (Mix de Stylosanthes capitata e Stylosanthes macrocephala) pode ser uma opção interessante, dependendo dos objetivos, das condições de solo e regime pluviométrico de onde se encontra a propriedade.

O Andropogon gayanus é uma gramínea forrageira perene que apresenta boa adaptação a solos de baixa fertilidade e tolerância ao pastejo. Considerando condições extremas, no que se refere as condições edafoclimáticas, ele apresenta produtividade e qualidade nutricional satisfatória, sendo uma opção para pastoreio em regiões tropicais e subtropicais.

O Estilosantes campo Grande, por sua vez, é uma leguminosa tropical que possui a capacidade de fixar nitrogênio atmosférico em simbiose com bactérias presentes em seus nódulos radiculares. Essa característica confere ao Estilosantes a capacidade de melhorar a fertilidade do solo e fornecer nutrientes para as plantas consorciadas com ele, como o Andropogon gayanus.

Ao consorciar essas duas espécies, você pode obter alguns benefícios, tais como:

1. Fixação de nitrogênio: O Estilosantes campo Grande contribui para o enriquecimento do solo com nitrogênio, reduzindo a necessidade de fertilizantes nitrogenados e melhorando a disponibilidade desse nutriente para o Andropogon gayanus.

2. Melhoria da qualidade da forragem: A presença do Estilosantes pode aumentar a qualidade nutricional da pastagem, uma vez que as leguminosas geralmente possuem teores mais elevados de proteínas e minerais do que as gramíneas.

3. Aumento da persistência do pasto: O consórcio com o Estilosantes pode auxiliar na manutenção e persistência do capim Andropogon ao longo do tempo, fornecendo nutrientes e contribuindo para o estabelecimento de um sistema mais equilibrado.

4. Melhoria da sustentabilidade: O uso de leguminosas em consórcio com gramíneas pode reduzir a dependência de fertilizantes químicos, resultando em um sistema mais sustentável e econômico a longo prazo.

No entanto, é importante considerar alguns pontos antes de realizar o consórcio:

1. Adaptação local: Verifique se essas espécies são adequadas ao clima, ao solo e às condições da sua região. Consulte especialistas, como agrônomos ou extensionistas rurais, para obter orientações específicas.

2. Manejo do pasto: O manejo adequado do pastejo é essencial para garantir um equilíbrio entre as duas espécies e evitar que uma delas se sobreponha à outra. Monitore o crescimento e a produção de cada espécie para ajustar a intensidade do pastejo, evitando a sobrecarga ou o subaproveitamento.

3. Infestação de plantas invasoras: Esteja atento à possível infestação de plantas invasoras no consórcio. Algumas espécies de capim podem ser mais suscetíveis a invasões de plantas indesejadas, o que pode exigir um manejo específico.

Como em qualquer decisão relacionada à agricultura ou pecuária, é recomendado buscar informações específicas para a sua região e consultar profissionais especializados, considerando as particularidades da sua propriedade e os seus objetivos de produção!

Nós do Galpão Centro-Oeste, estamos a disposição para tirar suas dúvidas e direcioná-lo ao que for mais adequado, pois há vários tipos de consórcios possíveis, cada um mais adequado a uma situação específica.

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Mon, 29 May 2023 04:00:43 +0000
<![CDATA[Irrigação, vale a pena investir?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/irrigacao-vale-a-pena-investir/ A irrigação é um aspecto fundamental para manter áreas verdes saudáveis ​​e bonitas, como jardins, gramados e paisagismo em condomínios, residências e embaixadas. A implementação de um projeto de irrigação eficiente nessas áreas pode proporcionar uma série de benefícios, tanto estéticos quanto econômicos.

Um projeto de irrigação adequado leva em consideração uma variedade de fatores, como o tamanho da área a ser irrigada, as características do solo, as necessidades hídricas das plantas e a disponibilidade de recursos hídricos. Aqui estão alguns pontos-chave a serem considerados em projetos de irrigação para condomínios, residências e embaixadas:

Planejamento e design: Um projeto de irrigação começa com um planejamento cuidadoso e um design bem elaborado. É importante analisar a topografia do local, mapear as áreas que precisam ser irrigadas e determinar as melhores fontes de água disponíveis. Um sistema de irrigação bem projetado leva em consideração a distribuição uniforme da água, minimizando o desperdício e garantindo que todas as plantas sejam atendidas de maneira adequada.

Seleção de equipamentos: Existem vários tipos de equipamentos de irrigação disponíveis, como aspersores, microaspersores, gotejadores e sistemas de irrigação por nebulização. A escolha do equipamento adequado depende das características do local, das necessidades das plantas e da eficiência desejada. Por exemplo, sistemas de gotejamento são ideais para áreas com plantas de raízes profundas, enquanto aspersores podem ser mais apropriados para gramados e grandes áreas.

Automação e controle: A automação dos sistemas de irrigação é uma tendência crescente, pois permite o controle preciso do tempo e da quantidade de água fornecida. A instalação de temporizadores, sensores de umidade do solo e controladores inteligentes pode ajudar a otimizar o uso da água, evitando o excesso de irrigação ou o desperdício.

Conservação da água: A conservação da água é uma preocupação global e deve ser levada em consideração em qualquer projeto de irrigação. A utilização de tecnologias de baixo consumo de água, como sistemas de gotejamento e irrigação por nebulização, pode ajudar a reduzir o desperdício. Além disso, a programação adequada do sistema, levando em conta fatores como o clima local e as necessidades das plantas, pode evitar a irrigação excessiva.

Manutenção e monitoramento: Um projeto de irrigação eficiente requer manutenção regular e monitoramento contínuo. Verificar vazamentos, reparar equipamentos danificados e ajustar a programação do sistema são ações essenciais para garantir um desempenho adequado ao longo do tempo. Além disso, monitorar o consumo de água e fazer ajustes conforme necessário pode contribuir para a sustentabilidade do projeto.

Ao implementar um projeto de irrigação em condomínios, residências ou embaixadas, é importante considerar tanto os aspectos práticos quanto os ambientais. Um sistema de irrigação bem projetado e mantido adequadamente pode contribuir para a valorização do ambiente, criar espaços mais aconchegante, agradáveis. Interessou pelo tema? Entre em contato conosco, que enviaremos um especialista até o seu imóvel para avaliar e fazer o orçamento. Fazemos orçamento do projeto de irrigação, implantação e material. Entre em contato conosco!

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Fri, 19 May 2023 19:02:51 +0000
<![CDATA[Venda Antecipada de Sementes para Pastagens 2023]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/venda-antecipada-de-sementes-para-pastagens-2023/

 

Há 13 anos de forma pioneira o Galpão Centro-Oeste oferece preços especiais e condições de pagamento facilitadas em suas compras antecipadas, garantindo de forma responsável suas sementes de capim na hora certa e em condições adequadas para o plantio. Está aberta a Campanha de Venda Antecipada de Sementes para Pastagens 2023!

Preços especiais, condições de pagamento facilitadas e a certeza de receber suas sementes de capim da safra 2022 na hora certa e em condições adequadas para o plantio. Está aberta a Campanha de Venda Antecipada de Sementes para Pastagens 2023!

A compra antecipada, além de garantir ao produtor rural suas sementes no momento certo, já que a entrega é programada com antecedência, pode representar economia real superior a 80% ou mais, quando comparamos os investimentos referentes a compra deste insumo no período de entressafra com os investimentos realizados durante a safra; isto devido a vários fatores como, por exemplo, a redução de oferta durante a safra associada a ocorrência de condições climatológicas desfavoráveis no período de granação das sementes ou na fase de colheita, como também pelo grande aumento na demanda por este insumo no período das águas o que acaba tendo como consequência o aumento de preços.

A dinâmica da campanha funciona da seguinte forma:

1) Tendo por base orientação técnica especializada, o produtor rural define o material ou materiais que irá implantar em sua propriedade, definindo inclusive os volumes de compra com base no padrão (revestidas ou convencionais) das sementes escolhidas e o tamanho da área a ser formada. Nossa equipe também está sempre à disposição para orientar e ajudar quanto as opções de capim mais adequadas para cada situação.

2) Formalização do pedido de compra e forma de pagamento negociada. O cliente receberá uma via por e-mail ou levará consigo caso a negociação seja realizada em nossa loja.

3) Emissão de Nota Fiscal de Simples Faturamento para Entrega Futura. A NF será enviada por e-mail ou, caso a compra seja realizada em nossa loja, será fornecida no ato da compra;

4) Concluída a negociação, é feita a reserva automática das sementes e inclusão na escala de entregas;

5) As remessas serão realizadas a partir da disponibilidade das sementes em estoque, prevista para a partir da segunda quinzena do mês de Agosto, conforme o(s) material (ais) adquirido(s). Nas compras cuja opção for a retirada em depósito, nossa equipe entrará em contato para informar a disponibilidade. Também é possível agendar precisamente a data que você prefere que suas sementes sejam despachadas, basta informar a data desejada a nossa equipe através de um de nossos canais.

6) No caso de remessas por transportadora, via aérea ou correios, enviaremos o código de rastreamento do pedido por e-mail ou por Whatsapp, para que acompanhe a evolução do seu pedido em tempo real.

7) Agora é só receber o seu pedido e verificar se  tudo está de acordo; caso verifique alguma discordância, não receba o produto e entre em contato conosco através do número 61 99955 8219 para maiores orientações, se tudo estiver de acordo, vamos a semeadura! Lembrando que o plantio só deve ser realizado em área previamente corrigida e preparada, úmida e com previsão de chuvas constantes.

Desta forma, além do considerável potencial de economia financeira e garantia de reserva das sementes desejadas, evita-se ainda os riscos consequentes do armazenamento precoce e muitas vezes inadequado das sementes, o que pode levar a perdas de até 100% do material, pensando-se em queda na germinação e também em roubo. Esta modalidade de negociação demonstra também a preocupação do Galpão Centro-Oeste em oferecer aos seus clientes condições para que diluam seus custos de produção, evitando a concentração de dívidas no período de plantio, proporcionando ainda, a melhor gestão do tempo, já que se antecipando nesta ação, sobra mais tempo para se dedicar a outras atividades na propriedade.

Economize, garanta agora mesmo suas sementes em Venda Antecipada de Sementes 2023! Qualidade, preço e as melhores condições você encontra aqui na Galpão!

Preços e condições ainda mais diferenciados para volumes a partir de 2.000 kg.

Em caso de dúvidas, cotações ou para maiores esclarecimentos, entre em contato através de um de nossos canais, 61 3436 0030, 61 98303 6970, 61 99955 8219 ou 61 98225 3031. Se preferir, envie um e-mail para atendimento@galpaocentrooeste.com.br

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Tue, 16 May 2023 01:20:15 +0000
<![CDATA[Irrigação por Aspersão em Pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/irrigacao-por-aspersao-em-pastagens/ A irrigação por aspersão em pastagens é uma técnica utilizada para fornecer água às plantas de forma uniforme em uma área ampla. Nessa técnica, a água é pulverizada em forma de chuva artificial sobre a pastagem, imitando o processo natural de chuva.
A irrigação por aspersão pode ser aplicada em pastagens de diversas espécies, como gramíneas e leguminosas, e é especialmente útil em regiões onde a pluviosidade é irregular ou insuficiente para manter o crescimento das plantas.
Uma das vantagens da irrigação por aspersão em pastagens é a possibilidade de ajustar a quantidade de água aplicada de acordo com as necessidades das plantas, evitando o desperdício e reduzindo o consumo de água. Além disso, a irrigação por aspersão pode contribuir para aumentar a produtividade da pastagem, uma vez que a água é um dos principais fatores limitantes para o crescimento das plantas.
No entanto, é importante destacar que a irrigação por aspersão em pastagens também apresenta desvantagens, como a possibilidade de compactação do solo devido ao impacto das gotas de água, o que pode prejudicar a infiltração e o armazenamento da água no solo. Além disso, a umidade excessiva pode favorecer o desenvolvimento de doenças e pragas nas plantas, o que pode comprometer a produtividade da pastagem.
Por fim, é importante ressaltar que a escolha da técnica de irrigação mais adequada para as pastagens depende de diversos fatores, como as características da região, as condições do solo e do clima, a espécie das plantas e as necessidades de água. É recomendável consultar um especialista em irrigação para avaliar a viabilidade e os melhores métodos de irrigação para a sua propriedade.
Ficou alguma dúvida? Entre em contato com a equipe do Galpão Centro-Oeste, teremos o maior prazer em esclarecê-las!

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Fri, 12 May 2023 02:19:36 +0000
<![CDATA[A cerca elétrica rural baixo investimento para segurança da sua propriedade]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/a-cerca-eletrica-rural-baixo-investimento-para-seguranca-da-sua-propriedade/

Cerca Elétrica RuralA cerca elétrica rural é um item indispensável para a contenção de animais em propriedades rurais. Além disso, ela é uma excelente opção para garantir a segurança do local, evitando invasões e roubos. Por isso, é importante escolher os melhores componentes para a instalação da cerca elétrica, e o Galpão Centro-Oeste se destaca como a melhor opção para o fornecimento destes itens.

O eletrificador rural é o componente principal da cerca elétrica rural, responsável por fornecer a energia elétrica necessária para a contenção dos animais. O Galpão Centro-Oeste oferece diversas opções de eletrificadores rurais, garantindo a escolha do modelo ideal para cada tipo de propriedade.

Os isoladores são outro componente importante da cerca elétrica rural, pois são responsáveis por isolar a energia elétrica da cerca, evitando que ela seja descarregada no solo. O Galpão Centro-Oeste oferece uma ampla variedade de isoladores, garantindo a escolha do modelo mais adequado para cada tipo de cerca elétrica.

A fita eletroplástica é um dos componentes mais utilizados na cerca elétrica rural, pois é resistente e possui boa condução elétrica. O Galpão Centro-Oeste oferece diversas opções de fita eletroplástica, garantindo a escolha do modelo mais adequado para cada tipo de cerca elétrica.

Além disso, o Galpão Centro-Oeste oferece outros componentes importantes para a instalação da cerca elétrica rural, como hastes de fixação, conectores e cabos elétricos. Todos os produtos são de alta qualidade e atendem às normas de segurança.

Em resumo, a cerca elétrica rural é um item indispensável para a contenção de animais e garantia da segurança da propriedade. Por isso, é importante escolher os melhores componentes para a instalação da cerca elétrica, e o Galpão Centro-Oeste se destaca como a melhor opção como fornecedor, oferecendo uma ampla variedade de produtos de alta qualidade e segurança.

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Sat, 06 May 2023 11:00:00 +0000
<![CDATA[A importância da adubação fosfatada na formação das pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/a-importancia-da-adubacao-fosfatada-na-formacao-das-pastagens1/

Adubação FosfatadaOs solos brasileiros são considerados de forma geral ácidos e mostram-se, geralmente, com baixa disponibilidade do elemento fósforo (P), um macronutriente essencial também para as forrageiras. A falta deste nutriente ocasiona a limitação quanto a plena formação da pastagem, já que sem ele a pastagem está sujeita a degradação mais acelerada, tem sua capacidade suporte (lotação) limitada, ocasionando a necessidade de renovação em um espaço curto de tempo. 

Por este e outros motivos, realiza-se a adubação fosfatada, a qual deve ser quantificada com base em análise prévia do solo, utilizando-se  fertilizantes ricos em fósforo que por consequência interferem na qualidade da formação, na qualidade da forragem e na produtividade do rebanho, ou seja, é um elemento fundamental para a formação de pastagens. 

Se a adubação fosfatada ainda for associada a sistemas de plantio direto, de rotação de culturas e de integração lavoura pecuária floresta (ILPF), ela promove ainda maiores ganhos em eficiência, contribuindo ainda para a sustentabilidade agropecuária. O elemento fósforo estimula o crescimento vigoroso das raízes, o que favorece na busca de água e de outros elementos essenciais que se encontram em profundidade no solo.

A adubação fosfatada portanto, sendo feita da forma correta, é extremamente benéfica não só pelo fornecimento do elemento fósforo, o qual, conforme o fertilizante utilizado, pode ser disponibilizado para a pastagem em sua totalidade, como também de forma parcial, ficando parte na solução do solo para liberação gradual, mas também por estruturar a planta no que se refere ao melhor desenvolvimento das raízes tornando a pastagem mais resistente a seca e com maior poder em extrair outros elementos do solo que a beneficiam de uma forma geral. 

E quais as formas possíveis de aplicação? Existem duas maneiras de realizar a aplicação: uma diretamente no sulco de plantio, e a outra a lanço que é feita geralmente após a correção do solo. 

No sulco as plantas apresentam um desenvolvimento radicular menor se comparado com a aplicação a lanço, justamente pela concentração do fósforo no sulco de plantio. o que terá como consequência uma resistência menor da pastagem a situações de déficit hídrico, já que a raiz se desenvolverá na região da linha de semeadura. este método tem como vantagem a redução no número de operações para formação da área já que é feita junto com a semeadura. 

A lanço o adubo fosfatado é incorporado na camada de 0 a 20 cm do solo, o que ajuda no desenvolvimento radicular da pastagem, tornando-a mais eficiente no que se refere a absorção de água e nutrientes. ou seja, com este método acontece uma uniformização na concentração de raízes graças às operações de preparo de solo como a aração, gradagem e nivelamento. 

Antes, é claro, da aplicação do fertilizante fosfatado, o produtor deve  definir qual o mais adequado a sua necessidade, isto com base em análise de solo e orientação técnica adequada. Dentre os mais diversos tipos, há o superfosfato simples, o superfosfato triplo, MAP, DAP, FH Pastagem Formação, dentre outros; que podem inclusive serem aplicados juntamente com as sementes resultando em economia, já que os procedimentos de adubação de plantio e semeadura tornam-se um só. 

Definindo e adquirindo o fertilizante mais adequado, é chegada a hora da aplicação, a qual deve ser feita antes da semeadura ou de forma conjunta, como já dito, e não posteriormente, pois dessa forma há prejuízos tanto no que se refere a um melhor aproveitamento do fertilizante quanto no que se refere ao desenvolvimento das plântulas, pois logo que emergem e desenvolvem sua radícula (primórdio das raízes), elas exigem uma quantidade maior de nutrientes, porque o sistema radicular está explorando um volume menor de solo, e se faltam nutrientes, consequentemente a pastagem pode ficar falhada, mal formada ou atrasar bastante a formação como um todo. 

Com um pasto bem formado, evita-se a degradação do solo e há ganho expressivo na produtividade. Recomenda-se avaliar de dois em dois anos, através de nova análise de solo, a necessidade de uma nova adubação fosfatada, a qual, havendo necessidade, deve ser sempre realizada no início das chuvas.

Conclui-se que a adubação fosfatada potencializa o sucesso na formação da pastagem, e que o acompanhamento dos teores deste elemento no solo é fundamental para a maior durabilidade do investimento realizado na área.

Ficou alguma dúvida? Entre em contato com a equipe do galpão centro-oeste, teremos o maior prazer em esclarecê-las! 

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Mon, 31 Oct 2022 21:35:00 +0000
<![CDATA[A importância do valor cultural (VC%) ou peso de mil sementes (PMS) na hora da compra de sementes de pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/a-importancia-do-valor-cultural-vc-ou-peso-de-mil-sementes-pms-na-hora-da-compra-de-sementes-de-pastagens/

SementesPara um bom plantio é preciso saber escolher bem as sementes, já que a qualidade das mesmas é o fator principal para o sucesso da formação, considerando condições ideais de plantio de uma forma geral. Sendo essencial portanto que o pecuarista busque sementes que apresentem alto grau de germinação e pureza.  Daí vem a importância do produtor saber o que é VC% (valor cultural) e PMS (peso de mil sementes), e como estes dois fatores são decisivos na tomada de decisão para a compra de sementes de pastagens.

O fator valor cultural é obtido a partir do produto da germinação e pureza, considerando a seguinte fórmula matemática: 

VC% = % DE GERMINAÇÃO X % DE PUREZA 

100

 

Para ilustrar, se temos um lote de sementes, cujo grau de pureza é igual a 95% e germinação de 85%, dados estes obtidos em laboratório através de procedimentos específicos, qual seria o valor cultural deste lote?

 

VC: 85%      X       95% = 80,75%

100

Se o valor cultural for baixo, o padrão de germinação e/ou pureza serão baixos. Já se apresentar um índice de pureza alto, será menor a quantidade de material inerte ou indesejáveis presentes nas sementes, como terra, torrão, palha, pedras e outros, é importante ter conhecimento do tipo de material inerte que compõem o “blend”, pois alguns podem ser foco de contaminação de pragas, como nematóides por exemplo, pragas de solo que atacam as raízes das plantas afetando consideravelmente sua produtividade. Além disto, pedras, terra e similares, interferem diretamente na pesagem do material, o que muitas vezes caracteriza sementes fraudadas. Ou seja, quanto maior a pureza do lote de semente, menor será a quantidade de materiais inertes ou indesejáveis. 

Um dado importante que deve ser levado em conta, é que sementes com baixo valor cultural sempre vão ter o valor financeiro por quilo menor do que uma semente com alto valor cultural. Justamente por que um lote de sementes com valor cultural de 50% tem menos sementes em sua composição do que um lote de sementes com valor cultural de 80%. O que interfere diretamente na taxa de semeadura recomendada, ou seja, um lote de sementes cujo valor por kg seja mais baixo, não é sinal de bom negócio, já que a taxa de semeadura recomendada certamente será maior e consequentemente o custo por hectare será também maior.

 

Já o PMS (peso de mil sementes) indica o peso de uma porção correspondente a 1000 sementes. A importância deste fator é que através dele é possível identificar a qualidade das sementes que se pretende adquirir, no sentido de conseguir saber ou pelo menos conseguir identificar no momento das cotações quais das sementes ofertadas possuem maior quantidade de semente por grama. O que afeta diretamente a taxa de semeadura que se irá adotar para a formação de determinada área, considerando é claro ainda outros fatores relacionados ao preparo de solo, relevo, região de plantio, condições climáticas e outros. 

Sendo assim o PMS define o volume de sementes a ser adquirido pelo produtor considerando o tamanho da área que será formada ou recuperada visando atingir uma população de plantas adequada para o fechamento rápido da mesma.Tanto superestimar como subestimar a taxa de semeadura a ser aplicada em uma determinada área pode levar o produtor a ter prejuízos tanto financeiros quanto na formação da área. 

Falando ainda em termos de qualidade, o PMS pode dar uma ideia da maturidade daquele lote, do estado de sanidade e se as plantas que geraram aquelas sementes eram sadias, conseguindo diferenciar a qualidade através do PMS.   

É importante destacar que o peso de mil sementes para brachiárias é diferente do PMS de sementes de panicuns, cynodons ou outros. Em resumo, na tomada de decisão, o PMS é referência somente na compra de materiais da mesma espécie. 

A grosso modo, quanto menor for o fator PMS, maior a quantidade de sementes por grama no lote avaliado, e consequentemente menor a taxa de semeadura a ser aplicada e menor o custo de formação por hectare. Fique atento, não compre gato por lebre! Fale com um de nossos especialistas, e adquira sementes com procedência e com termo de garantia (termo de análise, garantia de pureza e germinação).

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Mon, 03 Oct 2022 21:35:15 +0000
<![CDATA[Semeadura de Pastagens: Cuidados e Práticas]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/semeadura-de-pastagens-cuidados-e-praticas/
Semeadura de Pastagens: Cuidados e PráticasPreparar o solo é prática fundamental em qualquer atividade agropecuária, inclusive para a semeadura de pastagens. No entanto, antes de tudo, é preciso escolher qual a cultivar mais adequada; realizar a análise do solo para conhecer o estoque de nutrientes disponíveis para as plantas, além de se conhecer características específicas do solo; para a partir daí definir a necessidade de correção ou não de acidez da área, proceder com as práticas de aração, gradagem e de conservação do solo para se evitar perdas muitas vezes irreparáveis, e por último, a adubação de formação. Feito isso, chegou a hora da semeadura, que conforme a situação, pode também ser realizada juntamente com a adubação de formação, chamada também de adubação de plantio. 

O procedimento de semeadura é uma prática de suma importância na implantação de pastagens, e deve ser realizado a partir das primeiras chuvas, período que vai do início do mês de setembro até março, conforme a região. Fazer a semeadura neste período é primordial, pelo grau de umidade do solo, fundamental para a germinação das sementes, e consequentemente a rápida formação da pastagem. Por isso é de grande importância a introdução correta de práticas conservacionistas na área, como plantio em curva de nível, construção de terraços e outros, visando desta forma reduzir as perdas de solo por erosão e antecipar a utilização da pastagem. 

A título de curiosidade, uma outra prática que pode ser adotada, conforme a situação, pensando-se em evitar a ocorrência de processos erosivos, é realizar a semeadura no final do período chuvoso, em que acontece o crescimento inicial da pastagem e sua formação se completará no início das chuvas seguintes, fazendo com que o solo seja coberto rapidamente, evitando a erosão. No entanto, esta é uma possibilidade que deve ser cuidadosamente avaliada, pois conforme o caso, talvez seja interessante ter disponível um sistema de irrigação.

Um passo importante, é mensurar a taxa de semeadura para que se tenha conhecimento da quantidade de sementes que serão utilizadas. Isso é determinado pelo valor cultural (VC%) das sementes, sendo o fator proveniente do produto do grau de pureza versus o grau de germinação dividido por 100. E a quantidade de sementes que será distribuída por hectare está relacionada a este valor cultural e pela espécie que será implementada no local.  

 

MÉTODOS DE DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES 

Existem algumas formas de distribuição de sementes que podem ser adotadas na semeadura de pastagens. Não importa qual dos métodos abaixo será utilizado, o essencial é que as sementes sejam distribuídas de forma uniforme por toda a área. 

A lanço:

A distribuição a lanço é a mais usada atualmente. Para este tipo de distribuição, utilizam-se adubadeiras e equipamentos similares, mas também é preciso pensar na cobertura das sementes que é feita com rolo compactador ou grade (utilizada fechada para não cobrir as sementes exageradamente). 

Com essa distribuição é mais difícil que profundidades superiores a 5 cm sejam atingidas, destacando que para gramíneas, o ideal é que a profundidade de cobertura fique em torno de 1 cm a 3 cm, conforme a espécie. E é sempre importante manter a caixa de distribuição cheia para que ao final da área não tenha sido distribuído apenas o material inerte, considerado mais leve, pensando-se em sementes convencionais. Quando são sementes revestidas, misturadas a fertilizantes em pó fosfatado, também é recomendado trabalhar com a caixa cheia.

Aérea:

A distribuição aérea de sementes é realizada por intermédio do uso de aviões agrícolas, sendo uma prática recomendada principalmente para áreas mais extensas, recém abertas ou que apresentam dificuldades em entrar com maquinários agrícolas. Também pode ser realizada através do uso de drones, método mais barato, porém exige uma equipe mais capacitada. 

Este método tem um elevado rendimento operacional, porém exige um bom planejamento quanto às operações de incorporação das espécies quando for viável, pois na maioria das situações que este tipo de semeadura ocorre, geralmente as cinzas originadas da queimada da área recém aberta se incumbem da cobertura das sementes com o auxílio das chuvas

Em um dia é possível semear áreas de 500 hectares ou mais. Mas como normalmente, não é feita a cobertura das sementes, é preciso aplicar uma quantidade maior de sementes para minimizar os riscos de não formação, geralmente o aumento da taxa de semeadura pode variar de 50% a 80% sobre a taxa de semeadura padrão. É recomendado também usar sementes puras, de preferência tratadas com polímeros, fungicidas e inseticidas. 

O que auxilia no fechamento mais rápido da pastagem é o processo de escarificação química/mecânica, utilizado para aumentar a absorção de água e reduzir a dormência, principalmente no caso de espécies com dormência natural muito alta, como a Brachiaria humidicola cv. LlaneroBrachiaria humidicola cv. Humidicola e Grama Batatais.

CONTROLE DE ERVAS DANINHAS:

Após realizar a semeadura das pastagens, é preciso ficar atento às ervas daninhas, pois elas podem prejudicar todo o trabalho que foi realizado, causando prejuízos, como a redução da capacidade de suporte da pastagem. Abaixo citamos quatro métodos para controlá-las:

 

Preventivo: 

O controle preventivo é a junção de diferentes práticas que tem o intuito de evitar a introdução, o desenvolvimento e a disseminação de ervas daninhas em áreas que não foram infestadas. Uma destas práticas é comprar sementes de qualidade, com termo de análise, garantia de pureza e germinação. 

 

Cultural:

O controle cultural é uma prática que ajuda a forrageira a se ajustar do melhor jeito na área, o que favorece o seu desenvolvimento. Nesta prática, é possível citar o uso de sementes fiscalizadas de qualidade, de forrageira que se adequa nas condições da região em que será utilizada e no manejo correto da pastagem. 

 

Mecânico/Físico: 

O controle mecânico mais usado é o uso da roçagem, podendo ser feita de forma mecânica com roçadeira, manual, foice ou facão. Mas o equipamento que será utilizado dependerá do tamanho da área e do tipo de erva daninha presente. Lembrando que este método não é totalmente eficaz, porque elimina apenas a parte de cima da planta, enquanto a raiz continua lá.    

 

Químico:

No controle químico é imprescindível o uso de herbicidas, mas desde que tenha seletividade para a forrageira, deixando que ela se desenvolva normalmente e sem prejuízo ao rendimento. E como ter ervas daninhas em pastagens é normal, acaba sendo comum usar a mistura de herbicidas com ingredientes ativos diferentes, para que seja possível controlar diversas plantas invasoras. 

 

Esperamos que após todas estas recomendações, a sua semeadura de pastagens seja realizada da melhor forma possível e livre de ervas daninhas. E o melhor é que tanto as sementes quanto os corretivos, fertilizantes e maquinários necessários para uma formação de pastagem de sucesso, você encontra aqui na Galpão Centro-Oeste.

 

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Fri, 16 Sep 2022 21:35:00 +0000
<![CDATA[Feijão Guandu: Opção para recuperação de pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/feijao-guandu-opcao-para-recuperacao-de-pastagens/

Feijão Guandu O feijão guandu (Cajanus cajan) é uma leguminosa arbustiva e tem grande importância para os produtores que a cultivam. Originária da Ásia Tropical, foi trazida para o Brasil durante o período da escravidão. 

Essa leguminosa está presente em diversas partes do país, como Minas Gerais, Bahia, Goiás e Piauí, graças ao seu fácil manejo, implantação e à alta adaptabilidade. Sendo uma importante fonte de proteína, destacando-se tanto na alimentação humana quanto na alimentação animal quando pensasse em forragem para engorda e visando a maior produção de leite, além de sua importante função como adubo verde. 

Como adubo verde, o feijão guandu é aproveitado graças aos resíduos que os animais não consomem. Ele é roçado e colocado sobre a superfície das pastagens disponibilizando mais de 200 kg/ha de nitrogênio (N) ao solo e consequentemente à pastagem ali instalada, que em consórcio com o feijão guandu tem seu teor proteico aumentado. Além disso, o próprio feijão guandu é uma forragem que apresenta alto teor proteico e boa palatabilidade, o que corrobora também para uma melhor nutrição animal.

PARA PASTO DEGRADADO 

Um dos problemas enfrentados pela pecuária brasileira é a degradação de pastagens, comprometendo a sustentabilidade dos sistemas pastoris, com graves prejuízos econômicos, ambientais e sociais, e é aqui que o feijão guandu entra em ação para ajudar na recuperação destas áreas. 

Para realizar a recuperação de uma pastagem degradada com o feijão guandu, sendo usado como adubo verde, o produtor precisa realizar uma análise do solo e verificar a necessidade de correção coletando uma amostra do solo com uma sonda. Após a verificação, é preciso corrigir o solo com calcário (calagem) para que se atinja 70% de saturação de bases entre os meses de maio e agosto. 

Já no período das águas, é realizada a roçada deixando a pastagem com 10 cm de altura. Após isso, é chegada a hora de semear o guandu através do sistema de plantio direto feito com adubação de correção recomendada com base na análise de solo, o que dispensa a adubação nitrogenada,que o guandu tem a capacidade de fixar o nitrogênio da atmosfera no solo

E a semeadura tem que acontecer no início da estação chuvosa até a primeira quinzena de janeiro, sendo realizada com espaço entre 40 cm e 1 metro, ou seja, com aproximadamente 10 plantas por metro linear e com profundidade de 2 a 5 cm. 

Depois de 65 a 80 dias, a pastagem pode ser usada para o primeiro pastejo. Assim, os animais são colocados na área de pastejo, mas só se alimentarão na época seca, quando acontece o florescimento e formação dos frutos. Utilizando apenas suplemento mineral, já que a leguminosa apresenta de 18% a 20% de proteína bruta.

E depois de um ano que o feijão guandu foi plantado, tem que ser roçado e o material restante ficará sobre a superfície, funcionando como adubo verde. Ou seja, o feijão guandu pode ser utilizado para substituir ao menos em parte os fertilizantes em áreas de pasto degradadas, trazendo um ótimo resultado!

Em nosso site é possível encontrar diversas opções de Feijão Guanducomo o Feijão Guandu Super N, Feijão Guandu Anão (lapar 43), Feijão Guandu Fava Larga e Feijão Guandu BRS MandarimFaça-nos uma visita!

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Fri, 09 Sep 2022 21:35:15 +0000
<![CDATA[Ensiladeiras - Dicas de Uso e Conservação ]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/ensiladeiras-dicas-de-uso-e-conservacao/ Ensiladeiras - Dicas de uso e conservação

Ensiladeiras são máquinas agrícolas que têm papel fundamental na pecuária por serem responsáveis pela produção de silagem, seja de capim, milho ou sorgo, pensando principalmente no período seco ou no inverno, onde a oferta de pastagem é bastante reduzida. Além destes equipamentos ajudarem a garantir alimento de qualidade, reduzindo os custos com ração e consequentemente auxiliando na produtividade do rebanho. 

Contribui para a manutenção do valor nutritivo da forragem ensilada, além das recomendações técnicas relacionadas diretamente ao acondicionamento e ao processo de transformação do material, como também na regulagem e manutenção adequada da ensiladeira, fundamental para a produção da silagem em cortes precisos e definidos conforme cada situação.

PRINCIPAIS MARCAS 

No mercado, atualmente, existem inúmeros tipos de ensiladeiras e de diversas marcas. Algumas mais potentes apresentando resistência no momento de picar e durabilidade, já outras menos potentes, mas que trabalham com precisão e corte uniforme, sendo cada uma indicada para um tipo de forragem. Em resumo, a melhor é aquela que se adequa aos objetivos do produtor rural.

E na Galpão Centro-Oeste, você encontra algumas das melhores marcas nacionais. Como a Nogueira, presente no mercado de máquinas voltadas à produção de silagem, ração e outros desde 1957, e outras também de renome nacional, como a Maqtron, Trapp e Garden. 

 

DICAS

Para utilizar a ensiladeira é preciso seguir algumas dicas para que tudo ocorra do jeito certo, pensando em obter uma silagem de qualidade e minimizar perdas. 

  • Operação e funcionamento:

Para realizar a operação da ensiladeira é preciso fazer alguns reparos e: 

  • Ver se o motor está em rotação máxima para começar a usar, porque caso a velocidade não esteja adequada, pode causar embuchamento do material e assim, parar o processo e ter que reiniciar novamente a operação; 

  • Se o sentido de rotação está correto;

  • Caso o motor da ensiladeira for abastecido com diesel ou gasolina, aguarde alguns minutos até que a temperatura do equipamento se estabilize;

  • Alimentar a ensiladeira constantemente e sempre em feixes, um sempre no final do outro. Fazendo com que aumente a eficiência e o funcionamento do equipamento.  

  • Tamanho de Corte:

Para decidir o tamanho do corte dependerá de qual será o destino final da silagem. Se for para alimentação do gado, é preferível deixá-la maior para que ocorra facilidade na hora de ingestão. Se for para armazenamento, a preferência é que ela seja menor, porque faz com que haja maior compactação, ou seja, com uma menor quantidade de espaço vazio, a quantidade de ar e oxigênio serão menores, resultando na diminuição da velocidade na fermentação. Sendo muito importante manter a uniformidade independente para que o seja usada. 

 

  • Regulagem: 

A regulagem da ensiladeira dependerá daquela que foi escolhida na hora da compra, mas há pontos importantes para serem seguidos. Cada máquina agrícola possui um conjunto, e dependendo de como forem montados, o corte vai ter um tamanho específico. O tamanho está relacionado com velocidade das facas e da alimentação, ou seja, se a velocidade for maior, o corte será menor. 

E todas as vezes que acontecer uma modificação no equipamento, é bom realizar um teste com pelo menos 10 metros de feixe. Depois da alimentação e corte do feixe de teste, é preciso desligá-lo e checar se o material cortado está dentro do tamanho e na uniformidade esperada. 

 

  • Manutenção: 

Uma vez na semana é interessante verificar as condições de uso e tensionamento de todas as correias da ensiladeira. Além de checar, a lubrificação e trocá-la após 50 horas iniciais de utilização do equipamento e após isso, com uma frequência de 300 horas de trabalho. Já o óleo deve ser conferido regularmente. 

Caso algumas das facas estejam danificadas, é recomendado substituir o jogo inteiro, para não dar problema no balanceamento e nas vibrações da ensiladeira. 

  • Segurança: 

E por último e não menos importante, é necessário falar da segurança para a utilização por ser considerada uma máquina perigosa. Então é essencial: 

  • Manter longe do alcance de pessoas estranhas e crianças; 

  • Aterrar o equipamento e efetuar o devido dimensionamento dos cabos e rede elétrica;

  • Utilizar equipamentos de segurança, como óculos; 

  • Para realizar manutenção ou regulagem, desligue o equipamento da energia e espere para mexer já que a lâmina continua funcionando por um tempo;   

  • Equipamentos a base de gasolina ou diesel devem ser mantidos em ambientes com ventilação. 

 

Mas atente-se, algumas destas dicas passadas neste artigo podem sofrer alterações em relação à ensiladeira escolhida. Por isso é muito importante checar também as informações presentes no manual de instruções. 

 

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Wed, 31 Aug 2022 21:35:15 +0000
<![CDATA[A nova cultivar de capim para solo brasileiro]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/a-nova-cultivar-de-capim-para-solo-brasileiro/ A nova cultivar de capim para solo brasileiroA Embrapa desenvolveu uma nova cultivar de capim, Brachiaria ruziziensis ou Urochloa ruziziensis, mais adaptada às condições de solo e clima brasileiros. Esta nova cultivar recebeu o nome de BRS Integra, bem adaptada ao sistema ILPF (integração lavoura, pecuária e florestas). 

De acordo com Fausto Souza Sobrinho, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, a BRS Integra apresenta maior produção de forragem na entressafra, quando o capim está solteiro na área. E como é indicado para a integração lavoura, pecuária e florestas, a cultivar auxilia no aumento da produtividade do sistema. 

O pesquisador coloca ainda em destaque, considerando a cultivar Kennedy, que embora bem adaptada a várias regiões do país, sua produção de massa também é inferior quando comparada a de outros cultivares do gênero braquiária, como também da espécie Brachiaria decumbens.

Até o desenvolvimento e lançamento da cultivar BRS Integra, a única cultivar de Brachiaria ruziziensis disponível no mercado era a cv. Kennedy, que embora seja originária da África, como alguns outros capins amplamente utilizados no país e já bem adaptados, acabou ficando em desvantagem em relação ao novo material justamente pelo mesmo ter sido desenvolvido considerando as características edafoclimáticas brasileiras. 

A cultivar desenvolvida pela Embrapa, consegue ter 20% a mais de forragem em relação a cv. Kennedy. Além de ter uma alta produtividade no inverno e poder ser utilizada como forragem para alimentar o gado na entressafra e também, como palhada para o próximo plantio. 

TESTES COM A NOVA CULTIVAR  

Inicialmente, a BRS Integra foi validada para ser utilizada no bioma Mata Atlântica. Mas foram realizados testes desta cultivar e da Kennedy na cidade de Coronel Pacheco, em Minas Gerais, no campo da Embrapa entre dezembro de 2017 e novembro de 2019. 

Neste teste foi possível perceber que as duas (Integra e Kennedy) têm potenciais produtivos semelhantes em relação aos meses de chuva (entre novembro e abril). Mas a diferença apareceu nos meses de maio a agosto, por serem épocas mais secas. Durante este período, a Integra obteve 4.561 kg/ha de média de massa seca de forragem, enquanto a Kennedy teve 3.785 kg/ha. 

A Integra se destacou também em massa de folhas com 1.837 kg/ha contra 1.352 kg/ha da Kennedy. Obtendo uma diferença a favor da BRS de 20,5% e de 35,8%, respectivamente. 

O outro teste realizado foi no Cerrado e os resultados obtidos não decepcionaram, mantendo-se na faixa esperada. Neste teste foram utilizados quatro tipos de cultivar: BRS Integra, cv. Kennedy, Piatã e Panicum Quênia, sendo que cada uma foi plantada em profundidades diferentes, 0, 3, 6 e 9 cm. 

Da BRS Integra, Kennedy e Piatã foram semeadas na linha 50 sementes puras viáveis por metro, já a do Quênia, 100. A semeadura aconteceu em 3 de junho de 2021 e a contagem das plantas foi realizada após 23 dias. Com as diferentes profundidades, a Integra teve 51% de plantas estabelecidas, a Kennedy 43%, Piatã 41% e Quênia 23%.  

 

CULTIVO BRS INTEGRA 

A BRS Integra apresenta colmos finos e alta taxa de perfilhamento basal e axilar (perfilhos aéreos), consideradas de porte médio com altura de 80 a 110 cm, têm um crescimento ereto e boa capacidade de cobertura do solo. As folhas apresentam o terço final arqueado com 25 cm de comprimento e 1,5 cm de largura. 

Entre os meses de fevereiro e março acontece o florescimento, já nos meses de abril e maio ocorre a maturação das sementes. A Integra pode ser plantada desde o nível do mar até 1.800 metros de altitude. 

Se for usada para formação de pasto, o solo precisa ser preparado de forma convencional realizando arações e gradagens. Além de dar atenção especial no controle de plantas daninhas na semeadura para não comprometer a pastagem. 

  • Calagem: 

Realizada com uma antecedência de 60 dias em relação a data em que ocorre a semeadura.  

  • Adubação de estabelecimento ou plantio: 

Acontece através dos resultados da análise de solo. Em relação às condições tropicais, a fertilidade do solo está relacionada aos baixos teores de fósforo e acidez do solo, sendo recomendado aplicar adubação fosfatada. 

  • Adubação de manutenção/cobertura: 

Acontece 60 dias depois da semeadura. As adubações acontecem no decorrer da estação das águas, quando as condições de umidade do solo forem favoráveis. 

  • Semeadura: 

Pode ser feito com máquinas, com lanço utilizando sementes entre 2 a 10 kg/ha de sementes puras viáveis. A semeadura direta visa apenas a produção de palhada e usa uma quantidade menor de semente, enquanto, a lanço usa uma maior quantidade de semente.  

  • Cigarrinha-das-pastagens: 

A cultivar BRS Integra é propensa a cigarrinha-das-pastagens, como a Kennedy. 

 

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Thu, 18 Aug 2022 21:35:00 +0000
<![CDATA[Venda Antecipada de Sementes para Pastagens 2022]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/venda-antecipada-de-sementes-para-pastagens-2022/ Pastagem GadoHá 12 anos de forma pioneira o Galpão Centro-Oeste oferece preços especiais e condições de pagamento facilitadas em suas compras antecipadas, garantindo de forma responsável suas sementes de capim na hora certa e em condições adequadas para o plantio. Está aberta a Campanha de Venda Antecipada de Sementes para Pastagens 2022!

Preços especiais, condições de pagamento facilitadas e a certeza de receber suas sementes de capim da safra 2022 na hora certa e em condições adequadas para o plantio. Está aberta a Campanha de Venda Antecipada de Sementes para Pastagens 2022!

A compra antecipada, além de garantir ao produtor rural suas sementes no momento certo, já que a entrega é programada com antecedência, pode representar economia real superior a 60%, quando comparamos os investimentos referentes a compra deste insumo no período de entressafra com os investimentos realizados durante a safra; isto devido a vários fatores como, por exemplo, a redução de oferta durante a safra associada a ocorrência de condições climatológicas desfavoráveis no período de granação das sementes ou na fase de colheita, como também pelo grande aumento na demanda por este insumo no período das águas o que acaba tendo como consequência o aumento de preços.

A dinâmica da promoção funciona da seguinte forma:

1) Tendo por base orientação técnica especializada, o produtor rural define o material ou materiais que irá implantar em sua propriedade, definindo inclusive os volumes de compra com base no padrão (revestidas ou convencionais) das sementes escolhidas e o tamanho da área a ser formada. Nossa equipe também está sempre à disposição para orientar e ajudar quanto as opções de capim mais adequadas para cada situação.

2) Formalização do pedido de compra e forma de pagamento negociada. O cliente receberá uma via por e-mail ou levará consigo caso a negociação seja realizada em nossa loja.

3) Emissão de Nota Fiscal de Simples Faturamento para Entrega Futura. A NF será enviada por e-mail ou, caso a compra seja realizada em nossa loja, será fornecida no ato da compra;

4) Concluída a negociação, é feita a reserva automática das sementes e inclusão na escala de entregas;

5) As remessas serão realizadas a partir da disponibilidade das sementes em estoque, prevista para a partir da segunda quinzena do mês de Agosto, conforme o(s) material (ais) adquirido(s). Nas compras cuja opção for a retirada em depósito, nossa equipe entrará em contato para informar a disponibilidade. Também é possível agendar precisamente a data que você prefere que suas sementes sejam despachadas, basta informar a data desejada a nossa equipe através de um de nossos canais.

6) No caso de remessas por transportadora, via aérea ou correios, enviaremos o código de rastreamento do pedido por e-mail ou por Whatsapp, para que acompanhe a evolução do seu pedido em tempo real.

7) Agora é só receber o seu pedido e verificar se tudo está de acordo; caso verifique alguma discordância, não receba o produto e entre em contato conosco através do número 61 99955 8219 para maiores orientações, se tudo estiver de acordo, vamos a semeadura! Lembrando que o plantio só deve ser realizado em área previamente corrigida e preparada, úmida e com previsão de chuvas constantes.

Pasto GadoDesta forma, além do considerável potencial de economia financeira e garantia de reserva das sementes desejadas, evita-se ainda os riscos consequentes do armazenamento precoce e muitas vezes inadequado das sementes, o que pode levar a perdas de até 100% do material, pensando-se em queda na germinação e também em roubo. Esta modalidade de negociação demonstra também a preocupação do Galpão Centro-Oeste em oferecer aos seus clientes condições para que diluam seus custos de produção, evitando a concentração de dívidas no período de plantio, proporcionando ainda, a melhor gestão do tempo, já que se antecipando nesta ação, sobra mais tempo para se dedicar a outras atividades na propriedade.

Economize, garanta agora mesmo suas sementes em Venda Antecipada de Sementes 2022! Qualidade, preço e as melhores condições você encontra aqui na Galpão!

Preços e condições ainda mais diferenciados para volumes a partir de 2.000 kg.

Em caso de dúvidas, cotações ou para maiores esclarecimentos, entre em contato através de um de nossos canais, 61 3436 0030, 61 98303 6970, 61 99955 8219 ou 61 98225 3031. Se preferir, envie um e-mail para atendimento@galpaocentrooeste.com.br

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Wed, 27 Apr 2022 03:31:57 +0000
<![CDATA[Grama Esmeralda: Dicas de Cultivo e Manutenção]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/grama-esmeralda-dicas-de-cultivo-e-manutencao/ Grama EsmeraldaA grama esmeralda não é conhecida por outro nome, embora, internacionalmente, também seja chamada de Wild Zoysia (Zysia selvagem), tendo como nome científico Zoysia japonica. A espécie é uma das mais conhecidas e com maior fluxo de comercialização no mercado. Apresenta boa relação custo-benefício e se adapta a diversos tipos de clima. Por isso, pode ser encontrada em todas as regiões do Brasil.

A escolha da espécie ideal para a formação de um gramado deve levar em consideração alguns aspectos fundamentais a cada situação, como a finalidade do plantio, características edafoclimáticas (clima e solo) da região, relevo, exposição da área ao sol (sombreamento), umidade do solo, dentre outros.

A quantidade de podas, rega e manutenção geral, são aspectos que variam muito conforme o gramado e também devem ser considerados na hora da escolha do gramado.

Pensando nisso, descrevemos algumas das principais características da grama esmeralda, para que você conheça um pouco mais sobre este gramado e acerte na escolha.

Características da planta

A grama esmeralda é originária do Japão, é perene e muito ramificada. Por estas características, é a escolha de muitos paisagistas e produtores. A altura chega até 15cm, apresenta folhas estreitas e pequenas, que ficam dispostas em hastes curtas e densas. Possui crescimento rápido, com cor verde intensa, que é intensificada quando o solo é adubado.

Uma de suas principais características é a rusticidade, que favoreceu sua rápida disseminação pelo Brasil. É uma grama resistente, com folhas estreitas, com tamanho médio, sem pilosidade e grande número de estolões (caules subterrâneos). Adapta-se a diversos tipos de solos e topografia e demanda baixa manutenção. Apresenta boa resistência ao pisoteio e alta capacidade de se restabelecer. No entanto, necessita de um solo com boa fertilidade e por isso também é exigente em irrigação. Uma das suas principais características é apresentar resistência a pragas e doenças. No entanto, isso não exclui o monitoramento destas moléstias na área e uso de produtos de controle quando necessário.

É indicada para formação de gramados residenciais, áreas industriais e campos esportivos. Também é eficaz no combate à erosão do solo e tem boa resistência ao pisoteio.

Escolha do material

A grama esmeralda se multiplica pela divisão dos rizomas enraizados. É possível multiplicar a planta através destas mudas, porém a forma mais fácil e recomendada para a implantação é através dos tapetes. Estes devem ser plantados um ao lado do outro, preenchendo todos os espaços com falhas. O material deve ter boa qualidade, pois se a implantação ocorrer com plantas com baixo vigor, todo o sistema pode ficar comprometido. A grama esmeralda não se propaga via sementes, portanto cuidado, pois infelizmente há pessoas mal intencionadas que oferecem sementes de outros materiais como sendo de grama esmeralda, mas como já foi dito a mesma propaga-se apenas por via vegetativa (estolões).

Preze sempre por materiais com boa procedência e qualidade!

Cuidados no momento do plantio

Alguns cuidados são necessários para que a implantação da grama esmeralda tenha sucesso. Antes do plantio, é importante que o terreno seja limpo, não podendo ter entulhos, pedras ou blocos de solo desuniformes que possam dificultar a implantação. Por isto, além da limpeza, é muito importante que o solo seja preparado, de preferência arado, gradeado e nivelado. O início do plantio deve ter início em um prazo máximo de até 15 dias após o recebimento das placas, para que as plantas que constituem o tapete ou as mudas não percam o vigor e fiquem debilitadas, prejudicando seu desenvolvimento.

O manuseio excessivo, no momento da descarga dos tapetes pode quebrá-los. Opte por reduzir ao máximo o contato com o material. Ouro ponto importante é descarregar os lotes com no máximo 50 metros entre o caminhão e a área de implantação, reduzindo as chances de danos. Após descarregar os tapetes, é recomendado agrupá-los lado a lado e não em pilhas. As plantas devem ser irrigadas a cada 100 m² plantados, para que se estabeleçam sem perdas hídricas.

Outras opções de grama

Tapete Grama EsmeraldaExiste uma variedade de espécies de plantas para formação de gramados. Por isso, a escolha pela grama esmeralda assim como por outras espécies exige que se tenha conhecimento prévio das exigências da espécie que se pretende formar, assim como da área onde implantar a forrageira. Já apresentamos as principais características desta forragem, que podem ser comparadas com de outras a serem utilizadas com a mesma finalidade.

A grama batatais, por exemplo, é excelente para cobrir solos mais fracos, atuando na filtragem da água e redução da erosão. Resiste bem a seca, ao pisoteio, mas necessita de muito sol, é uma forragem de pleno sol.

Já a grama São Carlos, se adapta muito bem a áreas sombreadas e um pouco mais úmidas,proporcionando um gramado denso. Por suas características fisiológicas, se adapta muito bem em regiões com clima frio, porém nada impede que seja inserida em regiões de clima mais quente.

A grama pensacola é perene, adaptada tanto a regiões de clima temperado, quanto tropicais. Apresenta resistência ao pisoteio, seca, geada, queimadas e é indicada também para o pastejo de animais e contenção das erosões. Muito utilizada também na forração de pistas de pouso de aviões.

A grama Bermuda apresenta alta resistência ao pisoteio e seca, e se regenera rapidamente. Por essas características, é uma das mais indicadas para uso em campos de futebol e áreas de lazer. Suas folhas são estreitas, apresenta um crescimento muito rápido e possui cor em verde vivo. Mais recentemente, por sua semelhança física com a esmeralda, vem sendo chamada de grama esmeraldinha.

Compare e escolha a espécie mais adaptada para sua área!

Poda

Uma poda realizada com qualidade é fundamental para o desenvolvimento de qualquer gramínea. Como a grama esmeralda apresenta altura máxima de 15 cm, é indicado podá-la quando ultrapassar 3 cm. A gramínea nunca deve atingir sua altura máxima, pois pode prejudicar a formação da forragem. É importante que a planta não fique muito curta, para que não enfraqueça e contribua para o desenvolvimento de plantas daninhas. É importante encontrar o equilíbrio para a poda correta e desenvolvimento da planta.

Como a grama esmeralda apresenta um crescimento menos acelerado, não é necessário realizar podas muito frequentes. Por isso, a espécie é uma excelente opção para quem não quer investir em podas frequentes ou que não possui muito tempo para cuidar da forragem.

Referências

Arruda, R.L.B &amp; Henriques, E. Gramados. São Paulo: Europa, 1995, 63p. Bôas, R.L.V, et al. (2020) Sod production in Brazil. Ornamental Horticulture, v.26, nº3, p.516-522.

Gurgel, R.G.A. (2003) Principais espécies e variedades de grama. In: SIGRA – Simpósio sobre Gramados – Produção, Implantação e Manutenção. Botucatu. Anais... Botucatu: FCA/UNESP, 2003.1.

Lorenzi, H &amp; Souza, H.M. (2001) Plantas Ornamentais do Brasil, arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2001, 1088p.

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Tue, 09 Mar 2021 23:11:04 +0000
<![CDATA[Adubação fosfatada em pastagens: acerte no manejo!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/adubacao-fosfatada-em-pastagens-acerte-no-manejo/ Adubação Fosfatada PastagensDos macronutrientes essenciais às plantas, o Fósforo (P) é o principal elemento que limita a formação de pastagens, caso não esteja presente no solo. Isso ocorre, por que, os solos brasileiros são no geral pobres nesse nutriente, além de serem ácidos. Se apresentam em formas pouco disponíveis às plantas no solo, e prejudicam a produtividade.

A falta de fósforo causa o reduzido desenvolvimento das raízes, levando a redução de perfilhamento e crescimento pouco vigoroso. Isso contribui para a degradação mais rápida da pastagem, necessidade de renovação mais frequente e redução da lotação animal.

Para resolver esta situação, procede-se então com a adubação fosfatada, na qual são utilizados fertilizantes ricos em fósforo. São produtos provenientes da extração, moagem e/ou tratamento de rochas que apresentam fósforo em sua estrutura. O suprimento adequado de fósforo melhora a qualidade da forragem e a produtividade do rebanho. É um elemento, portanto, essencial para a formação de uma pastagem.

Importância da adubação fosfatada na formação de pastagens

Durante o estabelecimento da pastagem, a baixa disponibilidade de fósforo no solo é um limitante a produção. Ao contrário do que muitos produtores pensam, esse fato independe da espécie forrageira utilizada. O manejo adequado da adubação fosfatada associado a tecnologias como plantio direto, rotação de culturas e sistemas de integração proporciona ganhos em eficiência necessários para a garantia da sustentabilidade agropecuária.

Solos com alto teor de fósforo na camada, de 0 a 20 cm de profundidade, estimulam as raízes a crescer e buscar água e os demais nutrientes. Assim, a planta adquire um sistema radicular profundo e vigoroso. A recomendação de adubação deve estar embasada nos resultados da análise de solo e necessidade da espécie forrageira utilizada.

Formas de aplicação

De forma geral, a adubação fosfatada é aplicada no sulco do plantio, pela baixa mobilidade do fósforo no solo. No entanto, quando já foi realizada a adubação corretiva, pode ser realizada a lanço. Essa é uma opção mais barata, pois reduz o custo econômico e operacional. Neste caso, o produtor deve priorizar fontes de fósforo com menor solubilidade, como o fosfato natural reativo.

É importante ter muita atenção no manejo a lanço. Quando o manejo foi realizado em condições de baixa umidade e concentração, pode ficar inerte na superfície do solo. Concentrado nos primeiros centímetros da camada de solo, acaba se tornando um limitante ao desenvolvimento das pastagens.

A aplicação parcelada dos fertilizantes fosfatados é a forma mais utilizada. Podem ser utilizados junto com a semeadura o superfosfato simples, superfosfato triplo e o FH Pastagem Formação. Também é indicada a aplicação de cloreto de potássio e nitrogênio de forma parcelada após a semeadura, quando se observar que aproximadamente 70% das sementes lançadas na área já germinaram, uma excelente opção para também suprir estes nutrientes é o FH Manutenção. O manejo, reduz perdas devido as chuvas e previne a salinização da linha de semeadura.

Existem diversos tipos de fertilizantes fosfatados como o fosfato natural, fosfato natural acidulado, fosfato natural reativo, termofosfato magnesiano, farinha de ossos, MAP (fosfato moniamônico), DAP (fosfato diamônico), Super Fosfato Simples, FH Pastagem Formação, etc. É sempre importante que o produtor escolha o produto mais adequado a sua área e manejos realizados.

Benefícios

Todos os cultivos apresentam seu potencial produtivo maximizado pelos fatores de produção. A utilização correta da adubação fosfatada no solo afeta diretamente o sucesso da pastagem. O principal benefício do uso está associado ao fornecimento direto do fósforo, que irá atuar na nutrição das plantas e complementação do solo. Outros benefícios dos fertilizantes fosfatados, estão descritos a seguir:

  • Fornecem fósforo prontamente disponível;
  • Algumas tecnologias permitem o fornecimento de fósforo de forma gradual, aumentando o período do fósforo disponível no pasto.
  • Nutrientes como nitrogênio, potássio, cálcio e magnésio podem se associar aos fertilizantes fosfatados, auxiliando no ganho de produtividade.
  • Adubação fosfatada feita de forma eficiente, maximiza o processo de fotossíntese, promove o crescimento das raízes e aumenta o vigor da planta.
  • A correta aplicação da adubação fosfatada reduz custo de produção, impactos ambientais e aumenta a produtividade da pastagem.

Periodicidade e época de aplicação

O fertilizante fosfatado deve disponibilizar o fósforo para as plantas, de acordo com a demanda e marcha de absorção. Desta forma, o crescimento das plantas é maximizado, assim como a fotossíntese e a produção de energia. Na fase inicial do estabelecimento da pastagem, as plantas têm uma maior exigência do nutriente. Nesta fase, o sistema radicular ainda está explorando um volume reduzido do solo, e necessita dos nutrientes mais disponíveis. Se ocorrer falta do nutriente nesta fase, o período de estabelecimento se prolonga e retarda o início do uso da pastagem.

Como vimos, a recomendação é aplicar o fertilizante na fase de implantação das pastagens. Já a adubação de manutenção, após o solo corrigido, deve ser aplicada na medida que as análises de solo mostrarem a necessidade de uma nova correção. Este manejo evita a degradação do solo e proporciona maiores níveis de produtividade. A recomendação é que sejam aplicados no início da estação chuvosa. Essa é a época de maior demanda de fósforo pelo pasto. Preparar o solo antes da chegada das chuvas é um manejo assertivo que garante melhores produtividades.

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Thu, 22 Oct 2020 22:30:47 +0000
<![CDATA[Métodos de semeadura para uma boa formação de pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/metodos-de-semeadura-para-uma-boa-formacao-de-pastagens/ Semeadura SementesCom a chegada da época de semeadura de pastagens é fundamental que o produtor atente para as boas práticas, dentre elas as que envolvem a operação de semeadura. Antes da semeadura é fundamental que se escolha a cultivar mais adequada, prepare a área, realize a amostragem de solo e análise de fertilidade e pH.

Após o solo corrigido e tudo preparado, chega o momento da semeadura. A melhor época para realizá-la é em pleno período chuvoso, com o solo úmido e chuvas constantes. E, independentemente do método utilizado, é fundamental que a distribuição das sementes ocorra de forma uniforme em toda a área a ser formada. Para otimizar o processo de semeadura, separamos os principais métodos para que tudo ocorra de forma eficiente.

Semeadura manual

A semeadura é realizada por uma pessoa (operador) e a distribuição da semente é feita em covas. Pode ser feita através de enxada ou matraca, o que permite uma observação bastante detalhada do processo. O uso destes equipamentos, principalmente a matraca requer alguns cuidados. É recomendado que as duas chapas metálicas no bico sejam soldadas, distantes 2 cm da “boca, para que não ocorra cobertura excessiva e comprometa a germinação.

O sistema é altamente recomendado para pequenas áreas ou que apresentem alto declive e difícil acesso das máquinas. Sua principal vantagem é poder observar todo o processo de semeadura, evitando falhas e garantido um processo mais homogêneo. No entanto, é uma técnica bastante trabalhosa e requer maior mão de obra, o que aumenta o custo do processo.

Semeadura a lanço

Este é o sistema mais utilizado entre os pecuaristas no Brasil. Não é necessário possuir equipamento específico para a técnica, podendo utilizar equipamentos de distribuição de calcário, por exemplo.

Outra preocupação é fazer com que a semeadura seja homogênea, para que não ocorram falhas na emergência. É indicado que o material inerte ou adubo fosfatado ou ainda calcário sejam misturados às sementes para que a distribuição pela área seja adequada. Isso auxilia em uma distribuição uniforme e que o custo por hectare não ultrapasse o planejando. Também é indicado que após a semeadura, seja utilizado um rolo compactador para uma leve incorporação das sementes, para que elas tenham maior contato com o solo e maior absorção da umidade.

Semeadura mecanizada ou em linha

Neste sistema é possível utilizar maquinários para realizar a semeadura, como semeadoras de milho e soja, reguladas em espaçamentos menores. É um método bem eficiente, pois apresenta a vantagem da semente já ser coberta no processo, além de permitir maior precisão na distribuição. A desvantagem é que a profundidade é bastante variável, o que pode prejudicar a quebra da dormência. Quando a profundidade passa de 3 cm a taxa de germinação e emergência das plantas pode ser prejudicada.

O espaçamento recomendado deve ser de 60 cm entre linhas e profundidade de no máximo 2 cm para espécies de Brachiarias e 1 cm para os Panicums e Cynodons. Caso após o plantio, as sementes não forem devidamente incorporadas ao solo, é recomendado utilizar grade niveladora para realizar uma leve cobertura ou realizar compactação com rolo compactador.

Semeadura aérea

Realizado através de equipamentos aéreos, principalmente aviões, é uma forma bastante eficiente de semeadura. Ainda existe a possibilidade de realizar esta técnica através de drones, o que exige uma equipe capacitada para este serviço, mas que pode tornar este método mais barato.

Apresenta um elevado rendimento operacional, mas exige um bom planejamento das operações de incorporação das espécies que não germinam em superfície. Para se ter uma ideia, em um dia de operação é possível semear áreas de 500 ha, o que exige equipamento e equipe preparados para o trabalho.

Como na maior parte das vezes a cobertura das sementes não é realizada, recomenda-se aplicar um maior número de sementes para reduzir as perdas na germinação, geralmente de 50% a 80% da taxa de semeadura padrão, o que torna o investimento em sementes mais alto. O uso de sementes puras também é recomendado, tratadas ou não com polímeros, fungicidas e inseticidas.

O processo de escarificação química ou mecânica é utilizado para aumentar a absorção de água e reduzir a dormência, o que auxilia no fechamento mais rápido da pastagem. Como vimos, neste sistema ganha-se em eficiência, mas pode se tornar mais caro. Por isso avalie o custo-benefício da técnica para acertar na escolha.

Quais os fatores que podem comprometer a semeadura?

Para fechar, separamos alguns pontos importantes para que o produtor não erre no momento da semeadura. O objetivo sempre é obter maior produtividade e eficiência, e alguns pontos precisam ser observados para melhor aproveitamento:

  • Aguarde o período de descanso do solo após o preparo. É um processo importante para que a matéria orgânica do solo possa fermentar na ausência da semente. Quando o processo ocorre junto com a semeadura, pode ocorrer a “queima” das raízes da planta, pois, a fermentação aumenta a temperatura do solo.
  • Não utilize menor quantidade de semente por área. Sempre seguir a recomendação de uso.
  • Não utilize equipamentos desregulados, em má conservação ou inadequados.
  • Monitore constantemente a presença de pragas, desde o armazenamento da semente até o momento da semeadura.
  • Não faça uso de sementes de baixa qualidade, sem vigor e com baixos índices de germinação e pureza.
  • Fique atento às mudanças bruscas de temperatura. Estas mudanças podem comprometer a germinação e emergência.
  • Não realize a semeadura junto com a distribuição de adubos nitrogenados e potássicos. Esta mistura acarreta na diminuição da germinação, causando danos ao coleóptilo (parte interna da semente que é responsável pela emissão das primeiras folhas).

No Galpão Centro-Oeste compartilhamos conhecimento para que o produtor acerte no manejo e ganho de produtividade. Contamos com uma linha completa de insumos e sementes para sua pastagem. Entre em contato conosco!

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Thu, 17 Sep 2020 22:50:16 +0000
<![CDATA[Como realizar a calagem para implantação das pastagens?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-realizar-a-calagem-para-implantacao-das-pastagens/ Antes de realizar a implantação da pastagem é fundamental que o produtor verifique se a acidez do solo precisa ser corrigida. Este passo é fundamental para que a pastagem se desenvolva com qualidade e ganhos de produtividade. Sistema produtivos exigem o uso de pastagens produtivas e bem manejadas, onde os animais possam consumir um pasto de alta qualidade, que seja capaz de suprir boa parte das suas exigências nutricionais. Neste artigo, vamos conhecer melhor a importância da calagem e como realizar a aplicação corretamente.

O que é calagem?

Calagem SoloPara que uma pastagem seja bem estabelecida, bem como sua manutenção, produtividade e sustentabilidade, é fundamental que a fertilidade do solo seja bem desenvolvida. Por isso, o primeiro passo é a correção da acidez do solo, que ocorre através do uso de calcário, a conhecida calagem. O manejo deve ser sempre realizado antes do plantio, de acordo com a recomendação realizada pela análise de solo. A quantidade do corretivo a ser adicionada no solo, está relacionada à produtividade esperada da cultura e ao potencial de resposta da planta forrageira frente à acidez.

O uso do calcário causa reações no solo que permite a melhoria da fertilidade e auxilia na absorção de nutrientes pelas plantas. Quando aplicado no solo, o calcário libera em forma de íons cálcio e magnésio que fica disponível para ser absorvido pelas plantas. Já o bicarbonato vindo do calcário reage com hidrogênio do solo e neutraliza a acidez. Assim, o pH é elevado, o Al trocável do solo neutralizado e a saturação de bases é elevada.

Amostragem de solo

A amostragem de solo é a primeira e principal etapa para avaliação da acidez do solo e necessidade de calagem. Para que a amostra de solo seja represente toda a área avaliada, as amostras devem ser realizadas glebas ou talhões (divisões da área), que apresentem características semelhantes de vegetação, topografia, características perceptíveis do solo e mesmo histórico de calagem. Para uma amostragem representativa, deve-se coletar no mínimo 20 amostras por talhão e misturar essas amostras coletando cerca de 300g de solo que deve ser enviada para o laboratório. A profundidade da amostragem deve ser de cerca de 0 a 20 cm. Em pastagens já estabelecidas, a recomendação é realizar as amostragens de solo a cada 4 anos, mas caso o produtor tenha suspeita que sua área está com déficit nutricional, a amostragem deve ser antecipada. Após o envio para o laboratório de análise e recebimento do laudo da análise química do solo da área, é o momento de avaliar a necessidade de correção.

A figura abaixo desenvolvida pela Embrapa, detalha como deve ser realizada a amostragem do solo, com diferentes ferramentas:

Amostragem Solo Ferramentas

Cálculo da calagem

Após receber a análise de solo é o momento de calcular a necessidade de calagem. Existem dois métodos principais para analisar se o solo necessita de calagem e qual a quantidade a ser aplicada. Abaixo vamos detalhar os dois:

Método da saturação por bases

Com base nas informações obtidas na análise de solo realize o cálculo:

NC = [CTC x (V2 – V1) x (100/PRNT)] / 100

NC = Necessidade de calcário, em t/ha;

CTC = CTC pH7 (capacidade de troca de cátions) em cmolc/dm3;

V2 = Porcentagem de saturação por bases desejada;

V1 = Porcentagem de saturação por bases atual do solo (encontrada na análise do solo);

PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total (encontrado na embalagem do calcário). É muito importante estar atendo a este valor no momento da compra.

Vamos a um exemplo. Considerando que vai ser utilizada uma pastagem leguminosa, onde V2 = 60%, e que o calcário utilizado tenha PRNT = 90%, e os valores de CTC = 20 e V1 = 25, na fórmula teremos:

NC = [CTC x (V2 – V1) x (100/PRNT)] / 100

NC = [20 x (60 – 25) x (100/90)] / 100

NC = 7,8 t/ha

Neste caso, o produtor deve aplicar 7,8 toneladas de calcário por hectare.

Método do teor de alumínio e (Ca + Mg) trocáveis

É um método menos utilizado, mas é recomendado para solos que apresentam CTC do solo menor que 5 cmolc/dm3. Se este for o caso do resultado da sua análise de solo utilize:

NC = Y [Al3+ – (mt – t/100)] + [X – (Ca2+ + Mg2+)]

NC = Necessidade de calcário, em t/ha;

Y= Valor tabelado em função do poder tampão do solo:

Arenoso: Y = 0 a 1

Médio: Y = 1 a 2

Argiloso: Y = 2 a 3

Muito argiloso: Y = 3 a 4

mt= Saturação por Al3+ (100 x Al / SB + Al);

t= CTCefetivo (SB + Al);

X= Teor mínimo de Ca + Mg : tabelado, sendo que para forrageiras tropicais é de 1 a 2;

Ca2+ + Mg2+ = teores trocáveis de Ca e Mg, em cmolc/dm3.

Aplicação

A realização da calagem deve ser realizada com cerca de três meses de antecedência, antes da semeadura. No cultivo convencional, o calcário deve ser incorporado no solo seguido pelos manejos de aração e gradagem. Já no sistema plantio direto, o produto deve aplicado a lanço sem incorporação. Para este método de aplicação é recomendado o uso de um calcário mais fino, para que a absorção seja mais rápida melhorando o efeito da calagem.

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Thu, 20 Aug 2020 12:22:43 +0000
<![CDATA[Motocultivador - Funcionalidades para o pequeno produtor rural]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/motocultivador-funcionalidades-para-o-pequeno-produtor-rural/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Motocultivador BrancoEquipamento que permite aumentar a produção do pequeno produtor rural, sem demandar elevados investimentos, os Motocultivadores ganham cada vez mais espaço em propriedades agrícolas. Independente da cultura, tipo de solo e relevo de sua propriedade, a aplicação de um motocultivador pode incrementar os ganhos finais.

Abaixo, vamos detalhar quais as funcionalidades e benefícios de motocultivadores para pequenos produtores rurais e quais são os mais indicados.

Funções dos motocultivadores

Potentes e versáteis, os motocultivadores podem ser utilizados em diferentes trabalhos no campo. Com os motocultivadores é possível realizar trabalhos pesados e de forma homogênea no campo, aumentando assim a sua produtividade e evitando desperdícios de insumos e tempo.

  • Manejo de hortas;
  • Revolvimento de cama de aviários;
  • Revolvimento do solo;
  • Capina de gramíneas;
  • Sulcação de linhas no campo para o plantio;
  • Manejo de solos cultivado em alagamento, como o arroz.

Benefícios dos motocultivadores

Solo

O revolvimento do solo com motocultivadores pode auxiliar a qualidade física e química do solo, tornando o manejo da próxima cultura mais fácil. Aplicar o motocultivador antes da semeadura é benéfico para o desenvolvimento radicular na nova cultura, que receberá ainda micronutrientes presentes em camadas mais profundas do solo.

Benefícios

  • Exposição de nutrientes de camadas mais profundas;
  • Descompactação do solo;
  • Incorporação de matéria orgânica no solo;

Plantas daninhas

O uso de motocultivadores otimiza a eliminação de plantas daninhas em diferentes culturas. Seja pelo revolvimento do solo ou por capina, o equipamento é eficiente no combate a possíveis competições com a cultura de interesse.

  • Revolvimento do solo elimina possível daninhas já instaladas;
  • Capina impede que a daninha desenvolva, bloqueando luz solar e também atua como barreira física.

Ergonomia do trabalhador rural

Trabalhar no campo pode ocasionar sérias lesões ao trabalhador, diminuindo sua qualidade de vida e atrapalhando nas tarefas do campo. Com o uso de um motocultivador, o trabalhador realiza a função no campo sem expor seu corpo a possíveis lesões, como danos na coluna, tendões e músculos.

  • Manuseio sem risco de LER (lesão por esforço repetitivo);
  • Assegura proteção do operador contra lesões lombares

Otimização do trabalho

Com o uso de uma máquina, a otimização do trabalho é certa. Um motocultivador pode reduzir em horas o trabalho que levaria dias, caso feito manualmente.

Além da rapidez, o equipamento assegura que todo o processo seja feito de forma homogênea, possibilitando que a produção no campo atinja resultados parecidos.

Baixo custo

Com diversos modelos disponíveis no mercado, o custo de um motocultivador é variável. Para entender a viabilidade de compra é preciso entender onde e como o equipamento será utilizado.

Como ele agiliza as operações agrícolas e garante uniformidade, pequenos produtores que estão aumentando a produção e produtividade, terão retornos no campo com o uso da máquina.

Aqui na Galpão Centro-Oeste, garantimos o parcelamento em até doze vezes de motocultivadores, diluindo assim o investimento demandado no equipamento.

Qual modelo é o ideal para minha propriedade

Nós do Galpão Centro-Oeste, preparamos um artigo explicando os benefícios de cada modelo de Motocultivador da Branco para sua propriedade.

Contamos com diversos modelos em nosso site, além de acessórios diversos como jogos de enxadas e sulcadores para motocultivadores. Caso tenha alguma dúvida sobre algum modelo, custo ou manuseio, estamos à disposição para lhe atender em nosso chat abaixo ou em nossa central de relacionamento.

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Fri, 31 May 2019 14:38:28 +0000
<![CDATA[Produção de milho verde - Dicas e características desejáveis]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/producao-de-milho-verde-dicas-e-caracteristicas-desejaveis/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Milho VerdeAntes cultivado majoritariamente por agricultores de pequeno e médio porte, o plantio do milho verde tem crescido nos campos do país. Com elevado valor agregado, o milho verde tem sido utilizado como alternativa para produtores que buscam culturas com ciclo menor e com bons retornos.

A produção do milho verde é de aproximadamente 90 dias, podendo estender até mais de 100 dias em épocas com menores temperaturas. No Galpão Centro-Oeste, acreditamos nos retornos do milho verde para o produtor, por esta razão, temos uma seção exclusiva com sementes da cultura.

Vamos detalhar abaixo mais sobre o milho verde, mas fique à vontade para nos chamar em nossos canais de atendimento caso queira sanar alguma dúvida.

Características do milho verde

A altura média do milho é de 2,5 metros, com variedades que podem ser mais baixas. A espiga possui formato cilíndrico, sendo gerada na metade da altura da planta.

Geralmente o tamanho dos grãos é semelhante ao de ervilhas, e estes estão dispostos em fileiras regulares no sabugo, formando assim a espiga. Em média, cada espiga contém de duzentos a quatrocentos grãos de milho.

Como são as cultivares ideais para o milho verde?

  • Altura da planta: porte médio;
  • Inserção das espigas: na altura média das plantas, facilitando a colheita manual;
  • Formato das espigas: cilíndrico. Os grãos devem ser longos e o sabugo fino;
  • Cor do milho: alaranjado;
  • Aroma e sabor: forte de milho, atendendo à demanda do consumidor;
  • Característica da espiga: objetivando a proteção contra ataques de lagartas, preferência por espigas de palhas longas ou que sejam bem empalhadas;
  • Ponto de colheita: permanência por longo período;

Como são destinadas ao consumo, as variedades precisam atender a algumas demandas

  • Grãos dentados amarelos;
  • Espigas grandes e cilíndricas;
  • Sabugo branco;
  • Boa granação.

Quando pensamos na comercialização do milho, temos que atentar para os diferentes mercados.

Caso destinado para feiras livres e quitandas, o comprimento da espiga com palha é o mais importante. Para supermercados, o peso de espigas sem palha é a característica comercial quantitativa.

Milho doce

Utilizado majoritariamente pela indústria, este milho possui maior teor de açúcar e menor teor de amido em relação ao milho utilizado na produção de grãos.

  • Milho convencional: 3% de açúcar e de 60 e 70% de amido;
  • Milho doce: 9 a 14% de açúcar e de 30 a 35% de amido;
  • Milho super doce: 25% de açúcar e de 15 a 25% de amido.

Pensando em atender tanto a indústria como o consumo in natura, é preciso oferecer um milho padronizado tanto em sua produção agrícola como na qualidade da matéria prima.

Agrícolas

  • Plantio durante o ano todo;
  • Plantas de porte médio;
  • Produtividade próxima ou superior de 12 toneladas por hectare;
  • Qualidade sanitária (tolerância à pragas e doenças);
  • Resistência ao acamamento e quebramento de plantas;

Espiga

  • Espigas com maturação uniforme;
  • Teor de umidade das espigas no ponto de colheita: 68 e 75%;
  • Comprimento de espigas: 20 centímetros;
  • Grãos dentados amarelos ou alaranjados;
  • Espigas grandes e cilíndricas;
  • Sabugo branco;
  • Boa granação;
  • Bom equilíbrio entre os teores de açúcar e amido nos grãos;
  • Pedúnculo firme;
  • Brix acima de 30;
  • Rendimento industrial próximo ou superior a 39%.

Cultivares:

Abaixo, listamos algumas cultivares utilizadas para produção de milho verde. É preciso atentar para alguns detalhes na hora de escolher a ideal para implantar sua produção.

É preciso escolher uma cultivar adaptada às condições climáticas da propriedade e que o milho produzido atenta às especificações físicas e/ou organolépticas demandadas pelo mercado da região.

AG 10H:

  • Híbrido duplo;
  • Semiprecoce;
  • Amarelo;
  • Dentado;
  • Sementes Agroceres.

AG 4051:

  • Híbrido triplo;
  • Semiprecoce;
  • Amarelo;
  • Dentado;
  • Sementes Agroceres.

BRS 1040

  • Híbrido simples;
  • Semiprecoce;
  • Alaranjado;
  • Semidentado;
  • Embrapa.

BM 3061

  • Híbrido triplo;
  • Precoce;
  • Amarelo;
  • Dentado;
  • Biomatrix.

Cativerde 02

  • Variedade;
  • Semiprecoce;
  • Amarelo;
  • Dentado;
  • CATI.

BM 3063 PRO2

  • Híbrido triplo;
  • Precoce;
  • Amarelo;
  • Dentado;
  • Biomatrix.

BM 3066 PRO2

  • Híbrido simples;
  • Precoce;
  • Amarelo;
  • Dentado.

AG 1051

  • Híbrido simples;
  • Semi Precoce;
  • Amarelo;
  • Dentado;

Cultivo do milho verde

A parte agronômica do milho verde, desde sua semeadura até a adubação, é muito semelhante ao praticado para o milho convencional.

Temos um artigo que pode lhe ajudar a entender melhor como cultivar sua produção de milho verde, independente da finalidade. Fique à vontade para nos chamar em nossa central de atendimento ou pelo nosso chat caso tenha alguma dúvida.

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Fri, 05 Apr 2019 00:59:06 +0000
<![CDATA[Adubação Verde - O que é, e para o que serve?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/adubacao-verde-o-que-e-e-para-o-que-serve/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Adubacao VerdeDefinida como prática na qual plantas atuam como ferramentas para melhorar as qualidades químicas e físicas do solo, a adubação verde ganha cada vez mais adeptos por sua praticidade e retorno financeiro.

Existem diversas espécies que podem ser utilizadas no campo como adubo verde, que variam conforme a atividade econômica do produtor rural. A versatilidade deste tipo de adubação permite a implementação da prática em quase todos os sistemas de produção agrícola.

Abaixo, vamos detalhar sobre as vantagens e desvantagens da adubação verde no ambiente agrícola.

Como funciona a adubação verde?

Geralmente são utilizadas plantas leguminosas para a adubação verde, justamente por serem fixadoras de nitrogênio, possibilitando assim o retorno deste nutriente ao solo.

Dependendo da finalidade da produção, a produção de massa verde da cultura ou seu teor nutricional, são benefícios em paralelo para o produtor.

Várias leguminosas podem ser utilizadas para a adubação verde, como:

Vantagens

Fertilidade do solo

Incorporação de nitrogênio

Nas raízes de plantas leguminosas existem nódulos onde ficam as bactérias fixadoras de nitrogênio. Estes microrganismos são capazes de captar o nitrogênio da atmosfera e fixá-lo, transferindo assim para as plantas. Por esta razão, leguminosas apresentam elevados teores deste elemento na parte área.

Quando estas são incorporadas ao solo ou utilizadas como cobertura, o nitrogênio é incorporado ao solo. É importante ressaltar que o nitrogênio atua no desenvolvimento celular, sendo um dos maiores responsáveis pelo crescimento vegetal das plantas.

A disponibilidade deste nutriente no solo é fundamental para o sucesso de qualquer cultura agrícola. Sua presença no solo também representa menores necessidades de adubação química, reduzindo o custo de implantação e manutenção da cultura sucessora.

Reciclagem de nutrientes

Quando são utilizadas espécies com elevado potencial de desenvolvimento e penetração de raízes, nutrientes presentes em camadas mais profundas do solo acabam sendo absorvidas por estes adubos verdes, porém alguns destes materiais não fixam o nitrogênio no solo, este é o caso do Nabo Forrageiro e do Girassol, por exemplo, este último inclusive não é considerado uma leguminosa.

Tais nutrientes são liberados para as camadas mais superficiais do solo durante a decomposição destas plantas, ficando disponíveis novamente para as culturas subsequentes.

Física do solo

Controle de erosão

Responsável por reduzir a produtividade, a erosão pode ser controlada através da adubação verde. A cobertura vegetal destas leguminosas reduz a exposição do solo às intempéries climáticas, como fortes ventos e chuvas.

Esta cobertura também pode reduzir a perda de água no solo nas camadas superficiais. Com o desenvolvimento de raízes e rizomas ao longo do ciclo das leguminosas, a compactação de solos é reduzida.

Aumento da matéria orgânica

A adubação verde aumenta a matéria orgânica do solo, refletindo positivamente em suas propriedades físicas. Com este aumento, temos melhorias em:

  • Estabilidade de agregados;
  • Densidade do solo;
  • Infiltração e retenção de água.

Controle de doenças

Como as leguminosas utilizadas na adubação verde não são da mesma espécie da cultura de interesse, sua implantação auxilia na redução de populações de pragas agrícolas.

As crotalárias são utilizadas com sucesso para controlar a incidência de nematoides no campo. A Crotalaria spectabilis, por exemplo, é utilizada para alguns nematóides, como o Meloidogyne javanica e o Pratylenchus brachyurus.

Controle de plantas daninhas

A utilização do adubo verde como cobertura do solo reduz a população de plantas daninhas no campo, pelo bloqueio da luz solar e também por ser uma barreira física. Leguminosas muito utilizadas para este fim são o Feijão de Porco e as Mucunas.

Pontos a considerar

Ocupação de área

Apesar desta vasta lista de fatores positivos obtidos com a adubação verde, existem alguns pontos negativos quando o agricultor decide adotar esta prática. O principal ponto a ser considerado é que a leguminosa irá ocupar uma área que poderia ser utilizada para uma cultura de interesse econômico.

Uma alternativa adotada para minimizar esta ocupação é o plantio destas leguminosas em glebas, utilizando o sistema de rotação de cultura nestas áreas. Outra solução é o uso do sistema de plantio direto, no qual o plantio da cultura de interesse acontecerá na palhada formada pela leguminosa.

Baixa produção de matéria vegetal

Quando a adubação verde é implantada em períodos de estiagem, a produção de matéria vegetal será menor, reduzindo a eficiência do sistema.

Geralmente a semeadura destas leguminosas acontece de fevereiro a abril. Este cultivo é utilizado para proteger áreas ainda não cultivadas, devido a época do ano, e garantem redução da população de plantas invasoras.

Para a região Sul do Brasil, é possível plantar espécies de leguminosas que toleram baixas temperaturas, como a ervilhaca, os trevos e os tremoços. No Sudeste estas espécies apresentam bom desenvolvimento em plantio durante o período de estiagem, porém com atenção para não realizar o plantio tardio, pela sensibilidade das leguminosas ao fotoperíodo.

O custo é uma desvantagem?

O custo de implantação de leguminosas no campo pode ser um entrave para alguns agricultores. Porém deve-se levar em conta os benefícios econômicos e ao meio ambiente que esta prática traz.

Como vimos acima, existem diversos benefícios na utilização da adubação verde no ambiente agrícola. Com planejamento, visão a longo prazo e pesquisa por melhores preços de sementes, é possível sim tornar o custo da adubação verde viável, independente do tamanho da propriedade.

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Fri, 15 Mar 2019 14:51:12 +0000
<![CDATA[Aveia Preta: Plantio e Manejo para o Pastejo Animal]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/aveia-preta-plantio-e-manejo-para-o-pastejo-animal/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Utilizada como forragem há séculos, a Aveia Preta é uma excelente opção de pastagem para animais em geral. É conhecida pelo papel positivo no campo, sendo responsável por incrementos na fertilidade e segurança sanitária do ambiente agrícola.

Com elevada rusticidade, esta gramínea possui alta capacidade de produção de massa verde. Abaixo detalharemos mais sobre a aveia preta, seu plantio e manejo para o pastejo animal.

Aveia Preta

Aveia PretaEsta gramínea de inverno tem boa aceitação em diversos Estados brasileiros, principalmente o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A cultura possui alta capacidade de perfilhamento e suas sementes são menores quando comparadas às da aveia branca. Lembrando que seu uso é exclusivo para a alimentação animal, a aveia preta não é comumente utilizada para alimentação humana.

Com crescimento vigoroso e tolerância à acidez do solo, esta é a forrageira mais comum em pastejo no inverno, principalmente na região Sul do país. É possível utilizar a aveia preta como pastagem ou ainda como feno ou silagem.

Esta gramínea possui bom desempenho em campo, tanto em plantio solteiro quanto em consorciação com várias espécies, como centeio, trevo branco, trevo vermelho, ervilhaca, azevém entre outras.

Em rotação, a aveia preta é utilizada com trigo, cevada, centeio e triticale, principalmente por diminuir a incidência e população de patógenos nestes cerais, como a Bipolaris sorokiniana, conhecida como podridão comum.

A aveia preta tem sido amplamente utilizada em sistema de plantio direto e em rotações de cultura.

Semeadura

Devemos semear a aveia preta após a colheita dos grãos, que geralmente acontece em março e abril. Isto auxilia na formação média de 6 toneladas de massa seca por hectare.

Para o milho safrinha, a aveia preta pode ser semeada a lanço, de preferência com distribuidor de calcário, sobre as lavouras, quando a cultura atingir de 50 a 70cm de altura e o efeito residual de herbicidas do tipo atrazina já tiver passado.

A época de semeadura é de março a julho e o principal sistema utilizado é o plantio direto. Para semear em linha, o recomendado é seguir o mesmo espaçamento do trigo, que vai de 0,17 a 0,20 metros.

A densidade ideal é de 350 a 400 sementes aptas por metro quadrado, visando tanto pastagem quanto produção de grãos. Com profundidade de semeadura de 3 a 5 cm. Para semeadura a lanço, utilizar de 30 a 50% a mais de semente.

Em consórcio é recomendado de 50 a 60 kg de semente por ha, plantio solteiro em linha 75 a 85 kg / ha e plantio a lanço de 100 a 110 kg / ha.

Manejo

Corte

O corte recomendado da aveia preta está na faixa dos 50 dias após a germinação ou quando a planta chegar na faixa de 25 a 35cm de altura. Após um período de seis a oito semanas, a aveia preta estará altura de 25 a 30 cm de altura.

Este é o ponto com máxima disponibilidade nutritiva e oferta protéica, perdidos gradualmente nos cortes seguintes. Estudos da Embrapa indicam produção de 700 a 1,5 mil quilos de massa seca acumulada por hectare, com cortes em alturas de 5 a 7 cm acima da superfície do solo.

Pastejo

O pastejo em faixas é o mais comum, porém é comum colocar-se os animais na área de forma extensiva, o que reduz a eficiência do sistema, devido ao pisoteio.

O ideal para o pastoreio rotacionado, é realizar um dia de pastejo e aproximadamente um mês de descanso (de 30 a 35 dias). O segundo pastejo deve acontecer em iguais condições de oferta de pastagem para os animais, devendo ocorrer de 30 a 35 dias após o primeiro pastejo.

É preciso atenção para que o pastejo seja suspenso sempre na altura de 7 centímetros da planta em relação ao solo, preservando as reservas da coroa da aveia, viabilizando assim o rebrote com maior vigor.

Para lotação contínua, é preciso atenção com a intensidade de pastejo. Os animais devem consumir a forragem de acordo com a taxa de crescimento da forrageira para melhor aproveitamento e longevidade do pasto.

O ideal é ter ao menos 1,5 mil quilos de massa seca por hectare neste sistema, considerando um novilho nesta área. Com o passar do tempo esta carga pode ser aumentada e caso necessário, a adubação nitrogenada pode auxiliar as plantas a manter altura de 20 a 40 cm.

É recomendado não ultrapassar a capacidade de suporte de 1,5 mil quilos por hectare de peso vivo para obter uma boa cobertura residual, pensando na semeadura da próxima estação.

A associação com aveia-branca auxilia a aumentar e prolongar esta produção de forragem. O ideal é escolher uma cultivar mais precoce, otimizando o prolongamento do pastoreio.

Gado

Diversos trabalhos acadêmicos e experimentações de agricultores e empresas, apontam resultados positivos para o ganho diário médio (GDM) de animais.

Pesquisas ainda citam os benefícios para os animais quando manejados em pastagens de aveia tanto consorciadas como em cultivos solteiros. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), houve a comprovação do resultado positivo da utilização de soja com pastagem de aveia preta. Na pesquisa, que utilizou o pastejo com lotação contínua por bovinos, foi observado GDM de um quilo.

Com resultados similares, uma pesquisa conduzida na Unesp de Dracena constatou eficiência na produção animal de cerca de 1,7 a 2 quilos de ganho de peso por kg de nitrogênio aplicado, utilizando doses de 150 e 300 quilos.

A adubação nitrogenada é um aliado neste ganho de peso, algumas pesquisas apontam que a dose ideal para incrementos na taxa de lotação e ganhos de peso vivo por hectare está na faixa de 150 kg de N por hectare.

Benefícios da aveia preta ao solo

Conforme citamos acima, os benefícios da Aveia Preta para o ambiente agrícola fazem da cultura uma excelente opção não somente para o agricultor planeja uma integração com pastagem.

Na agricultura orgânica a cultura ganha cada vez mais utilidade pela sua versatilidade no ambiente agrícola, principalmente pelos ganhos em qualidades física e química do solo.

A espécie atua também como um agente importante para o controle da sanidade de algumas pragas.

Algumas vantagens importantes da Aveia Preta para o solo:

  • Redução de populações de plantas espontâneas;
  • Rusticidade - pouco exigente em fertilidade;
  • Crescimento vegetal vigoroso;
  • Tolerância à acidez nociva do solo pelo alumínio;
  • Controle de podridão comum, Bipolaris sorokiniana e mal-do-pé, Gaemannomyces graminis var. Tritici;
  • Utilização em agricultura orgânica: cobertura de canteiros, pomares e forragens.
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Fri, 22 Feb 2019 13:02:22 +0000
<![CDATA[Consórcio milho e feijão guandu para produção de silagem]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/consorcio-milho-e-feijao-guandu-para-producao-de-silagem/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Consorcio Milho Feijao GuanduA produção de silagem requer planejamento para que os investimentos realizados no campo retornem em ganho de peso para o animal.

O consórcio milho e feijão guandu é considerado um sistema com grande sucesso em produzir material vegetal com elevado teor de proteína, com custo e manejo relativamente baixos.

Abaixo explicaremos como funciona este sistema e quais suas vantagens para o produtor, solo e para produção animal.

Vantagens

A adoção do consórcio milho e feijão guandu promove diversos benefícios em toda a cadeia de produção, desde o campo até aos ganhos em peso final do animal que recebe a silagem.

Como o sistema utiliza uma gramínea com uma leguminosa, alguns ciclos de doenças são interrompidos em comparação com sistemas que usam somente gramíneas.

Outros ganhos com o consórcio milho x feijão guandu além da quebra do ciclo de doenças são:

  • Fixação de nitrogênio na área (Adubação verde);
  • Ganhos de proteína na forragem para os animais;
  • Descompactação do solo.

Nutrição animal

Segundo pesquisas do Instituto Emater de Nova Cantu, o consórcio de milho com feijão guandu destinado à silagem é responsável por incrementos de até 50% no teor de proteína na matéria verde.

A pesquisa conduzida na unidade da Embrapa em Campo Grande (MS) vai de encontro com este número. Segundo os pesquisadores, uma adição de 10 a 20% de feijão guandu ao plantio de milho promove aumento de até 50% no índice de proteína bruta na alimentação de bovinos.

Confira abaixo os resultados de ganhos de proteínas observados durante o doutorado da bolsista Andreia da Cruz Quintino, da Universidade Federal do Mato Grosso.

Ganhos em proteína

Milho solteiro:

  • 61% NDT
  • 9% proteína

10% de guandu

  • 58% NDT
  • 11,5% proteína

20% guandu

  • 57% NDT
  • 13,5% proteína

Manejo do consórcio

Calagem

Quando recomendada, é observado o uso calcário dolomítico na calagem. Este de ser incorporado em profundidade de 20 centímetros do solo.

Plantio

No Centro-Oeste o plantio é recomendado durante o período das águas para ambas as culturas, que tem início em novembro.

O feijão costuma germinar com cinco a sete dias após o plantio do milho. Com porte semelhante, não acontece competição por nutrientes entre as culturas.

Geralmente o plantio das duas culturas acontece simultâneamente.

Utilizando linhas alternadas, uma linha de milho e outra de guandu,o espaçamento entrelinhas aplicado em campo varia de 40 a 45 centímetros.

Adubação

Um modelo utilizado é a aplicação de aplicação uréia, cerca de 75 kg de nitrogênio por hectare, quando o milho começar a emergir. É possível realizar esta aplicação em até 20 dias desta emergência.

Níveis de fósforo e potássio devem ser avaliados mediante análise do solo para aplicação correta.

Sobre o Feijão guandu

Com sistema radicular agressivo e robusto, o feijão guandu cresce em profundidade, favorecendo a reciclagem de nutrientes e descompactação do solo em camadas mais profundas.

Por sua rusticidade, possui bom desenvolvimento em solos de baixa fertilidade.

É muito utilizado para alimentação animal e fornece elevado teor de matéria seca, inclusive durante períodos secos.

Fixadora de nitrogênio, esta leguminosa auxilia na manutenção da fertilidade do solo. A leguminosa possui capacidade de fixação de 90 a 150 quilos de nitrogênio por hectare em um ano.

Seu ótimo desenvolvimento acontece em solos profundos e bem drenados. Caso cultivado em solos ácidos e de baixa fertilidade, adubação e calagem são necessários.

Algumas cultivares utilizadas são:

O produtor pode pensar ainda no consórcio do guandu com soja ou mesmo com pastagens, o que neste caso é bastante benéfico pensando-se principalmente em recuperação da forrageira principal através da fixação de nitrogênio e melhoria no teor de matéria orgânica da área.

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Fri, 08 Feb 2019 01:39:37 +0000
<![CDATA[Brachiaria ruziziensis como cobertura de solo]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/brachiaria-ruziziensis-como-cobertura-de-solo/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Brachiaria Cobertura SoloA cobertura da superfície do solo é um dos principais pontos para o êxito do sistema de plantio direto. O uso da Brachiaria ruziziensis como cobertura vegetal em plantio direto tem alta aceitação nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, por diversas características da planta.

Rica em nutrientes, com hábito de crescimento decumbente, bom enraizamento e alta taxa de produção de folhas, a Brachiaria ruziziensis tem sido a escolha da maioria dos produtores que adotam a tecnologia do plantio direto.

Abaixo detalharemos sobre o comportamento da Brachiaria ruziziensis, como cobertura no plantio direto e as características da planta.

Vantagens da Brachiaria ruziziensis no plantio direto

Além do baixo custo de suas sementes quando comparadas com de outras forrageiras do mesmo gênero, a Brachiaria ruziziensis possui diversas vantagens para o sistema de plantio direto.

Recomendada para bovinos, a B.ruziziensis é conhecida pela sua alta velocidade de recuperação com as chuvas após o período de seca.

Este fator ajudou na expansão de seu uso em regiões de plantio direto no Nordeste e Centro-Oeste do país.

Porém, a planta é conhecida por diversos outros benefícios neste sistema:

  • Elevada formação de palhada;
  • Tempo de decomposição adequado;
  • Estruturação do solo;
  • Alta produção de raízes;
  • Descompactação do solo;
  • Alta reciclagem nutricional para o sistema;
  • Redução de danos por nematóides;
  • Elevado controle de plantas invasoras;
  • Fácil dessecação com herbicidas não seletivos.

Semeadura

A semeadura geralmente acontece a lanço, de forma terrestre ou aérea. A quantidade de sementes utilizadas é calculada pelo VC (Valor Cultural) ou quantidade de sementes por grama no caso de sementes revestidas, e é preciso da avaliação de um engenheiro agrônomo ou profissional habilitado para se definir a quantidade necessária.

Podemos dar alguns exemplos para se ter uma noção sobre a demanda de sementes para o processo de semeadura, sendo imprescindível orientação técnica para se chegar a taxa de semeadura ideal para os mais diversos tipos de situação.

Em consórcio com milho safrinha:

Há resultados satisfatórios da Embrapa Agrossilvipastoril com taxa de semeadura de 4,0 kg de sementes por hectare, considerando sementes de VC 75%, resultando em menor impacto para a produtividade do milho e com boa produção de massa seca de braquiária.

Sobressemadura com soja:

Não há incorporação da semente no solo, geralmente a densidade de aplicação é maior, tendo média de 10 quilos de semente por hectare, de acordo com o VC% das sementes, quando há lanço de forma aérea.

A época recomendada para a prática é quando a soja está nos estádios fenológicos de R5 a R6.

Cuidados com a cultura

A produção da Brachiaria ruziziensis é menor em comparação com outras espécies em períodos secos e de baixa temperatura.

Outros pontos necessários a considerar é que a espécie exige maior fertilidade do solo, além de possuir sensibilidade às cigarrinhas-das-pastagens.

Embora sua adaptação aconteça em diversos tipos de solos, tanto arenosos quanto argilosos, é preciso uma boa drenagem para que a cultura se desenvolva corretamente.

Função da cobertura no plantio direto

A função da cobertura vegetal no sistema de plantio direto é regular o ambiente, evitando variações de temperatura no solo e possíveis erosões.

Regiões com altas temperaturas e úmidas tendem a acelerar o processo de decomposição desta cobertura, que podem ser incorporadas ao solo.

A palhada da Brachiaria ruziziensis fornece nutrientes para o solo aumentando o teor de matéria orgânica e aumentando a flora no perfil do solo.

Sobre a Brachiaria ruziziensis

A Brachiaria ruziziensis possui origem no continente africano, onde seu desenvolvimento aconteceu em regiões úmidas e não inundáveis.

Características

  • Perene;
  • Subereta: altura aproximada de 1 a 1,5 m;
  • Base decumbente e radicante nos nós inferiores;
  • Rizomas fortes, forma de tubérculos arredondados com no máximo 15 mm de diâmetro.
  • Folhas: lineares e lanceoladas;
  • Comprimento: 100-200 mm
  • Largura: 15 mm de largura, pubescentes, verde amareladas.
  • Boa palatabilidade e digestibilidade;
  • Precoce;
  • Alta velocidade de rebrota;
  • Níveis de proteína: 11 a 13%.

A Brachiaria ruziziensis, embora seja uma das opções mais utilizadas no sistema de plantio direto e integração lavoura pecuária, pode ser substituída também por outras forrageiras conforme a situação, forrageiras inclusive mais produtivas, com mais tolerância a seca e outras vantagens que podem ser decisivas de acordo com objetivo do investimento

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Fri, 01 Feb 2019 10:55:43 +0000
<![CDATA[Adubação do Milho Safrinha: 5 pontos que merecem atenção]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/adubacao-do-milho-safrinha-5-pontos-que-merecem-atencao/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Adubacao Milho SafrinhaEmbora sem uso excessivo de tecnologia agrícola para sua produção, o milho safrinha representa uma importante fonte de renda na entressafra e por este motivo deve-se tomar alguns cuidados na hora da adubação.

O agricultor precisa sempre planejar o resultado que pretende gerar com o milho safrinha para ter a melhor solução de adubação para a cultura.

Na recomendação de adubação para o milho safrinha, é preciso lembrar que a baixa pluviosidade pode afetar a adubação, se feita em parcelamento.

Por esta razão é preferível implantar a cultura em solos com boa fertilidade e que necessitem apenas de aplicações suficientes para as demandas de exportação da cultura.

Antes de qualquer tomada de decisão, é preciso realizar periodicamente análises de solo para obter a melhor recomendação de adubação, realizada por um engenheiro agrônomo.

É preciso também pesquisar sobre as estimativas do milho safrinha para próxima safra, para assegurar que o investimento na cultura é a melhor escolha para o momento.

Abaixo, listamos cinco pontos de atenção na hora de planejar a adubação do milho safrinha.

Demandas do milho

Entender as demandas do milho neste modelo de cultivo é o primeiro passo para otimizar a adubação em sua área.

Conforme análise da Embrapa Milho e Sorgo, os principais nutrientes demandados pelo milho são em sequência:

  • Nitrogênio;
  • Potássio;
  • Cálcio;
  • Magnésio;
  • Fósforo.

Micronutrientes

A demanda da cultura por micronutrientes é relativamente baixa. Conforme apontamento da Embrapa, em uma produção de 9 toneladas por hectare são extraídos:

  • 2.100 g de ferro;
  • 340 g de manganês;
  • 400 g de zinco;
  • 170 g de boro;
  • 110g de cobre;
  • 9 g de molibdênio.

Mesmo com baixa demanda, a deficiência de micronutrientes afetará os processos metabólicos da planta, comprometendo o crescimento vegetal e produtividade final.

Semeadura

Aplicação de nitrogênio no sulco de semeadura

Para as semeaduras que acontecem no final de janeiro e início de fevereiro é recomendável fertilizantes nitrogenados que apresentam liberação lenta de nitrogênio, como as ureias revestidas com enxofre.

O procedimento viabiliza a liberação lenta e distribuída ao longo do ciclo, sendo uma fonte constante do nutriente para a planta.

É recomendável a aplicação no sulco da semeadura de até 50 kg/ha de nitrogênio, o que seria suficiente para a demanda da cultura em sucessão com a soja.

Neste cenário, a expectativa é de produção de 6 toneladas por hectare, ou 100 sacos/ha.

Fósforo e potássio

Pelo baixo potencial de rendimento do milho safrinha, quando necessário aplicar fósforo ou potássio, as doses serão menores em comparação com a safra normal.

Para solos com teores suficientes destes elementos, é preciso considerar o risco de um déficit hídrico durante o ciclo da cultura e aplicar quantidades demandadas (exportadas) para os grãos.

Segundo Coelho & Alves (2004), para cada tonelada de grão de milho produzida, são exportados de 6 a 10 kg de pentóxido de fósforo (P2O5), valor que aumenta para produtividades acima de 8 t/ha de grãos.

Já para o potássio, Coelho (2005) afirma que os valores variam de acordo com a produtividade e a finalidade de exploração.

Assim, produtividades inferiores a 6 t/ha tem exportação de 4 quilos potássio (K2O), enquanto produtividades acima de 8 t/ha de grãos em exportação de 6 quilos de K2O por tonelada colhida.

Adubação de cobertura

Conforme apontou a Embrapa Milho e Sorgo, quando o milho safrinha é cultivado após a soja ou outra leguminosa de verão, tem-se a classe de baixa resposta à cobertura nitrogenada

Para produtividades de até 3 toneladas de grão por hectare, é dispensada a aplicação de nitrogênio em cobertura. Porém, é preciso aplicar a dose recomendada média de 30 quilos de N/ha na semeadura.

Para solos com texturas médias e argilosas é possível aplicar nitrogênio já na semeadura, porém com atenção para não ultrapassar a dose de 60 kg/ha de N.

Adubação com micronutrientes

Algumas culturas são mais sensíveis que outras a determinados micronutrientes. Para o milho, existe o seguinte padrão de sensibilidade de deficiência:

Alta: zinco;

Média: cobre, ferro e manganês;

Baixa: boro e molibdênio.

Nos campos brasileiros, o zinco é o micronutriente limitante para o desenvolvimento do milho. Na região central do Brasil é muito comum a deficiência por este elemento.

Segundo a Embrapa, diversas pesquisas revelam que a resposta do milho à adubação com zinco é positiva, o que não acontece com os outros micronutrientes.

Recomendações de zinco variam de 2 kg/ha a 4 kg/ha, dependendo da análise de solo.

Quando a cultura apresenta a deficiência em fase de desenvolvimento, é possível aplicar pulverização com 200 litros/ha de solução com 0,5 % de sulfato de zinco, neutralizada com 0,25 % de cal extinta.

Acidez e calagem

O milho possui tolerância mediana às condições de acidez e de toxidez por alumínio. Quando a saturação por alumínio for maior do que 20% a cultura terá perdas em seu rendimento ótimo.

Em experimentos realizados pela Embrapa Milho e Sorgo, houve reduções na produtividade de híbridos de milho, na faixa de 7% a 47% devido ao aumento da saturação por alumínio no solo.

Assim, é recomendável realizar o plantio de milho safrinha em solos que apresentem a acidez corrigida.

A calagem deve ser feita antes da cultura de verão, permitindo que haja tempo para acontecer as reações do calcário no solo.

Quando a área possui saturação de alumínio maior que 20% ou teores de cálcio abaixo de 0,5 cmol dm-3, haverá limitações no desenvolvimento radicular e na absorção de água pela cultura, o que é crítico para o milho safrinha, que não possui irrigação.

Nestas condições, é preferível optar por cultivares que apresentem algum grau de tolerância ao alumínio.

Solos com baixa capacidade de armazenamento de água, como os arenosos, apresentam maior riscos para o cultivo de milho safrinha.

Considerações

  • Entender a condição climática para maximizar a produtividade do milho safrinha, com semeadura em época adequada e cultivares adaptadas ao solo e clima da região;
  • Evitar solos com problemas de acidez e preferir solos com elevado teor de matéria orgânica;
  • O manejo da adubação deve focar no que o solo receberá para exportar para os grãos;
  • Uso de sementes de alta qualidade, com elevada taxa de germinação e vigor, atrelado ao tratamento destas com inseticidas para o controle de pragas iniciais e viabilizar a uniformidade de plantas no campo.

Fontes: Circular técnica 111 - Embrapa Milho e Sorgo; Adubação do Milho Safrinha - Douglas de Castilho Gitti - Fundação MS.

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Fri, 25 Jan 2019 01:16:30 +0000
<![CDATA[Perfurador de solo - Versátil para uso em atividades rurais e construção civil]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/perfurador-de-solo-versatil-para-uso-em-atividades-rurais-e-construcao-civil/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Os perfuradores de solo são equipamentos usados tanto na agricultura quanto na construção civil. São compostos por um motor e uma broca que podem ser de diferentes diâmetros e comprimentos. São equipamentos que funcionam a gasolina, por isso, podem ser levados para qualquer lugar sem depender de energia elétrica e também são de fácil utilização. Em geral, possuem cabo emborrachado para facilitar o manuseio e permitir mais conforto durante o trabalho.

Utilidades do Perfurador de solo

Os perfuradores de solo tem a capacidade de perfurar diversos tipos de terrenos, desde os argilosos aos mais arenosos, devendo-se tomar as devidas precauções em solos mais pedregosos, o que pode levar a quebra da broca.

São muito úteis em atividades paisagísticas, no que se refere a perfuração de covas para o plantio de árvores, palmeiras, instalação de pergolados entre outros.

Em atividades rurais, são bastante utilizados para a abertura de covas, visando o plantio de mudas em geral, como frutíferas, espécies florestais e também espécies nativas, pensando-se em recuperação de áreas degradadas. Ainda são muito utilizados na construção de cercas de contenção na atividade pecuária, no que se refere a abertura de covas para a fixação de postes.

Outra funcionalidade do perfurador de solo é o auxílio na obtenção de amostras de solo para fins de análise química para recomendações de correção (calagem e gessagem) e adubação. Por ser um equipamento potente que atinge maior profundidade, ele facilita a coleta de amostras em camadas mais profundas do solo, o que é essencial para avaliação do solo, principalmente para culturas perenes, onde é importante verificar a necessidade da correção pH e nutrientes em profundidade.

Na construção civil é útil para a abertura de covas visando a inserção de estacas, brocas, canos e uma infinidade de estruturas.

Perfurador Solo

Vantagens

Em relação ao perfuradores manuais, apresentam a grande vantagem de serem mais eficientes e resultam em ganho de produtividade. Economizam tempo de trabalho, economia de mão de obra, redução de lesões no trabalho pelo esforço repetitivo, garantindo o retorno do investimento. Além disso, são uma oportunidade de negócio na terceirização de serviços de perfuração de solo.

Modelos

Conheça os modelos de perfuradores de solo que a Galpão Centro-Oeste tem para você:

Perfurador de Solo a Gasolina 52CC 2HP Broca de 25 cm x 80 cm - BPS 52 – Branco

Este perfurador é indicado para plantio de mudas em reflorestamentos, árvores frutíferas, construção de cercas e perfuração para brocas em áreas de construção civil. O equipamento acompanha broca de 25 cm de diâmetro por 80 cm de profundidade. É um equipamento relativamente leve com menos de 10 kg. Conta com até 6 meses de garantia.

Perfurador de Solo a Gasolina 52 CC 2HP Guidão duplo Sem Broca - BPS52D - Branco

Este modelo é vendido separadamente da broca. Podem se acopladas brocas de 8 a 30 cm de diâmetro, o que permite uma ampla faixa de utilização. Desde perfurações maiores para construção de fundações em área civil, até as menores como para amostragem de solo. Possui guidão duplo que permite o manuseio por 2 pessoas. É um pouco mais pesado que o modelo anterior chegando a 11,2 kg. Também conta com garantia de até 6 meses.

Perfurador de Solo a Gasolina 51,6 CC 2 HP - Sem Broca - TEA52-200 – Toyama

Equipamento que atende as demandas de sítios e fazendas para o plantio de mudas frutíferas, na silvicultura e também no paisagismo. Pode ser usado com brocas de diversos diâmetros para atender sua necessidade. Seu peso montado é de 19,2 kg

Perfurador de Solo a Gasolina 42,7 CC 1,2 HP - Sem Broca - TEA43-150 – Toyama

É um perfurador para quem busca um equipamento leve e requer somente 1 operador. É um equipamento de média potência e que atende as necessidades de uso no cultivo de florestas, reflorestamento, floricultura e jardinagem, coleta de amostras de solo para fins de análise, entre outras. Em geral, é usado com uma broca de 15 cm de diâmetro. Seu peso montado é de 10 kg, o que permite que um único operador consiga utilizá-lo. Funciona a gasolina e tem autonomia para trabalho de aproximadamente 1h.

Brocas e alongadores

As brocas e alongadores (extensores) podem ser comprados separadamente em função da necessidade de atender um determinado tipo de serviço. Existem diverso modelos a disposição. As brocas podem variar de 8, 10, 15, 20 e 30 cm de diâmetro e todas contam com um comprimento de 80 cm. Caso você precise fazer perfurações em maior profundidade, pode ser adquirido um alongador. Eles estão disponíveis nos comprimentos de 30, 60 e 80 cm. Dessa forma, utilizando um alongador de comprimento 80 cm, juntamente com a broca que mede 80 cm, é possível fazer perfurações de até 1,60 m.

Conclusão

Os perfuradores de solo são equipamentos versáteis para utilização na agricultura e construção civil. Garantem um melhor desempenho na abertura de covas, com maior agilidade e economia de mão de obra. Além disso, são uma oportunidade de trabalho na prestação de serviços agrícolas ou a construção civil.

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Fri, 14 Dec 2018 03:18:33 +0000
<![CDATA[Forth Jardim - Adubos específicos para a sua necessidade]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/forth-jardim-adubos-especificos-para-sua-necessidade/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Para manter o seu jardim bem bonito e vistoso, são necessários cuidados básicos, como irrigar bem as plantas, remover plantas daninhas, combater pragas e doenças. Porém, uma medida bastante simples para garantir um belo jardim é ter plantas saudáveis e bem nutridas. Para isso, é necessário aplicar fertilizantes, também conhecidos como Adubos.

Neles existem uma série de nutrientes fundamentais para o bom desenvolvimento da maioria das plantas. Durante o crescimento, as plantas precisam absorver certos nutrientes que vão permitir o desenvolvimento das raízes, das folhas e frutos. Esses nutrientes podem ser divididos em macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são aqueles que a planta precisa em maior quantidade, por isso temos que aplicar em quantidade maiores no solo e os micronutrientes são aqueles que a planta requer em menor quantidade.

Se a planta não estiver bem nutrida, ela vai apresentar sintomas de deficiência, como amarelecimento das folhas, a planta não cresce, fica mais vulnerável ao ataque de doenças, entre outros prejuízos.

Para evitar que você tenha esse tipo de problema no seu jardim, na Galpão Centro-Oeste você vai encontrar uma linha completa de fertilizantes para seu jardim, horta ou chácara.

Conheça alguns dos produtos Forth Jardim que podem deixar as suas plantas ainda mais bonitas e produtivas:

Linha Forth Jardim

Forth Jardim

Este fertilizante é balanceado com a maioria dos nutrientes que as plantas precisam. Pode ser aplicado em gramados, forrações, folhagens, vasos, canteiros, entre outros. É aquele adubo indispensável para se ter em casa ou chácara. Pode ser aplicado de 15 em 15 dias ou a cada 120 dias, dependendo das plantas que se deseja adubar. É muito importante irrigar as plantas após a aplicação do fertilizante, isto ajuda na absorção dos nutrientes pelas raízes e também evita que as folhas fiquem com aparência de queimadas, o que pode inclusive levar a morte das planta.

Forth Hortaliças

Já pensou em produzir hortaliças para você e sua família de forma segura? Com o Forth Hortaliças você tem todos os macro e micronutrientes que uma horta precisa para crescer e se desenvolver da forma mais adequada. Pode ser aplicado 15 dias após o plantio das sementes no canteiro ou depois de 7 dias, caso você tenha feito o plantio por mudas. Depois de 15 dias pode ser aplicado novamente em função do crescimento das plantas.

Você vai ter suas hortaliças crescendo mais vigorosas e sadias!

Forth Plantio

Este é o adubo indispensável para começar o seu jardim ou horta. É um adubo rico em cálcio e magnésio, dois elementos que auxiliam a neutralizar o pH do solo, deixando ele ideal para o desenvolvimento das plantas. Além disso, este adubo contém um ótima quantidade de fósforo que é um elemento muito importante para o bom crescimento das raízes. Deve ser aplicado na terra e ser misturado junto a ela com enxada, enxadão ou pá, tudo depende do tamanho da sua área. Em geral se aplica 200g/m2. Depois é só plantar suas mudas ou sementes, não precisa esperar como a maioria dos outros fertilizantes convencionais.

Forth Frutas

Este fertilizante é ideal para aplicar naquela frutífera que você tem no seu jardim ou no pomar da sua chácara. É um adubo rico em nutrientes como nitrogênio, potássio e enxofre, para ajudar as plantas a produzir frutos de maior qualidade. Deve-se aplicar cerca de 150g do adubo nas laterais da copa da planta e em seguida irrigar para que o adubo chegue mais rapidamente às raízes. É recomendado repetir a aplicação a cada 90 dias para garantir uma boa produção de frutas.

Forth Orquídeas – Crescimento

Para você que é amante de Orquídeas ou que ganhou uma de presente e quer cuidar bem delas, a Linha de adubos Forth Orquídeas é o que você precisa. É considerado um dos melhores adubos para orquídeas, pois tem os nutrientes que elas precisam para que se desenvolvam adequadamente. Rico em Nitrogênio e com a quantidade adequada de fósforo e potássio. Ele pode ser aplicado tanto no solo, para absorção pelas raízes, quanto via foliar, para absorção pelas folhas. Você pode fazer uma aplicação do Forth Orquídeas a cada 15 dias diluindo 1 g do produto em 1 L de água e aplicar no substrato. Ou então, borrifar a cada semana nas folhas uma calda de 2g do produto diluído em 1 L de água. Sempre evitar de colocar o adubo em contato com as flores.

Forth Orquídeas – Manutenção

Este adubo é ideal para manter sua Orquídeas quando elas já atingiram o crescimento total e estão em fase de repouso, fase em que elas não estão produzindo flores. É um adubo que contém quantidades iguais de Nitrogênio, Fósforo e Potássio e assim garante um suprimento adequado para a planta. Pode ser aplicado nas folhas semanalmente fazendo a diluição de 2g do produto em 1L de água e borrifar nas folhas e raízes. Ou então diluir 1 g do produto em 1L de água e aplicar no substrato de plantio a cada 15 dias.

Forth Orquídeas - Floração

Indicado para a fase que em que as Orquídeas estão florescendo. Possui uma elevada quantidade de fósforo que é um elemento muito importante para o crescimento das raízes para garantir uma boa florada. Pode ser aplicado da mesma forma que os outros adubos da Linha Forth Orquídeas, sendo nas folhas semanalmente, fazendo a diluição de 2g do produto em 1L de água e borrifar nas folhas e raízes. Ou então diluir 1 g do produto em 1L de água e aplicar no substrato de plantio a cada 15 dias.

Forth Palmeiras

É cada vez mais comum o uso das Palmeiras para ornamentação de jardins ou mesmo no interior das residências em vasos. E para que elas cresçam da forma mais adequada é essencial um adubo que atenda as necessidades deste tipo de planta. O Forth Palmeiras é um adubo completo para este tipo de planta. Além disso, possui magnésio em sua composição, que é um dos nutrientes que mais causam deficiência em Palmeiras. Dilua 10g do adubo em 1 L de água e aplique nos vasos com Palmeiras a cada 15 dias. Ou para plantas externas aplicar de 50 a 100g /m de altura do tronco a lanço ao redor do tronco, sempre irrigando após a aplicação.

Forth Cobre – pronto para uso

É um fertilizante foliar composto de Cobre, Cálcio e Enxofre, elementos essenciais para dar mais resistência a doenças, melhorar a fotossíntese, promover melhor qualidade dos frutos e permitir uma planta mais sadia. É um adubo pronto para o uso, não precisa ser diluído. Agite antes de usar e aplique borrifando sobre as folhas das plantas. Pode ser reaplicado a cada 30 dias. É recomendado que se aplique nas primeiras horas do dia, quando a temperatura ainda está baixa e também evitar a aplicação em dias chuvosos para evitar que o produto seja removido das folhas.

Os adubos ou fertilizantes são fundamentais para a boa manutenção do seu jardim pois evitam que as plantas tenham deficiências dos nutrientes que elas mais precisam. Fique atento para a escolha do fertilizante mais adequado para o tipo de planta que você tem na sua casa ou propriedade e qualquer dúvida nossa equipe está pronta para passar maiores informações.

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Thu, 29 Nov 2018 20:23:10 +0000
<![CDATA[Controle de ervas daninhas em gramados]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/controle-de-ervas-daninhas-em-gramados/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Erva DaninhaSe você tem um gramado em sua casa, sítio ou fazenda, com certeza já deve ter observado o surgimento de algumas plantas indesejadas no meio da grama, as tais ervas daninhas ou pragas. Elas podem prejudicar o crescimento do gramado, competir por nutrientes, luz e água, abrigar insetos e pragas e ainda comprometer o aspecto visual do gramado. Por isso é importante combatê-las!

O que são ervas daninhas?

Uma planta é considerada erva daninha quando a mesma surge em um local indesejado, sem ter sido ali semeada ou plantada de forma ordenada. As ervas ou plantas daninhas podem apresentar como características a alta produção de sementes, crescimento e estabelecimento rápido, alta persistência temporal de suas sementes, bulbos, etc. no solo, entre outras. Lembrando que, qualquer espécie, até mesmo uma planta de milho, que surja em uma área onde não é desejada, a mesma será considerada uma planta invasora, portanto passível de controle.

Como controlar as ervas daninhas em gramados?

Existem diversas formas de controle que podemos pôr em prática para controlar ervas daninhas. Entre elas se destaca o controle químico, com os herbicidas ou “mata mato”, que apresenta muitas vantagens.

É um método de controle eficiente, com resultado rápido, baixo custo de mão-de-obra e pode ser aplicado em praticamente todos os tipos de ervas daninhas.

Os herbicidas podem ser classificados em seletivos e não seletivos. Os seletivos vão eliminar as plantas com determinadas características, por exemplo, somente ervas daninhas de folhas largas. Isto significa que as outras plantas de folhas estreitas, como é o caso da maioria das plantas que formam gramados, não vão morrer se entrarem em contato com o produto. Um dos produtos mais usados é o herbicida a base de 2,4-D, que age somente nas plantas de folha larga..

Uma das plantas daninhas de mais difícil controle é a Tiririca (Cyperus rotondus). Ela pode ser encontrada nas mais diversas regiões do Brasil e tem grande capacidade de reprodução por sistema de tubérculos, popularmente chamadas de “batatinhas”.

Quais herbicidas aplicar para combater ervas daninhas em gramados?

Existem uma série de herbicidas que podem ser utilizados em função do tipo de gramado e do tipo de planta que se deseja combater.

A seguir vamos listar 2 produtos muito eficientes que você encontra na Galpão Centro Oeste para controle químico de ervas daninhas em gramados.

Kapina Tradicional

Este produto tem em sua composição o ingrediente ativo Imazapir a 2,5%. É um herbicida do tipo seletivo indicado para controle da Tiririca. Pode ser aplicado em nos seguintes tipos de gramas: Grama Bermuda, Grama Esmeralda, Grama Santo Agostinho, Grama Batatais, Grama São Carlos.

É recomendado 3 mL do produto para cada litro de água. Usando nesta concentração não vai causar o efeito de toxidade à planta.

O produto deve ser aplicado com pulverizador diretamente sobre as plantas, nas primeiras horas da manhã ou no finalzinho do dia, quando as temperaturas são mais amenas. Após aplicação, deve-se evitar irrigar o gramado por no mínimo 2 horas para o herbicida fazer efeito. Os resultados da aplicação começam aparecer de 20-30 dias após o tratamento, com os primeiros sinais de fitotoxicidade das ervas após 15 dias da aplicação.

Kapina Plus

Este produto é recomendado principalmente para gramados de Grama Esmeralda, combatendo um número maior de plantas daninhas de folhas largas. O princípio ativo é o Imazapir a 2,5% e deve ser diluído na proporção de 3 mL do produto para cada litro de água.

A aplicação deve ser dirigida sobre as plantas daninhas de folhas largas, na horas mais frescas do dia. Este herbicida combate ervas daninhas de até 10 cm de altura e com no máximo 6 folhas. O resultado da aplicação pode ser visto de 10 a 15 dias depois.

Não deve ser usado para Gramados de Grama Batatais, Grama São Carlos e Amendoim Forrageiro, pois causa fitotoxicidade às plantas, podendo levar a morte das mesmas conforme a concentração utilizada.

Atenção para a recomendação do produto

Os herbicidas devem ser aplicados conforme doses recomendadas pelo fabricante para não causarem efeitos tóxicos na planta. Se a planta receber uma quantidade elevada do herbicida pode ocorrer a Fitotoxicidade, que é uma reação tóxica da planta, prejudicando seu desenvolvimento. Ela pode apresentar sintomas como amarelecimento até necrose (queima) da folha e a intensidade varia de acordo com a quantidade aplicada.

Se o efeito tóxico à planta for muito grande, a planta pode morrer, por isso muita atenção na dosagem do produto.

Como aplicar o herbicida?

Os produtos para combater as ervas daninhas, também chamados de herbicidas, devem ser aplicados com pulverizadores. Estes equipamentos possuem um tanque onde é colocado o herbicida juntamente com água, e conforme o caso adjuvantes, como óleo mineral, e com ele é possível distribuir de maneira uniforme o produto em toda a área do gramado.

Na escolha do pulverizador, é importante levar em consideração o tamanho do gramado, a pressão de trabalho do equipamento, o tipo de bico de pulverização. Cada bico tem um determinado diâmetro de abertura que vai dar uma vazão e tamanho de gota diferentes. O tamanho das gotas e a vazão são importantes pois vão determinar a eficiência da aplicação. Gotas muito grandes podem bater na folha e escorrer, enquanto gotas muito finas podem ser levadas pelo vento e não atingirem a erva daninha

Conclusão

O controle químico de ervas daninhas em gramados é muito eficiente e garante o bom desenvolvimento da grama, já que elimina a competição com ervas daninhas. Deve-se atentar para qual tipo de grama você tem e quais as plantas daninhas estão infestando sua área para usar o herbicida correto. Atenção especial deve ser dada a dosagem do produto para não causar efeito tóxico no gramado.

Se você ainda tem alguma dúvida, deixe um comentário ou entre em contato com nossa equipe que está preparada para passar maiores informações!

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Fri, 16 Nov 2018 18:37:28 +0000
<![CDATA[Sementes de milho para plantio: 6 dicas para comprar de forma segura]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/sementes-de-milho-para-plantio-6-dicas-para-comprar-de-forma-segura/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Semente Milho TratadoO milho é uma das principais culturas plantadas no Brasil e a nível mundial. É uma cultura de grande importância para a alimentação animal, alimentação humana e produção de biocombustíveis (como o etanol). Ou seja, o milho é muito versátil quanto às possibilidades de uso.

Além disso, o milho pode ser produzido em sistemas mais tecnificados, em grandes fazendas, como também na agricultura familiar, usando pouca tecnologia. Cada tipo de produtor pode adequar o plantio da cultura às suas condições. Porém um fator que não pode ser deixado de lado, independente do seu nível de tecnificação é a escolha das sementes de milho.

Por este motivo, selecionamos 6 dicas para que você compre sementes de milho de forma segura, potencializando a sua produção.

Preço: não compre sementes de milho pensando apenas no preço!

No momento da compra temos a tendência de querer comprar a semente mais barata para reduzir nosso custo de produção. Porém, nem sempre a semente mais barata é a melhor. Devemos levar em conta a qualidade da semente em relação ao seu preço. Mas quais fatores determinam a qualidade da semente?

  • Porcentagem de germinação de sementes de milho (%): indica a quantidade de sementes que vão germinar em condições ideais de plantio. Se na embalagem das sementes indicar 90% de germinação, isto significa que de cada 100 sementes, 90 delas vão germinar. Ou seja, as outras 10 sementes não são viáveis. Portanto, quanto mais alta a porcentagem de germinação, melhor.
  • Grau de pureza (%): a pureza das sementes indica a presença de materiais estranhos dentro da embalagem. Esse tipo de material pode ser restos de material vegetal, palha, entre outros, ou seja tudo aquilo que não é semente de milho. Um grau de pureza de 98%, por exemplo, indica que de cada 100 gramas de sementes daquela embalagem, 98 gramas são de sementes de milho e 2 gramas de materiais estranhos, porém não prejudiciais. Assim, quanto maior o grau de pureza, melhor.
  • Vigor das sementes: é muito importante o vigor, pois este indica se as sementes vão germinar de forma rápida, com plântulas fortes e que vão se estabelecer de maneira uniforme. Plantas vigorosas vão ser mais resistentes às adversidades ambientais, como seca, baixa fertilidade do solo entre outras.
  • Viabilidade: a viabilidade é a porcentagem de sementes vivas capazes de germinar. Isto significa que nem todas as sementes viáveis vão germinar porém serve de indicativo para escolher um lote em relação ao outro.
  • Sanidade da semente: é um fator que indica a ausência de pragas e doenças na semente. Sementes beneficiadas em condições inadequadas podem apresentar fungos, bactérias e pragas que podem impedir a sua germinação quando em contato com o solo.

Na Galpão Centro-Oeste você encontra várias opções de sementes de milho, todas fiscalizadas e de qualidade certificada. Veja mais em Sementes de Milho!

Compre sementes certificadas: fuja das sementes piratas!

Para se obter sementes de qualidade e com boas condições sanitárias, é preciso que a mesma seja produzida dentro de padrões já estabelecidos pela legislação brasileira. Estes padrões garantem que o produtor adquira sementes sadias, livres de pragas e doenças e que sejam de fato do cultivar, variedade ou híbrido que o produtor deseja adquirir. Se tem a certeza de que as sementes a serem adquiridas são certificadas através do certificado de análise das sementes, a qual deve acompanhar a nota fiscal e o produto adquirido.

Fique atento ao certificado de análise de sementes.

Este certificado é muito importante pois indica que as sementes foram produzidas por empresas idôneas. As empresas que emitem este laudo de análise precisam estar cadastradas junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e, para isso, precisam atender uma série de exigências como: receber assistência de um responsável técnico devidamente registrado no Ministério da Agricultura com RENASEM vigente, trabalhar com sementes de origem comprovada, as sementes a serem comercializadas devem ser submetidas a análises em laboratórios fiscalizados pelo MAPA, entre outras tantas exigências que tem por objetivo garantir que o produtor compre suas sementes de milho de forma segura.

Faça o teste de germinação

Antes do plantio da área total, é recomendado retirar uma amostra das sementes compradas e fazer um teste de germinação para verificar se está de acordo com o informado pela empresa produtora.

Este teste pode ser feito em laboratórios particulares ou mesmo na propriedade rural.

Basta semear 100 sementes em um canteiro ou bandeja com areia, manter úmido e contar o número de plantas que emergem do solo depois de 5-6 dias, tempo médio para germinação.

Caso a % de germinação for diferente da informada na embalagem, o produtor tem o direito de reclamar com a empresa produtora.

Ano safra e armazenamento

As sementes tendem a perder o seu potencial germinativo ao longo do tempo, por isso é importante que sejam armazenadas em condições adequadas de temperatura e umidade. Isso garante que elas preservem suas características de qualidade por mais tempo.

O produtor deve estar atento também a compra de sementes de safras antigas (muito velhas). Em geral, elas apresentam um valor de mercado mais baixo, mas a qualidade pode estar comprometida devido ao longo tempo de armazenamento.

Cuidados com o transporte e armazenamento das sementes adquiridas

Atenção especial deve ser dada para o transporte das sementes. O veículo de transporte deve ser limpo, com o assoalho liso para evitar que ocorram rasgos na embalagem. Isto deve ser feito para evitar que a sacaria seja perfurada, pois pode ocorrer a contaminação das sementes por pragas e doenças, levando à perda da qualidade. No transporte e armazenamento também deve ser mantido em boas condições de temperatura e umidade para não prejudicar a viabilidade das sementes de milho.

Conclusão

Portanto, o produtor deve estar atento para a compra de sementes, pois é um dos principais insumos e que vai influenciar diretamente o sucesso da produção de milho. Uma semente de qualidade vai determinar o potencial de produção da lavoura.

A principal dica é não levar somente o preço em consideração. Além do preço, outros fatores que foram descritos neste texto devem ser analisados.

Seguindo estas 6 dicas para comprar sementes de milho de forma segura, você terá mais chances de ter sucesso na sua lavoura!

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Sat, 03 Nov 2018 00:41:18 +0000
<![CDATA[Motor elétrico da Nova: qual o melhor modelo para a minha atividade?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/motor-eletrico-da-nova-qual-o-melhor-modelo-para-a-minha-atividade/

Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Motor Eletrico NovaÉ hora de adquirir um motor elétrico da Nova para a melhoria e otimização das operações de seu negócio. Seja para o trabalho no campo, pecuária ou atividade agroindustrial, é necessário considerar alguns elementos do motor antes de sua compra.

Nós da Galpão Centro-Oeste selecionamos quatro modelos que acreditamos melhor atender nosso público.

Vamos listar abaixo quais as diferenças e melhores aplicações de cada modelo de motor elétrico da Nova.

Caso tenha alguma dúvida, converse conosco em nosso chat abaixo ou deixe uma mensagem em nossa central de atendimento.

Motores monofásicos abertos IP21

Este motores são ideais para uso em ambientes isentos de poeiras e sujidades.

É importante atenção para esta característica pois estes modelos não possuem proteção contra partículas sólidas do ambiente.

Em nosso e-commerce, disponibilizamos para venda o Motor Elétrico Monofásico da Nova de 110/220V, um modelo leve, porém com potência e rotação robustas para operações no agronegócio e operações no cotidiano.

Abaixo, listamos algumas utilizações para o motor, lembre-se sempre de manter o equipamento em local isento de poeira para aumentar a vida útil e a garantir a máxima funcionalidade do equipamento.

Utilização:

  • Compressores;
  • Amaciadores;
  • Picadores e moedores de carne;
  • Cortadores de frios;
  • Fatiador de alimentos;
  • Cilindros;
  • Misturadores e extrusoras de massa;
  • Liquidificadores industriais;
  • Banheiras de hidromassagem;
  • Filtros de piscina;
  • Cortadores de grama;
  • Motobombas;
  • Máquinas operatrizes de pequeno porte;
  • Betoneiras;
  • Lavadoras;
  • Centrífugas de roupas.

Características Técnicas

  • Frequência: 60Hz
  • Tensões: 110-127/220-254V
  • Carcaças normalizadas: NEMA MG 1: 48, 56, 56H e 182/4T;
  • Cor: cinza MUNSELL 6,5;
  • CV: 1
  • kW: 0,74
  • Carcaça: H56
  • Rpm: 3480
  • Corrente Nominal In(A) 220V: 6,9
  • Ip/In: 5,4
  • Conjugados

Nominal (kgf.m): 0,206

Com rotor bloqueada Cp/Cn: 2

MáximoCmax/Cn: 2,2

  • Potência nominal

Rendimento ɳ (%)

50%: 51,9

75%: 59,1

100%: 63,2

Fator de Potencia (Cos ϕ)

50%: 0,57

75%: 0,68

100%: 0,77

  • Fator de Serviço: 1,15
  • Momento de Inercia J(kgm²): 0,00095
  • Trb(s): 6
  • Peso (kg): 12

Caso precise de mais informações sobre o motor elétrico aberto da Nova, fale conosco em nosso chat abaixo ou deixe envie sua dúvida para nossa central de atendimento ao cliente.

Motores Blindados: Proteção IP56

Os motores elétricos blindados da Nova contam com grau de proteção IP56, que garante maior vedação, possibilitando trabalhos em ambientes com elevados níveis de partículas sólidas.

Estes motores utilizam o retentor BR, que é formado por um anel metálico de reforço revestido com borracha nitrílica e uma mola de tração.

A superfície do eixo é retificada, maximizando a vedação e a vida útil do motor elétrico.

Motores Monofásicos Blindados IP56

São motores ideais para trabalhos no campo, onde a palha e a água podem entrar em contato o motor sem ocasionar qualquer dano ao aparelho ou ao seu desempenho.

O Motor Elétrico Monofásico Blindado da Nova de 220-254V é um modelo mais pesado em relação ao aberto, porém o desempenho e eficiência são maiores. Este motor possui 7,5 cavalos e 2 polos.

Utilização:

  • Correias transportadoras;
  • Alimentadores;
  • Trituradores;
  • Picadores;
  • Forrageiras;
  • Serras;
  • Motobombas para irrigação;
  • Descarregadores de silos;
  • Moinhos;
  • Elevadores;
  • Ensiladeiras;
  • Debulhadores de milho.

Características técnicas

  • Frequência: 60Hz
  • Tensões: 110-127/220-254V
  • Grau de proteção: IP56
  • Cor: cinza MUNSELL 6,5;
  • CV: 7,5
  • kW: 5,5
  • Carcaça: 132S
  • Rpm: 3515
  • Corrente Nominal In(A) 220V: 35,8
  • Ip/In: 6
  • Conjugados

Nominal (kgf.m): 1,5

Com rotor bloqueada Cp/Cn: 2,7

MáximoCmax/Cn: 2,6

  • Potência nominal

Rendimento ɳ (%)

50%: 74

75%: 78,5

100%: 80,5

Fator de Potencia (Cos ϕ)

50%: 0,73

75%: 0,82

100%: 0,87

  • Fator de Serviço: 1,15
  • Momento de Inercia J(kgm²): 0,0213
  • Trb(s): 6
  • Peso (kg): 67

Motores Elétricos Trifásicos Blindados IP56

Os motores elétricos trifásicos blindados da Nova foram desenvolvidos para consumirem menor energia elétrica e assim apresentar maior eficiência.

Estes modelos possuem a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) e são ideais para atividades mais pesadas no campo, na agroindústria e na construção civil.

Em nossa loja dispomos de dois modelos desta categoria, uma versão com 7,5 cavalos e 2 polos e outra versão com 5,0 cavalos e 4 polos. Ambos para tensão de 220 volts, a versão com 2 pólos é mais pesada e potente.

Características gerais

  • Motores de alto rendimento ABNT NBR-17094-1
  • Menor elevação de temperatura.
  • Podem operar em regimes intermitentes, em sobrecarga, altitudes superiores a mil metros e temperaturas ambiente elevadas, superiores a 40º C;
  • Baixo nível de ruído (quando em função de ventilador otimizado);
  • Rotor de gaiola;
  • Ponta de eixo dianteira com furo roscado.

Utilização

  • Compressores;
  • Bombas;
  • Ventiladores;
  • Exaustores;
  • Prensas;
  • Correias transportadoras;
  • Pontes rolantes;
  • Elevadores;
  • Laminadoras;
  • Máquinas operatrizes;
  • Máquinas agrícolas;
  • Misturadores;
  • Trituradores;
  • Evaporadores;
  • Trefiladeiras;
  • Britadeiras;
  • Talhas;
  • Indústria mecânica em geral.

Características técnicas

Motor Elétrico Trifásico 220V Blindado IP56 7,5 CV - 2 polos da Nova

  • Frequência: 60Hz
  • Tensão: 220-254V
  • Grau de proteção: IP56
  • Cor: Azul RAL 5019;
  • CV: 7,5
  • kW: 5,5
  • Carcaça: 112M
  • Rpm: 3515
  • Corrente Nominal In(A) 220V: 18,6
  • Ip/In: 9,5
  • Conjugados

Nominal (kgf.m): 1,528

Com rotor bloqueada Cp/Cn: 2,3

MáximoCmax/Cn: 3,4

  • Potência nominal

Rendimento ɳ (%)

50%: 85,7

75%: 87,3

100%: 88,5

Fator de Potencia (Cos ϕ)

50%: 0,8

75%: 0,86

100%: 0,88

  • Fator de Serviço: 1,15
  • Momento de Inercia J(kgm²): 0,01
  • Trb(s): 6
  • Peso (kg): 50

Motor Elétrico Trifásico 220V Blindado IP56 5,0 CV - 4 polos - Nova

  • Frequência: 60Hz
  • Tensão: 220-254V
  • Grau de proteção: IP56
  • Cor: Azul RAL 5019;
  • CV: 5
  • kW: 3,7
  • Carcaça: 100L
  • Rpm: 1240
  • Corrente Nominal In(A) 220V: 14,2
  • Ip/In: 7,5
  • Conjugados

Nominal (kgf.m): 2,057

Com rotor bloqueada Cp/Cn: 2,4

MáximoCmax/Cn: 2,9

  • Potência nominal

Rendimento ɳ (%)

50%: 83,1

75%: 85,1

100%: 87,5

Fator de Potencia (Cos ϕ)

50%: 0,58

75%: 0,72

100%: 0,78

  • Fator de Serviço: 1,15
  • Momento de Inercia J(kgm²): 0,0103
  • Trb(s): 6,5
  • Peso (kg): 39

Está interessado em um Motor Elétrico Trifásico 220V Blindado mas ainda não está certo qual dos dois modelos melhor lhe atende? Fique à vontade para nos contatar em nosso chat ou deixe sua dúvida em nossa central de atendimento ao cliente. Conte com nossa equipe para lhe ajudar neste momento de aquisição de um motor elétrico da Nova para seu negócio.

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Thu, 11 Oct 2018 15:16:56 +0000
<![CDATA[Qual motocultivador Branco é o ideal para minha propriedade?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/qual-motocultivador-branco-e-o-ideal-para-minha-propriedade/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Tratorito BrancoA produção cresceu e é hora de comprar um motocultivador Branco para facilitar o revolvimento do solo e materiais orgânicos.

A Branco possui três modelos de motocultivadores. Em nossa loja disponibilizamos todos, pensando nas diferentes condições e necessidades dos agricultores.

Todos os modelos são indicados para atividades diversas em pequenas propriedades. Agricultores que trabalham com hortaliças e camas de aviários têm aplicado com sucesso estes equipamentos.

Existem algumas diferenças técnicas e estruturais entre os modelos disponíveis. Entender a fundo cada equipamento fará a diferença na hora de escolher qual motocultivador lhe trará melhor custo-benefício.

Abaixo vamos detalhar as características de cada motocultivador da Branco. Caso tenha alguma dúvida, fique à vontade para nos contatar em nosso chat ou através do Fale Conosco.

Características

Motocultilvador - Tratorito BTTD 5.0 – 800

Este é o modelo de entrada da Branco. É ideal para pequenas áreas que não demandam uso prolongado da máquina.

Com potência de 5 cavalos e rotação 3600 rpm, o motor desta máquina lhe auxiliará no revolvimento do solo com facilidade.

  • Partida manual
  • Alavanca de embreagem e acelerador nos guidões;
  • Motor a diesel horizontal
  • Capacidade do tanque: 2,5 litros
  • Peso: 85 kg

Motocultilvador Tratorito BTTG 6.5 – 800

Esta linha é mais potente e pode ser utilizada em solos com maior dureza e secos. O motor desta máquina possui 6,5 cavalos e rotação 3600 rpm.

Os discos laterais no modelo auxiliam não somente no transporte, mas no correto alinhamento da máquina.

O modelo é o único com farol de iluminação, facilitando o trabalho em locais com baixa luminosidade, além de permitir o trabalho em campo em horários alternativos.

  • Chave de liga/desliga próxima ao guidão;
  • Farol de iluminação;
  • Alavanca de marchas próxima do motor;
  • Presença de discos laterais nas extremidades;
  • Motor a gasolina horizontal
  • Capacidade do tanque: 3,6 litros
  • Peso: 85 kg

Motocultilvador Tratorito BTTD-10 – 1350

Em nosso e-commerce dispomos dos modelos com partida elétrica ou partida manual. Ambos modelo possuem elevada potência. O motor de 10 cavalos e os discos laterais facilitam o revolvimento em locais com maior dureza ou quantidade de matéria orgânica.

  • Cabo de comando entre os guidões;
  • Presença de discos laterais nas extremidades;
  • Motor a diesel horizontal
  • Capacidade do tanque: 5,5 litros
  • Peso: 125 kg

Óleo

O procedimento para troca de óleo é o mesmo em todos os modelos:

  1. Remover o bujão de nível de óleo e limpar a vareta medidora.
  2. Instalar vareta medidora no bocal de abastecimento e sem rosquear, verifique o nível de óleo.
  3. Caso necessário, completar o motor com o óleo recomendado até o nível indicado.
  4. Rosquear o bujão novamente.

Porém o volume de óleo necessário para cada motocultivador é diferente:

Óleo recomendado varia conforme o combustível do motocultivador:

Óleo da caixa de transmissão

Os motocultivadores da Branco saem de fábrica sem óleo na caixa de transmissão. É necessário fazer o primeiro abastecimento.

A Branco recomenda o óleo tipo SAE 90 para todos os modelos. A variação acontece apenas no volume necessário:

Tração

É comum utilizar as máquinas acopladas com outro maquinário para semear ou adubar o solo.

A capacidade de tração das máquinas varia conforme o modelo e terreno.

Terreno plano:

Terrenos com inclinação de até 25 graus:

Sulcador

Sulcadores não acompanham os aparelhos, porém é possível solicitar este item opcional. Todos os modelos estão aptos a receber o item.

Caso tenha alguma dúvida sobre o melhor moticultivadores da Branco para sua realidade de trabalho, fale conosco pelo chat abaixo ou através do Fale conosco.

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Fri, 05 Oct 2018 20:34:06 +0000
<![CDATA[Pastagens Embrapa: Qual a melhor opção para minha fazenda?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/pastagens-embrapa-qual-a-melhor-opcao-para-minha-fazenda/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Embrapa Gado CorteBase para o bom desenvolvimento do rebanho, a espécie forrageira possui papel fundamental na agropecuária. Com diversas variedades desenvolvidas nas últimas décadas, a escolha por forrageiras da Embrapa é um avanço para garantia da boa oferta nutricional ao gado.

A gama de forrageiras no Brasil é extensa. Este fato é resultado do trabalho de instituições como a Embrapa e a Unipasto, que nos últimos anos trabalham para selecionar as melhores cultivares para um país com diferentes realidades de clima, solo e produção animal.

Pensando em facilitar a escolha pelas melhores variedades, o Galpão Centro-Oeste selecionou os melhores materiais para sua fazenda. Abaixo vamos explicar as principais forrageiras selecionadas pela Embrapa e suas principais características. Se ficar com alguma dúvida, estamos à disposição em nosso chat abaixo ou em através do Fale Conosco

BRS Piatã

Lançada comercialmente em 2006 pela Embrapa, esta forrageira foi desenvolvida a partir de uma planta coletada na África nos anos de 1984 e 1985, a BRS Piatã é uma Brachiaria brizantha.

Descrição

A Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã é conhecida pelo seu porte médio, possui altura de 0,85 a 1,1 metro. Com folhas largas, que podem chegar até 45 centímetros, a planta atinge em média 1,8 metros de altura.

  • Inflorescência com doze ramificações;
  • Florescimento precoce: Janeiro a fevereiro;
  • Maturação das sementes de fevereiro a março.

Produção

  • Indicado para regiões de clima tropical e tropical úmido.
  • Cultivada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, regiões mais quentes do Sul e na Pré-Amazônia.
  • Excelente produção em solos de média e boa fertilidade, sua produtividade é maior em zonas tropicais do Brasil

Na Galpão Centro-Oeste é possível adquirir a BRS Piatã em embalagens padronizadas.

Produção de forragens

A produção total média de forragem é de 9,5 toneladas de matéria seca por hectare ao ano com 57% de folhas. Cerca de 36% dessa produção acontece no período seco do ano, favorecendo a nutrição animal nesta época, segundo a Unipasto.

Diferenciais

  • Floração precoce: Comportamento permite recuperação das plantas e produção de forragem no final do período chuvoso.
  • Colmos fino: Devido a maior digestibilidade, o gado consegue aproveitar melhor desta parte da planta, favorecendo seu aproveitamento como forragem disponível ou reserva na seca.
  • Maior resistência às cigarrinhas de pastagens que o capim-xaraés. (Porém sofre danos com cigarrinha-da-cana - presente no Norte do país, assim como todas as brizantha, com exceção da Brachiaria brizantha cv. BRS Ipyporã)
  • Maior resistência à solos com baixa drenagem, quando comparado ao capim-marandu.
  • Boa produtividade em consórcio com o estilosantes Campo Grande.
  • Excelente opção para integração lavoura-pecuária pelo crescimento inicial lento, pelo manejo, arquitetura de planta e acúmulo de forragem no período seco.

Manejo

  • A altura da pastagem deve permanecer de 25 e 35 centímetros em pastejo contínuo.
  • Em sistemas rotacionado, a altura média deve ser de 40 cm no momento da entrada dos animais e de 20 cm na saída.
  • Solos de alta fertilidade é possível trabalhar com entrada de 35 cm e saída de 15 cm.

Adubação

As exigências da BRS Piatã quanto à fertilidade do solo são médias. Ela não é indicada para solos de baixa fertilidade, porém com boa adaptação em solos arenosos de boa fertilidade. A cultivar Piatã responde melhor ao fósforo que as outras cultivares de B. brizantha.

  • Não é indicada para solos de baixa fertilidade;
  • Boa adaptação em solos arenosos;
  • Aplicação de calcário somente para elevar a saturação por bases do solo a 40%;
  • Adubação: incluir 30 kg de enxofre por hectare.
  • Após germinação (30 a 45 dias) aplicar de 50 a 75 kg/ha de nitrogênio.
  • Aplicação no plantio de 40 a 50 kg por hectare de uma fórmula de FTE com zinco, cobre e molibdênio. (repetir a cada três a quatro anos).
  • Atenção: Não deixar que teor Fósforo e Potássio abaixo de 80% dos valores recomendados na camada de 0 a 20 cm do solo.

Pragas e doenças

  • O capim BRS Piatã possui resistência moderada às cigarrinhas típicas de pastagens: Notozulia entreriana e Deois flavopicta.
  • Não resistente à cigarrinha-da-cana (Mahanarva fimbriolata);
  • Tolerante a fungos foliares e de raiz,
  • Resistência moderada à ferrugem causada por Puccinia levis var. Panici-sanguinalis e
  • Suscetibilidade ao carvão das sementes (doença que acomete as sementes não interferindo na condução do pastejo).

Considera a BRS Piatã uma boa opção para sua fazenda, porém ainda tem dúvidas sobre sua implantação ou manejo?

BRS Paiaguás

Conhecido por ser uma das melhores opções de Brachiaria brizantha para a diversificação de pastagens em solos de média fertilidade nos cerrados

Sua seleção aconteceu pela alta produtividade e pela elevada produção de sementes.

Esta forrageira não possui resistência à cigarrinha das pastagens, porém é capaz de resultar em elevada produção animal no período seco, graças ao alto teor de folhas e com elevado valor nutricional.

Sua maior vantagem é apresentar, no período seco, maior acúmulo de forragem de maior valor nutritivo.

Conforme apurou a Embrapa em parceria com a Unipasto, o Paiaguás resultou em ganho de peso vivo por área 45 kg/ha/ano a mais que o capim BRS Piatã na média de três anos.

Estudos observaram que pastos com BRS Paiaguás apresentaram maior controle de invasoras sob pastejo mais intensivo.

Vantagens

  • Elevado potencial de produção animal no período seco.
  • Precocidade e facilidade de manejo.
  • Excelente perfilhamento.
  • Bom controle de invasoras sob pastejo mais intensivo.
  • Sua dessecação requer baixas doses de glifosato.

Em nosso e-commerce as sementes de BRS Paiaguás são comercializada em embalagens padrão e são revestidas e tratadas para assegurar sua viabilidade.

Adubação

  • Recomendado em solos de média fertilidade;
  • Necessária adubação de manutenção, para repor Cálcio e Magnésio, através do uso de calcário dolomítico.
  • Possui elevada resposta ao Fósforo em níveis de 3 a 5 mg/dm³.

Semeadura

  • Deve ocorrer no período das chuvas, de outubro a fevereiro;
  • A taxa de semeadura é de 10 a 12 quilos de sementes revestidas por hectare;
  • Profundidade da semeadura é de 2 a 3 centímetros, que pode ser atingida com incorporação das sementes por grade niveladora ou semeadora regulada.

Produtividade

Possui o maior acúmulo de forragem e a maior área de folhas disponíveis em períodos secos;

Devido ao maior acúmulo de folhas e ao maior valor nutritivo, há maior ganho de peso por animal durante o ano todo.

Pragas e doenças

  • Apresenta dano severo sob o ataque da cigarrinha Mahanarva fimbriolata e moderado para Notozulia enteriana;
  • Não recomendada para áreas com histórico de altas infestações de cigarrinhas;
  • Hospedeira do nematóide Pratylenchus brachyurus, não é recomendada em áreas antes infestadas por este, principalmente em sistemas lavoura-pecuária.

Caso a Paiaguás seja a melhor opção para sua lavoura, fale conosco em nosso chat ou através do Fale Conosco. Iremos ajudar para que sua escolha seja a mais adequada para seu gado.

BRS Tamani

Primeiro híbrido de Panicum maximum da Embrapa, a cultivar BRS Tamani é resultado de intensos trabalhos de pesquisa realizados pela Embrapa Gado de Corte em 1992.

Principais características:

  • Porte baixo;
  • Alta produção de folhas de alto valor nutritivo (elevados teores de proteína bruta e digestibilidade);
  • Elevada produtividade e vigor;
  • Fácil manejo;
  • Resistente às cigarrinhas das pastagens;
  • Indicada para engorda de gado bovino, principalmente no cerrado;
  • Boa opção para a diversificação de pastagens em solos bem drenados;
  • Apresenta baixa tolerância ao encharcamento do solo;

No Galpão Centro-Oeste é possível encontrar as sementes peletizadas de BRS Tamani em embalagens de 10 quilos.

Manejo

O manejo desta forragem acontece em pastejo rotacionado, com altura maior que 20 a 25 centímetros

Caso a fertilidade esteja adequada, é sugerido que o período de descanso seja de até 28 dias no período chuvoso. Uma prática importante após o descanso é avaliar a taxa de lotação em comparação com a disponibilidade da forrageira.

Tem interesse em adquirir a BRS Tamani porém possui dúvidas sobre esta forrageira? Tire suas dúvidas através do nosso chat ou nos envie uma mensagem através do Fale Conosco.

BRS Quênia

Resultado do cruzamento entre dois genótipos de Panicum maximum de origem africana, esta forragem possui altura média e folhas longas e sem pelos. A BRS Quênia é cespitosa, ereta e possui perfilhamento de colmos delgados.

O florescimento é considerado precoce e ocorre a partir de janeiro no Centro-Oeste do país. Com folhas macias e colmos tenros, a forragem possui alta qualidade, o que resulta em bons ganhos de peso para o rebanho.

Uma característica que diferencia esta cultivar das outras de porte médio a alto é o baixo alongamento dos colmos.

Manejo

Para mensurar a adubação desta forrageira, é preciso calcular a produção de proteína animal desejada.

Práticas:

  • Adubação nitrogenada no período das águas;
  • Estabelecimento com 10 a 15 kg de sementes revestidas/ha;
  • Semear em solo com bom preparo ou em plantio direto (2 e 3 cm de profundidade);
  • Primeiro pastejo recomendado de 50 e 60 dias após a emergência das plantas;
  • Utilizar sob pastejo rotacionado com entrada aos 70 cm de altura e retirada com 35 cm de resíduo;
  • Período de ocupação preferencial é de 3 a 6 dias.

No Galpão Centro-Oeste comercializamos as sementes revestidas de BRS Quênia em embalagens padrão.

Características

Recomendado para solos de média e alta fertilidade nos biomas Amazônia e Cerrados. O BRS Quênia necessita de 800 mm de precipitação anual mínima.

Não é recomendado seu plantio em áreas com problemas de drenagem, ou seja, sujeitas a encharcamento ou alagamento.

A arquitetura de sua planta é seu maior diferencial em relação às cultivares tradicionais Tanzânia e Mombaça.

Com touceiras menores e maior densidade de folhas verdes e macias, seus colmos tenros e a menor porcentagem de material morto, auxiliam no manejo do pastejo e na manutenção do pasto, favorecendo o consumo da forragem pelo animal.

Pragas e doenças:

A BRS Quênia possui alta resistência por antibiose às cigarrinhas:

  • Notozulia entreriana,
  • Deois flavopicta,
  • Mahanarva fimbriolata
  • Mahanarva sp

O capim BRS Quênia possui resistência ao Bipolaris maydis (mancha das folhas), bem superior inclusive ao observado no cultivar Tanzânia.

Caso tenha alguma dúvida sobre a BRS Quênia, acesse o nosso chat ou nos envie uma mensagem através do Fale Conosco.

BRS Zuri

Resultado de uma seleção massal de populações de Panicum maximum coletadas na Tanzânia, a cultivar teve sua seleção no Brasil realizada pela Embrapa.

Sua seleção foi baseada em produtividade, desempenho do animal e resistência às cigarrinhas-das-pastagens e à mancha foliar. Seu registro e proteção aconteceram em 2013.

Destaques

  • Elevada produção;
  • Alto valor nutritivo;
  • Resistência às cigarrinhas-das-pastagens e à mancha das folhas.

Características físicas

  • Cespitosa
  • Porte ereto
  • Folhas verdes escuras, longas e arqueadas
  • Colmos grossos
  • Florescimento tardio e bem definido

Adubação e calagem

  • Boa resposta à calagem e adubação;
  • Recomendada para solos de média a alta fertilidade;
  • Pode ser implementada após cultivo de lavouras anuais em solos de baixa fertilidade;

No e-commerce do Galpão Centro-Oeste é possível adquirir as sementes revestidas da BRS Zuri em embalagens padrão.

Pragas e doenças

  • Resistente às cigarrinhas-das-pastagens: Notozulia enteriana, Deois flavopicta e Mahanarva fimbriolata
  • Alta resistência à mancha das folhas (fungo Bipolaris maydis)
  • Resistência mediana à cárie-do-sino (Tilletia ayresii)
  • Suscetível ao nematóide das lesões radiculares (assim como as outras cultivares da mesma espécie)

Manejo

  • Preferencialmente sob pastejo rotacionado
  • Altura de entrada: 70 a 75 cm
  • Altura de saída: 30 a 35 cm

Este manejo favorece o controle do do desenvolvimento de colmos e florescimento, garantindo bons níveis de produção animal.

Manutenção da forragem

  • Uso de calcário dolomítico para repor Cálcio e Magnésio;
  • Teor de fósforo deve ficar em até 80% em relação a de implantação;
  • Adubação nitrogenada deve focar no resultado da produção almejada

Caso tenha alguma dúvida sobre a BRS Zuri fique à vontade para conversar conosco em nosso chat ou nos envie uma mensagem através do Fale Conosco.

BRS Ipyporã

Resultado do cruzamento da Brachiaria ruziziensis e Brachiaria brizantha, a cultivar foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Unipasto.

Foi selecionada para suprir a demanda por uma cultivar de braquiária adaptada aos solos do Cerrado, que aliasse alta qualidade e boa produtividade com manejo simples.

Características

  • Formação de touceiras de porte baixo e prostradas
  • Elevado perfilhamento basal
  • Colmos curtos e delgados
  • Alta pilosidade nas bainhas;
  • Folhas lanceoladas e eretas com pilosidade nas duas faces.

No Galpão Centro-Oeste comercializamos as sementes da BRS Zuri revestidas em embalagens padrão.

Manejo e implantação

  • Recomendada para solos de fertilidade mediana, com saturação por bases (V%) entre 35 e 40%.
  • Semeadura necessita de solo com bom preparo, ou em plantio direto, à profundidade de 2 a 6 cm.
  • Com semeadura é possível atingir populações de 20 a 40 plantas por metro quadrado;
  • Primeiro pastejo recomendado com 50 a 60 dias após a emergência das plantas.

O primeiro pastejo possibilita um aproveitamento melhor da forragem e auxilia no perfilhamento basal e manejo da pastagem.

  • Elevado grau de resistência por antibiose às cigarrinhas-das-pastagens Notozulia entreriana, Deois flavopicta, Mahanarva sp e Mahanarva fimbriolata,
  • Esta cultivar consegue retardar o desenvolvimento das cigarrinhas e reduzir a taxa de sobrevivência;
  • Alternativa para uso em áreas antes infestadas estas pragas;
  • Não possui resistência a solos encharcados, assim não é recomendada para solos com problemas de drenagem.

Caso tenha alguma dúvida sobre a implantação da BRS Ipyporã. Utilize nosso chat ou nos envie uma mensagem através do Fale Conosco.

Esperamos que tenham apreciado este artigo! Dúvidas sobre estes e outros materiais não citados aqui, fique a vontade em entrar em contato com nossa equipe!

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Fri, 28 Sep 2018 18:27:26 +0000
<![CDATA[Capim-Andropogon: Suas vantagens como pastagem]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capim-andropogon-suas-vantagens-como-pastagem/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Fornecer plantas forrageiras de alta qualidade e resiliência são fundamentais na pecuária. A escolha pelo capim Andropogon gayanus cv. Planaltina é um passo certo para o sucesso do gado no campo.

Se você já ouviu muitos casos de sucesso na implantação desta forrageira e quer adotar ela em seu pasto, vamos explicar os motivos dessa preferência e como realizar seu manejo.

Por sua capacidade de crescer em diversos tipos de solos e ser resistente à diversas adversidades, comercializamos a Andropogon gayanus cv. Planaltina em nosso e-commerce. Caso precise de alguma orientação sobre a semente ou sobre o cultivo desta forrageira, entre em contato conosco pelo nosso chat ou pelo canal de atendimento ao cliente.

Características do Capim-Andropogon

Capim AndropogonConhecido como capim-andropogon, o Andropogon gayanus cv. Planaltina cresce em touceiras que podem chegar a um metro de diâmetro e uma altura de um a três metros. Originária da África Tropical, esta gramínea atualmente é amplamente utilizada nos cerrados tropicais e em áreas com seca prolongada.

Esta forrageira é pouco exigente em fertilidade de solo, preferindo solos bem drenados. O Andropogon gayanus cv. Planaltina é muito difundido no Brasil por ser uma forrageira perene, ereta e com elevada produção de fitomassa.

Com produtividade considerada elevada, é possível obter aproximadamente de 10 toneladas por hectare em épocas chuvosas e média de 5 toneladas em períodos secos. Seu cultivo ganhou força como substituição ao plantio da Brachiaria decumbens, que não possui resistência à diversas pragas.

Resistência

A resistência desta forrageira é um dos pontos-chave para sua escolha. O pecuarista não precisa se preocupar com pragas como cigarrinha e o percevejo castanho, pois esta forragem é resistente.

Diferente de algumas forrageiras, o capim-andropogon não apresenta problemas de fotossensibilização. Seu cultivo acontece sem grandes perdas em solos ácidos e de baixa fertilidade natural, além de ser resistente à seca e ter tolerância ao fogo.

O capim-andropogon possui algumas limitações como, susceptibilidade às formigas, que geram problemas para o estabelecimento da forrageira e diminuição de seu valor nutritivo.

Fácil semeadura

A semeadura deve ser feita com sementes de qualidade para garantir a correta germinação da forragem. Para o sucesso da forragem, é recomendado o plantio em épocas chuvosas. Para o plantio em sulcos recomendam se espaçamentos de 0,6 a 1,0 m entre linhas.

Em nosso e-commerce, disponibilizamos sementes peletizadas do Andropogon gayanus cv. Planaltina. Estas sementes são peletizadas com Yoorim, um fertilizante à base de fósforo que potencializam uma formação mais rápida, principalmente na fase inicial de desenvolvimento das plântulas no campo, otimizando a área e o tempo demandado para a formação da pastagem.

Como as sementes são pequenas, profundidades de até 2 centímetros são ideais para a cobertura das mesmas. Alguns agricultores utilizam o compactadores de solo nesta etapa. Para plantio a lanço, a densidade das sementes, para o padrão peletizado, deve ficar entre 40 e 50 kg/ha.

Se ficou com dúvidas sobre as vantagens do plantio do capim-andropogon, fale conosco através do nosso chat ou nos envie uma mensagem através do Fale Conosco.

Aceitação pelo gado

Sua aceitabilidade pelos animais é alta devido à sua palatabilidade, proporcionada pela maciez das suas folhas, principalmente no período das águas.

Com valor nutritivo considerado entre moderado e bom, o capim-andropogon possui coeficiente de digestibilidade da matéria seca de 55% e teores de proteína bruta entre 6 e 9%, conforme dados de pesquisa. O ganho de massa por animal pode variar de 400 a 600 g diárias e de 350 a 500 kg por hectare / ano.

Como manejar o Capim-Andropogon?

Em sistemas de pastejo em lotação contínua é recomendado manejar a forrageira com altura de 60 a 80 centímetros durante o período chuvoso. É preciso evitar alturas acima de 80 cm, pois isto reduzirá tanto a digestibilidade da forrageira quanto o valor nutritivo da pastagem no período da seca.

O uso de pastejo rotativo com o capim-andropogon possibilita máximos de desempenho do animal e da capacidade de suporte da forrageira. Neste sistema de lotação rotativa, é preciso adotar 7 dias de ocupação e 21 dias de descanso dos piquetes.

Os animais devem ser retirados da pastagem quando a gramínea atingir altura de 20 a 30 cm. É possível rotacionar o andropogon com leguminosas, como o estilosantes campo grande, complementando o pastejo dos animais e ainda incrementando a qualidade protéica da forragem.

Nossa solução de sementes peletizadas podem lhe auxiliar na implantação de uma forrageira com maior retorno e menor custo para o seu projeto de reforma ou formação de pastagens.

Caso ainda tenha alguma dúvida sobre o capim-andropogon, fale conosco em nosso chat ou deixe uma mensagem para nós.

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Thu, 13 Sep 2018 01:44:06 +0000
<![CDATA[Frete Grátis de Sementes e Equipamentos para todo o DF!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/frete-gratis-de-sementes-e-equipamentos-para-todo-o-df/ Agora na Galpão o Frete é Grátis para todo o Distrito Federal!

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3) O procedimento de embarque e entrega só terá início após confirmação de pagamento do pedido de compra e disponibilidade do produto em estoque.

4) As entregas ocorrerão aos sábados das 08h30 às 12h, entregas fora do dia e horários estabelecidos a combinar.

5) As entregas serão realizadas somente em regiões localizadas na Zona Urbana do Distrito Federal.

6) Se necessário, o comprador deverá disponibilizar ao menos um ajudante para ajudar no descarregamento do seu pedido.

7) Para Zona Rural do Distrito Federal e outras localidades do país, haverá cobrança de frete normalmente.

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Wed, 15 Aug 2018 03:10:44 +0000
<![CDATA[Capim Marandu: O famoso “Braquiarão” ou “Brizantão"!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capim-marandu-o-famoso-braquiarao-ou-brizantao/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Capim MaranduAs forrageiras do gênero Brachiaria são as mais utilizadas em pastagens para alimentação de bovinos no Brasil, representando cerca de 85% das pastagens cultivadas. Destaca-se entre elas a Brachiaria brizantha que está no mercado há mais de 30 anos. O nome da cultivar, Marandu, é originário do idioma Guarani e significa “novidade”, o que foi considerado como uma nova alternativa para as pastagens do cerrado. Outros nomes populares para a cultivar são brizantão e braquiarão.

É uma cultivar originária da África, de uma região onde os solos apresentam boa fertilidade e volume anual de chuvas da ordem de 700 mm e cerca de 8 meses de seca no ano. Assim, apresenta boa tolerância a períodos de estiagem.

Características da Brachiaria brizantha cv. Marandu

É uma planta que cresce formando touceiras, de tamanho robusto com altura variando de 1,5 a 2,5 m de altura, com folhas de crescimento ereto. Inflorescências apresentam até 40 cm de comprimento. As principais características que diferenciam a cv Marandu das demais cultivares de B. brizantha são:

  • plantas sempre robustas;
  • apresenta pilosidade na porção do ápice dos entre-nós;
  • bainhas pilosas e lâmina foliar largas e longas, com margens não cortantes.

Além disso, apresenta alta adaptação às condições do cerrado brasileiro, justificada pela alta produção da forrageira, boa persistência e capacidade de rebrota, tolerante ao frio, à seca e ao fogo.

Formação da pastagem

Como para qualquer forrageira, é necessário fazer uma análise do solo para que se possa fazer a recomendação de calagem e adubação.

A semeadura pode ser feita à lanço ou com o uso de semeadeiras em linhas. Para formação dessa gramínea são empregadas de 10 a 12 kg/ha de sementes de alta pureza revestidas, na utilização de sementes convencionais sempre adquira sementes com bom valor cultural, acima de 48%. Não é recomendado utilizar sementes recém colhidas pela dormência que apresentam. Sementes colhidas no verão devem ser armazenadas e podem ser semeadas na primavera seguinte, quando ocorre a quebra natural da dormência.

A época de semeadura recomendada é no período das águas que vai de outubro a março nas condições de cerrado, no entanto, a melhor época está situada entre os meses de novembro e dezembro. No que se refere à profundidade de plantio, o recomendado é de 2 a 4 cm.

Tem excelente resposta à aplicação de fósforo onde foi observado um aumento na produtividade de matéria seca de 8 para 20 t/ha com a aplicação de 400 kg/ha de fósforo/ha. O fósforo pode ser aplicado na forma de Superfosfato simples ou Superfosfato triplo, por exemplo.

Adubação de manejo

Para a manutenção da pastagem em níveis excelentes de produtividade, é necessário fazer a reposição de nutrientes no solo ao longo do desenvolvimento da planta. Entre eles, destacam-se o fósforo, potássio e enxofre, associados com aplicação de calcário anualmente. Essa prática evita que a pastagem seja degradada e assim garantir uma produção que permita o ganho de peso animal satisfatório por área.

O capim Marandu é muito utilizado em sistema de pastejo contínuo, o que requer que adubações anuais sejam realizadas empregando-se em média 50 kg/ha de nitrogênio, que pode ser parcelado ao longo da estação chuvosa. Em solos pobres, ainda é recomendada a adubação de manutenção com cerca de 80 kg/ha de P2O5 e 80 kg/ha de K2O, anualmente.

Pragas

Como a maioria das gramíneas forrageiras, a cigarrinha das pastagens é uma praga importante para esta cultivar. O capim Marandu apresenta resistência do tipo antiobiose às cigarrinhas, indicando que mesmo a cigarrinha adulta pondo ovos nas pastagens formadas, grande parte das ninfas não conseguirá se desenvolver, evitando prejuízos à forrageira. Outra característica importante é a alta densidade de pêlos na bainha do Marandu que faz com que seja uma barreira física contra o ataque do inseto.

Manejo da pastagem e produção

O capim Marandu é muito utilizado em sistema de pastejo contínuo, porém pode ser empregado em sistema de pastejo rotacionado. Para este fim, é recomendado uma altura de entrada dos animais de 30cm e saída com 15cm de resíduo.

Se a pastagem for manejada em sistema rotacionado, outra mudança deve ser feita na adubação, cerca de 100 kg/ha/ano de nitrogênio.

O manejo intensivo de pastagens de Marandu só é possível durante a época das chuvas, ou em condições de pastagens irrigadas. Na época seca torna-se necessário adotar práticas de suplementação e conservação de forragem para manter a capacidade de lotação das pastagens. O capim Marandu é uma forrageira recomendada para o diferimento de pastagens. O diferimento consiste em reservar uma área para acumular grande quantidade da forrageira, para ser pastejada na época de menor oferta de forragem juntamente com uma suplementação no cocho.

A produção do capim Marandu é de cerca de 16 toneladas de matéria seca/ha/ano, sendo 80% dessa produção no período das águas. No que se refere à qualidade nutricional, este capim pode fornecer na faixa de 11% de proteína bruta no período das chuvas e cerca de 6% no período seco do ano.

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Fri, 10 Aug 2018 18:33:38 +0000
<![CDATA[Capim Massai: alternativa para a diversificação de pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capim-massai-alternativa-para-diversificacao-de-pastagens/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Capim MassaiO Panicum maximum cv. massaí é um híbrido obtido pelo cruzamento espontâneo entre as espécies Panicum maximum e Panicum infestum, tendo sua origem na Tanzânia, África.

Tem como característica a formação de touceiras com altura em torno de 60 cm, folhas quebradiças e sem cerosidade. A lâmina foliar apresenta pelos curtos e duros na face superior da folha. O sistema radicular é profundo, permitindo a absorção de água e nutrientes que estão presentes nas camadas mais profundas do solo, permitindo uma boa produção de forragem durante a estação seca do ano. O período de florescimento ocorre na época das chuvas (outubro a maio) com maior intensidade no mês de abril.

Características de produção

A cv. Massai tem produção média de matéria seca de 15,6 t/ha semelhante à cv. Colonião, porém a Massai apresenta porte bem menor que o mesmo, 60 cm contra 150 cm em média, respectivamente. Isso se deve à maior capacidade de produzir folhas em relação aos colmos (30%), e maior rebrota após os cortes (83%). Em termos de concentração de proteína bruta, a cv. Massaí apresenta algo em torno de 13%.

Calagem e adubação

É uma cultivar que exige média a alta fertilidade do solo na implantação, porém é uma das menos exigentes em adubação de manutenção. Tolera bem o alumínio no solo. A adubação e calagem devem ser feitas com base na análise de solo e com o objetivo de elevar a saturação por bases a 45% na camada de 0-20 cm do solo. O fósforo (P) também deve ser aplicado no plantio, pois apresenta baixa mobilidade no solo. As quantidades variam de 4 a 15 mg de P2O5/dm3 de solo. Os teores de potássio devem estar entre 50 a 60 mg/dm3 de K2O.

Plantio

Deve ser realizado no período das chuvas, que geralmente ocorre de outubro a fevereiro, preferencialmente entre novembro e início de janeiro. O solo pode ser preparado de forma convencional, com aração e gradagem. A taxa de semeadura recomendada varia conforme o padrão das sementes, ou seja, se convencionais ou revestidas, sendo em média de 10 kg por hectare no sistema de semeadura a lanço ou com o plantio em linha. Neste caso, o espaçamento entrelinhas não deve ultrapassar 20 cm e profundidade de semeadura de no máximo 2 cm. Em seguida deve ser feita uma leve compactação do solo para favorecer a germinação das sementes.

O capim Massai também por ser utilizado em consorciação com leguminosas. Estudo realizado em consórcio com amendoim forrageiro, mostrou aumento de 31% na produtividade de forragem após 16 semanas de crescimento no período chuvoso quando comparada com o capim Massai isolado.

Resistência a pragas

O capim Massai tem uma característica importante que é a resistência à cigarrinha das pastagens, espécie Notozulia entreriana. Verificou-se um nível de sobrevivência menor e longos períodos na fase de ninfa, o que indica que é uma planta pouco adequada para o inseto.

Manejo da pastagem

Recomenda-se realizar adubação de manutenção anualmente com cerca de 200 kg de fórmula N-P-K 0-20-20, ou equivalente, e 50 kg a de 150 kg de N/ha, conforme o nível tecnológico da propriedade. Deve-se alternar as fontes de N entre uréia e sulfato de amônio. A cada 2 anos recomenda-se a aplicação de 2 t/ha de calcário dolomítico para adequação da acidez do solo.

No sistema de pastejo rotacionado, utiliza-se um período de pastejo de 7 dias e um período de descanso de 35 dias. No entanto, como o Massai apresenta velocidade de rebrota elevada, pode ser reduzido o tempo de descanso da pastagem para cerca de 21 a 28 dias, e assim, aproveitar uma melhor qualidade da forrageira. Em geral, as gramíneas tropicais tem a qualidade reduzida conforme se aumenta o período de descanso da pastagem.

Outra recomendação importante é que no manejo de formação da pastagem, deve-se realizar cerca de 60 a 100 dias após a germinação, um pastejo com alta lotação animal para diminuir a concorrência das plantas, eliminar as gemas apicais e assim estimular o perfilhamento da forrageira, o que vai melhorar a cobertura do solo de maneira mais rápida.

Vantagens da forrageira

O capim Massai deve ser considerado na utilização entre os capins da espécie Panicum maximum graças a algumas características que possui, como:

  • melhor cobertura do solo entre as cultivares de Panicum. Apresenta 87% contra 76% da cv. Mombaça;
  • maior tolerância à diminuição da disponibilidade de P no solo, uma vez que apresenta maior persistência nos níveis baixo de fósforo no solo do que outras cultivares;
  • maior produção da parte aérea e raízes em condição de maior concentração de alumínio, pois apresenta sistema radicular mais adaptado às condições de compactação, elevada acidez e déficit hídrico.

Portanto, o Panicum maximum cv. Massai é uma alternativa para a diversificação das pastagens com gramíneas, graças às suas características de resistência à cigarrinha das pastagens e maior persistência em solos com baixos teores de fósforo. Além disso pode ser utilizada em sistema de produção de bovinos, ovinos, caprinos e equinos, sim equinos! Quer saber mais sobre isto? Leia o artigo: Capim Massai, opção de pastagem ou não para a tropa?

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Fri, 03 Aug 2018 19:08:56 +0000
<![CDATA[Capim vaquero: economia no plantio e qualidade nutricional]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capim-vaquero-economia-no-plantio-qualidade-nutricional/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Capim VaqueroAs forrageiras do gênero Cynodon como os Tiftons, Coast Cross, Grama estrela, entre outros, são velhas conhecidas dos pecuaristas. Apresentam excelentes características como: versatilidade para o pastejo ou para conservação na forma de feno, elevada produção de forragem com excelente qualidade nutricional. Dentre os capins deste gênero, se destaca o Capim Vaquero, pois pode ser propagado por sementes, o que representa uma vantagem econômica para o produtor na formação da pastagem.

O capim vaquero é da espécie Cynodon dactylon sendo indicado para bovinos, equinos, aves, suínos, caprinos e ovinos tanto em pastoreio intensivo, quanto para a fenação e produção de silagem. Para equinos é muito interessante a formação de piquetes e sistema SISCAL para suinocultura. Tem excelente tolerância a maioria das doenças que acometem os capins e boa adaptação à seca.

Origem e desenvolvimento do capim vaquero

O centro de origem dos capins do gênero Cynodon é o continente africano. Esses capins são interessantes pois tem dupla aptidão para produção de feno de excelente qualidade e também podem ser utilizados para pastejo direto.

O capim Vaquero fora desenvolvido nos EUA, especificamente no Estado da Flórida, adaptando-se muito bem tanto a regiões de clima quente, quanto regiões de clima temperado. O Vaquero é uma forrageira originada da mistura de sementes de cultivares de cynodons. Em sua primeira versão foram utilizados cultivares de cynodon como o Pyramid e o Mirage, chegando-se às misturas já consagradas: a CD 90160 (20%) + Bermuda grass (80%) e a CD 90160 (30%) + Bermuda grass (70%), esta última conhecida como Capim vaquero Tropical, que apresenta maior produção de massa fresca em nossas condições de clima, com excelente palatabilidade e resistência a veranicos.

Características da forrageira

O capim vaquero apresenta hábito de crescimento rasteiro, estolonífero e ciclo perene, ou seja, resiste por sucessivos ciclos de produção. Suas folhas são curtas e talos estreitos e a produção chega a 18 toneladas de massa verde/ha/ano. A resposta à adubação nitrogenada desta forrageira é excelente, devendo ser considerada no manejo da pastagem para alto rendimento. Sua qualidade nutritiva é elevada com uma capacidade de fornecer de 15 a 27% de proteína bruta em condições de boa adubação e manejo adequado do pastejo.

Formação e manejo da pastagem

Entre as grandes vantagens do capim Vaquero está a possibilidade de formar a pastagem por propagação de sementes, enquanto grande parte dos capins do gênero Cynodon são híbridos estéreis, o que faz com que sejam multiplicados obrigatoriamente por mudas. Esta atividade exige maior quantidade de mão de obra para áreas extensas. Assim, o custo de implantação do capim Vaquero é menor em relação aos demais capins do gênero.

Outro ponto positivo é o tempo menor para formar a pastagem. Nas áreas formadas com capim Vaquero, o pastejo inicial por ser feito a partir de 21 dias, em função da umidade do solo durante o desenvolvimento inicial. Enquanto que para o Tifton 85, por exemplo, o pastejo inicial ocorre depois de 50 dias do plantio.

O plantio é recomendado em regiões onde o regime de chuvas é considerado baixo, a partir de 400 mm/ano. No entanto, o ótimo de produção é obtido em regiões onde o volume de chuvas chega a 800 mm/ano, o que é encontrado na maioria das regiões do Brasil. O solo deve ter pH na faixa de 6,2 a 8 e saturação por bases a 60%. O plantio das sementes pode ser feito a lanço empregando-se 15 a 18 kg de sementes/ha, considerando o padrão incrustado, seguido de incorporação com grade leve com o objetivo de melhorar o contato das sementes com o solo e deixar a profundidade de 0,5 cm. Como é uma semente muito pequena, deve ser colocada em uma profundidade rasa.

Na adubação de plantio deve ser feita a correção da quantidade de fósforo após realizar análise de solo e aplicando-se adubos como Superfosfato Simples ou Superfosfato Triplo. O teor de potássio no solo deve ser corrigido sempre que este estiver menor que 1,2 mmmol/dm3, aplicando-se de 80 a 100 kg do adubo Cloreto de potássio (KCl). Para uma exploração intensiva da pastagem é importante fazer a correção do solo com micronutrientes, em especial com o Zinco.

Na adubação de manutenção, atentar para a reposição de nitrogênio (N) a cada pastejo rotacionado, fornecendo cerca de 25 kg/ha de N. O enxofre (S) também é muito importante para o desenvolvimento do Capim Vaquero, portanto deve ser reposto nas adubações de manutenção. Para isso, pode-se intercalar as adubações de cobertura com Uréia e Sulfato de amônio (que apresenta S na sua composição.

O capim Vaquero é versátil pois pode ser usado para sistemas de pastejo intensivo, contínuo e rotacionado. Além disso, é excelente para produção de feno graças a fácil perda de umidade pelas suas folhas e colmos, o que diminui o tempo de fenação e com alto valor nutricional. O capim Vaquero ainda é efetivo no controle da erosão pois proporciona ótima cobertura da superfície do solo. No manejo da pastagem, a altura de entrada é de 20 a 25 cm e saída do piquete de 06 a 10 cm. O período de descanso da pastagem para permitir uma boa rebrota e vigor das plantas, varia de 28 a 35 dias.

O capim Vaquero é bastante versátil pois pode ser usado para vários tipos de rebanhos. Tem a capacidade de suportar bem o pisoteio em pastos para bovinos de corte e de leite. Apresenta aptidão para equinos, graças a sua altura adequada de crescimento, permitindo um bom pastejo desta categoria animal. Além de ser uma ótima opção para produção de feno de elevada qualidade, volumoso muito utilizado para cavalos. Também é recomendado para caprinos e ovinos na forma de pastejo rotacionado ou como feno.

Produção do capim Vaquero

No sistema de manejo intensivo, com uso da irrigação por aspersão, estudos mostraram que é possível obter acúmulo de forragem de cerca de 100 kg de matéria seca/ha/dia. Esse volume de forrageira pode suportar em média 8 unidades animal/ha.

No entanto, o capim vaquero também produz de forma viável em sistema de sequeiro, porém exige um mínimo de 400 mm de chuva por ano, para isto, sendo recomendado o seu plantio em todo o Brasil.

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Fri, 27 Jul 2018 15:09:52 +0000
<![CDATA[Ensiladeira Nogueira: qual o modelo ideal?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/ensiladeira-nogueira-qual-modelo-ideal/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Ensiladeira NogueiraSe sua escolha por otimizar a produção de sua silagem foi adquirir uma ensiladeira da Nogueira, porém ainda existem algumas dúvidas relacionadas ao melhor equipamento para sua cultura e produção, vamos ajudar nesta escolha.

Existem duas linhas de ensiladeira da Nogueira, a Série 6000 e a Série EN. Cada série possui diferentes modelos para atender diferentes necessidades de produção e realidades de trabalho.

Ambas estão aptas a trabalhar com culturas como cana-de-açúcar, capim, sorgo, milho e forrageiras. Entender a sua demanda de trabalho será fundamental para escolher a melhor máquina.

Abaixo listamos os modelos de ensiladeira da Nogueira disponíveis e explicamos quais suas melhores utilizações. Se ficar alguma dúvida, estamos online em nosso chat abaixo ou nos envie uma mensagem acessado o Fale Conosco.

Como escolher minha ensiladeira?

Série 6000

A Série 6000 é indicada para operações que necessitam de uma máquina para picar com maior resistência e durabilidade.

Ideal para ser utilizada em trabalhos prolongados e possui versatilidade para atender desde pequenas até grandes volumes.

Características

Os modelos desta linha possuem rotor com 4 facas, gerando precisão no corte da biomassa.

Dotados de capa protetora, o equipamento protege o operador da ensiladeira, evitando que este se aproxime das correias.

A transmissão acontece por meio de correia em V do rotor aos rolos. Com isto, é possível regular a máquina para realizar cortes de 4, 5, 8 e 10 mm.

Existem diversos acessórios para acionamento, que pode acontecer por motor elétrico, diesel, gasolina ou por trator.

Modelos

Se sua atividade requer menor quantidade de biomassa a ser picotada e o tempo de utilização é baixo, a Nogueira possui uma ensiladeira de entrada ideal para pequenos agricultores e pecuaristas, a EN-6180. No Galpão Centro-Oeste é possível adquirir a EN-6180, versão sem motor ou a EN-6180 motor 3 CV, que possui rotação de 1600 rpm.

A Série 6000 acompanha uma série de acessórios de acionamentos.

É possível acionar as seguintes ensiladeiras utilizando a caixa de transmissão para trator de 90 graus ou uma transmissão polia-polia.

Estes mesmos modelos podem ser acoplados a um reboque da Nogueira para mobilidade da ensiladeira.

Todas estas ensiladeiras estão aptas a receber uma carreta da Nogueira para armazenagem durante a ensilagem, porém o acessório não acompanha a máquina.

Existe a opção de utilizar uma a base para acionar a ensiladeira através de motor elétrico. Este suporte também não acompanha a máquina e pode ser utilizado em todas as ensiladeiras citadas acima, além da EN-6400.

Produtividade e potência

Os modelos desta linha possuem rotação de 1600 rpm, porém a produção da silagem varia devido a maior capacidade do modelo. Para facilitar no momento da compra, basta lembrar que a produtividade aumenta conforme o número do modelo. Abaixo deixamos o guia para ajudar na consulta. Caso tenha dúvidas, basta nos chamar em nosso chat de atendimento ao cliente ou nos enviar uma mensagem através do Fale Conosco.

EN-6180

Produção: 1500 a 5000 (Kg/h)

Rotação: 2200 rpm

Potência:

Motor elétrico: 3,0 a 5,0 (cv)

Motor gasolina: 4,0 a 6,0 (cv)

EN-6180 motor 3 CV

Produção: 1500 a 5000 (Kg/h)

Rotação: 1600 rpm

Potência:

Motor elétrico: 3,0 (cv)

EN-6400

Produção: 2000 a 6000 (Kg/h)

Rotação: 1600 rpm

Potência:

Motor elétrico: 5,0 a 10,0 (cv)

Motor gasolina: 7,5 a 10,0 (cv)

Motor diesel: 8,0 a 10,0 (cv)

EN-6700

Produção: 3000 a 15000 (Kg/h)

Rotação: 1600 rpm

Potência:

Motor elétrico: 10,0 a 15,0 (cv)

Motor gasolina: 10,0 a 16,0 (cv)

Motor diesel: 12,5 a 16,0 (cv)

EN-6800

Produção: 5000 a 18000 (Kg/h)

Rotação: 1600 rpm

Potência:

Motor elétrico: 20,0 a 25,0 (cv)

EN-6800 com Eixo Cardan

Produção: 5000 a 18000 (Kg/h)

Rotação: 1400 rpm

Potência:

Motor elétrico: 20,0 a 25,0 (cv)

Série EN

Os modelos de ensiladeiras da Nogueira desta série possuem rotor com 3 facas, o que permite maior precisão e uniformidade no corte.

Esta categoria é ideal para o produtor que necessite de uma ensiladeira com capacidade de trabalho média e não seja utilizada em extensas horas de trabalho ou grandes volumes de biomassa.

A série possui sistema de transmissão ocorre do rotor aos rolos por um sistema de engrenagem que permite cinco opções de cortes:

  • 4 mm;
  • 6 mm;
  • 8 mm;
  • 16 mm;
  • 22 mm.

Existem dois equipamentos nesta série, o EN-12B e o EN-9F3B, porém quais diferenças entre estas ensiladeiras?

EN-12B vs EN-9F3B

A linha 12B possui maior capacidade de trabalho, ela pode produzir de 2500 a 11500 kg/h. Já a série 9F3B consegue entregar de 1500 a 7500 kg/h, ideal para pequenos produtores.

Ambas podem trabalhar com motores elétricos, gasolina e diesel.

EN-12B

Potência:

Motor elétrico: 10,0 a 15,0 (cv)

Motor gasolina: 10,5 a 12,5 (cv)

Motor diesel: 10,0 a 13,0 (cv)

EN-9F3B

Potência:

Motor elétrico: 5,0 a 10,0 (cv)

Motor gasolina: 8,0 a 10,5 (cv)

Motor diesel: 7,0 a 8,0 (cv)

Acionamento

Os modelos da Série EN podem acompanhar uma série de acessórios de acionamentos.

O modelo EN-12B pode ser adquirido em sua versão sem acessório para acionamento ou com a caixa de transmissão para trator de 90 graus, utilizando a Ensiladeira EN-12B com acessório para trator AT - 90°.

Caso sua demanda seja por acionamento com trator em AT convencional, o indicado é o Ensiladeira EN-12B com acessório para trator convencional.

Para os modelos da linha EN-9F3B, existem opções adaptadas para base para inserir um motor a combustão ou motor elétrico.

Caso em sua atividade a ensiladeira precisa acompanhar a atividade da máquina no campo, o ideal é utilizar a EN-12B com reboque para trator.

Ainda não sei qual a melhor ensiladeira da Nogueira para minha propriedade.

Apresentamos os modelos que acreditamos atender a diversas demandas na agricultura e pecuária.

Para a escolha do modelo ideal, é preciso avaliar todas as demandas e necessidades de sua propriedade e trabalho e assim comparar com a ensiladeira de sua preferência.

Caso precise esclarecer qualquer dúvida sobre a melhor ensiladeira para sua atividade, fale conosco através do nosso chat ou através de um de nossos canais de atendimento.

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Fri, 20 Jul 2018 21:23:04 +0000
<![CDATA[Qual Gerador de Energia da Branco devo usar?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/qual-gerador-de-energia-da-branco-devo-usar/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Gerador Energia BrancoChegou o momento de adquirir um gerador de energia da Branco para otimizar as atividades na agricultura, pecuária ou mesmo no lazer.

Após entender qual combustível melhor atende suas demandas e como dimensionar corretamente o gerador para sua realidade de trabalho, é hora de escolher o modelo ideal para sua atividade.

Como a Branco possui diversos modelos de geradores, separamos os produtos disponíveis em nossa loja por atividade de trabalho. Alguns são melhores para tarefas menores, como camping, outros atendem demandas mais exigentes, como a atividade agrícola.

Atualmente, o Galpão Centro-Oeste possui 36 geradores da Branco para atender diferentes necessidade que demandam o uso do equipamento.

Confira abaixo a seleção de geradores de energia da Branco pela atividade de trabalho. Caso tenha alguma dúvida, pode nos chamar em nosso chat abaixo ou em nosso canal direto com o consumidor.

Atividades

Camping e lazer

Os geradores mais recomendados para atividades de lazer ao ar livre geralmente são mais fáceis de transportar, leves e otimizados para ocupar menos espaço. Esta categoria atende bem atividades no campo, como uso para pequenas atividades na agricultura e pecuária. Não são recomendados para trabalhos que exijam grande demanda, como na construção civil.

Alguns geradores da Branco que atendem esta categoria:

Linha BT4 - 8000

Gerador de Energia a Gasolina Tri 8 KVA Partida Elétrica - B4T-8000 E3 de 110/220v ou 220/380v;

  • Peso: 82 kg;
  • Medidas: 71,5 x 55,5 x 57,5 cm (comprimento x largura x altura);
  • Motor: 15 cv;
  • Trifásico
  • Controle de Tensão: AVR / com escova;
  • Autonomia: 7,6 horas.

Gerador de Energia a Gasolina Mono 6 Kva 110/220v  Partida Manual (B4T-8000) ou Partida Elétrica (B4T-8000 E)

  • Peso: 75 kg;
  • Medidas: 71,5 x 55,5 x 57,5 cm;
  • Motor: 15 cv;
  • Monofásio
  • Controle de Tensão: Capacitor / sem escova;
  • Autonomia: 7,6 horas.

Linha B4T-5000

Gerador de Energia a Gasolina Mono 4 KVA 110/220v Partida Manual - B4T5000

  • Peso: 78 kg;
  • Medidas: 68 x 54 x 55 cm;
  • Motor: 11 cv;
  • Monofásio
  • Controle de Tensão: AVR / com escova
  • Autonomia: 10 horas

Linha B4T-6500

Gerador de Energia a Gasolina Mono 5 KVA 110/220v Partida Manual (B4T-6500) ou Partida Elétrica (B4T-6500 E)

  • Peso: 82 kg;
  • Medidas: 68 x 54 x 55 cm;
  • Motor: 13 cv;
  • Monofásio
  • Controle de Tensão: AVR / com escova
  • Autonomia: 9 horas

Linha B2T-950 S

Gerador de Energia a Gasolina Mono 0,95 KVA Partida Manual - B2T-950 S de 110v ou 220v.

  • Uso residencial
  • Peso: 19 kg;
  • Medidas: 37,5 x 31,5 x 33 cm;
  • Motor: 1,9 cv;
  • Monofásio;
  • Tanque: 4,5 litros

Linha B2T-950

Gerador de Energia a Gasolina Mono 0,95 KVA Partida Manual - B2T-950 de 110v ou 220v.

  • Uso residencial
  • Peso: 19 kg;
  • Medidas: 37,5 x 31,5 x 33 cm;
  • Motor: 1,9 cv;
  • Monofásio;
  • Tanque: 4,5 litros
  • Autonomia: 8 horas.

Linha B4T-2000I

Gerador de Energia a Gasolina Mono 2 KVA Partida Manual INVERTER - B4T2000I de 127v ou 220v.

  • Fácil transporte
  • Peso: 22 kg;
  • Medidas: 57 x 36 x 51,5 cm;
  • Motor: 4 tempos, monocilíndrico, refrigerado a ar
  • Monofásio;
  • Tanque: 3,7 litros.

Linha B4T-1300

Gerador de Energia a Gasolina Mono 1,3 KVA Partida Manual B4T-1300 de 110v ou 220v.

  • Peso: 30 kg;
  • Medidas: 47 x 37 x 37,5 cm;
  • Motor: 2,8 cv
  • Monofásio;
  • Tanque: 5 litros.
  • Autonomia: 4,8 horas.

Generalistas

Nesta categoria estão os geradores da Branco que possuem maior versatilidade e podem ser utilizados em diferentes atividades. Aqui os equipamentos possuem capacidade de trabalho média, são mais robustos que os utilizados em camping. Não são recomendados para uso contínuo, porém são aplicados com sucesso em tarefas pequenas na agricultura, pecuária e construção civil. Além disto, estes geradores de energia possuem maior resistência a impactos e sujidades em comparação com os descritos para lazer.

Abaixo, a lista de geradores com maior versatilidade. Caso tenha alguma dúvida, fale conosco com nossos atendentes no chat abaixo ou pelo nosso canal de atendimento.

Linha BD-2500

Gerador de Energia a Diesel Mono 2,2 KVA 110/220v Partida Manual (BD-2500) ou Partida Elétrica (BD-2500 E).

  • Peso: 53 kg;
  • Medidas: 61 x 46 x 52 cm;
  • Motor: 5 cv;
  • Monofásico;
  • Controle de Tensão: Capacitor / sem escova;
  • Tanque: 11 litros
  • Autonomia: 5,2 horas.

Linha BD-4000

Gerador de Energia a Diesel Mono 3,3 KVA 110/220v  Partida Manual (BD-4000) ou Partida Elétrica (BD-4000 E)

  • Peso: 65 kg;
  • Medidas: 71 x 53,5 x 61 cm;
  • Motor: 7 cv;
  • Monofásico;
  • Controle de Tensão: Capacitor / sem escova;
  • Tanque: 11 litros
  • Autonomia: 7,3 horas.

Agricultura

Os geradores de energia ideias para a agricultura possuem maior facilidade para mobilidade, maior resistência à danos por sujeiras e impactos. Geralmente são maiores e mais pesados, refletindo na maior capacidade para atividades mais robustas.

Linha BD-15000

Gerador de Energia a Diesel Tri 14 kva Partida Elétrica - BD-15000 E3 G2 de 220V/60HZ ou 380V/60HZ.

  • Possui rodas
  • Peso: 220 kg;
  • Medidas: 97 x 72 x 78,5 cm;
  • Motor: 22 cv;
  • Trifásico;
  • Controle de Tensão: AVR / com escova;
  • Tanque: 25 litros
  • Autonomia: 5,2 horas.

Linha B4T-2500

Gerador de Energia a Gasolina Mono 2 KVA Partida Manual B4T-2500 de 110v ou 110/220v.

  • Peso: 49 kg;
  • Medidas: 59 x 47,5, x 37,5 cm;
  • Motor: 6,5 cv;
  • Monofásico;
  • Controle de Tensão: AVR / com escova;
  • Tanque: 15 litros

Linha B4T-2500 S

Gerador de Energia a Gasolina Mono 2,2 KVA 110/220v Partida Manual - B4T-2500 S.

  • Chave seletora de tensão
  • Peso: 45 kg;
  • Medidas: 59 x 47,5, x 37,5 cm;
  • Motor: 6,5 cv;
  • Monofásico;
  • Controle de Tensão: AVR / com escova;
  • Tanque: 15 litros
  • Autonomia: 18 horas.

Linha BD-6500

Gerador de Energia a Diesel Mono 5,5 KVA 110/220v Partida Manual (BD-6500) ou Partida Elétrica (BD-6500 E)

  • Peso: 95 kg;
  • Medidas: 73,5 x 48,5 x 67 cm;
  • Motor: 10 cv;
  • Monofásico;
  • Controle de Tensão: Capacitor / sem escova;
  • Tanque: 12,5 litros.

Linha BD-8000 E3

Gerador de Energia a Diesel Tri 8 KVA Partida Elétrica BD-8000 E3 de 220v ou 380v

  • Peso: 110 kg;
  • Medidas: 72 x 44,2 x 65 cm;
  • Motor: 13 cv;
  • Trifásico;
  • Autonomia: 5 horas;
  • Controle de Tensão: AVR / com escova;
  • Tanque: 10 litros.

Linha B4T-8000 E3

Gerador de Energia a Gasolina Tri 8 KVA Partida Elétrica - B4T8000E3 de 110/220v ou 220/380v.

  • Peso: 82 kg;
  • Medidas: 71,5 x 55,5 x 57,5 cm;
  • Motor: 15 cv;
  • Trifásico;
  • Autonomia: 7,6 horas;
  • Controle de Tensão: AVR / com escova;
  • Tanque: 25 litros.

Linha BD-8000 EF

Gerador de Energia a Diesel Mono 6,5 KVA 110/220 Partida Elétrica - BD8000EF

  • Indicado para estufa de fumo
  • Possui rodas
  • Peso: 110 kg;
  • Medidas: 72 x 49,2 x 65 cm;
  • Motor: 13 cv;
  • Monofásico;
  • Autonomia: 5 horas;
  • Controle de Tensão: AVR / com escova;
  • Tanque: 10 litros.

Linha BD-W190 E

Gerador de Energia a Diesel Mono 2 KVA 110/220v Partida Elétrica - BD-W190 E.

  • Possui rodas
  • Peso: 102 kg;
  • Medidas: 77,5 x 48,5 x 58 cm;
  • Motor: 10 cv;
  • Monofásico;
  • Autonomia: 5,2 horas;
  • Tanque: 12,5 litros.

Estabelecimentos comerciais

Nesta categoria estão os geradores ideias para empresas que necessitam de energia extra no dia a dia. Esta linha da Branco possui geradores maiores, cabinados, que permitem a alocação do equipamento em ambiente fechado. Geralmente são mais silencioso e são ideais para usos prolongados.

Linha BD-6500 ES

Gerador de Energia a Diesel Mono 4 KVA 110/220v Partida Elétrica - BD-6500 ES

  • Peso: 165 kg;
  • Medidas: 92x 52 x 70 cm;
  • Motor: 10 cv;
  • Monofásico; Controle de Tensão: Capacitor / sem escova;
  • Tanque: 12,5 litros.
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Fri, 13 Jul 2018 18:32:00 +0000
<![CDATA[Capim BRS Zuri: Vantagens e Formação da Pastagem]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capim-brs-zuri-vantagens-formacao-da-pastagem/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Capim BRS ZuriA BRS Zuri é um cultivar da espécie Panicum maximum que se adapta muito bem às condições do Cerrado e da região Amazônica. Foi desenvolvida com o objetivo de apresentar maior produtividade, capacidade suporte, bom desempenho animal, resistência à cigarrinha das pastagens e resistência a doenças, principalmente no que se refere a doença fúngica causada pelo Bipolaris maydis.

Características da BRS Zuri

Dentre as suas características botânicas, é uma planta de porte ereto e alto, apresenta folhas verde escuras, compridas e arqueadas. Seus colmos são grossos com internódios de comprimento mediano. É um material que se adapta moderadamente ao encharcamento do solo, mas seu desenvolvimento é melhor em condições de solo drenado. É uma alternativa para uso na região Amazônica.

Implatação do BRS Zuri

Na implantação ou renovação de uma pastagem com BRS Zuri, o primeiro passo é um bom preparo do solo com aração e gradagem. O recomendado é aplicar metade da dose de calcário antes da aração e a outra metade do calcário depois da aração e antes da gradagem.

A adubação e calagem podem ser feitas de maneira semelhante, como as cultivares Tanzânia e Mombaça. A quantidade de nutrientes a ser aplicada, vai depender do resultado da análise de solo. De maneira geral, os valores recomendados são os seguintes:

  • Na fase de implantação da pastagem, a saturação por bases deve ser elevada para 45 a 50%. Este valor deve ser mantido durante a fase de produção da forrageira na camada de 0-20 cm.
  • As quantidades de fósforo (P) no solo devem ser aplicados de acordo com a quantidade de argila presente, mas as quantidades variam de 8 kg/ha de P para teores de argila maiores que 60% até 42 kg/ha de P para teores de argila menores que 15%. Os adubos utilizados podem ser o Superfosfato simples e o superfosfato triplo, por exemplo. A aplicação pode ser feita a lanço com equipamento adequado.
  • Os teores de potássio (K) devem ser mantidos acima de 100 kg/ha. Na fase de implantação, recomenda-se a aplicação de cerca de 50 kg/ha de nitrogênio.

Na fase de manutenção da pastagem, o Nitrogênio é o nutriente fundamental para garantir boa produtividade. As aplicações variam de 120 a 150 kg N/ha/ano, sendo distribuídas em aplicações durante o crescimento da planta. A forma de aplicação do nitrogênio é em cobertura e podem ser utilizados adubos como a uréia, ou sulfato de amônio. Ainda deve ser usado o fósforo na manutenção da pastagem. As quantidades vão depender dos níveis de produção requeridos, mas em geral, variam de 40 a 80 kg de P2O5/ha. Recomenda-se que os níveis de potássio não sejam inferiores a 50 mg/dm3 para garantir uma boa manutenção da pastagem.

Na semeadura, recomenda-se a aplicação de no mínimo 3 a 4 kg de SPV/ha, com o objetivo de se obter ao final um número total de 20 a 50 plantas/m2. A profundidade de semeadura é de 3 a 5 cm, fazendo a incorporação com grade niveladora após a semeadura a lanço. Ainda pode ser utilizado o sistema de semeadura em linha, regulando o maquinário para garantir o mesmo número final de plantas/m2.

Produtividade do BRS Zuri

Em termos de produção e qualidade de massa seca, é uma cultivar que apresenta elevada produtividade. Pode chegar a quase 22 t/ha/ano de matéria seca, o que representa 50% a mais que o capim Colonião que também é um Panicum. Grande parte desta produção ocorre no período das águas. A produção no período seco representa 15% do total anual. É uma gramínea de elevada qualidade nutricional, sendo o teor de proteína bruta de 7 a 15% incluindo folhas e colmos.

No que ser refere à produtividade animal, nas condições do cerrado brasileiro, a BRS Zuri, permitiu uma produtividade de 175 kg de peso vivo/ha na seca enquanto que nas águas foi de 511 kg de peso vivo/ha. Este valores representam uma produtividade 10% maior que a cv. Mombaça.

Resistência às pragas

A BRS Zuri possui resistência às principais cigarrinhas das pastagens. É resistente à Notozuia entreriana, Deois flavopicta e Mahanarva fimbriolata. Essas pragas se alimentam da seiva da planta e causam muitos danos às pastagens, prejudicando o desenvolvimento e produção. O controle das mesmas é difícil em grandes áreas, por isso o ideal é optar por cultivares resistentes. Esta cultivar também apresenta elevada resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis, uma doença que compromete a produtividade da forrageira.

Para o manejo da pastagem, é recomendado o sistema de pastejo rotacionado. A altura de entrada dos animais deve ser de 70-75 cm de altura e saída de 30-35 cm. A pastagem precisa ser bem manejada para garantir um bom desenvolvimento de colmos, permitindo assim uma boa manutenção do pasto e bons níveis de produção animal.

Portanto, o Panicum maximum BRS Zuri, é uma forrageira com ótimas características de produtividade, resistência a pragas e doenças, boa qualidade nutritiva e que se adapta bem às condições de clima e solo do cerrado e da Amazônia.

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Fri, 06 Jul 2018 22:39:12 +0000
<![CDATA[Roundup: Recomendações de uso e cuidados]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/roundup-recomendacoes-de-uso-e-cuidados/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

O que é Roundup?

Aplicacao RoundUpRoundup é o nome comercial de um herbicida desenvolvido pela empresa Monsanto. O princípio ativo, que tem o efeito de eliminar as plantas daninhas é o Glifosato. Esta molécula foi descoberta por pesquisadores da Monsanto no ano de 1970, sendo que após cerca de 4 anos, em 1974, a primeira formulação foi disponibilizada no mercado. Atualmente, é um herbicida comercializado em mais de 130 países e seu uso está indicado para a agricultura, florestas, residências e aquicultura. No Brasil, cerca de 50 empresas tem registro para comercialização deste produto.

É um herbicida pós-emergente, ou seja, vai atuar em plantas que já germinaram e saíram do solo, tendo sua ação nas partes verdes da planta como folhas e caule.

Ele pertence ao grupo químico das glicinas substituídas, classificado como não-seletivo e de ação sistêmica. Isto quer dizer que ele tem efeito em todos os tipos de planta, seja de folha larga ou estreita, cultura anual ou perene. Uma vez absorvido pela planta, o herbicida é translocado junto com a seiva para fazer seu efeito nas regiões de crescimento (meristemas).

O produto deve ser aplicado de forma dirigida sobre as ervas daninhas, de acordo com as recomendações técnicas. Seguindo estas regras, não afetará o crescimento e produtividade da cultura em que foi aplicado.

Para o que é recomendado?

O glifosato, por ser um dos produtos mais eficientes disponíveis no mercado para o combate de plantas daninhas, ainda é um dos mais utilizados nas regiões agrícolas do mundo todo.

Ele é indicado para o controle de plantas daninhas de forma geral, na mais diversas culturas agrícolas. Porém é sempre importante se certificar que ele esteja registrado para a sua lavoura antes da aplicação.

As doses a serem utilizadas variam de acordo com a cultura e planta daninha, em geral de 1 a 6 L do produto comercial/ha. Em áreas onde existe a infestação com diversos tipos de plantas daninhas, deve-se aplicar a dose que elimine a planta de mais difícil controle, presente na área.

O herbicida glifosato também é indicado para áreas de plantio direto, uma vez que pode ser utilizado como dessecante para formação da palhada neste sistema de plantio. Além disso, é um produto indispensável para o controle de plantas invasoras em áreas de culturas transgênicas, como a soja. Graças à tecnologia de modificação genética, é possível aplicar o herbicida sem comprometer o desenvolvimento da soja. Isto resulta em maior produtividade e menor custo de produção, sendo um dos grandes avanços da agricultura moderna.

O glifosato tem elevada eficácia em controlar plantas daninhas e além disso tem características ambientais interessantes. Uma delas é a forte fixação aos solos, impedindo que seja transportada pela água da chuva e chegue aos rios. Outra é sua rápida degradação por microrganismos, transformando a molécula em compostos naturais que não agridem o meio ambiente. Estes fatores fazem com que o glifosato seja um dos herbicidas mais recomendados para o controle de plantas daninhas.

Formas de uso do roundup

O Roundup é usado principalmente na forma pulverizada, sendo diluído em tanques com água, de acordo com a dose e tamanho da área a ser aplicado. Algumas recomendações gerais pode ser adotadas:

  • usar a correta altura da barra de pulverização;
  • utilizar água de boa qualidade e que seja isenta de sujeiras.
  • atenção a correta diluição do produto para evitar doses muito elevadas ou subdoses.
  • utilizar pontas de pulverização adequadas às condições de vento, temperatura e umidade.

No momento da diluição do produto no tanque, algumas etapas devem ser seguidas. Inicia-se por encher o tanque do pulverizador com pelo menos 70% da sua capacidade com água. Em seguida, deve ser ligado o sistema de agitação do mesmo e adiciona-se o herbicida aos poucos para uma boa diluição. Após cerca de 5 minutos, pode-se completar o tanque com água, sem desligar a agitação.

Meio Ambiente

O glifosato é um dos herbicidas mais estudados a nível mundial no que se refere à segurança ambiental e saúde humana. Ele é degradado principalmente pelos microrganismos presentes no solo e a água, via processos aeróbicos e anaeróbicos, decompondo ele em substâncias naturais. O glifosato tem uma importante característica de ser adsorvido, ou seja, fica retido nas partículas de solo e ali fica inativo até sua degradação que ocorre em média em 60 dias.

Desta forma, se for utilizado dentro das dosagens recomendadas e seguindo as boas práticas de aplicação, o glifosato não será um risco para o meio ambiente nem à saúde humana.

Cuidados

Assim como qualquer produto químico, os defensivos agrícolas como o Roundup podem ser perigosos ao homem, aos animais e ao meio ambiente, se não forem utilizados da forma correta. Por isso, é importante que sejam seguidas de maneira rigorosa as recomendações do fabricante que estão contidas no rótulo do produto, na bula e no receituário agronômico. Na aplicação, deve-se vestir os equipamentos de proteção individual (EPI) e portá-los durante todo a manipulação do produto.

No descarte das embalagens, deve ser feita a tríplice lavagem, ou seja, lavar as mesmas 3 vezes com água, para não deixar resíduos de produtos e então devem ser devolvidas ao posto de recebimento de embalagens mais próximo da propriedade (indicado na nota fiscal do produto).

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Fri, 25 May 2018 15:02:10 +0000
<![CDATA[Motobombas: Como dimensionar corretamente?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/motobombas-como-dimensionar-corretamente/ Por Bruno Baptista Nunes

Engenheiro Agrícola

Dimensionar MotobombaCom certeza podemos considerar a motobomba um dos equipamentos mais importantes tanto na agricultura, quanto na indústria e construção civil. Na agricultura, a motobomba é o coração da irrigação, transportando a água entre os lugares mais distantes ou pressurizando os mais diversos sistemas. Já nas indústrias, além do transporte, as motobombas executam sistemas hidráulicos complexos e essenciais. E na construção civil pressurizam os mais altos prédios e auxiliam na drenagem de locais que seriam permanentemente alagados, dentre as mais diversas utilidades.

Como dimensionar uma motobomba?

Com esta variedade de possibilidades, é de se esperar que haja uma quantidade enorme de tipos de motobomba, movidas à eletricidade ou à combustão, que fornecem mais vazão ou mais pressão, com pequenas ou grandes potências. Por isso, é muito importante entender para qual finalidade a motobomba é necessária, para assim se chegar ao modelo ideal.

Alimentação da Motobomba

Um ponto muito importante é a disponibilidade de energia que o usuário possui no local. Se há energia elétrica, qual a voltagem disponível, até qual potência da motobomba o cabeamento disponível suporta. Caso não haja disponibilidade de energia elétrica, o usuário poderá optar pelas bombas à combustão, movidas tanto à diesel, quanto à gasolina.

Além da disponibilidade de energia, é importante checar qual é a distância da fonte de água, afinal a bomba vai gastar uma energia considerável para esse transporte e temos que considerar as perdas de carga no processo.

Finalidade do Bombeamento

A finalidade para o qual o cliente necessita de um bombeamento também é muito importante para selecionar o modelo ideal. Por exemplo, para a captação de água de um poço artesiano, pode-se utilizar um bombeamento bem específico e submerso. A escolha ideal vai depender da profundidade desse poço, a vazão de água que se deseja transportar, e a distância entre a fonte de água e o reservatório. O modelo de bomba específico para poços é mais fino e a própria passagem da água provoca seu resfriamento.

Já para drenagem, pode ser que a principal característica de importância seja a vazão da motobomba, e não a pressão de trabalho, afinal se deseja retirar a água, e esta não precisa estar pressurizada para efetuar algum trabalho. Ao contrário da irrigação, na qual tem-se um reservatório, e precisa-se transferir um certo volume de água em uma tubulação pressurizada. Para cada sistema, seja gotejamento, microaspersão, aspersão ou pivôs centrais, existe uma pressão de trabalho ideal. Por esse motivo, a seleção do conjunto motobomba deve ser uma das últimas etapas do dimensionamento. O bombeamento deve servir a vazão demandada em uma pressão ideal para “tocar” o sistema, além das perdas de pressão no trajeto.

Perda de Carga

É muito importante estar atento aos principais pontos de perda de carga, ou seja, de perda de pressão no sistema. Um ponto crítico é a sucção da bomba. Cada modelo de motobomba possui um valor de altura máxima de sucção, e isso deve ser entendido como, além da diferença de altura real entre o nível do reservatório e a bomba, a perda de pressão de todos os elementos que estão entre o reservatório e a bomba, como, por exemplo, registros, curvas, tubulação, etc. Caso o somatório dessas perdas de cargas seja maior do que a altura máxima de sucção, o conjunto motobomba não será capaz de “trazer” a água até ele. Nesse caso, além do sistema não funcionar, provavelmente a motobomba será danificada.

Por esse motivo, é interessante que, ou a motobomba trabalhe “afogada”, ou que a distância entre esta e a fonte de água seja a menor possível. Lembrando que uma bomba “afogada” é diferente de uma bomba submersa. No primeiro caso, ela está instalada fora do reservatório e abaixo do nível de água; já no segundo caso, ela está instalada dentro do reservatório.

As bombas submersas não terão o problema da altura máxima de sucção, porém demandam um investimento maior devido aos seus componentes construtivos e vedação.

Qualidade da Água

A qualidade da água a ser bombeada também é de fundamental importância para a seleção da bomba. Se a água possui resquícios de pequenos sólidos, areias ou pedras, o rotor deve ser especialmente reforçado. Com a velocidade e o atrito, esses sólidos podem danificar as hastes do rotor de maneira irreparável. Se a água a ser bombeada contiver sólidos maiores, o bombeamento também deve ser específico, com rotores semiabertos e proteção adequada do sistema motobomba.

Associação de Motobombas

Em alguns casos específicos, pode ser uma boa opção a associação de duas ou mais motobombas trabalhando em conjunto em um mesmo sistema, em série, ou alternadas.

Quando as motobombas trabalham em série, ou seja, o recalque de uma é ligado na sucção da outra, a vazão de trabalho irá se manter, porém a pressão do conjunto será somada. Este modelo é utilizado quando é necessário um aumento de pressão no sistema.

Já quando as motobombas trabalham em paralelo, ou seja, as sucções são separadas e o recalque interligado, a pressão de trabalho não se altera, porém, a vazão do conjunto é somada. Este modelo é utilizado quando é necessário aumento de vazão no sistema.

Conclusão

O conjunto motobomba é de vital importância no sistema, e deve ser bem dimensionado para não comprometer todo o projeto. Sempre solicite ajuda de pessoal especializado. Caso precise de um conjunto motobomba, seja elétrico, a diesel ou a gasolina, submerso ou externo, entre em contato com o Galpão Centro Oeste. Eles poderão te ajudar e sugerir uma bomba mais adequada às suas necessidades.

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Mon, 21 May 2018 14:29:13 +0000
<![CDATA[Qual o melhor capim para o pastejo de ovinos no nordeste?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/qual-melhor-capim-para-pastejo-ovinos-nordeste/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

Raca Santa Ines PastejandoNos últimos anos o interesse pela criação de ovinos tem crescido no nordeste. A raça Santa Inês se destaca pela preferência entre produtores. A região Nordeste do Brasil é conhecida por apresentar um clima quente e seco na maior parte do ano, o que restringe a produção de algumas forrageiras. Por isso, é ideal que o produtor saiba escolher entre as opções que mais se adaptam às condições do semiárido brasileiro. Vejamos algumas opções:

Capim Aruanã

É uma gramínea de nome científico Panicum maximum cv Aruanã, muito utilizada para pastejo de ovinos. É um cultivar obtido através de sementes vindas da África, apresentando boa resistência a regiões de baixa pluviosidade. Como características desta cultivar podemos citar:

  • apresenta porte médio;
  • o perfilhamento é rápido;
  • proporciona uma excelente cobertura da área de pasto;
  • pode ser cultivado por sementes, o que gera menores custos de implantação e tem alta aceitação pelos animais.

Na semeadura, é recomendada a utilização de 4 a 10 kg/ha de sementes, conforme o padrão adquirido, cobertas a uma profundidade de 2 a 4 cm, empregando-se um rolo compactador para melhorar a germinação.

Para o pastejo, é recomendada uma altura de 30 a 40 cm para um melhor desempenho e otimização da produtividade animal, e também para garantir a persistência da pastagem. No que se refere a taxa de lotação, o capim Aruanã suporta cerca de 35 cabeças de ovinos/ha/ano, o que é considerado alto para a categoria, quando muitos capins suportam no máximo 20 cabeças/ha/ano.

Capim BRS Tamani

É um cultivar da espécie Panicum maximum que apresenta boa adaptabilidade ao semiárido. É uma planta de porte baixo, com elevada produção de folhas de excelente valor nutritivo, proporcionando uma boa cobertura do solo. Seu manejo é relativamente fácil e apresenta resistência às cigarrinhas das pastagens. Pode produzir até 15 toneladas/ha de matéria seca, o que é considerado excelente. Sua capacidade de rebrotar é muito boa e bastante tolerante ao pisoteio.

Na semeadura recomenda-se o uso de 4 a 10 kg/ha de sementes, conforme o padrão adquirido, e uma profundidade de plantio de 2,5 a 5 cm com posterior incorporação das mesmas, empregando-se gradagem leve fechada ou preferencialmente um rolo compactador.

No manejo da pastagem, o mais indicado é o pastejo rotacionado adotando-se uma altura de saída dos animais de 20-25 cm e período de descanso de no máximo 28 dias na época das águas.

Capim Vaquero

O capim Vaquero faz parte do grupo dos capins Cynodons, como a grama Estrela e os Tiftons. Porém é mais vantajoso por apresentar um custo menor de implantação da pastagem e maior rapidez na produção. É um capim de dupla aptidão, podendo ser usado tanto para a produção de feno como para pastejo de rebanho.

É uma planta de crescimento rasteiro que possui folhas curtas e talo estreito. Sua produção pode chegar a 16 a 18 toneladas de massa fresca/ha/ano, podendo suportar até 8 UA/ha/ano. Responde muito bem a adubação nitrogenada e com qualidade nutritiva bastante boa fornece de 15 a 20% de proteína bruta.

O plantio pode ser realizado também por sementes, diferentemente de outros Cynodons que são multiplicados por mudas. Isso faz com que o custo de formação da pastagem seja menor. Na semeadura a lanço empregam-se de 10 a 12 kg de sementes/ha, com posterior incorporação das sementes a uma profundidade máxima de 0,5 cm. É bastante vantajoso para produção em áreas de baixa quantidade de chuvas, seu plantio pode ser feito em regiões onde registram-se a partir de 400 mm/ano.

No manejo da pastagem é recomendado uma altura de entrada dos animais de 20 a 25 cm de altura e saída com 10 a 12 cm. É uma planta que suporta bem o pisoteio animal.

Capim Massai

Tem se mostrado como uma boa opção para o cultivo no Semiárido, especialmente para o enriquecimento de pastagens nativas e diferimento, visando sua utilização na época seca devido à elevada quantidade de folhas produzidas em relação aos colmos, boa aceitabilidade e bom valor nutricional.

O plantio é realizado por sementes no início da época chuvosa. O preparo do solo é o mesmo utilizado para a formação de outras pastagens, isto é, aração, gradagem e nivelamento. Recomendam-se, considerando-se os principais padrões comercializados, de 4 a 10 kg/ha de sementes, e a semeadura poderá ser feita a lanço ou em linhas a 20 cm de espaçamento no máximo. A profundidade de semeadura deve ser de 2 cm com ligeira compactação, o que favorece a emergência de plântulas. Um aspecto importante desse capim é a sua resistência à cigarrinha-das-pastagens.

Para todas as gramíneas é importante que sejam adotadas práticas básicas como realizar a análise do solo para verificar a situação da área antes do plantio e posteriormente, fazer a aplicação de calcário e adubo de acordo com as necessidades do solo e do capim escolhido.

Para mais informações sobre essas sementes, acesse capim para ovinos!

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Sat, 05 May 2018 14:31:39 +0000
<![CDATA[Batedeira, debulhador ou trilhadeira: Qual a melhor opção?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/batedeira-debulhador-trilhadeira-qual-melhor-opcao/ Por Wellington Bernardes

Engenheiro Agrônomo

Batedeira CereaisA colheita de grãos, cereais e sementes é uma das etapas mais importantes para manutenção da qualidade da produção. Separar corretamente o produto final da planta, sem levar resíduos de biomassa (palha) ou causar injúrias é o desafio de muitos produtores. Para o sucesso nesta etapa, é preciso utilizar equipamentos adequados para sua cultura e realidade de produção.

As máquinas agrícolas mais comuns nesta etapa são as batedeiras, as debulhadoras e as trilhadeiras. Com exceção da debulhadora ou debulhador, que é específico para o milho, as trilhadeiras e batedeiras atendem diversas culturas, com algumas restrições.

Mas como saber qual a melhor escolha para sua propriedade rural e cultura agrícola? Confira abaixo as principais características destes equipamentos e em quais culturas são recomendados.

Debulhador

O principal uso dos debulhadores é na cultura do milho, para separação do grão da espiga. Este modelo é denominado semimecanizado, pois geralmente a colheita é manual e debulha mecânica.

Para o funcionamento, o debulhador pode ser acoplado a um trator - pelo seu sistema hidráulico e acionado pelo eixo de potência do mesmo - ou utilizando um motor estacionário.

Os debulhadores trabalham em rotação de 1450 a 1500 RPM e conseguem produzir de 25 a 30 sacos de 60 kg por hora.

Antes de debulhar

Seja para a produção de grãos ou de sementes, a debulha deve acontecer respeitando certas condições para reduzir as injúrias mecânicas.

  • Planta e outras partes devem estar secas;
  • Colheita deve acontecer somente se as espigas estiverem voltadas para baixo, ou seja, dobradas;
  • Espigas facilmente destacáveis da planta;
  • Grãos secos – Grau de umidade do milho deve ser maior que 13% e inferior a 20%.

Cuidado com a máquina

Para obter o melhor aproveitamento da debulhadora, é importante estar ciente das condições ideais de trabalho da máquina; alguns pontos de atenção são:

  • Iniciar a debulha do milho somente quando a máquina atingir sua rotação ideal de trabalho;
  • Verificar a velocidade de rotação para evitar injúrias ou perdas do produto;
  • Para debulhadoras acopladas em tratores: atentar à rotação do motor, caso elevada, grãos podem ser lançados na palha. Geralmente, motores de tratores devem estar em rotação de 540 RPM;
  • Nunca parar o funcionamento do debulhador durante a debulha ou com milho em seu interior;
  • A alimentação com espigas deve ser contínua. Não é aconselhável alimentar com um grande volume – o que pode reduzir a rotação do debulhador – ou colocar poucas espigas.

Batedeira de cereais

As batedeiras geralmente trabalham com grãos de maior granulometria, como o feijão, a soja e arroz e também o milho. A função é parecida, elas conseguem separar o cereal da planta, possibilitando o rápido ensacamento da produção.

Para o acionamento, é possível encontrar no mercado batedeiras que utilizam motores independentes ou que possam ser acopladas a um trator agrícola.

Como funcionam?

As batedeiras possuem um cilindro em seu interior com peneiras; este sistema possibilita a obtenção do grão pelo movimento de rotação. Para algumas culturas, como o feijão-de-corda, é necessária à instalação de pentes para facilitar a extração do grão.

Em média, as batedeiras trabalham com cilindro em rotação de 800 RPM e são capazes de entregar 60 sacas de grãos ou sementes por hora. Quando acopladas, a rotação do motor dos tratores deve ficar entre 1400 e 1800 RPM.

Alguns ajustes no cilindro e em suas peneiras são necessários dependendo da cultura; estas informações estão no manual de cada máquina.

Trilhadeira

As trilhadeiras são comumente usadas por produtores que trabalham com culturas de menor granulometria, como a chia, quinoa, amaranto e trigo.

Porém, este tipo de máquina é versátil e existem modelos que conseguem trilhar cereais maiores, como a soja, sorgo, girassol e o feijão.

Como funcionam?

Assim como as outras máquinas, as trilhadeiras também podem ser acionadas por um motor independente ou acopladas a um trator agrícola.

A separação é feita utilizando a combinação de dois tipos de dentes – redondos e lisos -, mais a utilização de uma polia, uma correia e uma peneira.

Para cada cultura existe um ajuste específico; por esta razão, é recomendado consultar o manual de sua trilhadeira antes da trilhagem.

Antes de trilhar

  • Verificar a umidade da planta;
  • Nivelar a trilhadeira em local plano; a máquina não deve ser utilizada em locais com inclinação;
  • Verificar a combinação de pentes e cilindros ideais para a cultura a ser trabalhada;
  • Escolher a peneira correta para sua cultura.

Cuidados gerais

Investir em máquinas para separação e ensacamento de sua produção de cereais, grãos e sementes é um passo para o aumento da produtividade e qualidade dos produtos agrícolas.

A manutenção destes equipamentos é essencial para aumento da vida útil das máquinas e para contínua operação correta destas.

Além dos cuidados específicos citados acima, cuidados gerais com estes maquinários são práticas que podem assegurar a qualidade da operação.

Cuidados básicos com o maquinário:

  • Alimentação deve ser contínua, sem sobrecarregar ou subutilizar o equipamento;
  • Correta armazenagem das máquinas e seus acessórios, preferencialmente local coberto.
  • Limpeza de todos equipamentos após uso;
  • Manutenções mensais para evitar desgastes de parafusos e polias;
  • Atenção para rotação dos motores, especialmente em máquinas acopladas a tratores.
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Fri, 20 Apr 2018 16:56:38 +0000
<![CDATA[Gerador de Energia a Gasolina ou a Diesel, qual escolher?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/gerador-energia-gasolina-ou-diesel-qual-escolher/ Por Bruno Baptista Nunes

Engenheiro Agrícola

Quando alguém decide adquirir um gerador de energia, certamente uma das maiores dúvidas que se apresenta é qual o modelo ou tipo de gerador comprar a partir de tantas opções existentes no mercado.

É necessário saber, através do dimensionamento adequado, quanto de potência será necessária, se o gerador de energia deve ser trifásico ou monofásico e qual o regime de utilização do mesmo. As respostas a estas questões ajudam na hora de optar por um gerador de energia a diesel ou a gasolina.

Neste artigo, iremos analisar algumas vantagens e desvantagens, tanto do gerador de energia a diesel quanto do gerador de energia a gasolina; o que os diferencia e qual é o mais adequado para cada perfil de usuário.

Embora ambos possuam a função de gerar energia elétrica, os dois sistemas se diferenciam na sua aplicação, sendo mais ou menos indicados para cada situação.

Gerador de Energia a Gasolina

Normalmente, os geradores de energia a gasolina possuem um porte menor e são mais utilizados para geração esporádica de energia, por exemplo, em propriedades rurais, residências ou comércio. Não deve ser considerado como opção para situações que necessitem de energia de forma contínua, e sim para situações de emergência, por algumas horas ou minutos.

Vantagens

Os geradores de energia a gasolina são geralmente mais silenciosos do que aqueles a diesel, apresentando modelos com motor 4 tempos ou 2 tempos; o primeiro ainda mais silencioso do que o segundo. Geralmente, possuem um custo menor e são bem menos poluentes do que os a diesel.

Desvantagens

No entanto, esses tipos de geradores normalmente trabalham com potências menores e possuem uma eficiência menor de trabalho, ou seja, precisam de mais combustível para gerar uma mesma quantidade de energia. Por esse motivo, o seu uso contínuo por muitas horas ou dias se torna custoso.

Gerador de Energia a Diesel

Ao contrário dos a gasolina, os geradores de energia a diesel são mais potentes e recomendados para necessidade de uso contínuo de energía, ou para situações de emergência que consumam muita energia e exijam mais potência, mesmo que em um curto espaço de tempo, como por exemplo em um hospital. Eles são ideais para situações em que a necessidade de energia é imprescindível durante um longo intervalo de tempo, como obras, indústrias, eventos esportivos e shows, etc.

Vantagens

Como combustível para geração de energia elétrica, o diesel é mais barato e seu uso pode poupar cerca de um terço do custo total de combustível, se o compararmos com a gasolina. Isso se deve pela conversão em energia elétrica ser muito mais eficiente do que a geração à gasolina.

Os geradores a diesel conseguem produzir altas potências de energia, com faixas que variam de décimos a milhares de KWA.

Em relação ao custo de manutenção, os geradores a diesel também saem na frente, pois não contém velas ou carburador, além de também demandarem menos em relação à lubrificação.

Outras vantagens importantes do gerador a diesel são a maior vida útil (dependendo, é claro, das manutenções preventivas periódicas), a alta disponibilidade desse combustível, já que pode ser encontrado em todos os postos de gasolina, e a larga faixa de potência e tamanhos disponíveis, desde portáteis, até de equipamentos de grande porte com mais de 2 toneladas.

Desvantagens

Entre suas desvantagens, podemos destacar:

  • a alta intensidade de ruídos, que, conforme a situação, pode inviabilizar sua instalação em ambientes residenciais;
  • geradores a diesel geralmente demandam mais tempo para fornecer energia em sua potência nominal, principalmente em locais com baixa temperatura;
  • geram muitos gases nocivos e perigosos, por isso, é importante atentar-se ao local instalado, que deve ser muito bem arejado e ter muita atenção à realização e cumprimento das normas de segurança pelas pessoas que irão manuseá-lo;
  • geradores a diesel geralmente precisam de um maior cuidado e tempo na instalação, o que demanda alguém preparado e treinado, aumentando os custos;

Outra desvantagem importante é o custo mais alto do gerador a diesel, em relação ao a gasolina. Embora ele tenha uma vida útil maior e necessite de menos manutenção, suas peças possuem um tamanho maior e são mais caras.

Gerador a gasolina ou a diesel: Qual é o melhor?

Em resumo, geradores a gasolina são ideais para residências e locais em que a necessidade de energia é esporádica e baixa, pensando-se em suprir a demanda por energia apenas de equipamentos básicos e emergenciais, como lâmpadas, televisão e outros equipamentos de pequeno porte, ou ainda para prestação de serviços esporádicos.

Já os geradores a diesel são ideais para indústrias, hotéis, supermercados, hospitais e situações que exijam maior volume de energia, potência, de maneira contínua ou mesmo que durante poucas horas, em casos específicos.

Em face disso, deve-se ter muito cuidado ao adquirir ou pegar emprestado um gerador com um amigo ou conhecido, por exemplo, pois o “quebra-galho” pode, além de gerar um alto gasto de combustível, danificar os equipamentos da sua residência, comércio ou propriedade rural, já que cada necessidade é muito particular.

Falta Luz Lampada

Questões como regularidade de funcionamento, potência desejada, potência nominal do gerador e tipo de cargas que se deseja energizar são informações base e muito importantes para que o usuário invista da melhor maneira possível.

Na maioria dos casos, o usuário economiza mais adquirindo um gerador de energia específico para as suas necessidades, do que utilizando um equipamento qualquer emprestado ou ainda adquirido de terceiros, sem o dimensionamento prévio de sua real necessidade. Isso pode levar a uma situação de sub ou superdimensionamento, resultando as duas situações em prejuízo.

Em caso de dúvidas ou auxílio na compra de geradores de energia ou outros equipamentos, entre em contato com o pessoal da Galpão Centro-Oeste. Você encontrará os mais diversos tipos e modelos de geradores de energia e poderá encontrar um que atenda melhor às suas necessidades.

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Mon, 09 Apr 2018 18:18:23 +0000
<![CDATA[Nabo Forrageiro: Opção para o inverno como cobertura de solo]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/nabo-forrageiro-opcao-para-inverno-como-cobertura-solo/ Por José Pinsetta

Engenheiro Agrônomo

O clima seco característico do inverno brasileiro diminui a oferta de pastagens e impossibilita a produção de algumas culturas nesta época do ano. Para contornar este problema, certas culturas são recomendadas para plantio no inverno, pois são menos exigentes em condições hídricas para seu desenvolvimento. O nabo forrageiro é uma cultura versátil que pode ser utilizada tanto para a alimentação animal, quanto para a cobertura e adubação verde do solo.

Características do Nabo Forrageiro

Nabo ForrageiroO nabo forrageiro, nome científico Raphanus sativus L, é uma cultura de inverno, ou seja, pode ser cultivada na entressafra, época de baixa ocorrência de chuvas. Tem boa resistência à acidez de solos e tem sido muito empregada nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil.

É uma planta herbácea de crescimento ereto e bastante ramificada. Apresenta folhas com alta pilosidade e inflorescências terminais com flores brancas e roxas. Seu sistema radicular é do tipo pivotante, onde uma raiz principal cresce atingindo cerca de 2m de profundidade no solo.

Descompactação do solo

Seu sistema radicular profundo faz com que seja uma planta útil na descompactação das camadas mais profundas do solo e também na recuperação de nutrientes em profundidade (entre eles, nitrogênio, fósforo e potássio); os mesmos são absorvidos pela planta e disponibilizados na superfície do solo por ocasião da incorporação do nabo como cobertura vegetal.

É uma excelente opção como cobertura vegetal, pois é bastante precoce e agressiva no que se refere à cobertura do solo, chegando a cobrir cerca de 70% dele em até 60 dias após o plantio. Desta forma, também diminui a incidência de plantas daninhas, o que resulta em economia com aplicação de herbicidas e mão de obra com capinas. Sua produção de massa verde varia de 40 a 60 toneladas/ha e pode produzir até 500 kg de sementes/ha (com teor de óleo entre 40 e 54%).

Cultivo do Nabo Forrageiro

Sendo assim, é uma cultura indicada para o uso em práticas de conservação do solo, como o plantio direto na palha e o cultivo reduzido ou mínimo, deixando uma boa quantidade de nitrogênio no solo para as culturas que serão plantadas posteriormente. Quando a finalidade é a de adubo verde, o nabo forrageiro deve ser roçado na época de florescimento que ocorre cerca de 60 dias após a semeadura. Nesta fase, ele apresenta uma produção de massa seca na faixa de 2000 a 6000 kg/ha.

No que se refere aos fatores ambientais, as temperaturas mais baixas de ocorrência no inverno durante o crescimento da planta, favorecem a indução para florada e assim, uma elevada produção de sementes. Na ocorrência de temperaturas altas, a floração é mais precoce e o ciclo da cultura é encurtado.

Época de plantio

O plantio deve ocorrer entre os meses de abril e maio, época em que ainda há certa ocorrência de chuvas que vão propiciar um correto desenvolvimento inicial da planta e consequentemente uma maior produção de massa verde. É recomendado um espaçamento entre linhas de 20 cm a 40 cm, caso a finalidade seja forragem ou cobertura do solo.

No caso de produção de sementes, é recomendado um espaçamento maior. Na semeadura são empregadas em média 25 sementes/m linear e gasto de sementes de 3 a 15 kg/ha, que vai depender do sistema de plantio se é feito a lanço ou por plantadeiras. Devido ao fato das sementes de nabo forrageiro serem muito pequenas, é necessário que seja feita a mistura com calcário ou superfosfato simples, utilizando uma mistura de 1 kg de sementes para 50 kg de corretivo ou fertilizante.

É considerada uma cultura rústica no sentido de apresentar baixa ocorrência de pragas e doenças, não sendo necessário o seu controle.

Nabo Forrageiro na Alimentação Animal

Para a alimentação animal é uma alternativa bastante viável, uma vez que pode ser utilizada para pastejo direto ou então cortada para ser fornecida no cocho aos animais. Além de sua capacidade de produção de massa verde, também pode ser fornecida a torta para alimentação animal.

A torta de nabo forrageiro (resultado da extração mecânica do óleo dos grãos), possui um alto valor de mercado, pois é isenta de resíduos de solventes usados para extração de outros tipos de óleos, e tem um elevado teor de proteína bruta, chegando a 25%, com alto valor energético.

O nabo forrageiro pode ser usado no consórcio com outras culturas de inverno como a aveia, centeio e ervilhaca, seja para a produção de forragem ou para a adubação verde. Ainda seu plantio é recomendado como cultura antecessora de algodão, feijão, milho e soja.

Uma outra utilização do nabo forrageiro, pela intensidade e duração da florada (cerca de 30 dias), é de pasto apícola. A produção de mel de alta qualidade é mais uma alternativa de mercado e fonte adicional de renda para o produtor.

Portanto, o nabo forrageiro é uma alternativa para a produção de forragem na época seca do ano. Apresenta uma série de vantagens pois pode ser utilizado para pastejo, alimentação no cocho ou fornecimento de torta após extração do óleo dos grãos. Além disso, é uma excelente opção para a adubação verde do solo, melhorando as propriedades físicas, químicas e biológicas do mesmo.

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Thu, 29 Mar 2018 14:22:58 +0000
<![CDATA[Regulagem de Ensiladeira: Saiba como fazer!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/regulagem-ensiladeira-saiba-como-fazer/ Por Bruno Baptista Nunes

Engenheiro Agricola

Seria muito frustrante se, após meses de trabalho, o seu produto perdesse a qualidade por um mal planejamento na ensilagem. A regulagem da ensiladeira é uma etapa muito importante e que garante que a silagem tenha durabilidade, com qualidade, por muito tempo.

Além de um boa ensiladeira, é preciso realizar os devidos preparos, regulagens e manutenções. Um bom tempo dedicado a essas etapas, pode elevar o ganho de produtividade diária.

Como regular uma ensiladeira?

A ensiladeira é um equipamento utilizado para produção de um grande volume de silagem. Confira abaixo como regular uma ensiladeira de maneira correta:

Operação e funcionamento

Para a correta operação do equipamento, é importante sempre efetuar alguns preparos e verificar alguns pontos importantes, como:

  • Aguardar até o motor estar em rotação máxima para iniciar o trabalho, pois se a velocidade ainda não for a adequada, pode causar embuchamento do material, tendo a necessidade de pausar o processo e começar tudo novamente. Em alguns momentos, a pressa só atrapalha.
  • Verificar se o sentido de rotação é o correto.
  • Em motores à diesel ou gasolina, aguardar alguns minutos até que a temperatura do equipamento se estabilize.
  • Alimentar a máquina continuamente e sempre em feixes, um sempre no final do outro. Isso aumentará a eficiência e funcionamento da ensiladeira.

Tamanho das Partículas

Regulagem Ensiladeira

É muito importante manter a uniformidade da silagem, mas o tamanho final vai depender da sua destinação. Para ser utilizado na alimentação animal, muitos produtores preferem que o tamanho das partículas seja maior para facilidade de ingestão; porém, para a armazenagem, é melhor que as partículas sejam menores.

A vantagem das partículas menores, além de maior compactação, é a de que com a menor quantidade de espaços vazios, haverá uma menor quantidade de ar e oxigênio presentes, diminuindo a velocidade de fermentação. Com uma menor fermentação, o produto terá uma temperatura menor e melhor qualidade por mais tempo.

O tamanho e uniformidade das partículas é um dos principais focos na regulagem e manutenção do equipamento.

Regulagem do corte

As principais variáveis ao seu alcance para alterar o tamanho do corte será a mudança das engrenagens ou correias (que definirão o tamanho das partículas), o afiamento das facas e o espaçamento com a contra faca.

Para a alteração desses elementos, o equipamento precisa ser desligado e aberto. Por isso a importância do planejamento, pois demanda tempo e atenção.

Os tamanhos dos cortes pelas engrenagens ou correias estarão disponíveis no manual de cada equipamento. Cada ensiladeira possui um conjunto que, dependendo de como forem montados, promoverão o corte de uma dimensão específica. O tamanho é uma relação entre a velocidade das facas e da alimentação. Quanto maior a velocidade das facas e de alimentação, menor será o corte.

É interessante que, a cada modificação no equipamento, seja feita um teste com pelo menos 10 metros de feixe. Após a alimentação e corte do feixe de teste, recomenda-se desligá-lo e verificar se o material cortado está dentro dos parâmetros de uniformidade e tamanho desejados.

Manutenção da ensiladeira

Verificar semanalmente as condições de uso e tensionamento de todas as correias da ensiladeira. A lubrificação também deve ser checada e trocada após as 50 horas iniciais de utilização do equipamento, e depois, com uma frequência de 300 horas de trabalho. A conferência do óleo deve ser regular.

As facas e contrafacas também devem ser verificadas, reguladas e afiadas regularmente. Se estiverem danificadas ou não seja mais possível a sua perfeita afiação, devem ser substituídas. É importante que, se somente uma faca estiver danificada, o ideal é a substituição do jogo inteiro, para não comprometer o balanceamento e as vibrações da ensiladeira.

Muita atenção com a fixação das facas no equipamento, sempre verificar novamente se estão devidamente apertadas.

Segurança

É sempre importante lembrar que a ensiladeira é uma máquina perigosa se não for utilizada corretamente e com os devidos cuidados. É importante:

  • Manter pessoas estranhas, especialmente crianças, longe do seu alcance.
  • Atenção à parte elétrica, aterrar o equipamento e efetuar o devido dimensionamento dos cabos e rede elétrica.
  • Sempre manter a atenção, utilizar óculos de segurança e não usar roupas soltas, anéis e colares.
  • Sempre que for fazer alguma regulagem ou manutenção interna, desligue o equipamento da energia, e espere alguns minutos, pois a lâmina continua em funcionamento por um tempo.
  • Equipamentos com motor movido a diesel ou a gasolina devem ser mantidos em ambiente arejado, pois podem liberar gases sem cheiro que causam malefícios à saúde.

Problemas recorrentes

Para encerrar, citaremos alguns problemas recorrentes causados pela má regulagem, falta de manutenção ou erro na utilização. Alguns desses cuidados básicos podem ajudar a evitá-los:

  • Embuchamentos podem ser causados pela alta velocidade de alimentação e acúmulo de produto dentro da máquina. Se isso acontecer, desligue o equipamento, limpe-o e recomece controlando a velocidade de alimentação. Com a persistência do problema, o motor pode ser comprometido.
  • Se ocorrer baixa uniformidade do produto, cheque o afiamento da faca, contra faca e a pressão dos rolos de alimentação.
  • Ao final dos trabalhos, sempre mantenha a máquina funcionando até que todo o produto interno termine de picar. Caso desligue a máquina com produto dentro, ela pode ter dificuldade para dar partida no próximo uso.

É claro que cada máquina e marca tem a sua especificidade e pode ser mais adequada para o seu produto e frequência de uso. O pessoal da Galpão Centro-Oeste conta com as mais diversas potências, marcas confiáveis e uma equipe capacitada para tirar as suas dúvidas. Entre em contato!

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Fri, 23 Mar 2018 17:09:05 +0000
<![CDATA[Diferimento de Pastagens: Estratégia para seca no cerrado]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/diferimento-pastagens-estrategia-para-seca-no-cerrado/ Por José Pinsetta Júnior

Engenheiro Agrônomo 

A necessidade de alternativas relacionadas ao fornecimento de volumoso para animais criados a pasto, no período seco do ano, é uma realidade dos pecuaristas na região do cerrado brasileiro. Existem opções, como o uso de forragens conservadas, feno, ou mesmo redução da taxa de lotação da área.

Pastejo Diferido

Uma opção para contornar a falta de forragem na época seca do ano é o uso do diferimento de pastagens. Sua utilização é recomendada para sistemas de produção com até 1,5 UA/ha/ano e se destaca pelo custo de produção bastante reduzido quando se compara com a produção de silagem, onde se faz investimento em máquinas, silos, etc.

Desta forma, o diferimento de pastagens trata-se de reservar uma área de pastagem na fazenda, no final do período das águas, formando assim, um estoque de forrageira para utilização na época seca. O diferimento de pastagens é também chamado de vedação de pastagem, feno em pé ou pastejo protelado.

O sucesso na utilização do pastejo diferido vai depender de fatores como formação de massa forrageira residual a partir da vedação; acúmulo de forrageira ao longo do período de vedação; do valor alimentar da forragem quando for utilizada e menor perda por acamamento quando os animais entrarem na área para pastejo.

Sistema de Pastejo Diferido

É esperado que durante a vedação da pastagem, consiga-se acumular pelo menos 2,5 t/ha de massa seca de forragem, quantidade que é considerada mínima para a viabilidade do sistema de pastejo diferido.

Quanto à escolha das plantas forrageiras para o diferimento de pastagens, as espécies mais recomendadas são aquelas com maior relação folha/haste, como as Braquiárias e Cynodons. Plantas que formam touceiras como Andropógon e cultivares de Panicum maximum, são menos indicadas para o pastejo diferido pois possuem alta proporção de hastes quando colocadas por períodos longos de crescimento.

Estratégias e ações de manejo

No entanto, em casos onde estas forrageiras sejam a única opção na propriedade, pode-se tomar algumas medidas para viabilizar o diferimento, como rebaixar o pasto no momento da vedação da área e reduzir o período de vedação da pastagem. Neste caso, recomenda-se não ultrapassar 70 dias.

Para determinar a época de vedação da pastagem, deve-se considerar características de clima e solo da fazenda e da planta forrageira que será utilizada para o pastejo diferido. O período de vedação e utilização da área devem ser escolhidos com o objetivo principal de se ter o maior acúmulo de forragem com qualidade adequada. Se a época de vedação é antecipada demais, ocorre uma redução muito grande no período de utilização da área vedada durante o período das águas. No entanto, caso for feita a vedação de forma tardia, corre-se o risco de não acumular forragem suficientemente.

De maneira geral, uma regra prática é adotar a vedação da pastagem cerca de 30 a 40 dias antes da ocorrência de fatores climáticos limitantes ao crescimento da planta, como ocorrência de frio intenso ou seca.

Para as condições do cerrado brasileiro, a melhor opção para o diferimento é escaloná-lo, ou seja, fazer a vedação de 1/3 da área no mês de fevereiro e os outros 2/3 no mês de março. A utilização se dará na primeira metade do período seco (junho/julho) e já as áreas vedadas em março poderão ser utilizadas de julho a setembro. O período de vedação fica em torno de 90 a 150 dias.

Quanto a escolha da área de pastagem a ser vedada, quanto menor ela for, melhor é o diferimento, devido ao seguintes fatores:

  • há flexibilização no manejo das áreas da fazenda;
  • risco de superpastejo na área não vedada é menor, ficando menos sujeito a prejuízos na capacidade de suporte da área;
  • Possibilidade de manter maiores taxas de lotação animal na fazenda, sendo reflexo direto da menor necessidade de área de pasto a ser vedada, em consequência da maior taxa de lotação animal nas áreas de pastagem não diferidas e vedadas.

Como regra geral, recomenda-se que de 30 a 40% da área de pasto da propriedade seja utilizada para vedação. A área pode ser menor em situações em que se utilize adubação nitrogenada no momento da vedação.

Diferimento Pastagens SecaA adoção do diferimento de pastagem, em razão de aumentar a massa de forragem disponível no período seco do ano, permite que sejam adotadas práticas como o uso de suplementos energéticos e protéicos para o animais, o que leva a benefícios ainda maiores para o sistema de produção, como maior ganho de peso dos animais.

A suplementação no período seco é recomendada para uma melhor nutrição do animal em pastejo. Observa-se uma manutenção no peso dos animais ou até o ganho de peso em pequena escala quando se utilizam sais proteinados ou misturas em conjunto com o pastejo diferido.

Portanto, a utilização de passagens diferidas é uma opção viável para reduzir os efeitos da queda na produção de forragem que ocorre no período seco do ano. É um sistema que se adequa bem às fazendas de produção de bovinos de corte, onde as taxas de lotação sejam menores que 1,5 U.A/ha.

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Fri, 16 Mar 2018 13:39:44 +0000
<![CDATA[Como dimensionar um gerador de energia? Confira aqui!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-dimensionar-gerador-energia-confira-aqui/ Por Bruno Baptista Nunes

Engenheiro Agrícola

É impossível descrever a sensação de, no meio do trabalho ou dos afazeres domésticos, sermos surpreendidos por uma repentina falta de energia elétrica. Já imaginou como seria a sua vida se não dependesse mais dessas eventualidades? De possuir o seu próprio gerador de energia? Será que é possível ter um desses na sua casa, propriedade ou empreendimento? Nós da Galpão Centro Oeste vamos te ajudar com algumas dicas:

Como escolher um gerador de energia?

O mercado possui as mais variadas marcas e capacidades de geradores, que variam devido à voltagem gerada (110v, 220v, 380v), tipo de fase (trifásico/ monofásico), às potências máximas e nominais, tipo de partida (elétrica/ manual), alimentado à diesel ou gasolina, entre outros.

Você terá que analisar bem o tipo de gerador que comprará, para que tenha certeza que que ele irá atendê-lo da melhor maneira possível. Por exemplo, geradores à diesel são ideais para maiores potências, geralmente mais robustos e exigem menos manutenção; enquanto os geradores à gasolina são mais fáceis de operar, mais leves e ideais para potências menores.

Dados Importantes:

Um bom dimensionamento é essencial para o bom funcionamento do gerador de energia. Se subdimensionado, pode provocar excesso de fumaça e consumo excessivo de óleo lubrificante, enquanto se superdimensionado ocasiona superaquecimentos e paradas constantes. A faixa ideal de trabalho é entre 30% e 70% de sua capacidade nominal.

É muito importante que você tenha os seguintes dados em mãos na hora da compra para que, com a ajuda de um profissional, você aproveite ao máximo as características do equipamento:

  • Quais são os tipos de carga predominantes no local (motores de indução, iluminação...);
  • Características físicas do local (área interna ou externa, alta temperatura...);
  • Qual o regime de utilização (emergencial ou uso frequente, quantas horas ao dia).

Além desses, para o cálculo do dimensionamento, você terá que verificar as placas dos equipamentos que serão ligados pelo gerador. Os dados das potências de funcionamento e de pico desses aparelhos são muito importantes, assim como a corrente elétrica e voltagem de funcionamento.

Na plaqueta de cada equipamento, conseguimos a informação da potência em W (Watt). Se for um equipamento resistivo (lâmpadas, chuveiro, aquecedores, televisão), esse é o valor que você irá utilizar. Se for um equipamento indutivo, que possui algum motor, você terá que, simplificadamente, multiplicar esse valor por quatro vezes. Isso ocorre devido ao pico de energia que esses equipamentos necessitam quando dão partida.

Cálculo para dimensionar o gerador de energia

Como comentado anteriormente, para consideração no cálculo serão utilizados os valores de potência em W que podem ser verificados nas placas dos equipamentos. Para os equipamentos resistivos, o valor de pico e nominal é o mesmo. Para os equipamentos com características indutivas, faremos uma simplificação da carga de pico para 4 vezes a carga nominal.

Para um entendimento mais claro, segue um exemplo:

Gerador emergencial para residência

  • 1 Aquecedor elétrico x 2.000W = 2.000W uso normal
  • 6 Lâmpadas fluorescentes 60 W = 360W uso normal
  • 1 Computador = 300W uso normal
  • 1 Geladeira = 300W uso normal
  • 1 Computador loja = 800W
  • 1 Motor 1CV = 750W uso normal / 3000W uso pico

Total = 4.510 W / 6.760 no pico

Gerador Energia Como DimensionarSeria necessário um gerador de no mínimo (4,5KVA x 130% ) = 5,8 KVA para utilização normal. No pico de partida, 6,7KVA x 130% = 8,7KVA, se forem iniciados simultaneamente.

Nesse caso, como haveria somente um equipamento indutivo com o pico, poderíamos ligá-lo sozinho e anteriormente aos outros equipamentos, o que resultaria em torno de 4KVA (contando o acréscimo de 30%). Após alguns instantes, o motor trabalharia com a potência nominal e o usuário poderia ligar os outros equipamentos.

Outro dado muito importante para levar em consideração no momento da compra é a autonomia de trabalho. A autonomia está relacionada à capacidade do reservatório e ao tempo em que ele consegue trabalhar com essa reserva.

Vamos supor que selecionamos o gerador X para a residência do exemplo acima. Ele tem capacidade para 15 litros,  trabalhando em 6KVA (utilização normal) e que possui autonomia de 12 horas. Um outro modelo poderia ter um reservatório menor, uma autonomia menor, porém suficiente para a sua necessidade (e mais barato).

Outro ponto importante é qual equipamento utilizar para o cálculo. Se o usuário estiver procurando um gerador emergencial, para caso tenha uma queda de energia de alguns minutos, seria interessante não considerar equipamentos como ar condicionado, chuveiro, aquecedores elétricos, que possuem uma potência muito alta, não são urgentes, e demandariam um gerador mais poderoso, e consequentemente muito mais caro.

Se refizermos as contas do exemplo acima sem o aquecedor elétrico, abaixamos a demanda de potência de 4,5KVA para 2,5KVA, ou seja, quase metade.

Concluindo...

Este artigo não tem a pretensão de torná-lo um dimensionador de geradores elétricos. Para isso, recomenda-se sempre um especialista, que verificará a sua real demanda, o cabeamento e a segurança da instalação e do sistema. Queremos somente deixá-lo mais familiarizado com o assunto, e preparado para dar as respostas certas, que auxiliarão em um melhor dimensionamento.

A equipe da Galpão Centro Oeste está disponível para tirar todas as suas dúvidas em relação aos geradores de energia, além de oferecer equipamentos das melhores marcas no mercado, como Branco, Toyama e Matsuyama, nos mais diversos modelos que se adequarão à sua necessidade.

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Fri, 09 Mar 2018 16:36:50 +0000
<![CDATA[Produção de silagem de milho ensacada - Como fazer?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/producao-silagem-milho-ensacada-como-fazer/ Silagem EnsacadaO sistema de produção pecuária no Brasil é conhecido por apresentar dois períodos de produção distintos: o período das águas, onde a oferta de forragem é abundante e os animais são alimentados quase que exclusivamente a pasto; e o período da seca, onde a disponibilidade de forragem através das pastagens é bastante reduzida.

Desta forma, alternativas para tratar dos animais na época seca precisam ser colocadas em prática para garantir o ganho de peso dos animais ou pelo menos sua manutenção.

A silagem é o produto resultante do processo de ensilagem. E assim, a ensilagem é o processo de fermentação controlada de uma forrageira que foi previamente triturada, passou por compactação e armazenada na ausência de oxigênio em estruturas chamadas de silos.

É uma das formas mais comuns de fornecer volumoso de qualidade aos animais. Sua produção é relativamente fácil e pode ser feita pelo próprio produtor, o que reduz os custos de produção. A silagem de milho se destaca por ser bem aceita pelos animais e apresentar elevada qualidade nutricional.

Existem diversas formas de armazenamento da silagem e o tipo de silo a ser escolhido vai depender de fatores econômicos, formas de uso, disponibilidade de espaço na propriedade, entre outros.

Cada tipo de silo tem vantagens e desvantagens, principalmente em relação ao custo de construção e ao desempenho na conservação da silagem. Atualmente, os tipos mais comuns são os silos de superfície e os silos trincheira. No entanto, nos últimos tempos, uma forma diferente de armazenamento vem se destacando, que é a silagem ensacada.

A silagem de milho ensacada tem como vantagem que o silo pode ser preparado no próprio campo, em unidades independentes, que podem ser transportadas para diferentes locais e permite a comercialização da silagem para outros pecuaristas. Como pontos críticos, apresenta baixo rendimento operacional, maior risco de perda na estocagem e maior utilização de plástico.

Como fazer silagem de milho ensacada?

O processo de ensilagem começa pela colheita do milho no ponto ideal, com 30 a 35% de matéria seca, aspecto de grãos farináceos. Neste estádio de desenvolvimento, a planta apresenta características que favorecem a ensilagem, como maior facilidade para compactação no silo, maior disponibilidade de açúcares para fermentação, entre outras.

Um indicativo indireto da fase ideal de colheita do milho para silagem é por meio da avaliação da “linha do leite”. É uma linha branca que atravessa o grão e diminui a cada dia, conforme ocorre a deposição do amido no grão. O ponto ideal se caracteriza quando a parte dura da linha de leite está na metade do grão. Para isso, recomenda-se abrir uma espiga no campo e apertar com a unha. Nesta fase, o grão se apresenta pastoso a farináceo mole e a planta tem folhas da base secas e sua espiga de coloração amarelada. É importante ter em mente que se colhida fora do ponto ideal, o excesso de umidade prejudica a qualidade da silagem.

Normalmente, a colheita é feita com ensiladeiras que apresentam um rendimento operacional em torno de 10 toneladas por hora. Pequenos produtores podem optar por terceirizar esta etapa, alugando esta máquina, o que se torna mais viável economicamente. A ensiladeira deve estar bem regulada e as facas bem afiadas, para garantir um corte homogêneo da planta, com partículas no tamanho entre 6 a 10mm. O tamanho da partículas não pode ser muito grande, pois dificulta a compactação da silagem e acarreta problemas na fermentação.

Máquina de fazer silagem ensacada

O milho colhido com a ensiladeira deve ser transportado para uma área onde será feito o ensacamento. Existem no mercado diversos tipos de máquinas para ensacar a silagem. Essas máquinas possuem um reservatório para a silagem e assim fazem a compactação do material diretamente no saco.

São utilizados sacos de plástico para silagem de 200 micras de espessura, com volume de aproximadamente 100L e que vão resultar uma média de 50kg de silagem. Em seguida, o saco é retirado da máquina e o operador deve suspender batendo contra o chão algumas vezes para melhor compactação do material, garantindo uma maior retirada do oxigênio.

Na sequência, os sacos são fechados removendo-se o ar que se forma na parte superior e passa-se um lacre para melhor vedação. Recomenda-se guardar os sacos com a boca lacrada virada para baixo e fazer o empilhamento dos mesmos para ajudar ainda mais na compactação do material.

Quanto tempo dura a silagem ensacada?

Em geral, após 30 dias, o processo de fermentação é concluído e assim pode ser fornecido para os animais. A durabilidade da silagem ensacada é de 18 a 24 meses, o que é considerado um período longo e que permite fornecer volumoso ao rebanho durante todo o período seco do ano com certa tranquilidade.

Assim, a silagem de milho ensacada é uma alternativa viável para pequenos e médios produtores. É uma forma de se fornecer volumoso de qualidade durante o período de escassez de pastagens e ainda pode ser uma fonte alternativa de renda para pecuaristas que queiram vender o excedente da sua produção.

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Fri, 02 Mar 2018 17:06:34 +0000
<![CDATA[Silagem de milho: 9 dicas para produzir com qualidade]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/silagem-de-milho-9-dicas-para-produzir-com-qualidade/ Silagem MilhoUma das principais preocupações dos pecuaristas é a alimentação dos animais durante a época seca do ano, onde a disponibilidade de pastagens cai consideravelmente. Uma opção para contornar essa dificuldade é a produção de silagem, que consiste em armazenar uma forragem na ausência de ar dentro de silos e conservá-la pelo processo de fermentação que ocorre no seu interior.

Muitas plantas podem ser utilizadas para produção de silagem, no entanto, o milho se destaca por apresentar características como ótimo rendimento de matéria verde, bom valor nutritivo da silagem e, ainda, excelente aceitabilidade pelos animais.

Vejamos alguns tópicos importantes de como fazer silagem de milho de qualidade:

Planejamento

O processo de produção de silagem tem um custo significativo, envolve riscos e requer conhecimento por parte do produtor; por isso, é fundamental o planejamento para minimizar todos os riscos. Deve-se ter em mente e ajustar a quantidade suficiente de equipamentos para a produção de silagem, como tratores, ensiladeiras, silos disponíveis na propriedade, entre outros. É recomendado que todo o maquinário passe por uma manutenção preventiva, algumas semanas antes da produção de silagem.

Uma boa lavoura é a base de tudo

Para se conseguir uma silagem de qualidade é primordial que a lavoura produza dentro de seu potencial. Somente com uma matéria-prima de qualidade é que se produz uma silagem rica em nutrientes e alto valor nutritivo para fornecer ao rebanho. Uma silagem de baixa qualidade resulta em menor consumo pelos animais, com consequente queda na produção de leite e carne.

A escolha do milho ideal

A escolha do híbrido de milho é uma parte importante do processo, pois é ele que vai determinar a capacidade que a planta tem de produzir. O ideal é que o produtor dê preferência aos que produzem bastante grãos, sejam indicados para a região que o produtor está instalado e adequados ao tipo de manejo que se pretende dar à lavoura.

Colheita para ensilagem

Para a colheita do milho para produção de silagem, existe uma faixa de matéria seca (MS) que varia de 30 a 35% que é ideal para a produção e conservação da mesa. Teor de MS inferior a 25% propicia ambiente favorável à proliferação e ao desenvolvimento de bactérias produtoras de ácidos que deixam odores desagradáveis, e também a perdas dos principais nutrientes. A silagem produzida a partir de milho no ponto farináceo-duro resulta em silagem de melhor qualidade, com alto consumo pelos animais e maior valor nutritivo.

Ensiladeiras

Existem diversos tipos de ensiladeiras disponíveis no mercado, cada uma pode ser adaptada para o nível de tecnologia do produtor. Elas tem como vantagens dar mais agilidade à colheita, melhor padronização do corte e economia de mão de obra. Podem sem acopladas e tracionadas pelo trator ou então do tipo automotriz. No caso das automotrizes, são máquinas mais caras e que podem ser contratadas de terceiros somente para a colheita ou se o produtor fizer parte de uma cooperativa que disponha da mesma.

O importante a considerar é que as ensiladeiras devem proporcionar um padrão uniforme do tamanho das partículas da silagem e permitir a quebra dos grãos

Técnicas de ensilagem

Uma silagem de milho de qualidade exige que sejam seguidos o processo de produção correto. Tudo deve ser feito da forma mais rápida possível, da colheita do material até o fechamento do silo. O ideal que as partículas tenham tamanho entre 0,5 e 1 cm para uma melhor qualidade do produto.

Silos mais utilizados

Dois tipos principais de silos são utilizados: tipo trincheira e o de superfície.

O silo trincheira é construído no chão com paredes de alvenaria. Isso permite que a compactação da silagem seja feita de forma mais eficiente e mais rápida, garantindo uma melhor qualidade da silagem e reduzindo as perdas. No entanto, tem um custo maior para sua construção e a desvantagem de ser fixo em uma determinada área da propriedade. Sua dimensão deve ser bem planejada, considerando o tamanho do rebanho que se pretende alimentar e a possibilidade de expansões no futuro.

O silo do tipo superfície é mais barato e podem ser feitos a cada ano em um local diferente da propriedade. Sua desvantagem é que a qualidade da compactação do material é inferior, principalmente nas laterais, resultando em maiores perdas de silagem.

Riscos de contaminação durante o descarregamento

A contaminação da silagem pode ocorrer ainda durante a fase de enchimento do silo. Deve-se atentar para que os tratores que venham do campo não avancem com sua rodas sobre o milho já descarregado no silo. A terra presente nas rodas é carregada de microrganismos que vão deteriorar a silagem, uma vez que o silo for fechado. O ideal é que o produtor reserve um trator exclusivo para a compactação da silagem e que esteja com as rodas limpas.

Compactação e vedação

A compactação do material é feita para retirar todo o ar de dentro do produto. Deve-se espalhar no silo camadas de aproximadamente 20 cm de altura e então emprega-se um trator para compactar o material. Esta etapa é repetida até o enchimento completo do silo. Não é recomendado usar camadas maiores do que 20 cm, pois a silagem não fica bem feita e ocorrem maiores perdas.

Na sequência, é feita a cobertura e vedação do silo, empregando-se lona de polietileno de cerca de 200 micras de espessura. Indica-se usar a lona de dupla face (um lado preto e um branco), deixando-se o lado branco voltado para cima para refletir a luz do sol e diminuir o aquecimento da silagem. A lona deve ser colocada bem ajustada ao material para evitar que forme bolsões de ar entre a lona e a silagem. Ao redor da lona deve ser colocado um terra para garantir a vedação.

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Fri, 23 Feb 2018 18:12:35 +0000
<![CDATA[Milheto BRS 1501 como opção para cobertura de solo]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/milheto-brs-1501-opcao-para-cobertura-solo/ A cobertura do solo é um dos principais fatores para o sucesso do sistema de plantio direto. Ela é formada por resíduos vegetais após a colheita de uma determinada cultura ou mesmo de culturas que são plantadas com a finalidade de produção de palhada na área.

Para o sucesso do sistema de plantio direto, a cobertura deve se estender por pelo menos 80% da superfície do solo ou em torno de 6 t/ha de matéria seca. Isto é um fator chave, pois vai influenciar as características do sistema de plantio, como melhorar a infiltração de água no solo e diminuir as perdas por evaporação. Por isso, é fundamental escolher bem a cultura que será plantada com esta finalidade.

O milheto, de nome científico Pennisetum glaucum, é uma cultura tropical que se destaca pelo sua rusticidade e rápido crescimento. Ela tem apresentado um grande crescimento na sua utilização na região do cerrado brasileiro, para formação de palhada em sistema de plantio direto, ou mesmo para uso como forrageira para alimentação de bovinos de corte ou leite.

O milheto BRS 1501 é uma variedade que foi produzida pela Embrapa em Sete Lagoas, MG. Foi selecionada por apresentar alta produção de matéria seca em áreas de plantio direto na palha. É uma cultivar que apresenta boa adaptação à condição de estresse hídrico, com elevado potencial de produção de grãos.

Características do Milheto BRS 1501

O milheto tem boa adaptabilidade a vários tipos de solos, se desenvolvendo bem em áreas de baixa fertilidade e déficit hídrico. Seu cultivo ainda exige poucos insumos, sendo baixo o custo de produção.

O plantio do milheto ainda apresenta a vantagem de proporcionar a reciclagem de nutrientes, ou seja, suas raízes captam os nutrientes nas camadas mais profundas do solo, liberando-os durante a decomposição da palhada que se forma na superfície do solo.

Cultura do Milheto BRS 1501

A cultivar BRS 1501 apresenta um ciclo médio de produção, variando de 80 a 100 dias, o que é considerado rápido. Seu florescimento ocorre aos 50 dias após o plantio e a altura da planta pode chegar a 180 cm. A inflorescência do tipo panícula, apresenta de 30 a 50 cm de comprimento com grãos de coloração cinza e endosperma parcialmente duro.

Quantos kg de milheto por hectare?

A produção de massa verde pode chegar a 40 t/ha, o que é muito vantajoso em áreas de plantio direto, principalmente em regiões tropicais,onde é difícil de se obter uma boa palhada sobre o solo. Sua matéria seca varia de 15 a 20%.

A produtividade em grãos fica em torno de 2,5 toneladas/ha e o grande destaque é para o alto teor de proteína bruta que chega a 12%, sendo excelente para a alimentação animal.

O milheto BRS 1501 apresenta boa tolerância a seca, sendo recomendado o plantio nas regiões sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Nessas regiões mencionadas, seu desempenho é ainda melhor em dias curtos, ou seja, nas condições de outono inverno, quando as horas de luz começam a diminuir.

A época de semeadura do milheto é ampla, devido a sua rusticidade, podendo se estender de agosto a maio. Porém, as sementes exigem boa condição de umidade e temperatura do solo variando entre 18 e 24 °C, para uma boa germinação.

Para cobertura do solo no sistema de plantio direto, pode-se optar pela semeadura no período da safrinha, após a colheita da cultura principal, safra verão, no período que vai da segunda quinzena de janeiro até o início do mês de abril.

Quanto mais cedo for realizado o plantio, maiores os resultados em termos de produção de massa verde e grãos.

Milheto BRS 1501

Ainda é possível plantar o milheto para a produção de massa seca no período compreendido entre agosto e setembro, antes da semeadura da cultura de safra, que geralmente ocorre em novembro, sendo feita a dessecação do milheto previamente ao plantio.

O milheto BRS 1501 pode ser semeado a lanço ou através do plantio em sulcos. O plantio a lanço pode ser feito em áreas recém preparadas ou em culturas em fase de colheita na forma de sobressemeadura. A densidade de semeadura vai variar em função da finalidade de produção, sendo que para formação de cobertura no solo, ela varia de 15 a 20 kg de sementes de milheto/ha com espaçamento de 15 a 20 cm entrelinhas.

Outra grande vantagem do plantio do milheto BRS 1501 na rotação de culturas, refere-se ao controle de nematóides da espécie Rotylenchulus reniformis. É considerada uma planta que apresenta baixo índice de reprodução deste tipo de praga. Assim, quando se planta o milheto BRS 1501 em áreas infestadas com este tipo de nematóide, os mesmos não tem do que se alimentar, resultando na diminuição significativa da população da praga na área.

Desta forma, o uso do Milheto BRS 1501 pode ainda ser considerado um método de controle biológico de baixo custo, viabilizando assim o plantio de culturas comerciais em áreas antes infestadas.

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Thu, 15 Feb 2018 13:55:48 +0000
<![CDATA[Cultivo do sorgo forrageiro para a safrinha - Como fazer?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/cultivo-sorgo-forrageiro-para-safrinha-como-fazer/ A cultura do sorgo é uma das principais lavouras plantadas no Brasil. Apresenta um excelente potencial para ser utilizada na safrinha, pois se adapta a uma diversidade de ambientes e consegue produzir mesmo sob condições pouco favoráveis, quando se compara com outras culturas como milho e soja.

Como plantar sorgo forrageiro?

O sorgo pode ser plantado no sistema convencional ou no sistema de plantio direto. No preparo de solo convencional, utiliza-se uma aração e duas gradagens, sendo uma feita logo após a aração com o objetivo de reduzir os torrões e a segunda com o objetivo de nivelar a área para posterior semeadura.

Recomenda-se aplicar metade da dose de calcário antes de entrar com o arado e a outra metade da dose antes de passar a primeira grade. O sistema de semeadura convencional é recomendado para solos onde o plantio será feito pela primeira vez, ou que apresentem problemas de compactação ou fertilidade, pois assim se incorpora fertilizantes e corretivos e quebra-se a camada compactada do solo. Utiliza-se arado e subsolador no preparo do solo.

Sorgo Forrageiro SafrinhaNo plantio direto, o solo permanece sem revolvimento. É feita inicialmente a dessecação das plantas presentes na área com herbicidas, formando assim uma palhada na superfície do solo que vai permitir uma melhor infiltração de água e ajuda a manter a umidade do mesmo. O sistema de plantio direto pode ser utilizado em áreas que já tenham um histórico de aplicação deste tipo de plantio e que não apresentem problemas de fertilidade ou compactação.

Após o preparo da área, o próximo passo é a semeadura. As sementes devem ser depositadas a uma profundidade de 2 a 3 cm. Quanto mais argiloso for o solo, menor deve ser a profundidade de semeadura. É importante atentar para deposição do adubo que deve ser posicionado a uma distância de cerca de 3 cm ao lado e abaixo das sementes, para evitar queimar as mesmas. O cálculo da necessidade de sementes deve ser feito de modo a se obter um número final de plantas/ha de 120.000.

Os sorgos forrageiros são adequados tanto para a produção de silagem quanto para o corte verde, em geral atingindo altura de corte com 2 e 3 m. Além disso, existem cultivares de dupla aptidão (forragem e grãos), com altura média na faixa de 2 m. O sorgo forrageiro tem amplo potencial de uso, pois apresenta alta produtividade, se adequa bem à mecanização e pode ser utilizado para pastejo, corte direto e silagem.

Adubação do sorgo

A adubação da cultura deve ser planejada em função dos resultados da análise de solo. Atenção particular deve ser dada em áreas de sorgo forrageiro, pois grande parte dos nutrientes são extraídos na massa verde. Diferentemente do que ocorre em áreas de colheita de grãos, onde grande parte da massa verde permanece na área, o que permite a reciclagem dos nutrientes. No caso de sorgo para silagem, a adubação deve ser bem manejada para evitar o esgotamento de nutrientes na área.

No que se refere à irrigação, apesar do sorgo ser considerado tolerante à seca, ele responde muito bem quando irrigado e sua produtividade pode ser até triplicada. O uso da irrigação é uma alternativa importante para se garantir a produção na safrinha em casos de plantios mais tardios, quando as chuvas começam a ser menos frequentes. O sistema de irrigação mais utilizado para o sorgo é a aspersão.

As pragas do sorgo que merecem atenção do produtor são classificadas em:

  • pragas subterrâneas: larva-arame, bicho-bolo, pão-de-galinha e corós. Estas provocam danos na fase inicial e devem ser controladas por meio da aplicação de tratamento de sementes.
  • pragas da parte aérea: lagarta elasmo, broca da cana de açúcar, pulgão verde, lagarta do cartucho, lagarta militar, mosca do sorgo, lagarta da espiga do milho e percevejos. Estas causam danos a parte aérea, comprometendo a superfície foliar e os grãos.

Uma série de doenças pode atacar a cultura do sorgo, como as doenças causadas por bactérias: risca bacteriana e estria bacteriana; doenças causadas por fungos: helmintosporiose, podridão-do-colmo e pedúnculo, antracnose do colmo, podridão-seca-do-colmo e doença açucarada do sorgo e ainda, as viroses, como o mosaico da cana-de-açúcar.

Em geral, o controle das pragas e doenças é feito de forma preventiva, escolhendo-se variedades resistentes e mantendo-se uma boa nutrição das plantas. Outra prática recomendada é o monitoramento da cultura. Ao primeiro sinal de ocorrência de pragas ou doenças, medidas de controle devem ser tomadas para se evitar a infestação.

Quantos dias para colher o sorgo forrageiro?

Para a colheita do sorgo forrageiro, com a finalidade de se produzir ensilagem, deve-se considerar o estádio de maturação dos grãos no momento do corte. O estádio de grãos pastosos é o ponto ideal para colheita do sorgo para ensilagem. O período para colheita dura de 7 a 12 dias.

A determinação do ponto de colheita é feita de forma visual, por meio da observação dos grãos na parte média da panícula. Deve-se pressionar os grãos e constatar se os mesmos estão no estádio pastoso. Neste ponto, os grãos da base da panícula estarão na fase leitosa. Isso coincide com uma matéria seca de 30 a 35%.

Desta forma, a cultura do sorgo apresenta-se como uma opção interessante para a produção de forragem de qualidade na época seca do ano. Seu plantio é menos arriscado, quando comparado com outras culturas de grãos e pode ser destinado a produção de silagem, pastejo direto ou servido no cocho.

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Fri, 09 Feb 2018 13:26:52 +0000
<![CDATA[Sobressemeadura de aveia e azevém em pastagens tropicais]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/sobressemeadura-aveia-azevem-pastagens-tropicais/ A reduzida oferta de forragem no período seco do ano é um dos grandes limitadores da produção de animais a pasto, sendo necessária a suplementação com volumoso e concentrado.

Uma opção para se prolongar o período de disponibilidade de forragem é pela utilização da sobressemeadura de forrageiras de inverno em pastagens tropicais.

Duas espécies se destacam para a formação de pastagens de inverno: o Azevém (Lolium multiflorum) e a Aveia (Avena spp). Estas espécies possibilitam aumento da produção de forragem na época seca do ano, aumentando-se assim, o período em que os animais tem acesso ao pasto. Além disso, as forrageiras de inverno possuem alto valor nutritivo, com elevados teores de proteína bruta e alta digestibilidade.

Azevém

O Azevém é uma planta rústica e com alto vigor, apresenta grande perfilhamento e boa produção, respondendo bem às adubações. Seu valor nutritivo é alto, com elevado teor de proteína bruta, de fácil digestão e com alta palatabilidade para ruminantes.

O Azevém é uma gramínea que apresenta boa tolerância ao pisoteio e com período de pastejo que pode chegar a cinco meses. Das espécies forrageiras de inverno, é a que se destaca por maior produção de massa verde. Sua capacidade de rebrota é alta e consegue ressemear naturalmente. Pode produzir de 2,0 a 6,0 toneladas de matéria seca/ha.

A Aveia é uma espécie rústica, pouco exigente em fertilidade de solo, caracteriza-se por seu crescimento vigoroso e tolerância à acidez do solo. É a espécie que se desenvolve mais precocemente entre as forrageiras de inverno. A época de semeadura é de março a julho e pode ser feita na forma de sistema de plantio direto ou a lanço. Quando semeada em linha, indica-se o espaçamento de 17 a 20 cm entrelinhas. A profundidade de semeadura indicada é de 3 a 5 cm. Quando semeada a lanço, deve-se usar 30 a 50% a mais de sementes.

A sobressemeadura consiste em implantar uma cultura anual em uma área já ocupada por outra cultura perene, mantendo as duas em consórcio. Desta forma, beneficia-se de um período em que a pastagem está com baixa produção (período de inverno). No Brasil, é mais comum a utilização da sobressemeadura em pastagens de Cynodons e Panicuns, de baixo porte e em áreas de fertilidade do solo alta, onde são encontradas condições ideais de cultivo para essas forrageiras de inverno.

Se consideramos o plantio destas forrageiras na região Sudeste do Brasil, devemos optar por áreas de boa fertilidade, onde a saturação por bases está em torno de 80%, solo com elevada quantidade de matéria orgânica e com possibilidade de irrigação, pois nestas regiões, as chuvas são bastante reduzidas no inverno, evitando-se a queda da produtividade da forragem.

O primeiro passo antes de realizar a sobressemeadura, é fazer o rebaixamento da pastagem que já está estabelecida. Deve-se deixá-la na altura de saída de pastejo dos animais. A semeadura é feita a lanço, em geral, misturando-se as sementes com o calcário ou com o adubo fosfatado. Logo após a semeadura, coloca-se os animais para pastejo para um maior rebaixamento da forrageira, permitindo melhor incidência de luz. A taxa de semeadura recomendada para a aveia é de 70 a 100 kg/ha e para o Azevém, a taxa é de 30 a 50 kg/ha, isto quando o plantio é solteiro, ou seja, quanto uma ou outra espécie é semeada na área; no caso de consórcio, pode-se trabalhar com 15 kg / ha do Azevém e 50 kg / ha da Aveia Preta. É possível optar pelo plantio em linhas onde o gasto com sementes pode ser reduzido.

Aveia

Sobressemeadura Aveia AzevémEm áreas de sobressemeadura de Aveia, o primeiro pastejo pode ser feito por volta de 30 a 40 dias após a semeadura, quando as plantas estão com uma altura de 30 e 40 cm. O animais podem pastejar até uma altura residual de 10 cm, o que permite uma rebrota eficiente. Na sobressemeadura do Azevém, o pastejo inicial pode ser feito por volta de 45 e 55 dias após a semeadura, quando as plantas apresentam altura de 20 a 25 cm e altura final após pastejo pode ser de 6 a 7 cm.

É importante que os animais sejam colocados a uma gradual adaptação da flora microbiana, para que não haja estresse, por exemplo por diarréia, com o uso do novo tipo de alimento. Com este objetivo, deve-se aumentar pouco a pouco o tempo de pastejo dos animais na área. Inicia-se com 1 hora no primeiro dia, duas horas no segundo, quatro horas no terceiro, até sua completa adaptação, o que ocorre entre sete e dez dias.

Para o sucesso do sistema de sobressemeadura, devem ser observados os seguintes fatores: escolha de cultivares adequados à região; aquisição de sementes de boa qualidade; adequada fertilidade do solo; controle da competição com a forrageira já implantada e uso de irrigação quando necessário.

Portanto, o consórcio de aveia e azevém com gramíneas tropicais é uma forma de manejo de sua pastagem, que mostra-se como opção de pastagem de inverno, tanto para a pecuária de corte, quanto de leite e outras criações, prolongando-se, assim, o período de pastejo dos animais na época seca do ano. Ainda oferece o benefício de melhorar a qualidade da alimentação fornecida aos animais e a redução do uso de concentrados.

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Fri, 26 Jan 2018 14:30:11 +0000
<![CDATA[Consórcio sorgo e feijão guandu para produção de silagem]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/consorcio-sorgo-feijao-guandu-para-producao-silagem/ A terminação de bovinos em confinamento é uma das etapas mais caras do sistema de produção. Medidas que possam reduzir os custos de produção, nesta fase do sistema, são fundamentais para melhorar o lucro da atividade. Uma alternativa para isso é o uso da silagem de sorgo com feijão guandu.

O plantio em consórcio do sorgo com o feijão guandu, também conhecido por feijão guando ou ainda feijão andu, é algo ainda recente no Brasil, mas com grande possibilidade de gerar resultados; principalmente na terminação de bovinos em confinamento, onde a ração tem participação importante nos custos da atividade. Sendo assim, alternativas que viabilizem ao menos a redução no uso de rações sempre é algo muito bem vindo. Estudos indicam que já na primeira colheita podem ser obtidas cerca de 2.300 ton/ha de silagem de sorgo com feijão guandu, o que pode representar uma economia de até 30% nos custos com ração.

Essa redução no custo com concentrado se deve ao incremento em teor de proteína bruta que o feijão guandu proporciona na silagem. Desta forma, é possível evitar a compra de grãos para complementar a alimentação no cocho e ainda se pode produzir a silagem com maior qualidade na propriedade, o que reduz ainda mais os custos.

Feijão Guandu

O feijão guandu é uma planta que se adapta bem ao consórcio com gramíneas, segundo estudos da Embrapa, demonstrando um bom desenvolvimento sem prejuízo para as duas culturas. Além disso, o feijão guandu é benéfico sob dois aspectos: o primeiro é que é uma planta que fornece mais proteína na silagem e o segundo, por ser uma planta benéfica para o solo, pois por ser uma leguminosa, tem a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico, reduzindo assim, os custos com adubação nitrogenada e melhorando as características do solo.

A utilização deste consórcio pode ser útil também para a recuperação de áreas degradadas, uma vez que pode ser implementado em diferentes extensões da propriedade, obtendo-se o benefício do feijão guandu como fixador de nitrogênio no solo. Em estudo realizado em uma propriedade, verificou-se uma melhoria na taxa de lotação de 0,7 para 3 UA/ha com a utilização deste sistema. Há algumas opções de feijão guandu, que são utilizadas para o consórcio, como o feijão guandu cv. Fava Larga, feijão guandu cv. BRS Mandarim e o feijão guandu Super N.

Sorgo Forrageiro

Para o cultivo do sorgo consorciado, deve-se optar por uma cultivar de sorgo forrageiro para silagem, como o sorgo Podium, sorgo BRS 658, sorgo Ponta Negra, sorgo BR 601, dentre outros. São híbridos desenvolvidos para proporcionar forragem de elevada qualidade, com estabilidade de produção, resistentes a períodos secos e adequados ao processo de silagem. Sua produção de massa verde pode chegar a 50 t/ha. Em geral, apresentam porte alto e ciclo de 90 a 100 dias, quando atingem o ponto de grãos leitosos, sendo o ideal para ensilagem. O sorgo proporciona uma silagem com alta digestibilidade e teor de proteína bruta médio de 8%.

Como realizar o plantio?

Para o plantio do sorgo em consórcio, deve-se observar as características do solo e assim fazer a correção necessária com calcário, pois requer boas condições químicas para expressar seu potencial produtivo. O plantio é recomendado na época das águas, a partir de outubro, ou no período de safrinha de fevereiro a março.

Pode ser feito com espaçamento de 45 cm nas entrelinhas, de forma alternada entre as culturas, ou seja, uma linha de guandu, uma linha de sorgo. É recomendado 15 kg de sementes de sorgo/ha no plantio em linha, a uma profundidade de 3,5 cm. A adubação de plantio é realizada segundo os resultados da análise de solo e o adubo deve ser aplicado abaixo e ao lado das sementes. É recomendada uma adubação de cobertura com nitrogênio e potássio, quando a planta de sorgo apresentar 6 folhas totalmente expandidas.

A grande vantagem é que em uma mesma operação é possível plantar as duas culturas e depois fazer a colheita para ensilagem simultaneamente.

Consorcio Sorgo Feijao Guandu

Na produção do sorgo para forragem, é essencial prestar atenção ao equilíbrio entre adubação nitrogenada e potássica. São nutrientes bastante exigidos e em diferentes épocas de desenvolvimento da cultura. O potássio é bastante exigido no desenvolvimento vegetativo, assim é fundamental fazer a complementação com adubação em cobertura, no máximo, até 4 semanas após a emergência das plantas ou quando apresentarem 6 folhas totalmente desenvolvidas.

Já o nitrogênio é requerido no desenvolvimento vegetativo e na fase reprodutiva. O ideal é que a adubação nitrogenada em cobertura seja dividida em duas partes, a primeira junto com a aplicação de potássio e a segunda quando a planta de sorgo apresentar até 12 folhas totalmente expandidas, o que ocorre em média 2 semanas após a primeira aplicação. Caso não seja possível parcelar a adubação nitrogenada, deve-se dar preferência para aplicação total quando a planta de sorgo apresentar 4 folhas expandidas.

Ainda no que se refere a adubação, deve-se haver um equilíbrio entre o N e K, pois altas adubações com N devem ser acompanhadas de complementação com K, para se evitar o acamamento das plantas. Plantas acamadas dificultam a colheita do material para ensilagem.

Portanto, o uso do consórcio de sorgo com feijão guandu mostra-se como uma excelente alternativa para a produção de silagem de qualidade nutricional elevada, para a terminação de bovinos em confinamento. Ainda tem a vantagem de ser produzido na própria propriedade e melhorar as características do solo, pela fixação de nitrogênio atmosférico proporcionado pelo feijão guandu.

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Fri, 19 Jan 2018 16:20:18 +0000
<![CDATA[Controle de ervas daninhas em pastagens: O que fazer?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/controle-ervas-daninhas-pastagens-o-que-fazer/ Erva Daninha - O que é?

As plantas daninhas são definidas como plantas que se desenvolvem em um local indesejado, causando prejuízos à cultura principal da área. Elas têm características em comum, como: diversidade na forma de reprodução (sementes, partes vegetativas); conseguem crescer e produzir sementes em ambientes climáticos diversos e em diferentes condições de solo; as sementes apresentam mecanismos de dormência que as fazem persistir no ambiente até que as condições ideais para germinação estejam disponíveis; produzem uma elevada quantidade de sementes por planta; tem sistema radicular abundante; entre outras.

Os principais problemas causados pelas plantas daninhas em pastagens são:

  • competição por luz, água, nutrientes e espaço que seriam utilizados pela forrageira principal;
  • redução da capacidade de suporte da pastagem;
  • podem ser ambiente para o desenvolvimento de parasitas;
  • envenenamento do rebanho por plantas tóxicas;
  • podem causar ferimentos nos animais.

Tipos de Ervas Daninhas

Existe uma série de plantas que são consideradas daninhas. Abaixo, na Tabela 1, estão listadas as principais que ocorrem nas pastagens do Brasil.

Tabela 1. Plantas daninhas encontradas em pastagens do Brasil

Nome comum Nome científico
Alecrim do campo Brachiaria dracunculifolia
Arranha gato Acacia plumosa
Arnica Solidago chilensis
Algodão de seda Calotropis procera
Assa peixe branco Vernonia polianthes
Assa peixe roxo Vernonia westiniana
Babaçu Orbygnia speciosa
Bacuri  Attalea phalerata
Cafezinho Palicourea marcgravii
Cajussara Solanum rugosum
Cambara Lantana câmara
Carqueja Bacharis trimera
Canela de perdiz Croton grandulosus
Camboata Tapirira guainensis
Ciganinha Memora peregrina
Cipó de São João Pyrostegia venusta
Espinho agulha Barnadesia rósea
Fedegoso Senna occidentalis
Fedegoso branco Senna obtusifolia
Guanxuma Sida spp
Jurubeba Solanum paniculatum
Lobeira Solanum lycocarpum
Lacre Visnia guianensis
Leiteiro Peschiera fuchsiaefolia
Limãozinho Acantocladus brasiliensis
Mata pasto Eupatorium laevigatum
Mata pasto Eupatorium maximilianii
Mata pasto Eupatorium squalidum
Malicia Mimosa invisa
Pata de vaca Bauhinia forficata
Tarumã Vitex montevidensis
Taboca Guadua angustifolia
Tucum Astrocaryum tucuma

Fonte: Victoria Filho, 2011.

Os métodos de controle aplicados variam de acordo com as características do local, os tipos de plantas daninhas encontradas na área, condições de solo e clima, tamanho da área da pastagem e nível tecnológico da propriedade.

Os primeiros passos a serem dados, antes de se definir qual a metodologia de controle a ser aplicada, refere-se a identificação das espécies presentes, a densidade das mesmas na área e sua distribuição. Isto facilita o planejamento e a execução do método de controle que melhor se adequa à propriedade.

Métodos para controle de plantas daninhas em pastagens

Controle preventivo

Este tipo de controle tem como característica a junção de diferentes práticas com o objetivo de evitar a introdução, o desenvolvimento e/ou a disseminação de plantas daninhas em áreas que ainda não foram infestadas. Dentre estas práticas, podemos citar a compra de sementes de qualidade. A legislação brasileira de sementes estabelece que algumas espécies de plantas daninhas são proibidas dentro de um lote de sementes para comercialização, evitando assim que o pecuarista introduza outras plantas daninhas em sua propriedade. Na propriedade, é de responsabilidade do produtor evitar a introdução de novas espécies e sua disseminação.

Controle cultural

São práticas que auxiliam a forrageira a se estabelecer da melhor forma na área, favorecendo ainda o seu pleno desenvolvimento. Dentre estas práticas, podemos citar o uso de sementes fiscalizadas de qualidade, manejo correto da pastagem (como altura de pastejo, altura de saída dos animais, etc.) e uso de forrageira que seja adaptada às condições da região.

Controle mecânico ou físico

Controle Ervas DaninhasA prática mais comum de controle mecânico é o uso da roçagem. Ela pode ser feita de forma mecânica, por meio de roçadeiras, ou manual, com foices ou facões. A escolha da melhor maneira vai depender do tamanho da área e do tipo de planta daninha presente. O produtor deve se atentar que o uso de roçagem por si só não é um método eficaz de controle. A roçada elimina somente a parte aérea da planta, fazendo com que as raízes fiquem mais vigorosas e assim acabem se aproveitando dos nutrientes e água que poderiam ser utilizados pela forrageira.

Controle químico

Para o uso do controle químico, é fundamental que o herbicida utilizado tenha total seletividade para a forrageira, permitindo que ela se desenvolva normalmente, sem prejuízos ao seu rendimento. Em áreas de pastagens, é comum ocorrer diversos tipos de plantas daninhas. Assim, é uma prática comum fazer o uso de misturas de herbicidas com ingredientes ativos diferentes, para assim controlar uma maior diversidade de plantas invasoras.

O controle químico pode ser realizado em duas situações:

  • Em pastagens novas ou reformadas, após as etapas de preparo do solo, é muito comum o crescimento de plantas daninhas que estavam no banco de sementes do solo. Deve-se acompanhar o desenvolvimento destas invasoras e um controle, para evitar sua infestação entre 30 a 40 dias após a germinação. Normalmente, se empregam doses baixas de herbicida, permitindo um custo menor da operação e melhor eficiência no controle das invasoras.
  • Em pastagens já estabelecidas, com cobertura adequada da gramínea forrageira e com reinfestação de plantas daninhas. Neste caso, em função do nível de infestação, a aplicação poderá ser feita em área total ou dirigida. Em caso de plantas que tenham atingido um porte alto ou apresentem flores, deve-se fazer previamente uma roçada cerca de 40 a 60 dias antes a aplicação do herbicida. Desta forma, temos mais eficiência no controle e redução da quantidade de herbicida empregado.

Na tabela 2, encontram-se os principais herbicidas recomendados para pastagens e suas doses para aplicação em área total.

Tabela 2. Principais herbicidas empregados em pastagens e suas doses

Princípio ativo Dosagem recomendada
2,4-D 1 a 2 L/ha
Associacão 2,4-D + picloram 4 a 6 L/ha
 Fluoxipir-MHE 1 a 2L/ha
Glyphosate 0,5 a 5 L/ha
Paraquat 5 a 11 L/ha
Tebuthiuron 2 a 8 g i.a. (ingrediente ativo)
Triclopyr  5 a 20 ml calda/planta

 Fonte: Claudino et al., 2011.

As plantas daninhas podem ser um grande empecilho para a longevidade das pastagens, por isso, seu controle deve ser sempre uma prioridade. Converse sempre com um engenheiro agrônomo para uma recomendação específica de controle de plantas daninhas na sua propriedade.

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Thu, 21 Dec 2017 13:03:47 +0000
<![CDATA[Como fazer o controle de cigarrinhas das pastagens?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-fazer-controle-cigarrinhas-das-pastagens/ Cigarrinha Das PastagensA cigarrinha das pastagens é uma praga que tem ganhado destaque nos últimos anos pela sua capacidade de afetar a produção das gramíneas forrageiras de norte a sul do Brasil. Era uma praga de pouca importância até alguns anos atrás, mas isto mudou a partir da expansão da produção de cana-de-açúcar.

A cigarrinha da cana-de-açúcar, que também causa danos à planta, encontra um ambiente muito favorável para o seu desenvolvimento nas pastagens. Esta praga começou a ser um problema, depois do advento da colheita mecanizada da cana-de-açúcar. Até poucos anos atrás, era permitida a queimada da palhada da cana, antes da colheita; desta forma, o fogo era uma forma eficiente de eliminar as cigarrinhas presentes na área e, assim, fazer seu controle. No entanto, sem a queimada, a população da cigarrinha da cana aumentou de tal maneira, que foi buscar novos ambientes para se alojar, encontrando nas pastagens um ambiente propício para seu desenvolvimento.

As cigarrinhas das pastagens causam danos, pois sugam a seiva do xilema da planta, evitando que os nutrientes sejam utilizados pela forrageira. Ao mesmo tempo, injetam substâncias que prejudicam o seu desenvolvimento. Quando em altas infestações, levam ao amarelecimento da parte aérea da forrageira; desta forma, ela não consegue se desenvolver adequadamente e o resultado pode ser a sua morte.

O surgimento de uma espuma densa e esbranquiçada na parte basal das touceiras de capim é característico em áreas onde há a presença de cirgarrinha das pastagens; ali, encontram-se as ninfas, forma jovem da praga. Na parte aérea das plantas, ficam os adultos sulgando os colmos.

Confira abaixo como fazer o controle de cigarrinhas das pastagens:

Controle químico de cigarrinha das pastagens

O controle químico deve ser feito quando aparecerem as primeiras cigarrinhas adultas na área. Este fato coincide com o início do período das chuvas, época em que as cigarrinhas se reproduzem mais intensamente. O pecuarista deve ter em mente que os inseticidas atuam principalmente sobre os insetos adultos, uma vez que as ninfas se protegem na espuma que produzem na base da planta. Em geral, são necessárias de duas a três aplicações de inseticida no período chuvoso; porém, irá depender das condições de clima e o nível de infestação da praga na área. O produtor deve estar sempre monitorando para identificar focos do inseto.

Para o controle químico, o gado deve ser removido da pastagem, pois os inseticidas são tóxicos para os animais. É importante observar as dosagens e o período de carência do produto, evitando intoxicações do rebanho, período este que pode chegar a 21 dias.

A cigarrinha das pastagens pode ser controlada por uma série de produtos químicos como: Carbaril, o Clorpirifós, o Fenitrotiom, o Malatiom, o Naled e o Tiametoxan+Lambda-Cialotrina. Deve se observar as recomendações do fabricante para a aplicação e sempre consultar um engenheiro agrônomo para uma recomendação adequada.

Controle biológico de cigarrinha das pastagens

O controle biológico é feito por meio de um fungo chamado Metarhizium anisopliae. Este fungo é um parasita que se instala na superfície da ninfa e começa a se alimentar dela, causando sua morte. O uso deste fungo deve ser feito quando a infestação da praga ainda está em níveis considerados médios, cerca de 15 ninfas/m2. A aplicação deve ser feita em condições de umidade relativa superior a 65%, ao final do dia ou em dias nublados. O produto é aplicado diluído em água, com pulverizadores ou aplicação aérea. Quando o fungo encontra as condições ideais para seu desenvolvimento na área, ele tende a se multiplicar e, assim, controlar o aumento da infestação de cigarrinhas ao longo do tempo.

A vantagem da aplicação do produto biológico é que ele é natural, ou seja, não é tóxico para os animais, assim não existe período de carência entre a aplicação e a entrada dos animais na área.

Diversificação de pastagens (Espécies suscetíveis e resistentes)

A diversificação das pastagens é uma alternativa eficiente no controle da cigarrinha das pastagens. Nela, empregam-se diferentes capins que sofrem menor ataque da praga, além de ser um método vantajoso, pois não são necessárias interferências com outros tipos de controle.

As cultivares mais resistentes verificadas para a cigarrinha das pastagens são Brachiaria brizantha cv. Marandu, B. brizantha cv. Piatã, Andropogon gayanus cv. Planaltina, Panicum maximum cv. Mombaça, P. maximum cv. Tanzânia, Panicum spp. cv. Massai, P. maximum cv. Zuri, P. maximum cv. Tamani e o mais recente lançamento da Embrapa, a BRS Ipyporã (Confira  também o artigo BRS Ipyporã: alternativa para o controle das cigarrinhas.

Já os capins Brachiaria decumbens, B. ruziziensis, BRS Paiaguás, Tangola e a Grama-estrela são consideradas suscetíveis a certas espécies de cigarrinha das pastagens.

Um outro fator, que o pecuarista deve levar em consideração, é evitar a formação de touceiras muito grandes por meio de um pastejo adequado da área. Quando temos uma pastagem bem manejada, em termos de altura de pastejo, é mais fácil a entrada da luz do sol para atingir o solo; condição essa que desfavorece a multiplicação das cigarrinhas.

É importante ter em mente que o controle de cigarrinha das pastagens deve ser feito de forma integrada, ou seja, com a adoção de um conjunto de medidas, como: uso de cultivares resistentes, controle biológico com M. anisopliae e controle químico, em casos de alta infestação. Aliado a isto, também temos o uso de práticas culturais, como o manejo da altura das plantas, adubação equilibrada, que, somados, vão resultar em um controle da população de cigarrinhas, evitando danos à pastagem.

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Fri, 15 Dec 2017 13:50:41 +0000
<![CDATA[Gramado: Qual a melhor grama para o meu terreno?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/gramado-qual-melhor-grama-para-meu-terreno/ Os gramados são forragens cuja as espécies têm como hábito comum o crescimento rasteiro. Seja através de rizomas ou estolões, sua multiplicação pode ser feita por sementes, mudas ou tapetes. São importantes para a ornamentação de áreas destinadas ao paisagismo ou mesmo para usos bem específicos, como a prática de esportes, contenção de encostas ou taludes, pistas de pouso de avião, dentre outros. Tem a função de revestir o solo, impedindo a ocorrência de processos erosivos, auxilia na melhoria do conforto térmico e proporcionam um efeito visual e estético agradável em jardins, chácaras, sítios e fazendas. Os gramados estão sendo mais estudados nos últimos anos, principalmente em países desenvolvidos, pois são considerados muito úteis para a preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida.

De uma forma geral, as espécies de gramas tem como características principais o crescimento rápido, tolerância ao corte baixo, resistência à seca, pragas e doenças e, em geral, resistem bem ao pisoteio.

Na escolha da melhor grama para jardim, devem ser levados em consideração diversos fatores. A iluminação do local é um fator importante, pois certas gramas precisam de pleno sol para seu desenvolvimento, enquanto outras podem se desenvolver a meia sombra. O tipo de tráfego, ou seja, se haverá trânsito de pessoas, animais, veículos ou máquinas sobre o gramado, fator que determina a intensidade de pisoteio, também deve ser considerado. Muitas das gramas suportam um pisoteio mais intenso, porém outras são mais sensíveis.

Há diversas espécies que podem ser utilizadas na formação de um gramado. Vamos conhecer algumas das principais e comentar um pouco sobre cada uma delas.

Grama batatais (Paspalum notatum cv. Bahia)

Também conhecida por “grama forquilha” ou “grama mato grosso”, possui folhas volumosas e alongadas de coloração verde clara. Pode ser cultivada por sementes, mudas ou tapetes, e tem preferência por lugares a pleno sol, se desenvolvendo bem em clima tropical e com alta resistência a seca. Embora apresente certa pilosidade que causa coceira, é uma das gramas mais utilizadas para jardim, sendo considerada uma das melhores opções. Não tolera o sombreamento e, se colocada nessa condição, não consegue se desenvolver. Se adapta muito bem a áreas onde ocorre intenso fluxo de animais, máquinas ou pessoas, sendo recomendada para áreas públicas, como parques de uma forma geral. Tolera bem solos ácidos e pobres em nutrientes, proporcionando boa contenção da erosão nas áreas que é cultivada. Depois de estabelecida, apresenta crescimento vigoroso, principalmente na época das águas (chuvas), exigindo podas com maior frequência.

Grama Pensacola (Paspalum notatum Flugeé cv. Pensacola)

Embora da mesma espécie da grama batatais, a grama pensacola apresenta folhas mais finas e longas e sem pilosidade. Se adapta muito bem em condições de clima frio, seco e sujeitas a ocorrência de geadas. Possui certa tolerância ao sombreamento e umidade. Tem elevada resistência ao pisoteio e queimadas, sendo inclusive também recomendada para o pastejo de animais, assim como a grama batatais.

É uma das gramas mais comuns na região sul do Brasil. Consegue se desenvolver em vários tipos de solo, porém é recomendada para solos de média e alta fertilidade. É também opção para o controle de processos erosivos.

Além de apresentar grande potencial, como forragem ornamental, também é muito utilizada em projetos de pista de pouso de aviões.

Grama São Carlos (Axonopus compressus)

Também chamada de “grama curitibana” ou “grama missioneira”, adapta-se às regiões de clima temperado, podendo ser plantada em ambiente de sol ou sombreadas, característica que a destaca frente às demais gramas. No entanto, é importante salientar que mesmo assim, ela não tolera o sombreamento total e constante.

Possui folhas largas e lisas, de coloração verde intenso. Em condições ideais, resulta em boa cobertura do solo. Prefere terrenos ricos em matéria orgânica e pH na faixa de 5 a 6. Se plantada em solos pobres, pode resultar em baixo desenvolvimento, não recobrindo totalmente o solo.

Pode ser utilizada tanto para fins de formação de campos esportivos destinados ao golfe, futebol e outros, como para o paisagismo em áreas públicas ou privadas.

Sua principal vantagem é conseguir adaptar-se a ambientes com menor quantidade de luz e também a locais de clima frio, onde podem ocorrer geadas. Tem baixa tolerância à seca.

Grama bermudas (Cynodon dactylon)

Apresenta folhas estreitas de cor verde escuro com aparência semelhante à grama Esmeralda. Se adapta aos climas tropical e sub-tropical, com crescimento rápido. Suas raízes são profundas, conferindo a esta grama maior resistência a seca e ao pisoteio. Sua principal característica é a rápida regeneração, sendo altamente indicada para uso em gramados esportivos, como campos de futebol, onde a utilização é frequente.

Deve ser plantada a pleno sol, em solo com boa quantidade de matéria orgânica; sendo este de baixa fertilidade, deve ser feita correção e adubação com base em análise de solo.

Seu plantio pode ser realizado com sementes, mudas ou tapetes. Não apresenta pilosidade e tem como característica o crescimento muito denso. Durante o período das águas, a necessidade de poda é mais frequente.

Grama mirage 2 (Cynodon spp)

Tipos GramaÉ uma grama transgênica originada a partir da seleção das melhores gramas bermudas do mercado; também conhecida por grama bermuda mirage, de crescimento acelerado e vigoroso, apresenta folhas de textura fina.

Destaca-se ainda pela formação muito rápida, de 45 a 60 dias, forrando o solo em 100%, abafando eventuais ervas daninhas oriundas do banco de sementes natural do solo.

É uma grama que foi melhorada para apresentar excelentes características de recuperação e resistência ao pisoteio, com boa tolerância a seca e ao frio. É bastante indicada para a formação de campos de futebol, golfe e jardins.

Grama esmeralda (Zoyasia japônica)

É a grama mais utilizada no Brasil, porém propaga-se apenas vegetativamente, ou seja, seu plantio só pode ser feito por tapetes ou mudas. Possui um sistema radicular bastante denso, conferindo a ela alta resistência ao pisoteio e grande proteção a encostas sujeitas a erosão. Se adapta bem a diversas condições climáticas.

Apesar da sua ótima adaptação a vários ambientes, não é recomendada para áreas sombreadas, podendo apresentar crescimento desuniforme. Pode ser utilizada também na implantação de gramados para campos de futebol, porém tem uma taxa de recuperação mais lenta do que a grama Bermuda.

Seu crescimento é favorecido em faixas de pH de 6 a 6,5. Possui crescimento lento, o que permite otimizar o tempo entre uma poda e outra e é resistente ao pisoteio.

Para manutenção dos gramados, é recomendada pelo menos uma adubação por ano logo após o período de inverno, quando as plantas voltam a crescer e assim requerem mais nutrientes para seu desenvolvimento. Além disso, deve ser observado o controle de plantas daninhas mensalmente, para evitar infestações. As podas de manutenção devem ser realizadas em média a cada 20 dias, mas deve ser levado em conta a taxa de crescimento no local, o que pode variar em função da adubação e manejo com irrigação.

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Fri, 08 Dec 2017 18:31:21 +0000
<![CDATA[Plantio direto de pastagens: Como funciona e seus benefícios]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/plantio-direto-pastagens-como-funciona-seus-beneficios/ O plantio direto é uma técnica de cultivo baseada na redução das etapas de preparo do solo. Neste sistema, não é feito o preparo convencional do solo, onde são empregadas a aração e a gradagem. O plantio direto é considerado uma técnica de conservação, pois protege o solo contra a ação das gotas de chuva, evita a erosão provocada pelas enxurradas e pelo vento, propicia uma melhor infiltração da água ao solo e contribui para manter a umidade por mais tempo.

O solo é sempre mantido com uma camada de matéria orgânica composta por palhada. Desta forma, é uma técnica que limita o manejo do solo à abertura do sulco de plantio, para aplicação de adubo e semeadura da forrageira.

As etapas para a implantação deste tipo de sistema são as seguintes:

Formação de palhada inicial

A existência de uma cobertura vegetal sobre a superfície do solo é uma característica marcante do sistema de plantio direto. A palhada pode ser formada plantando-se uma forrageira que produza uma quantidade razoável de massa seca, como as gramíneas forrageiras, que tem capacidade de produzir grande volume de matéria seca. Ou então, se for em uma área que já apresenta uma forrageira e deseja-se fazer uma renovação do capim, deve-se adequar a altura da forragem por meio de pastejo ou com roçadeira. Desta forma, facilita-se a aplicação do herbicida que irá dessecar as plantas previamente ao plantio.

Controle químico de plantas invasoras

Podem ser utilizados herbicidas a base de glifosato ou paraquat, que são produtos não seletivos, ou seja, podem controlar diversos tipos de plantas invasoras. Devem ser seguidas as doses recomendadas pelo fabricante em função do nível de infestação de plantas na área. O efeito do controle é obtido cerca de 30 a 60 dias após a aplicação.

Semeadeira específica para plantio direto

Em geral, recomenda-se a regulagem da plantadeira de capim de plantio direto para um espaçamento de plantio entre linhas de 20 a 30 cm. Porém, é comum empregar-se semeadeiras de plantio direto para milho; neste caso, pode-se plantar em espaçamento de 40 cm entre linhas.

Plantio Direto PastagensPara aumentar a eficiência na semeadura, é muito comum realizá-la juntamente com a adubação fosfatada, com o Superfosfato Simples por exemplo. O fósforo é um nutriente essencial para a formação das raízes da planta e tem baixa mobilidade no solo; por isso, é importante que seja colocado próximo à região de crescimento das raízes.

Uma informação muito importante é que, neste caso, o adubo (fosfatado) não é misturado às sementes como é comum no plantio a lanço, realizado com adubadeiras, por exemplo. A plantadeira utilizada deve ter caixa de adubo e caixa de sementes em separado, onde primeiramente o adubo será aplicado no sulco e, posteriormente, as sementes são depositadas sobre o adubo. No caso de sementes revestidas, primeiro aplica-se o adubo, utilizando-se a própria caixa de adubo e, posteriormente, utiliza-se a mesma caixa para aplicação das sementes, considerando que a distribuição é realizada por rotor (rosca sem fim). A semeadura é recomendada a uma profundidade de 0,5 a 2,0 cm, conforme a espécie/cultivar a ser implantada.

São utilizadas plantadeiras específicas para o plantio direto. Elas têm como característica a capacidade de realizar o plantio em áreas onde não foi realizado o preparo convencional do solo e com presença de palhada na superfície. Este tipo de equipamento é capaz de cortar o material vegetal da superfície do solo, abrir o sulco de plantio com mínima remoção do solo e palhada, dosar adequadamente as sementes e adubos, colocar as sementes e adubo em profundidade adequada à regulagem, realizar a cobertura das sementes com o solo e a palhada e compactar o solo ao lado das sementes.

No que se refere à aplicação de herbicidas para dessecação, recomenda-se que seja feita 30 dias antes do plantio do capim, com o intuito de facilitar a entrada da semeadeira na área. Em alguns casos, se houver uma camada muito grande de material vegetal sobre o solo, isto pode levar ao embuchamento da plantadeira e, consequentemente, falhas no plantio. Na tabela abaixo, encontram-se as doses de herbicida recomendadas para cada tipo de capim e o intervalo que deve-se esperar para fazer a semeadura após a aplicação.

Tabela 1. Doses de herbicida glifosato para dessecação dos principais capins e intervalo recomendado entre a aplicação do herbicida e a semeadura da forrageira.

Forrageira Dose do produto comercial (L/ha) Intervalo mínimo (dias)

Brachiaria ruziziensis, B. brizantha cv. Paiaguás, Panicum maximum cv. Aruana

2-3 5 a 20

P. maximum cv. Tamani, Massa e Tanzânia; B. decumbens, B. brizantha cv. Marandu, Xaraés e Piatã

3-4 20 a 30
P. maximum cv. Mombaça e Zuri 4-6 30 a 40

Fonte: Embrapa, 2016.

O sistema de plantio direto de capim é uma alternativa para a renovação de pastagens, principalmente de áreas degradadas, o que é muito comum no Brasil. Tem a vantagem de poder ser aplicado em áreas onde a mecanização é mais difícil e com altas declividades, o que favorece a erosão do solo.

Além disso, é considerado um sistema de produção mais rápido, pois dispensa as etapas de preparação do solo e tem um custo menor com implementos. Também pode ser aplicado por pequenos, médios e grandes pecuaristas. Por fim, é um sistema que tem auxiliado no aumento da eficiência da produção pecuária, no que se refere aos ganhos em produtividade de carne e leite, graças ao aumento da taxa de lotação das áreas de produção.

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Wed, 29 Nov 2017 12:28:17 +0000
<![CDATA[5 dicas para formar a sua pastagem com menos riscos!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/5-dicas-formar-sua-pastagem-com-menos-riscos/ A pecuária é uma atividade que tem como característica marcante a produção de animais a pasto. Por isso, é dependente da produção de pastagens de boa qualidade e em quantidade suficiente para atender as necessidades do rebanho. Para a formação de pastagens, alguns fatores devem ser levados em consideração para que sejam minimizados os riscos de implantação. Vejamos 5 fatores que influenciam diretamente o sucesso da formação de uma pastagem:

1 - Escolha da forrageira

Parece algo muito simples, porém tem grande impacto no sucesso da formação da pastagem. Alguns fatores devem ser levados em consideração na escolha da forrageira:

  • a capacidade de produção;
  • sua adaptação às condições de clima e solo da região (condições edafoclimáticas);
  • sistema de manejo (extensivo, intensivo, banco de proteína);
  • resistência às principais pragas e doenças da região;
  • qualidade nutritiva.

Para tanto, o recomendado é que se faça um bom levantamento de todas as características da região que se pretende formar a pastagem. Algumas perguntas devem ser respondidas como: qual o volume de chuvas do local; quais as principais pragas encontradas; qual o tipo de solo; quais as principais plantas daninhas; qual é a temperatura média; ocorrem geadas? Todas as respostas a estas questões vão auxiliar na escolha da melhor forrageira para cada caso. Confira nossa carteira de sementes de capim!

2 - Preparo do solo

No preparo do solo, recomenda-se fazer a aplicação de metade da dose de calcário calculada e em seguida fazer uma aração ou gradagem pesada para incorporar o corretivo nas camadas mais profundas do solo. Na sequência, realiza-se a aplicação do restante do calcário e gradagem leve para eliminar todos os torrões e incorporar o calcário na camada mais superficial do solo.

Esta preparação do solo é muito importante sob 2 aspectos principais: o primeiro é que o calcário melhora o pH do solo e fornece nutrientes que são essenciais para o crescimento adequado das plantas. O segundo é que a eliminação dos torrões permite um melhor contato da semente com o solo, eliminando bolhas de ar que podem prejudicar a germinação.

3 - Época de semeadura

Em geral, as forrageiras podem ser semeadas desde o início da época das chuvas, em outubro/novembro, até o final do período em março/abril. Porém, é mais vantajoso que o plantio de capim seja feito no início das águas. A umidade no solo é um fator crítico para o bom estabelecimento da pastagem. As sementes só conseguem germinar, e dar início ao desenvolvimento da planta, se encontrarem uma quantidade de água adequada que garanta o crescimento.

A recomendação é de que o preparo do solo deva ser realizado no final do período da seca, em geral no mês de agosto/setembro. Desta forma, garante-se que as sementes, e posteriormente as plantas, tenham um suprimento adequado de água para seu desenvolvimento.

As gramíneas têm uma faixa de época de semeadura mais ampla, enquanto que as leguminosas não podem ser semeadas tardiamente, pois demandam mais água na fase inicial, devido ao seu crescimento mais lento.

4 - Profundidade de semeadura e taxa de semeadura

Cavalo PastagemComo regra geral, as sementes de capim devem ser plantadas nas camadas superficiais do solo e as profundidades podem variar de 0,5 cm a 3,0 cm, conforme o caso. As sementes de forrageiras são normalmente pequenas e uma vez que germinam, não podem ter impedimento para sair do solo. O plantio de pastagens em profundidade excessiva pode resultar em redução do estande de plantas, ou seja, o número total de plantas na área. É muito comum que o plantio de sementes de capim seja feita por semeadura a lanço, deixando-as expostas na superfície do solo. Por isso, é fundamental que seja feita uma gradagem leve com os discos abertos para que as sementes sejam enterradas e assim permita o contato com a umidade do solo e proteja a semente da radiação solar direta.

A taxa de semeadura deve ser igualmente levada em consideração para o sucesso da implantação da pastagem. Ela indica a quantidade de sementes que deve ser semeada por hectare e é determinada em função do Valor Cultural (VC); no caso de sementes convencionais ou, da quantidade de sementes por grama, no caso de sementes revestidas (peletizadas, incrustadas, etc.). O VC é a relação entre o poder de germinação e a pureza das sementes. Uma semente com maior VC tem mais chances de resultar em uma pastagem bem formada; no entanto, apresenta um preço maior no mercado. Sempre deve ser levado em conta a relação do preço da semente e do seu VC para aquisição da mesma.

5 – Pastejo inicial

O primeiro pastejo é uma etapa essencial, pois é ele que vai reduzir a competição inicial entre as plantas, ajudar a uniformizar a área e propiciar uma cobertura do solo mais rápida. Deve-se atentar para que o primeiro pastejo seja feito de 40 a 75 dias após a emergência das plantas; em geral, quando a forrageira apresenta uma altura de 70% da indicada para manejo da pastagem. É indicado entrar com animais leves para evitar uma compactação inicial que comprometa o bom desenvolvimento das plantas e evitar o arranquio excessivo, uma vez que as raízes ainda estão em desenvolvimento.

Portanto, é fundamental seguir as 5 recomendações para se obter uma pastagem adequada, minimizando possíveis riscos. Ficou com alguma dúvida? Nos escreva pelos comentários e até a próxima!

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Thu, 16 Nov 2017 17:44:26 +0000
<![CDATA[Como calcular a adubação nitrogenada em pastagens?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/guia-pratico-como-calcular-adubacao-nitrogenada-pastagens/ A Galpão Centro Oeste desenvolveu um Guia Prático de “Como calcular a adubação nitrogenada em pastagens”! Pensando em você, pecuarista, o material te auxiliará na potencialização da produção de forragem, conforme a sua necessidade e reduzindo desperdícios!

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Fórmulas simples, técnicas e exemplos que com certeza facilitarão a prática da aplicação do fertilizante nitrogenado e manejo, evitando perdas.

Acessando o guia, você terá acesso a informações como:

  • O Nitrogênio e sua importância para a produção de forragens
  • Diferença entre uréia, sulfato de amônio e nitrato de amônio
  • Como calcular a adubação nitrogenada com base na eficiência de pastejo
  • Calculando a eficiência de pastejo e a quantidade de matéria seca a ser consumida pelos animais
  • Cálculo da necessidade de nitrogênio

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Wed, 08 Nov 2017 17:55:36 +0000
<![CDATA[Cálculo da taxa de lotação dos piquetes no sistema rotacionado]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/calculo-taxa-lotacao-piquetes-sistema-rotacionado/ O correto manejo dos piquetes é um ponto fundamental para o sucesso de um sistema de pastejo rotacionado. A taxa de lotação é um dos fatores que devem ser observados neste sistema. Ela diz respeito ao número de unidades animais (UA) que podem ser colocadas por hectare ou piquete. Cada unidade animal corresponde a 450 kg de peso vivo.

Outro fator que influencia a taxa de lotação é o tipo de forrageira. Cada espécie tem um potencial de produção que vai definir quanto de forragem estará disponível para os animais se alimentarem, conforme tabela abaixo:

Tabela 1: Valores de referência de produção de matéria seca (MS) das principais forrageiras tropicais.

Espécie forrageira Valores de referência (ton de MS/ha/ano)
Capim-brachiarão (Brachiaria brizantha cv. Marandu) 20 a 25
Capim coast cross (Cynodon dactylon) 18 a 20
Capim colonião (Panicum maximum) 18 a 20
Capim elefante (Pennisetum purpureum) 40 a 60
Capim Mombaça (Panicum maximum cv Mombaça) 40 a 50
Capim Tanzânia (Panicum maximum cv Tanzânia) 30 a 40
Capim tifton (Cynodon sp.) 18 a 20
Capim tobiatã (Panicum maximum cv. Tobiatã) 40 a 50

Fonte: Embrapa, 2006.

Como exemplo para o cálculo da taxa de lotação, vamos considerar os seguintes fatores:

Um pecuarista tem uma área de 10 ha com Brachiaria brizantha cv. Marandú onde cria vacas de leite. O manejo adotado para os piquetes será de 30 dias para o período de descanso e 2 dias para o período de ocupação.

Temos:

  • Número de piquetes = (30/2)+1 Número de piquetes = 16.
  • Área de 10 ha = 100.000 m2
  • 100.000 m2 / 16 piquetes = 6.250 m2 por piquete

Saiba mais sobre como calcular o número de piquetes em Sistema de pastejo rotacionado para gado leiteiro - Como fazer?

Como no exemplo utilizamos a Brachiaria brizantha, consideramos uma produção média de 20 toneladas de matéria seca/ha/ano (conforme Tabela 1).

Desta forma, partimos para o cálculo da taxa de lotação/piquete.

Etapa 1 – Cálculo da disponibilidade de matéria seca na época das águas

Disponibilidade de MS nas águas/ha = Disponibilidade de MS/ha/ano x (1 - Estacionalidade)

A estacionalidade diz respeito à variação da produção na época seca e nas águas; considera-se 10%, portanto na fórmula colocamos 0,1.

Temos:

  • Disponibilidade de MS nas águas/ha = 20.000 kg/ha/ano x (1 - 0,1)
  • Disponibilidade de MS nas águas/ha = 18.000 kg/ha/ano

Etapa 2 - Cálculo da quantidade de pasto disponível para ser ingerido/dia/ha:

Quantidade de pasto disponível/dia/ha = [Disponibilidade de MS nas águas/ha x (1 - perdas de pastejo)]/180 dias

A perda de pastejo é a quantidade de forrageira que sobra após o pastejo dos animais. Varia de 30 a 40%. No nosso exemplo vamos considerar 40% e na fórmula usaremos 0,4.

  • Quantidade de pasto disponível/dia/ha = [18.000 kg/ha x (1- 0,4)]/180 dias
  • Quantidade de pasto disponível/dia/ha = 60 kg MS/dia

Etapa 3 – Cálculo da quantidade de UA/ha

Quantidade de UA/ha = (Quantidade de pasto disponível/dia) / (consumo/UA)

O consumo de forragem pelos animais vai depender da qualidade. Em caso de pastagens tropicais, como os capins do gênero Braquiária, Panicum, Cynodon, os animais tendem a comer de 1,8 a 2,2% do seu peso vivo em matérias seca. Se for utilizado pastagens de clima temperado, como azevém e aveia, o consumo é maior, chegando a 2,5% do peso vivo em matéria seca.

Em média, considera-se que cada Unidade Animal consome 10 kg MS/dia.

Assim:

  • Quantidade de UA/ha = 60 kg MS / 10 kg MS
  • Quantidade de UA/ha = 6 UA/ha

Etapa 4 – Cálculo da quantidade de UA/piquete

Cada piquete tem 6.250 m2

Temos:

  • 10.000 (1ha) m2 ---------------- 6 UA
  • 6.250 m2 -------------------------- X
  • x = 3,7 UA/piquete

Desta forma, pode-se colocar 3,7 UA/piquete na época das águas.

Sistema Pastejo Rotacionado Gado

Vale a pena ressaltar que na época da seca, a produção de forragem é menor, portanto a taxa de lotação deve ser reduzida de 70% a 90%. A adoção de um sistema de irrigação minimiza a queda na capacidade suporte dos piquetes, ou seja, embora a taxa de lotação seja reduzida no período seco, esta redução será menos drástica.

Outro fator importante a ser considerado é o formato dos piquetes. Como regra, o comprimento de um lado do piquete não pode ser 3 vezes maior que o outro lado. Se os piquetes forem muito estreitos, o pastejo é muito desuniforme. O ideal é que os piquetes sejam em formato quadrado. Para encontrar o comprimento do lado do piquete, basta calcular a raiz quadrada da área como no exemplo abaixo:

  • Lado do piquete (m) = √6.250
  • Lado do piquete (m) = 79

A taxa de lotação tem grande importância para o manejo dos sistemas de pastejo rotacionado. Em condições de taxa de lotação acima do recomendado, ocorre o superpastejo, que leva ao esgotamento da pastagem, podendo chegar ao ponto de faltar alimento para todos os animais. Além disso, o superpastejo pode levar a degradação da pastagem pelo seu uso intensivo.

Pelo contrário, quando a taxa de lotação está abaixo da recomendada, ocorre o subpastejo, o que representa menor produção de animais/ha e aumento das perdas de forragem. O capim não pastejado vai crescer mais, resultando em maior proporção de caule e reduzindo a qualidade do capim.

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Fri, 03 Nov 2017 12:19:04 +0000
<![CDATA[Terminação de bovinos a pasto: mais carne e menos custo!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/terminacao-bovinos-pasto-mais-carne-menos-custo/ A produção de bovinos a pasto é uma das opções mais simples e econômicas, sendo a base da pecuária de corte no Brasil. No geral, as criações são feitas de forma extensiva, com um período de produção longo e com raças rústicas, como os zebuínos.

Um dos desafios da alimentação exclusiva com forrageiras é a dificuldade de fornecer todas as condições para que os animais expressem o seu potencial de crescimento. Aliado a isto, temos a estacionalidade de produção no Brasil; ou seja, um período do ano que ocorrem as chuvas (por isso, temos uma grande oferta de forragem) e outra época em que é seca, fazendo com que a produção de forragens caia bastante. Desta forma, os animais ganham peso na época das chuvas e perdem peso na época da seca, sendo este efeito conhecido popularmente como “boi sanfona”. Este fato dificulta a terminação dos bovinos a pasto.

Como otimizar a terminação de bovinos a pasto?

Para evitar isso, uma série de medidas, como: escolha da espécie forrageira, manejo da pastagem e do pastejo, adequação das raças, uso de suplementação no cocho, entre outras, podem ser adotadas para que se consiga a produção de bovinos a pasto no menor tempo possível e com um acabamento de carcaça adequado.

Terminação de bovinos em confinamento

O modelo mais considerado para terminação dos bovinos é o confinamento. Nele, os animais recebem suplementação no cocho, rica em energia, proteína e minerais, permitindo ganhos elevados de peso por dia.

No entanto, uma alternativa para o pecuarista seria a terminação dos bovinos a pasto ou também chamado de “confinamento” a pasto. Neste modelo de exploração, os animais recebem suplementação alimentar (cerca de 1,5 a 2% do peso corporal) enquanto são mantidos no pasto. O suplemento visa fornecer as necessidades em proteínas, energia e minerais mais requisitados pelo animal em fase de terminação e a pastagem entra como volumoso necessário para o equilíbrio do rúmen.

Vantagens da terminação de bovinos a pasto

Este sistema de terminação tem muitas vantagens, pois elimina os custos de construção de um confinamento e aquisição de maquinário. Ainda se consegue uma melhor conversão alimentar e carne com atributos de qualidade superiores.

Um ponto importante a se observar é sobre o manejo da suplementação alimentar. Ela deve ser feita na fase em que a forrageira começa a amadurecer e, com isso, ela perde em qualidade nutricional, o que geralmente começa a ocorrer na transição da época das águas para a seca.

Outro ponto a ser considerado é que: neste sistema, a pastagem tem a função do volumoso, que seria fornecido no sistema de confinamento e, por isso, precisa estar disponível em quantidade suficiente para o período seco do ano (fase em que geralmente ocorre a terminação).

Como medida, adota-se o diferimento da pastagem, que nada mais é do que vedar uma área, para permitir o crescimento da forrageira e, assim, garantir um “estoque” de pasto para o período seco. Em geral, recomenda-se o acúmulo de 4 a 6 toneladas de matéria seca para permitir uma terminação em média de 60 dias a uma taxa de lotação de 1 a 2 UA/ha.

Outro ponto chave para o sucesso deste sistema é a escolha dos animais. O ideal é que eles estejam bem próximos ao ponto de abate. Como exemplo, se a intenção é o ganho de peso de 1kg/dia e peso final para abate de 460 kg, os animais escolhidos devem ter 400 kg, considerando um período de terminação de 60 dias, no máximo.

Terminação Bovinos Pasto

Se optar por novilhas de 320kg, também é possível a terminação em pasto, já que necessitam ganhar de 50 a 70 kg para peso final de abate. A recomendação é que, preferencialmente, sejam usados machos castrados ou fêmeas para um acabamento mais uniforme a pasto. Os lotes de animais devem ser homogêneos quanto a idade, peso, sexo e temperamento (animais mansos separados dos bravos).

A forma como o suplemento é fornecido aos animais é igualmente importante, pois deve ser confortável para chegarem até o cocho. É recomendado 60 cm lineares de cocho/cabeça, sendo o acesso de todos os lados. A altura ideal é de 70 cm acima do solo. Estas características vão evitar a competição e facilitar o consumo por todos os animais do lote, melhorando assim a uniformização do rebanho.

No que diz respeito às forrageiras, as mais recomendadas para esta finalidade são as que apresentam uma perda do valor nutritivo lenta ao longo do tempo. Entre elas, estão os capins do gênero Braquiária (Debumbens, Marandú), Cynodon (Coast cross, Tifton, “Vaquero”), Digitaria (Capim pangola), Panicum (Tanzânia, Mombaça, BRS Tamani), Pennisetum (Capim elefante) e Andropogon (Planaltina e Baeti).

Em relação a viabilidade econômica, a adoção deste sistema deve ser feita de forma racional, visto que os suplementos tem um alto custo e depende de vários fatores, como: preço da arroba no mercado, o acesso a suplementos na região produtora, custo de manutenção dos animais por mais tempo no pasto, entre outros.

Portanto, a terminação de bovinos a pasto pode ser uma excelente alternativa para o produtor que não pode investir em um confinamento. Deve-se garantir uma boa disponibilidade de forragem no período seco do ano e fazer uso da suplementação de forma técnica para se obter o melhor retorno econômico.

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Fri, 27 Oct 2017 13:22:26 +0000
<![CDATA[Estilosantes Campo Grande: Otimize a produção com baixo custo!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/estilosantes-campo-grande-otimize-producao-baixo-custo/ A pecuária de corte no Brasil é fundamentada na produção de bovinos em pastagens, diferentemente de alguns países, onde os animais são produzidos, geralmente, em confinamentos. Isso confere a nossa pecuária uma vantagem competitiva, visto que a produção a pasto tem um custo bem menor.

Apesar disso, muitos pecuaristas ainda tem dificuldade em encarar as pastagens como uma cultura agrícola que requer um manejo adequado para sua produção. O resultado disso são pastagens degradadas e de baixa produtividade.

Para aumentar a produtividade, o pecuarista pode lançar mão de várias tecnologias, como a consorciação de pastagens com leguminosas. Este sistema consiste no plantio de forrageiras leguminosas na mesma área que as gramíneas. As plantas leguminosas tem como característica principal a fixação do nitrogênio atmosférico em sua estrutura. O nitrogênio é um dos elementos essenciais para as plantas. Ele promove o crescimento e alongamento celular, atua na formação de proteínas e entra na composição da clorofila, pigmento verde das plantas responsável pela fotossíntese.

Neste artigo será abordado como o pecuarista utiliza o Estilosantes Campo Grande, na forma de consórcio com gramíneas ou como banco de proteínas, para aumentar a produtividade de carne e leite a pasto.

Estilosantes Campo Grande

Dentre as leguminosas, o Estilosantes Campo Grande é uma forrageira que tem diversas utilidades: pode ser utilizada como adubo verde em recuperação de áreas degradadas, consorciação em pastagens com gramíneas, principalmente a Braquiária, e formação de banco de proteína.

Trata-se de uma leguminosa que foi desenvolvida pela Embrapa Gado de Corte no ano de 2000 e é formada por duas espécies do gênero Stylosanthes: o Stylosanthes macrocephala (20%) e o Stylosanthes capitata (80%). De acordo com estudos, o Estilosantes Campo Grande chega a fixar 60 a 80 kg/ha/ano de nitrogênio em áreas consorciadas com capins, onde é semeada em uma proporção de 20 a 40%. Em áreas onde é plantado de forma isolada, como no caso dos bancos de proteínas, pode fixar até 180 kg/ha/ano de nitrogênio, quantidade correspondente a 8 sacos de uréia/ha.

É uma planta recomendada para regiões tropicais, onde a pluviosidade varia de 700 a 1800 mm por ano e pouco tolerante a geadas e solos encharcados. Sua produção pode chegar a 14t/ha em plantio isolado e de 3 a 6t/ha/ano, em plantio consorciado. É uma leguminosa rica em proteínas: varia na faixa de 13 a 18%. Se considerarmos somente as folhas, os teores chegam a 22% de proteína bruta.

Como plantar Estilosantes Campo Grande

O Estilosantes Campo Grande pode ser implantado no momento da renovação de uma pastagem ou em áreas já existentes. São empregados de 2 a 3 kg/ha de sementes puras viáveis. As quantidades maiores de sementes devem ser usadas em áreas já existentes de pastagens degradadas, onde pode haver competição com plantas daninhas. A profundidade de cobertura ideal das sementes é de até 1 cm de profundidade. Por isto, deve-se ter extremo cuidado como preparo de solo e cobertura das sementes pois em profundidades maiores as sementes não conseguem germinar.

Para renovação de pastagens, é recomendado o preparo de solo convencional com grade aradora e posterior uso da grade niveladora. Se o plantio for feito em área já estabelecida com gramíneas forrageiras, deve-se, primeiramente, rebaixar a altura da pastagem, colocando os animais para pastejo intenso. É importante considerar a altura de saída recomendada para cada pastagem; no caso da Brachiaria decumbens, por exemplo, 15 cm para retirada dos animais é o ideal. Em seguida, é feita uma dessecação leve para inibir o crescimento da gramínea, até o estabelecimento do Estilosantes Campo Grande. Para isso, emprega-se uma subdose de herbicida glifosato da ordem de 1L/ha. Após, é empregado maquinário de sistema de plantio direto para fazer a semeadura.

Os primeiros 90 dias após o plantio são fundamentais para se estabelecer o consórcio entre as plantas. Por isso, deve-se evitar a competição entre as forrageiras. Uma das alternativas é colocar animais leves (bezerros, etc.) para pastejar a área 30 a 40 dias depois da semeadura em pastagens já formadas, ou cerca de 50 dias após o plantio, para áreas recém formadas.

No caso de banco de proteína, o Estilosantes Campo Grande é semeado puro na área, considerando-se uma taxa de semeadura de 05 a 06 kg / ha. Após o estabelecimento, os animais são levados para pastejo por um curto período de tempo (em torno de 02 horas por dia), para se alimentarem da leguminosa e, em seguida, serem transferidos para outra área com capim.

Estilosantes Campo Grande

Vantagens da utilização de Estilosantes Campo Grande

Graças a fixação biológica do nitrogênio, o consórcio melhora, inclusive, o teor de proteína nas gramíneas. Outras vantagens são o aumento da taxa de lotação da área e ganhos consideráveis em produtividade, no que se refere a carne e ao leite, ganhos que podem chegar a 25% e 40%, respectivamente. Os benefícios máximos são observados a partir do terceiro ano do estabelecimento da pastagem consorciada. Nesta fase, ocorre o aumento da liberação do nitrogênio existente na matéria orgânica da leguminosa, sendo então aproveitado pelas plantas.

É preciso ter em mente que, para garantir a persistência da leguminosa na área, é necessário manejar o pasto de forma que durante o período de florescimento e formação das sementes do Estilosantes Campo Grande, seja reduzido o número de animais na área; conforme o tamanho da propriedade, é interessante, inclusive, que a área seja vedada. Desta forma, permite-se a ressemeadura natural do estilosantes, e consequentemente a sua longevidade na pastagem.

Em áreas consorciadas, é recomendado manter a proporção de Estilosantes Campo Grande na faixa de 20 a 40% em relação à gramínea. Se o valor for inferior, o efeito da fixação biológica do nitrogênio é quase imperceptível. Por outro lado, se a proporção de leguminosa for muito grande (acima de 40%), pode causar problemas digestivos nos animais. Quando ingerido em quantidades acima da recomendada, observa-se a formação de fitobezoares, que são fibras do vegetal compactadas em formato de bola. Essas bolas podem obstruir o trato digestivo dos animais e levar até a morte.

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Fri, 20 Oct 2017 16:02:29 +0000
<![CDATA[Sobressemeadura de Capim Mombaça, adeus Ruziziensis!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/sobressemeadura-capim-mombaca-adeus-ruziziensis/ Um dos principais desafios para a criação de gado a pasto é a dificuldade de se produzir forragem de qualidade na época seca do ano. Isto se deve ao fato de termos um período de reduzido volume de chuvas e temperaturas baixas que prejudicam o crescimento das forrageiras. Os sistemas de sobressemeadura são, neste caso, alternativas para melhorar a produção de forragem na época do ano em que ocorre maior escassez.

Sistema de ILP São Francisco

Sistema São Francisco é uma variação do Sistema de Integração Lavoura Pecuária (ILP), que tem por objetivo a sobressemeadura de capim Panicum maximum cv. Mombaça, de porte alto, sobre a cultura da soja ou milho no final do período das águas. Este sistema tem a vantagem de fornecer alimento para o gado durante o período seco do ano, época em que a oferta de forragem é reduzida. Além disso, possibilita a formação de palhada de qualidade no solo para sistema de plantio direto.

Este sistema foi criado a partir do Sistema Santa Fé, que visa a intensificação da produção nas áreas da região do Cerrado. O objetivo é reduzir custos de produção pelo aumento da produtividade na área. É feito um aproveitamento durante o ano todo da área com lavoura de grãos na safra principal e produção de bovinos na entressafra.

Os dois sistemas tem a mesma finalidade: melhorar as condições do solo e fornecer palhada para o sistema de plantio direto. Ainda oferecem a vantagem de na mesma área conseguir diversificar a atividade agrícola por meio da pecuária e garantir uma produção o ano todo. Ainda possui baixo custo de implantação, não requerendo grandes investimentos em equipamentos.

O consórcio da lavoura com a pecuária é feito a cada ano, sendo realizado inicialmente o plantio da cultura anual (milho ou soja, por exemplo) e ao final do ciclo da cultura é realizada a sobressemeadura com o capim Mombaça.

Um modelo comum de utilização do sistema São Francisco é com o plantio da soja no início de outubro, mês que coincide com o período das chuvas. Cerca de 3 meses após o plantio da soja, quando ela atingir o estádio reprodutivo R6 a R7, momento em que as folhas começam a ficar de cor dourada, é realizada a sobressemeadura, o que ocorre no mês de janeiro.

Pouco tempo depois, no início de fevereiro, é feita a colheita da soja. Nos meses de abril/maio podem ser colhidas sementes de Mombaça e, em seguida, colocar os animais para pastejo. A taxa de semeadura utilizada fica na faixa de 3 a 3,5 kg de sementes puras viáveis/ha. Com esse valor, tem-se obtido uma boa população de plantas, tanto para pastejo, quanto para formação de palhada.

A sobressemeadura pode ser aérea, feita com aviões agrícolas. Ela confere economia de tempo e maior precisão no lançamento das sementes a um custo razoável. Outra opção é a sobressemeadura com motossemeadora, desenvolvida pela Embrapa, que pode ser acoplada a motocicletas e tratores. Conta com tanques de diferentes tamanhos, permitindo fazer a operação a baixo custo. Uma terceira opção é a adaptação de equipamentos pulverizadores  disponíveis na propriedade e que possibilitam a realização da sobressemeadura.

Pastagem Mombaça

Vantagens do Capim Mombaça sobre o Capim Ruziziensis

A produção de Mombaça, em média, é de 5 toneladas de matéria seca/ha, valor considerado bastante satisfatório para o período de maio a junho. Este valor representa cerca de 50 a 60 % de produção a mais do que a Ruziziensis, que é a forrageira mais utilizada no Sistema Santa Fé. Além disso, o capim Mombaça apresenta boas características como:

  • digestibilidade em torno de 50%: o animal consegue digerir muito bem esta forragem;
  • teores de proteína bruta em torno de 10-11%;
  • ótima quantidade de fibras.

Outra vantagem é que a Mombaça demora mais para se decompor no solo devido a seu elevado teor de fibras, permitindo uma cobertura do solo por mais tempo. Outra diferença no uso das duas forrageiras é no gasto de herbicida para dessecação. A Mombaça gasta cerca de 1,5 L a mais do que a Ruziziensis; porém, este gasto é compensando pela produção de massa fresca muito maior proporcionada pela Mombaça.

No que se refere a taxa de lotação, podem ser colocados de 2 a 3 UA/ha. Em períodos curtos e com suplementação, algumas propriedades tem usado até 6 UA/ha para bovinos em terminação. Os animais tem apresentado ganhos de 600 a 1,5 kg/ha/dia.

Manejo da Pastagem

A pastagem deve ser manejada de tal forma a evitar o pastejo excessivo das touceiras, deixando uma quantidade adequada de folhagem final para que se consiga formar uma palhada de qualidade, para o plantio direto subsequente.

De outra forma, não se pode deixar ocorrer o subpastejo, que corresponde a manter uma quantidade de animais inferior ao potencial de fornecimento de forragem pela pastagem (UA/ha), resultando em sobra de pasto. Esta prática pode levar ao “entouceiramento” do capim, dificultando o plantio da cultura agrícola no próximo ciclo.

A partir do exposto, o pecuarista deve considerar a utilização do Sistema São Francisco como forma de intensificar a produção animal por hectare na época em que há menor disponibilidade de forragem. O capim Mombaça tem excelente qualidade nutricional e ótima produção de matéria seca, apresentando melhor resultado que o capim Ruziziensis.

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Wed, 11 Oct 2017 15:56:29 +0000
<![CDATA[Sistema de pastejo rotacionado para gado leiteiro - Como fazer?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/sistema-pastejo-rotacionado-para-gado-leiteiro-como-fazer/ A pecuária leiteira é uma das principais atividades agropecuárias do Brasil. O leite tem importância a nível mundial, pois é consumido em praticamente todos os países, seja “in natura” ou na forma de derivados como queijos, manteiga, bebidas lácteas e outros. A pecuária leiteira ainda tem uma função social importante como geradora de empregos no campo. Estima-se que 4 milhões de pessoas estejam empregadas neste setor no Brasil.

No ano de 2017, a produção de leite foi em torno de 35 bilhões de litros, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este valor parece ser grande; no entanto, o Brasil ainda importa certa quantidade de lácteos para suprir o mercado, mostrando que precisamos desenvolver ainda mais nossa produção. Uma das formas de aumentar a produtividade de leite é por meio do pastejo rotacionado. Esse tipo de sistema permite intensificar a quantidade de animais por área, resultando em maior quantidade de leite por hectare.

O que é pastejo rotacionado?

O pastejo rotacionado é um sistema que consiste na utilização de piquetes que são pastejados em sequência, considerando um período de pastejo e de descanso fixos. O período de pastejo é o tempo que os animais são mantidos no piquete para se alimentarem da pastagem. Período de descanso refere-se ao tempo em que o piquete fica sem os animais, com o objetivo de permitir o crescimento da forrageira até a altura de entrada deles. O tempo em que o piquete fica em descanso somado ao tempo em que ele é ocupado se chama ciclo de pastejo.

Ciclo de pastejo = período de descanso + período de ocupação

O período de descanso é definido em função da forrageira utilizada. Esse período é influenciado pelas condições do ambiente de produção e por características de crescimento de cada espécie. Na tabela abaixo, podem ser encontrados períodos de descanso recomendados para as principais espécies utilizadas em pastejo rotacionado:

Tabela 1. Período de descanso recomendado para as principais gramíneas forrageiras durante o período das águas.

Espécie forrageira Período de descanso (dias)
Capim elefante (Pennisetum purpureum) 30 a 45
Panicum maximum (Tanzânia, Mombaça, etc) 28 a 42
Capim Andropógon (Andropogon gayanus) 25 a 30 
Brachiaria brizantha cv. Marandu 28 a 42
Brachiaria decumbens 28 a 42
Brachiaria humidicola 20 a 30
Cynodon spp. (Tifton-85, Coast-cross, etc) 25 a 35

Fonte: Embrapa (2003).

Dimensionamento de piquetes para gado de leite

O período de ocupação varia de 1 a 3 dias para pecuária leiteira. Ele deverá ser definido pelo pecuarista levando em consideração o seguinte: períodos de ocupação mais curtos vão resultar em maior número de piquetes, consequentemente, maior custo com cercas, bebedouros. Por outro lado, como vantagem, temos um pastejo mais uniforme, evitando ter que roçar o piquete para uniformizar. Também é vantajoso por manter a produção de leite estável, considerando que a alimentação das vacas varia pouco com a troca diária de piquetes.

Períodos de ocupação acima de 5 dias são vantajosos quando se pretende economizar com número de piquetes. No entanto, tem algumas desvantagens, pois podem levar a restrição alimentar devido a redução considerável no número de folhas. Os animais podem se alimentar das touceiras e levá-las ao esgotamento.

Assim sendo, períodos de ocupação intermediários (2-3 dias) são os mais indicados, por reunirem as vantagens de ambos.

Para o cálculo do número de piquetes é utilizada a seguinte fórmula:

Número de piquetes = (Período de descanso / Período de ocupação) +1

Vamos considerar o seguinte exemplo:

Um produtor de leite tem uma área de 10 ha com Brachiaria brizantha. Para este capim, será utilizado um período de descanso de 30 dias (conforme Tabela 1). Para o período de ocupação do piquete, será empregado 2 dias (período intermediário visando economia na construção de piquetes). O exemplo considera 3,7 UA/piquete ou 6 UA/ha, lembrando que 1 UA equivale a um boi de 450kg.

Temos:

Número de piquetes = (30/2)+1

Número de piquetes = 16.

Área de 10 ha = 100.000 m2

100.000 m2 / 16 piquetes = 6.250 m2 por piquete

Neste caso, o produtor terá que dividir a área em 16 piquetes de 6.250 m2 cada um.

É importante controlar a altura de entrada e de saída dos animais nos piquetes para garantir a longevidade da pastagem. Na tabela abaixo, podem ser encontradas as alturas recomendadas para diversas espécies.

Tabela 2. Alturas recomendadas para manejo das principais gramíneas forrageiras tropicais.

Espécie forrageira Altura de entrada (cm) Altura de saída (cm)
P. maximum (Mombaça e Tobiatã) 80-90 35-45
P. maximum (Tanzânia) 70-80 30-40
B. brizantha e Xaraés 40-50 20-25
B. decumbens 30-40 15-20
B. humidicola 25-30 10-12

Fonte: Embrapa (2008).

Caso observe-se que as alturas de pastejo são inferiores às recomendadas, deve-se reduzir a taxa de lotação para restabelecer as alturas adequadas.

No que se refere as forrageiras utilizadas, as principais são as braquiárias, os capins do gênero Panicum, as variedades de capim elefante e as gramas do gênero Cynondon. O pecuarista ainda pode optar pelo plantio consorciado de gramíneas e leguminosas. Neste caso, leguminosas como o amendoim forrageiro, guandu e estilosantes podem ser empregadas.

Para a manutenção dos piquetes, é recomendada a adubação de cobertura que tem por objetivo fornecer os nutrientes para a planta explorar o seu máximo de produtividade. Nesta adubação, são fornecidos nitrogênio, fósforo e potássio. Dependendo das características do solo, a aplicação de fósforo e potássio poderão ser dispensadas. No entanto, o nitrogênio deve ser sempre aplicado por ser o responsável pela maior produção de matéria seca. A partir do segundo ano de formação da pastagem, em geral, recomenda-se a aplicação de 50 kg/ha de P2O5 (fósforo), 200 Kg/ha de N (nitrogênio) e 200 kg/ha de K2O (potássio). Esta adubação deve ser dividida em 3 partes que deverão ser aplicadas no início, meio e final do período das águas.

Vacas Pastejo Rotacionado

Importância da irrigação no manejo de pastagens rotacionadas

Outro componente importante no manejo das pastagens rotacionadas é o uso de irrigação. Ela proporciona um incremento na produção de matéria seca, podendo aumentar a taxa de lotação dos piquetes e, como consequência disso, aumentar a produção de leite.

Um dos sistemas mais utilizados é a aspersão e deve ser bem manejada para fornecer a quantidade de água ideal para cada espécie forrageira e tipo de solo. Com o uso da irrigação, a aplicação de nitrogênio em cobertura é aumentada em torno de 100 kg/ha da quantidade mencionada anteriormente e o parcelamento da adubação é feito em 6 vezes ao longo do ano.

Portanto, o sistema de pastejo rotacionado é uma alternativa viável para o aumento da produtividade leiteira. O pecuarista deve se atentar ao manejo dos piquetes, para extrair ao máximo o potencial produtivo deste sistema.

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Fri, 06 Oct 2017 14:26:19 +0000
<![CDATA[Doutor Milho: Aplicativo da Embrapa para produtores de milho]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/doutor-milho-aplicativo-embrapa-produtores-milho/ Lançado em 2017 pela Embrapa Milho e Sorgo (MG), o aplicativo desenvolvido para smartphone “Doutor Milho” contribui com profissionais e produtores do meio rural no gerenciamento de lavouras, fornecendo informações técnicas e sugestões de manejo pertinentes a cada fase de desenvolvimento da planta.

O objetivo principal do app é viabilizar recomendações estratégicas que aumentem a produtividade e rentabilidade do milho.

Aplicativo Doutor Milho

Como funciona o aplicativo Doutor Milho?

Funciona de maneira prática e simples, sendo que uma das vantagens do “Doutor Milho” é sua funcionalidade em modo offline, ou seja, não precisa estar conectado à internet para operá-lo.

Primeiramente, cadastre o nome do talhão/gleba, bem como a data de emergência das plantas. Logo em seguida, inclua o estádio de desenvolvimento das mesmas e acesse as características e recomendações específicas para cada talhão, por meio de gráficos e figuras ilustrativas.

Informações técnicas

  • O aplicativo é gratuito
  • Disponível para os sistemas Android e IOS
  • Indicado para: consultores, técnicos, pesquisadores, estudantes e produtores rurais.
  • Para baixar o aplicativo Doutor Milho, acesse: PlayStore ou Apple Store.
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Sat, 30 Sep 2017 00:07:01 +0000
<![CDATA[Produção de milho verde - Passo a Passo]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/producao-de-milho-verde-passo-a-passo/ O milho (Zea mays) é um dos cereais mas plantados em todo o mundo devido a sua versatilidade para a alimentação humana, animal e também ser um ingrediente de base para diversas indústrias de alimentos.

Milho “verde” é a denominação popular do milho que tem seus grãos na fase leitosa e que podem ser consumidos “in natura”, após cozimento ou para preparo de especialidades como o curau, pamonha e bolos. É uma excelente opção para o pequeno e médio produtor rural, pois pode ser cultivado em pequenas áreas e, se for irrigado, produzido o ano todo.

Para o plantio do milho para milho verde, o primeiro passo é saber escolher a semente adequada para esta finalidade. É muito importante lembrar que o milho destinado à produção de grãos, muitas vezes, não se adequa à produção de milho verde.

Vejamos algumas opções de cultivares que se destinam à produção de milho verde:

Cultivares de Milho Verde

AG 1051

Milho híbrido, também chamado de milho pamonha 1051, pode ser plantado de norte ao sul do país. Tem excelente durabilidade para ser comercializado em bandejas. Pode ser plantado de outubro a março.

BM3061 

Cultivar híbrida que tem alto potencial produtivo, com espigas cilíndricas e uniformes. Pode ser plantado de setembro a fevereiro em área com irrigação.

BM3066PRO2

Cultivar de milho transgênico, o que confere à planta resistência a diversas pragas como lagarta do cartucho, lagarta elasmo, lagarta rosca. Pode ser cultivado de março a novembro.

Cativerde 02

É uma variedade que requer menor investimento na compra das sementes. Se adapta bem nas diferentes regiões do Brasil e pode ser uma excelente opção para o produtor que vai iniciar a atividade de produção de milho verde.

Produção de milho verde passo a passo

O processo se inicia pela análise de solo. É importante conhecer como estão as condições de onde será plantado o milho e se houver necessidade (geralmente há) deve ser realizada a calagem e adubação na área.

Preparo do solo

O preparo do solo pode ser convencional; em geral, se realiza aplicação de metade da dose de calcário, gradagem pesada, aplicação da outra metade da dose de calcário, gradagem leve e posterior semeadura. Ou então, pode ser realizado o plantio direto, onde não há o revolvimento do solo. O plantio das sementes pode ser feito de forma manual por matracas (mais recomendado para áreas pequenas) ou com semeadeiras adubadeiras, que resultam em maior rendimento na operação para áreas de plantio maiores.

Espaçamento para plantio

O espaçamento para plantio é variável e vai depender da densidade de semeadura. No geral, para milho verde, o espaçamento entre linhas varia de 70 a 100 cm. É considerado um espaçamento maior do que o milho para produção de grãos, permitindo que os colhedores consigam entrar na linhas para fazer a colheita, que é manual. A densidade de plantio diz respeito ao número total de plantas por hectare. Segundo dados da Embrapa, para o milho verde, ela pode variar de 40 a 55 mil plantas/ha; porém, deve ser observado a recomendação da empresa que se adquire a semente de milho. Outra informação importante é que quanto mais se aumenta a densidade de semeadura, menor o número de espigas por planta e menor o tamanho das espigas.

Adubação e calagem

Produção Milho Verde

No que se refere a adubação e calagem para o milho verde, devem ser feitas de acordo com os resultados da análise de solo. Geralmente, a aplicação do calcário é feita de 2 a 3 meses antes do plantio e incorporada a uma profundidade de 20 cm para correção da acidez do solo. No momento do plantio, é feita uma adubação a base de nitrogênio (N), fosfóro (P) e potássio (K), sendo que, nesta etapa, é essencial colocar o fósforo logo abaixo das sementes, pois este nutriente precisa estar próximo das raízes, para ser absorvido, devido a sua baixa mobilidade no solo.

A adubação de cobertura tem a função de fornecer nitrogênio adicional para a planta, já que é um nutriente muito absorvido pela cultura do milho. Esta adubação é feita quando as plantas apresentam de 4 a 8 folhas totalmente expandidas, fase em que mais precisam deste nutriente.

Quantos dias demora para o milho germinar?

As sementes de milho verde demoram de 4 a 7 dias mais ou menos para germinar.

Controle de pragas

Em relação às pragas que atacam o milho verde, a lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) e a lagarta da espiga (Helicoverpa zea) merecem destaque, pois destroem as plantas ou inviabilizam a comercialização da espiga. Como medidas de controle, podem ser adotadas a rotação de cultura na área de plantio; o uso de controle químico, controle biológico e cultivares transgênicos. O controle biológico é feito com Trichogramma sp, uma vespa que ataca as lagartas provocando sua morte. No caso de milho transgênico, ele já apresenta um gene em sua composição que causa a morte das lagartas quando elas se alimentam da planta.

Para o controle de plantas daninhas, pode ser adotada a capina manual ou mecânica com cultivador cerca de 40 a 50 dias após o plantio do milho verde. O controle químico pode ser em pré ou pós emergência, mas sempre consulte um engenheiro agrônomo para indicar o melhor produto para cada situação.

Irrigação

A produtividade do milho verde é diretamente afetada pela falta de água, resultando em queda na produção e espigas de tamanho pequeno. O agricultor deve considerar o uso de irrigação para garantir uma produção de milho verde o ano todo, sem se preocupar com o período de escassez de água. Podem ser adotados os sistemas de irrigação por aspersão, pivô central ou gotejamento. A irrigação por gotejamento tem um custo relativamente baixo de implantação e é mais eficiente no aproveitamento da água.

Quanto tempo leva para colher milho?

O ponto de colheita é quando os grãos apresentam-se leitosos, o que ocorre cerca de 20 a 25 dias após a emissão do pendão do milho.

O milho verde pode ser uma alternativa bastante rentável para o produtor, pois existe uma demanda do mercado o ano todo para este produto. Deve-se atentar para todas as etapas do plantio até a colheita, garantindo a produção de espigas saudáveis e com qualidade comercial, ou seja, características que atendam as expectativas do consumidor final.

Para adquirir sementes de milho verde, clique aqui.

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Fri, 22 Sep 2017 15:03:12 +0000
<![CDATA[Guandu BRS Mandarim: opção para pastagens degradadas]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/guandu-brs-mandarim-opcao-para-pastagens-degradadas/ A degradação das pastagens é um problema muito comum em propriedades voltadas à produção pecuária. Estima-se que cerca de 80% das pastagens brasileiras apresentam algum grau de degradação. Portanto, é uma dificuldade enfrentada por muitos pecuaristas, sendo uma das responsáveis pela queda na rentabilidade da atividade. A degradação pode ser resolvida adotando-se medidas simples, como, por exemplo, a introdução de leguminosas forrageiras na área.

Utilização de Leguminosas Forrageiras

Pastagens degradadas caracterizam-se pela queda no vigor das plantas; sua capacidade de recuperação natural fica comprometida e ocorre perda de qualidade nutricional da forrageira. Esses fatores levam a queda na produção e, consequentemente, diminuição da capacidade de lotação animal. A degradação é uma ocorrência considerada grave, pois, além de afetar a produtividade, também pode trazer prejuízos no âmbito do meio ambiente, como: a erosão do solo e, por sua vez, assoreamento de aguadas, como rios e nascentes.

As leguminosas forrageiras são plantas que conseguem fazer a fixação biológica do nitrogênio presente no ar atmosférico, ou seja, retiram do ar e fixam em sua própria estrutura.

O uso de leguminosas forrageiras é uma prática recomendada para pecuaristas de qualquer porte, tanto por seu baixo custo, quanto pela facilidade de introdução e manejo destas espécies na área a ser melhorada. A prática contribui, desta forma, para a melhoria das características do solo, no que se refere ao aumento da quantidade de matéria orgânica e disponibilidade de nutrientes antes indisponíveis em camadas mais profundas do mesmo. Isto é possível através da reciclagem de nutrientes.

A reciclagem é possível devido ao fato destas plantas terem sistemas radiculares profundos, ou seja, que têm acesso a nutrientes localizados em camadas mais profundas do solo, onde geralmente as raízes da pastagem não conseguem chegar, absorvendo-os e conduzindo-os até a parte aérea da leguminosa. Desta forma, quando as leguminosas são roçadas, os nutrientes voltam para as camadas mais superficiais do solo, possibilitando a utilização por plantas com sistema radicular menor, como é o caso das Braquiárias, Panicuns e outros gêneros de capins.

Diversas espécies de leguminosas podem ser utilizadas com a finalidade de adubação verde e/ou recuperação de áreas degradadas, como por exemplo: as Crotalárias, o Estilosantes Campo Grande, a Mucuna preta, a Mucuna cinza, o Calopogônio, o Feijão de porco, entre outros. Todas estas leguminosas forrageiras e ainda outras podem ser encontradas aqui, na Galpão Centro-Oeste.

Feijão Guandu 

Feijão Guandu BRS MandarimPorém, dentre todas as possibilidades disponíveis, destacamos como uma das melhores opções o Feijão Guandu cv. BRS Mandarim, material desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste. Ele apresenta vantagens como alta produtividade de forragem (cerca de 10% a mais que a cultivar mais utilizada no Brasil), alta retenção de folhas no inverno, boa resistência a seca e baixo teor de taninos.

O Guandu (Cajanus cajan) é uma leguminosa forrageira que, como as demais leguminosas citadas, também tem a capacidade de extrair o nitrogênio atmosférico, o qual após a roçagem da leguminosa, fica disponível nas camadas mais superficiais do solo. O Guandu é uma planta do tipo arbustiva, apresenta flores amarelas e vagens de cor castanha ou verde. As vagens têm de 4 a 7 sementes.

O Feijão Guandu pode ser consorciado tanto com capins do gênero braquiária, como de outros gêneros; porém, que apresentem o mesmo porte médio da braquiária, constituindo assim, uma excelente alternativa para recuperação de áreas degradadas ou para renovar pastagens. Além de recuperar áreas depauperadas, o Guandu pode ser pastejado de forma direta, sem restrições, diferente do que ocorre com algumas outras leguminosas, cujo pastejo não é recomendado.

Como plantar Feijão Guandu BRS Mandarim?

Para a implantação do Feijão Guandu BRS Mandarim em consórcio, é importante seguir alguns passos:

1) Realizar análise de solo para verificar a necessidade de calagem e adubação na área;

2) Roçagem na área para deixar a pastagem já existente com uma altura de 10 cm no máximo;

3) Semeadura do Guandu em plantio direto, considerando o espaçamento de 40 cm a 120 cm entre linhas.

As sementes devem ser plantadas de 2 a 5 cm de profundidade. Em geral, recomenda-se semear de 15 a 30 kg de sementes/ha, mas esta quantidade pode variar, considerando aspectos que vão desde a qualidade das sementes adquiridas até a população de plantas calculada por hectare. A semeadura deve ser feita no período chuvoso do ano, o qual pode variar conforme a região. Porém, na maioria das regiões, este período ocorre do mês de outubro, até meados de março do ano seguinte.

A entrada dos animais para pastejo na área de Guandu pode ser feita quando as plantas apresentam flores. Este estágio de desenvolvimento coincide com a época de queda na oferta de forragem da maioria das pastagens, o período seco do ano, que na maioria das regiões abrange o período de março a setembro. Cerca de um ano após o plantio, recomenda-se a roçagem da área para estimular a rebrota das plantas. Os restos vegetais permanecem na área e funcionam como adubo verde. Com a rebrota da planta, inicia-se um novo ciclo da cultura, podendo durar por até 3 anos.

Caso o pecuarista pretenda usar o Guandu na renovação de uma área degradada, recomenda-se a incorporação do material vegetal ao solo por meio de aração e gradagem, cerca de 120 a 150 dias após a semeadura da leguminosa, quando ocorre o florescimento da mesma. Se a finalidade for a obtenção de cobertura morta, então deve ser feita a roçagem quando as plantas apresentarem entre 20 e 100 cm de altura, permitindo o rebrota das plantas.

Vantagens do Feijão Guandu BRS Mandarim

O uso do Feijão Guandu BRS Mandarim traz, como vantagem, a diminuição ou dispensa total do uso de adubos nitrogenados, que são os de custo mais elevado, quando comparados a outros. Estimativas da Embrapa mostram que podem ser fixados até 200 kg/ha/ano de nitrogênio, valor este correspondente a 445 kg de uréia. Vale a pena lembrar que o calcário e os outros adubos, como os fosfatados e aqueles à base de potássio, devem ser aplicados normalmente, com base em análise de solo, sempre consultando um Engenheiro Agrônomo para auxiliar nas recomendações de adubação e calagem.

A utilização do Feijão Guandu BRS Mandarim em consórcio com gramíneas é vantajosa, considerando diversos aspectos:

  • Além das vantagens já discutidas, é pouco exigente em água e fertilidade de solo;
  • Apresenta alta produção de matéria seca;
  • Boa resistência a falta d’ água;
  • Excelente palatabilidade;
  • Alto teor de proteína nas folhas (em torno de 20%);
  • Pode ser consumido por qualquer categoria animal, sem restrições.

Para comprar, confira os preços de nossas sementes de Guandu BRS Mandarim!

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Fri, 15 Sep 2017 16:48:32 +0000
<![CDATA[Sementes de Capim: 5 dicas para comprar com segurança]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/sementes-capim-5-dicas-comprar-seguranca/ As sementes, embora representem o item de menor custo em relação aos demais necessários para a formação de uma pastagem, é o insumo mais importante, pois ele é o portador das características da cultivar ou hibrido que se deseja plantar. Com o mercado pecuário voltando a aquecer, a consequência é o aumento da demanda por sementes de capim para reforma ou formação de novas áreas e, infelizmente, o surgimento de oportunistas, que se aproveitam do bom momento e, algumas vezes, da falta de informação do pecuarista ou do agricultor para oferecerem sementes com preços muito “atrativos”, porém, muitas vezes, sem procedência e qualidade duvidosa.

As sementes piratas além de trazerem prejuízos diretos no que se refere a não formação ou má formação da área, ainda representam risco no que se refere a contaminação da mesma por outras espécies, geralmente ervas daninhas de difícil controle.

Independente dos “piratas” de plantão, deve-se ficar atento, também, a algumas empresas que prometem uma coisa e entregam outra. Neste caso, os prejuízos podem ser os mesmos que trazem uma semente pirata.

Devido a isto, relacionamos 5 dicas que o ajudará a tomar a decisão certa quando for realizar as suas compras de sementes de pastagem:

1. Não feche negócio com base apenas no melhor preço

No momento da compra das sementes, não deve ser observado somente o preço/kg. Alguns fatores devem ser considerados. Vejamos:

Grau de Pureza (P%)

Diz respeito à pureza física do lote de sementes. É um indicativo da presença de impurezas como: sementes de outras espécies, de plantas daninhas, materiais inertes como pedras, galhos, etc. É expressa em %.

Germinação (G%)

É a quantidade de sementes que germinam sob condições ambientais adequadas. É expressa em %.

Taxa de semeadura (TS)

É a quantidade de sementes que devem ser aplicadas por hectare para que se obtenha a população de plantas adequada por metro quadrado de área. No cálculo da TS, são levados em consideração o número de sementes puras viáveis (SPV) para determinada forrageira e o VC apresentado por aquele lote de sementes.

Exemplo: uma Braquiária BRS Ipyporã deve ser semeada com 5 kg de SPV/ha e o lote apresenta 60% de Valor Cultural. A taxa de semeadura será: TS = (5 x 100)/ 60 → TS = 8,3 kg/ha. Neste caso, a recomendação é utilizar 8,3 kg de sementes/ha.

Todos os materiais tem uma recomendação específica quanto a SPV/ha. Atualmente, este tipo de informação é facilmente encontrado em sites de empresas de pesquisa idôneas como a Embrapa. Pensando-se em sementes convencionais, tendo essa informação em mãos, fica fácil entender o que se está negociando de fato.

Para ilustrar, vejamos um exemplo onde teoricamente teríamos sementes similares com VC% 50 sendo negociadas, porém, com taxas de semeadura recomendadas diferentes:

Parâmetro Semente A Semente B
VC (%) 50 50
Taxa de semeadura (kg/ha) 10 15
Preço/kg (R$) 13,50 10,00
Área a ser formada (ha) 100 100
Custo total (R$) 13.500,00 15.000,00

A partir do exposto na tabela acima, fica entendido que o pecuarista ou agricultor não deve levar em conta somente o preço do kg das sementes que está adquirindo. Deve-se sempre ter a informação referente a taxa de semeadura recomendada para, assim, saber exatamente o seu custo por área e não o seu custo por kg; além disso, recomenda-se fazer um levantamento prévio da recomendação de SPV/ha para a forrageira que pretende-se adquirir, verificando se está condizente com a taxa de semeadura informada para o padrão que está sendo negociado.

Resumindo: sementes de baixo custo podem significar qualidade inferior em termos de germinação e pureza e risco de contaminação da área com pragas, ervas daninhas ou espécies não desejadas. Esteja sempre atento, pois algumas empresas também agem de má fé. Quando assim constatar, denuncie!

2. Saiba o que está comprando

Na escolha de suas sementes, além do preço e taxa de semeadura, deve-se atentar, também, para a variável denominada Valor Cultural (VC%).

Valor cultural

Expressa, em %, a proporção de sementes puras viáveis ou germináveis de um determinado lote de sementes. O VC% pode ser calculado da seguinte forma: VC (%) = (%Pureza x %Germinação) / 100. Os dados referentes aos graus de Pureza e Germinação são encontrados no termo ou boletim de análise fornecido no momento da compra. Quanto maior o VC%, melhor a qualidade das sementes adquiridas, maior a quantidade de sementes por grama e, consequentemente, maior o valor financeiro por kg de sementes.

Sementes com VC% muito alto possuem taxas de semeadura baixas (3 a 6 kg / ha), o que pode dificultar a distribuição das sementes na área e encarecer muito a formação. Por isso, com a ajuda de seu fornecedor, o produtor deve ter em mente quais os recursos que serão utilizados para a distribuição das sementes na área, para se chegar ao VC% ideal das que serão adquiridas, sempre levando em conta as determinações da legislação vigente, quanto aos padrões mínimos para comercialização de sementes.

No caso de sementes revestidas, ou seja, sementes incrustadas basicamente com macro e micronutrientes, é importante saber que o termo VC% (Valor Cultural) deixa de existir, embora seja um padrão geralmente elaborado com sementes de VC% a partir de 70% (conforme a forrageira e a política da empresa que a produz). A partir do momento que se transformam em sementes revestidas, o que realmente importa é a quantidade de sementes por grama ou o peso de 1.000 sementes do material que será adquirido. A partir daí, tendo esta informação em mãos, juntamente com o valor ofertado e a taxa de semeadura recomendada, facilmente se reconhece o material de melhor qualidade dentre aqueles que se está estudando adquirir.

Lembrando que há, ainda, sementes revestidas tratadas ou não com defensivos, com bioestimuladores e/ou grafite; informações estas que devem constar na embalagem. Tais tratamentos prometem:

  • Facilitar a semeadura;
  • Proporcionar maior proteção no que se refere ao ataque de pássaros, pragas e doenças;
  • Facilitar a germinação e, consequentemente, acelerar o “fechamento” da área semeada;
  • Melhorar a plantabilidade e
  • Reduzir o desgaste de equipamentos.

3. Exija o termo ou boletim de análise das sementes

Documentos de grande importância que garantem, para quem está adquirindo sementes, o grau de pureza das mesmas, sua viabilidade e a existência ou não de outras espécies em meio as de interesse. Em resumo, é a garantia do que está se comprando. Estes documentos só podem ser emitidos para produtores de sementes que tenham um cadastro junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Para ter este cadastro, o produtor é submetido a uma série de exigências como:

  • Ter seu campo de produção registrado no MAPA;
  • Receber assistência de um responsável técnico devidamente cadastrado;
  • Comprovar a origem das sementes que serão usadas no campo de produção e
  • Comercializar sementes que foram submetidas a análises em laboratórios fiscalizados pelo MAPA, entre outros.

As sementes devem ser comercializadas seguindo os padrões mínimos de exigência do Ministério da Agricultura. Todos esses fatores trazem garantias ao pecuarista de comprar uma semente de qualidade e produzida de forma legal.

4. Certifique-se da safra das sementes que irá adquirir

Sementes CapimÉ importante considerar a safra em que a semente foi produzida. Muitas vezes, encontram-se, no mercado, sementes sendo ofertadas a preços bem abaixo do comumente encontrado, o que pode ser um indicativo de tratar-se de sementes velhas, de baixa germinação. As sementes, ao longo do tempo, podem perder seu potencial de germinação pelo envelhecimento natural, conhecido também por senescência.

No entanto, sementes de uma safra anterior, se forem armazenadas em condições ideais de temperatura e umidade, mantém-se viáveis por mais tempo, condição que deve ser comprovada pela reanálise das mesmas, após o vencimento do termo de análise original. Algumas sementes como de Brachiaria humidicola cv. Humidicola ou Grama Batatais tem, inclusive, sua germinação potencializada a partir do segundo ano pós colheita.

As empresas produtoras de sementes são responsáveis por produzir e armazenar as sementes de maneira a garantir seu padrão dentro das exigências do MAPA. As empresas que comercializam sementes, obrigatoriamente, devem ter licença (RENASEM) própria para isso, e também são responsáveis pelo armazenamento adequado delas até sua comercialização. Por isso, sempre desconfie de sementes com preço muito abaixo daqueles praticados pelo mercado.

5. Faça o teste de germinação: simples e prático

O próprio produtor pode realizar um teste de germinação para verificar se a mesma está condizente com a informada no termo de análise que acompanha as sementes que adquiriu.

Veja como proceder para realizar um teste de germinação de forma bastante simples:

  • Retire uma amostra homogênea do lote de sementes que adquiriu;
  • Pegue uma quantidade de sementes que seja o suficiente para encher um copo do tipo americano até a metade;
  • Complete o copo com água e aguarde de 3-5 minutos;
  • Coloque uma camada de papel toalha ou higiênico umedecido dentro de um saco plástico transparente;
  • Retire as sementes do copo de água e coloque sobre o papel;
  • Feche o saco plástico com ar dentro;
  • Coloque em local ventilado e com iluminação (sem exposição direta ao sol);
  • A partir do 6° dia verificar a quantidade de sementes que germinaram.

Se a germinação for muito diferente daquela apresentada no certificado de análise, reclamar junto a empresa que adquiriu as sementes. Lembrando que, segundo a legislação vigente, por tratar-se de produto perecível, quem adquire sementes têm até 30 dias após o recebimento das mesmas para abrir qualquer tipo de reclamação.

Portanto, no momento da compra de suas sementes, leve em consideração estas cinco dicas antes da tomada de decisão. E ainda assim, após recebê-las, guarde todos os documentos, como nota fiscal e termo de análise. Recomenda-se, em caso de qualquer tipo de desconfiança, guardar, de forma adequada, ao menos uma embalagem das sementes que foram adquiridas durante um intervalo de 10 a 20 dias - período em que as sementes semeadas na área devem mostrar todo o potencial de germinação garantido para eventual contestação.

Confira também as 5 dicas de como formar sua pastagem com menos riscos!

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Wed, 06 Sep 2017 14:49:08 +0000
<![CDATA[O que é Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ou ILPF?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/o-que-e-integracao-lavoura-pecuaria-floresta-ou-ilpf/ A integração lavoura-pecuária-floresta, também conhecida por ILPF, é um sistema de produção que une o cultivo de culturas agrícolas, produção de animais e o plantio de espécies florestais, tudo ocorrendo em uma mesma área. As diferentes atividades podem ser consorciadas, rotacionadas ou em sucessão.

É um sistema que busca um efeito benéfico e conjunto de todas as atividades, fazendo-se o uso otimizado dos ciclos biológicos dos animais e vegetais e uma melhor utilização dos insumos e resíduos da produção. Métodos sustentáveis competitivos têm sido estudados para serem adequados às diferentes realidades de produção das regiões brasileiras. É um sistema de produção que pode ser utilizado por todos os produtores em áreas de qualquer porte (pequena, média ou grande).

Vantagens da ILPF

Existem muitas vantagens na adoção do sistema de ILPF, elas podem ser tecnológicas, ecológicas, econômicas e sociais. Algumas podem ser encontradas a seguir:

  • Auxilia no reestabelecimento de áreas que foram degradadas;
  • Manutenção ou renovação da cobertura florestal;
  • Geração de emprego e renda;
  • Adequação da propriedade à legislação ambiental;
  • Propicia uma melhor conservação dos recursos hídricos;
  • Abrigo para inimigos naturais de insetos-praga e doenças;
  • Fixação do carbono;
  • Reciclagem de nutrientes;
  • Melhorias das características do solo.

A integração Lavoura-Pecuária-Floresta pode ser dividida em 4 tipos principais:

Integração lavoura-pecuária (ILP) ou Agropastoril

Composto por lavoura e pecuária. Pode ser em rotação, consórcio ou sucessão na mesma área. Pode ser feito em um ano agrícola ou anos consecutivos.

Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ou Agrossilvipastoril

Ocorre quando, na mesma área, é implantada lavoura, pecuária e floresta. Pode ser em rotação, consórcio ou sucessão. Geralmente, adota-se a lavoura no ciclo inicial de desenvolvimento da floresta.

Integração pecuária-floresta (IPF) ou Silvipastoril

Sistema composto por pecuária e floresta em consórcio.

Integração lavoura-floresta (ILF) ou Silviagrícola

Neste sistema ocorre a implantação de floresta e lavoura em uma mesma área. As culturas podem ser consorciadas com espécies de árvores, como Eucalipto por exemplo, e com culturas agrícolas anuais ou perenes. A lavoura pode ser utilizada na fase inicial de implantação do sistema florestal ou em ciclos durante o desenvolvimento do sistema.

Um dos tipos mais utilizados é o Lavoura-Pecuária (ILP). Pode ser implantado utilizando-se diferentes culturas agrícolas e forrageiras. Este sistema é conduzido da seguinte forma: consorciação de espécies agrícolas com forrageiras na safra ou safrinha. Após a colheita da cultura agrícola, a forrageira permanece na área de 4 meses a 4 anos. A palhada resultante da pastagem é a base para o plantio direto da cultura agrícola do novo ciclo de rotação.

É um sistema de produção que requer maior conhecimento e tecnificação do produtor para que seja bem sucedido e resulte em maior rentabilidade na área. Inicialmente, é preciso ser realizado um estudo na propriedade para verificação das características agronômicas e de zoneamento de risco agroclimático da região. Também devem ser levados em consideração fatores como: experiência, preferências do produtor e características do mercado regional.

Na ILP costuma-se utilizar milho ou sorgo, como cultura agrícola principal, consorciada com uma gramínea forrageira como Brachiaria spp e Panicum maximum. O uso consorciado tem como vantagem a antecipação do estabelecimento da forrageira que poderá ser usada como palhada, num sistema de plantio direto (SPD) ou para alimentação animal. Para minimizar os efeitos da competição das pastagens, pode-se utilizar o plantio defasado, onde a forrageira é semeada de 15 a 30 dias depois da cultura agrícola. Outra técnica utilizada é a aplicação de subdoses de herbicidas para reduzir a competição do capim com a cultura agrícola.

Integração Lavoura Pecuária Floresta

Fazenda Santa Brígida - Ipameri/GO

É importante alternar as espécies forrageiras a serem utilizadas ao longo dos anos, pensando-se no equilíbrio do sistema, a fim de se evitar a ocorrência de pragas e/ou doenças.

O sistema ILP torna possível a produção agropecuária durante todo o ano. Para exemplificar, pode-se plantar soja na safra principal de verão, milho na safrinha consorciado com uma gramínea forrageira como, por exemplo, a braquiária e após colheita, uso da forrageira para pastejo dos animais ou produção de feno.

A utilização da pastagem por um período curto pode ser direcionada a atividades de cria, recria ou engorda dos animais. Por meio deste sistema, o produtor além de melhorar sua rentabilidade na exploração da atividade agropecuária, ainda reduz os riscos inerentes ao seu negócio, já que desta forma não dependerá mais de uma única atividade. Possibilita, ainda, distribuir os custos fixos de produção para as diferentes atividades que irá desenvolver na área, garantindo ainda o trabalho no campo durante todo o ano.

Este sistema ainda proporciona melhorias quanto às características físicas e químicas do solo, e redução da infestação de pragas, doenças e plantas daninhas, tudo isto graças também à rotação das culturas. Outra vantagem, pensando-se na formação de uma pastagem no final do ciclo de produção (final de verão, início do outono) de uma área de soja, por exemplo, é que a pastagem recém formada consegue se manter verde e de boa qualidade no período da seca, garantindo o ganho de peso do rebanho em uma época que costuma ser difícil a produção dos animais a pasto.

Desta forma, a adoção do sistema de ILPF nas propriedades agrícolas pode trazer muitos benefícios para o agricultor e/ou pecuarista. No entanto, requer maior planejamento e conhecimento técnico. É essencial consultar um Engenheiro Agrônomo para esclarecer todas as dúvidas e conduzir o processo de produção da maneira correta, pois as maneiras podem ser várias, e devem se adequar a propriedade onde pretende-se instalar o sistema.

 Vídeo que ilustra a ILPF como forma de produção agropecuária sustentátvel:

Veja mais informações na Cartilha do Produtor sobre a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

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Fri, 01 Sep 2017 16:45:28 +0000
<![CDATA[Capins tolerantes a seca: Conheça as melhores opções!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capins-tolerantes-seca-conheca-melhores-opcoes/ Quando o assunto é a criação de animais em regiões de clima semiárido como o nordeste, ou em condições de extrema seca de determinados períodos do ano, é importantíssimo que o produtor avalie quais espécies de forrageiras utilizar. Neste artigo listamos algumas caraterísticas dos principais tipos de capins resistentes a seca, como Andropogon gayanus, Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguás, Brachiaria híbrida Mavuno, Brachiaria decumbens, Brachiaria humidicola cv. Llanero, Brachiaria humidicola cv. Humidicola, Setaria sphacelata cv. Kazungula e Cenchrus ciliares - Capim Buffel. 

Tipos de capins resistentes a seca

O Brasil tem como característica marcante a produção de animais a pasto, o que proporciona uma vantagem competitiva em termos de custos de produção e qualidade da carne, quando comparado a outros países; no entanto, possui uma vasta extensão territorial caracterizada por diferenças no clima, condições de solo e regime de chuvas.

Em muitas regiões, a época seca do ano é bem marcante e de longa duração, o que dificulta a produção e manutenção de certas espécies forrageiras. Aliado a isso, existe a influência de fenômenos climáticos que intensificam a seca em determinados anos, como é o caso do “El Niño”. Este fenômeno é caracterizado pela elevação da temperatura das águas na região equatorial do oceano Pacífico e alteração no regime dos ventos. Cientistas já identificaram que esse fenômeno ocorre em intervalos de 3-5 anos. O resultado é a ocorrência de secas e veranicos mais intensos.

Além do “El Niño”, outro fenômeno que merece atenção e que afetará diretamente a produção das forrageiras, e culturas em geral, é o aquecimento global. Ele é caracterizado pela elevação da temperatura média no planeta e assim, regiões que antes poderiam ser adequadas para uma cultura, poderão não ser mais.

Desta forma, pesquisadores já trabalham há anos, buscando alternativas para viabilizar a produção de forrageiras em regiões onde a água é cada vez mais escassa.

Sendo assim, relacionamos algumas alternativas disponíveis no mercado, consideradas mais tolerantes a seca:

Andropogon gayanus

Possui boa tolerância a seca, requerendo cerca de 400 mm de chuva por ano. Tem sistema radicular profundo que pode chegar a 1,20m de profundidade. É uma espécie resistente a solos ácidos, ao ataque de cigarrinha das pastagens e ao fogo. Sua rebrota é rápida. Embora apresente boa palatabilidade no período das águas, tem baixo teor protéico (4% a 9%) e no inverno, período seco, perde consideravelmente sua palatabilidade.

Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguás

Cultivar de Braquiária selecionada pela sua ótima produção animal na época da seca. Possui bom valor nutritivo e grande quantidade de folhas. Não possui resistência à cigarrinha das pastagens, porém seu uso se justifica pela versatilidade no período seco do ano. Avaliações realizadas pela Embrapa mostraram um ganho de peso vivo de 45 kg/ha/ano a mais que o capim BRS Piatã.

Brachiaria híbrida Mavuno

A Mavuno é uma Braquiária que, devido principalmente seu sistema radicular robusto, apresenta alta resistência a seca. Pode ser plantada em regiões onde a precipitação anual mínima é de 800mm. Ao contrário da cultivar BRS Paiaguás, possui alta resistência à cigarrinha das pastagens. Deve ser plantada em solos de média a alta fertilidade. Sua produção de matéria seca varia de 17 a 20 t/ha/ano e apresenta alto teor de proteína bruta de 14 a 17%.

Brachiaria decumbens

Ainda é uma das forrageiras mais utilizadas no Brasil em situações mais adversas. Embora susceptível as cigarrinhas da pastagem, suporta solos ácidos, tem baixa exigência em fertilidade de solo e boa resistência à períodos de seca prolongados, devendo ser cultivada em áreas com volume de chuvas superior a 800 mm por ano. Sua produção varia de 6 a 12 t/ha/ano de matéria seca e chega a suportar 1,2 UA (Unidade animal)/ha na seca.

Brachiaria humidicola cv. BRS Tupi

A BRS Tupi é uma ótima opção para diversificação das pastagens. Apresenta melhor desempenho na seca quando comparada a Brachiaria humidicola cv. Humidicola, também chamada de “Quicuia” ou “Kikuio”, e com boa tolerância a seca. Em ensaio realizado pela Embrapa, a cv. BRS Tupi apresentou produção de cerca de 50 kg peso vivo/ha/ano contra 20kg da humidicola comum. Além disso, apresenta resistência à cigarrinha das pastagens e pode ser cultivada em regiões onde pode ocorrer alagamentos temporários.

Brachiaria humidicola cv. Llanero

Adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade, é recomendada para regiões onde a precipitação anual gira em torno de 400 a 600 mm por ano. Assim como outros cultivares da mesma espécie, tem hábito de crescimento estolonífero, ou seja, produz ramas e se alastra por toda área. Tem boa tolerância à cigarrinha das pastagens. Os teores de proteína bruta podem variar de 8 a 10% e possui boa palatabilidade. Sua produção fica em torno de 7 a 10 t/ha/ano de matéria seca. Diferentemente da BRS Tupi e da Humidicola comum, não é recomendada para áreas sujeitas a períodos de alagamento prolongados.

Brachiaria humidicola cv. Humidicola

Cultivar que possui ampla adaptação climática, se desenvolve melhor em regiões com pluviosidade a partir de 600 mm/ano. Se adapta bem em solos ácidos e possui boa tolerância a seca, sombreamento e cigarrinha das pastagens. Tolera bem solos encharcados ou alagados por até 90 dias. A produção chega a 9 t/ha/ano de matéria seca, porém com baixa quantidade de proteína bruta: em torno de 6%.

Setaria sphacelata cv. Kazungula

Tem se destacado por apresentar boa resistência a seca e ao pisoteio. Pode ser cultivada em áreas com precipitação anual acima de 750 mm/ano. Requer solos de média fertilidade e possui alta resistência à cigarrinha das pastagens. Assim como a Brachiaria humidicola cv. Humidicola, também suporta alagamentos temporários. Não sendo recomendada de forma exclusiva para equinos, vacas de cria ou animais fragilizados. A produção de matéria seca varia de 10 a 12 t/ha/ano, com um teor de proteína bruta de 8 a 9%.

Cenchrus ciliares - Capim Buffel

É um capim bastante resistente a seca e pode ser plantado em regiões com volume de chuvas de 350 a 700 mm/ano, suportando período prolongado de seca. Se adapta bem às condições do nordeste brasileiro. Não tolera a cigarrinha das pastagens, nem umidade excessiva do solo. Sua produção varia de 10 a 12 t/ha/ano de matéria seca com teores de proteína bruta de 6 a 12%.

O Brasil possui regiões que apresentam períodos secos prolongados, aliado a fenômenos climáticos que vão afetar cada vez mais a ocorrência de secas e veranicos. Portanto, escolher um capim adequado às condições da região que se pretende formar a pastagem é essencial para seu estabelecimento. Aqui, na Galpão Centro-Oeste, você encontra diversas opções de forrageiras tolerantes a seca para a formação da sua pastagem e consequente sucesso do seu empreendimento. Consulte-nos!

Capim Resistente Seca

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Fri, 25 Aug 2017 15:02:38 +0000
<![CDATA[Como regular uma semeadeira a lanço?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-regular-semeadeira-lanco/ O plantio é uma das fases mais importantes na formação de uma pastagem. Consiste na etapa onde as sementes serão semeadas de forma e quantidade adequadas para o estabelecimento da forrageira. É uma operação realizada por semeadeiras, também chamadas de semeadoras ou ainda plantadeiras, equipamentos próprios para o plantio de sementes. No que se refere a semeadeira a lanço, o que garante o funcionamento correto da mesma, além dos cuidados básicos com manutenção e acondicionamento adequado, são: a regulagem correta da saída das sementes, no caso, do registro da semeadeira, e a velocidade de trabalho adequada, os quais são determinadas a partir do aferimento a campo.

Diversas são as formas possíveis de se efetuar a operação de plantio. Vamos conhecer algumas delas:

Plantio por matraca

A matraca é um equipamento de acionamento manual, onde as sementes são depositadas em covas a uma distância determinada. É um sistema de plantio indicado para pequenas áreas, ou locais onde a declividade do terreno é muito alta, o que dificulta a entrada de máquinas. Uma das desvantagens é o baixo rendimento no plantio e baixa uniformidade da distribuição.

Plantio em linha com plantadeira

As plantadeiras são equipamentos muito utilizados, pois garantem maior rendimento na operação. A taxa de distribuição é regulada em função da combinação de discos que vão dosar as sementes, e também da velocidade de arraste da plantadeira. A distribuição das sementes pode ser calculada em função do número de sementes por metro linear.

Plantio a lanço

Este é o tipo de plantio mais comum para a formação de pastagens. Permite em uma única operação fazer a aplicação de corretivos, ou fertilizantes, e as sementes, reduzindo o custo de operação. Neste sistema, podem ser utilizadas, também, as esparramadeiras de calcário, as semeadeiras adubadeiras a disco, e a semeadeiras adubadeiras pendulares, sendo esta última a mais utilizada nas operações de formação de pastagens. Tanto nas semeadeiras a disco quanto nas semeadeiras pendulares, as sementes são colocadas em um depósito que faz parte do equipamento, o qual possui um registro para regulagem da abertura que possibilita a semeadura das sementes. As semeadeiras são acionadas através da tomada de potencia (TDP) do trator.

Nas semeadeiras adubadeiras a disco, o mecanismo de dosagem das sementes é por meio de um disco alveolado, que é escolhido em função do tamanho das sementes. Uma vez que o disco gira, ocorre a deposição da sementes nos alvéolos e depois são levadas por um tubo até o solo. A escolha do tamanho do disco e a regulagem adequada da velocidade a ser aplicada no arraste do equipamento são fundamentais para garantir o estande (número total de plantas) final recomendado para aquela forrageira.

Nas semeadeiras adubadeiras pendulares, as sementes são distribuídas através de um tubo que movimenta-se de forma contínua na horizontal, proporcionando a distribuição das sementes na área, em uma faixa de apilcação conhecida. Vejamos como proceder a regulagem deste tipo de semeadeira:

  • Delimitar uma distância com 100 m de comprimento;
  • Definir uma marcha e rotação para o trator. Na maioria das vezes, opta-se pela 2ª marcha numa rotação do motor em torno de 1600 rpm.
  • Calcular o tempo que o trator leva para percorrer os 100m na marcha e rotação escolhida. Como exemplo, vamos adotar 60s.
  • Definir a quantidade de sementes que deve ser aplicada por hectare. Exemplo: teremos que semear 10 kg/ha de Braquiária.
  • Obter a largura efetiva de trabalho. Esta informação encontra-se no manual da semeadeira adubadeira. Vamos utilizar uma largura de 10m.
  • Calcular a quantidade de sementes que deve ser aplicada na faixa de teste – 100 m de comprimento e na largura efetiva de trabalho (10 m), ou seja, faixa de 1000 m2.
  • Quantidade = (1.000 m2 x 10 kg) / 10.000m2.
  • Quantidade = 1 kg de sementes na faixa de teste.
  • Na sequência, deve-se escolher uma regulagem de abertura para saída das sementes e acoplar um saco para coleta das sementes na saída do pêndulo da semeadora.
  • Ligar o trator na rotação pré-estabelecida e durante o tempo estabelecido (60s).
  • Pesar as sementes coletadas no saco. O peso da sementes deve ser de 1 kg. Caso haja variação, deve-se regular a régua de abertura para mais ou menos.
  • Repetir esta operação até se chegar a 1 kg de sementes dentro do saco de coleta.

Semeadeira Lanço

As sementes são distribuídas sobre a superfície do solo. Desta forma, o solo deve estar bem preparado (arado, gradeado e nivelado) antes de ser feita a distribuição das sementes na superfície. Outro fator importante a ser considerado no plantio a lanço, é que as sementes ficam expostas, sendo obrigatória a sua cobertura, a espessura adequada da camada de terra varia conforme o cultivar ou hibrido semeado; esta etapa deve ser realizada com outro implemento, como rolos compactadores ou grades niveladoras. Além de cobri-las, esta etapa tem por objetivo aumentar o contato das sementes com o solo, mantendo-as úmidas e favorecendo assim a germinação das mesmas.

Portanto, a regulagem correta da semeadeira que se vai utilizar para a implantação de uma pastagem, embora não seja o único fator limitante para o sucesso da formação, é de fundamental importância, pensando-se principalmente em favorecer as sementes que estão sendo ali distribuídas; sobretudo, no que se refere a proporcionar o ambiente adequado a exporem seu potencial máximo de germinação, contribuindo, inclusive, para um fechamento mais rápido da área.

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Fri, 18 Aug 2017 15:58:53 +0000
<![CDATA[Palicourea marcgravii: O cafezinho mata e não há antídoto!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/palicourea-marcgravii-cafezinho-mata-nao-ha-antidoto/ Cafezinho Erva Palicourea MarcgraviiAs plantas tóxicas são aquelas que uma vez introduzidas no organismo dos animais, causam danos ao seu desenvolvimento ou levam à morte. Existem muitos tipos de plantas tóxicas encontradas em todas as regiões do país. Devido ao fato do Brasil ser um grande produtor de animais a pasto, a ocorrência de intoxicações por essas plantas é bastante frequente. Os prejuízos causados por essas plantas vão desde a redução da produtividade dos animais, infertilidade até a morte.

Neste contexto, uma série de plantas tóxicas já foram identificadas, conhecidas por levar os animais ao baixo desempenho produtivo e muitas vezes à perdas de animais do rebanho. Elas podem ser divididas em 3 categorias:

a) plantas que causam mortalidade aguda;

b) plantas que causam mortalidade após exposição crônica (prolongada);

c) plantas que afetam o desempenho dos animais.

Dentre as plantas tóxicas, podemos citar algumas de maior ocorrência no Brasil, como a Palicourea marcgravii, popularmente conhecida como “Cafezinho” ou outras como a Pteriduim aquilinum (Samambaia), Asclepias curassavica (Oficial de sala), Sida carpinifolia (Guanxuma), Senecio brasiliensis (Maria Mole), Echium plantaginium (Lingua de vaca), etc.

No entanto, o Cafezinho destaca-se pela sua ocorrência na maior parte das regiões do Brasil, tendo boa aceitação pelos animais e podendo ser tóxica mesmo se ingerida em pequenas quantidades. Esta planta faz parte da família Rubiaceae, a mesma do café arábica e possui vários nomes populares como “Erva de rato”, “café bravo”, “Erva café”, “vick”.

Características da Palicourea marcgravii

Palicourea marcgravii é encontrada na região Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sudeste, com exceção da região Sul. Se desenvolve bem em áreas com bom regime de chuvas. Prefere áreas de meia sombra, próximas a matas, capoeiras, mas também pode se desenvolver bem em pastagens abertas com alta exposição ao sol.

Tem como características ser um arbusto de porte alto, podendo chegar até 3 m de altura. O caule é lenhoso e possui galhos em formato cilíndrico que se quebram facilmente e são lisos. Suas folhas tem formato de lança e são de cor verde escuro, com tamanho variando de 5 a 10 cm de comprimento. As folhas quando quebradas exalam cheiro semelhante ao Bálsamo bengué, popularmente conhecido como “Vick”, sendo esta uma das formas mais fáceis de identificar esta planta. As flores tem coloração que varia do vermelho ao alaranjado.

Menicanismos de ação

Seu efeito tóxico aos animais é devido à presença de uma substância chamada ácido monofluoroacético. É um ácido presente em todas as partes da planta; porém, a maior parte se encontra nas folhas e sementes. Uma vez ingerido, este ácido bloqueia os processos de armazenamento de energia e respiração celular. A ingestão de cerca de 1g da planta/kg de peso vivo já é capaz de provocar a morte do animal em até 2h após seu consumo. Por isso, é considerada uma das toxinas com menor concentração capaz de levar a morte.

Entre as espécies de animais, os bovinos são mais suscetíveis à intoxicação do que os bubalinos. Mas também já foram relatados casos de intoxicação em ovinos, caprinos, coelhos, sendo os animais ruminantes os mais suscetíveis.

Sintomas de intoxicação

É muito difícil observar sintomas nos animais, uma vez que a morte ocorre muito rapidamente após o animal ter ingerido a planta. No entanto, foram observados animais com respiração ofegante, desequilíbrio dos membros posteriores, respiração acelerada, queda do animal, tremores musculares, realização de movimentos de pedalagem e mugidos. A morte ocorre ainda mais rapidamente quando o animal é submetido a exercícios.

Uma vez o animal intoxicado, o tratamento não é efetivo devido à rápida evolução dos sintomas. Portanto, até o momento, não há antídoto para as intoxicações de “Cafézinho”.

Um dos principais fatores para o consumo deste tipo de planta tóxica é a escassez de forrageiras, principalmente na época seca do ano, aliado ao fator de alta palatabilidade que apresenta o “Cafézinho”.

Como evitar a intoxicação dos animais?

Algumas medidas são recomendadas para evitar a intoxicação dos animais: evitar a entrada de animais em áreas de matas ou capoeiras, onde a presença do “Cafezinho” é característica; cercar as áreas onde é constatada a presença da planta. Em áreas de formação de pastagem, o crescimento do “Cafezinho” pode ser bastante vigoroso e propiciado pela presença de banco de sementes na área. Por isso, deve-se ter bastante atenção à presença desta plantas e realizar o controle por meio do arranquio ou com o uso de herbicidas antes da entrada dos animais para pastejo. A roçagem por si só não é suficiente pois pode ocorrer a rebrota da planta.

Assim sendo, o “Cafezinho” é a planta tóxica de maior distribuição no Brasil e responsável pela morte de animais em rebanhos criados a pasto. Devido ao fato de provocar uma intoxicação aguda, não possui um tratamento que seja efetivo para evitar a morte do animal; portanto, a melhor maneira de se evitar a intoxicação é pela erradicação das plantas nas pastagens, principalmente em novas formações, onde o surgimento do “Cafezinho” é mais provável, e mantendo os animais longe das margens de matas, onde esta erva também é bastante frequente.

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Thu, 10 Aug 2017 14:01:18 +0000
<![CDATA[Importância da adubação de plantio, de cobertura e orgânica]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/importancia-adubacao-plantio-cobertura-organica/ A adubação tem por objetivo fornecer a nutrição ideal para o crescimento, estabelecimento e produção de uma planta. Cada espécie apresenta certa necessidade nutricional e há várias formas de fornecer a adubação adequada. Dentre as formas de aplicação estão a foliar, em sulco, a lanço, via tratamento de sementes, fertirrigação, e de forma única ou parcelada.

Adubação de plantio

A adubação de plantio possui como função suprir nutricionalmente a planta. Em plantas de ciclo mais curto, a adubação de plantio pode ser suficiente para "alimentar" a planta durante todo seu ciclo, enquanto que para plantas de ciclos mais longos ou mesmo perenes, adubações posteriores são recomendadas para complementar a nutrição.

Normalmente, antes da adubação de plantio figura a calagem, que serve tanto como corretivo do pH do solo (o que vai fornecer condições ideais para a absorção dos outros nutrientes pela planta), quanto adubo, pois compõe parte estrutural da planta. Como o cálcio é pouco móvel no solo, essa aplicação deve ser feita antes dos outros nutrientes; o baixo pH do solo pode ser um empecilho para a disponibilidade dos outros nutrientes para as plantas.

A absorção dos nutrientes pelas raízes pode acontecer prioritariamente de três formas:

DIFUSÃO: quando há um gradiente de concentração e um íon passa do ponto de maior para o de menor concentração;

FLUXO DE MASSA: quando o movimento da água no solo leva os nutrientes para a raiz;

INTERCEPTAÇÃO RADICULAR: essa absorção é em sentido contrário das outras, pois é a raiz que cresce em direção aos nutrientes.

O parcelamento da adubação visa otimizar a disponibilidade de nutrientes para a planta. Isso ocorre porque alguns deles são móveis no solo, o que os torna propensos à lixiviação, escorrimento superficial e outras formas de perda de nutrientes, como a ureia, que é muito propensa à volatilização. Por isso, oferecer os nutrientes de forma parcelada faz com que eles estejam disponíveis para as plantas, na camada em que atinge a área radicular de cada espécie.

Quantas vezes se deve fracionar a aplicação e em quais momentos aplicar são perguntas que os pesquisadores ainda tentam responder, pois cada espécie detém uma particularidade no aspecto nutricional.

Adubação de cobertura

É comum que a adubação de cobertura seja realizada antecipando os momentos de maior requisição de nutrientes pelas culturas - e isso acontece nos estágios reprodutivos, tanto no florescimento quanto na frutificação e enchimento de frutos ou grãos. Por isso, é apropriado que a aplicação de cobertura seja feita ao final do último estágio vegetativo, para que, assim, esteja disponível nos estágios seguintes.

No caso das pastagens, a adubação de manutenção deve ser feita quando há diminuição da taxa de rebrota. Além disso, o controle das daninhas deve ser feito, para que a adubação não as beneficie. É recomendável analisar o solo quando o vigor das gramíneas e a taxa de rebrota forem reduzidos, pois pela qualidade nutricional do mesmo, será possível prever a próxima adubação, antes que as plantas apresentem sintomas de deficiência de nutrientes. Ela pode ser fracionada normalmente em até duas vezes, caso contrário, dependendo do tipo de aplicação, os custos ficam muito altos, inviabilizando economicamente essa prática.

Normalmente, a adubação de cobertura é feita com os nutrientes que são mais facilmente perdidos, como o potássio e o nitrogênio. O nitrogênio, por exemplo, é altamente solúvel, ficando disponível rapidamente na solução do solo, e não deixa efeito residual para a próxima safra, além de causar certa acidificação por causa do processo de nitrificação. Por isso, pode-se adicionar um pouco de calcário resultante da adubação de plantio na adubação de cobertura.

Os adubos nitrogenados mais utilizados são a ureia (45% de nitrogênio – N), sulfato de amônio (20% de N), nitrato de amônio (34% de N), fosfato monoamônico-MAP (9% de N), fosfato diamônico - DAP (17% de N) e a amônia anidra, que é o fertilizante com maior concentração de nitrogênio, 82%. O MAP e o DAP também possuem certa quantidade de fósforo em sua formulação, que também suplementa a produtividade. Os fertilizantes fosfatados mais comuns do mercado são, também, o MAP, com 44% de P2O5 e o DAP com 38% de P2O5. Há o Supersimples com 18% de P2O5 e 20% de cálcio; o Supertriplo com 36% de P2O5 e 10% de cálcio; o termofosfato de Mg com 17% de P2O5, 16% de cálcio e 7% de Mg e o fosfato natural reativo, que possui cerca de 25% de P2O5.

Já os principais fertilizantes potássicos comercializados no Brasil são: cloreto de potássio (58% de K2O e 45% de cloro), sulfato de potássio (48% de K2O, 15% de S, até 1,2% de Mg e até 2,5% de cloro), nitrato de potássio (44% de K2O e 12% de N).

Mas é importante saber que no mercado dos fertilizantes existem inúmeras formulações além das apresentadas aqui, inclusive há a possibilidade de encomendar-se formulas específicas conforme o caso.

Trator Adubação

Adubação orgânica

No caso da adubação orgânica, esse cuidado deve ser redobrado para não faltar ou exceder o requerimento nutricional. Como raramente é sabida a quantidade exata de cada nutriente na adubação orgânica, a quantidade aplicada é empírica. A precisão pode ser atingida caso seja feita a análise química do adubo com o propósito de saber, exatamente, quanto há de cada nutriente - para isso, a quantidade de adubo orgânico formulado deve ser o maior possível para diluir o preço da análise.

A importância da adubação verde e da aplicação de esterco no plantio orgânico é indiscutível, mas essas não são as únicas alternativas. Os restos de plantas como gramíneas, folhas de árvores e palhada em geral são muito ricos em nitrogênio. Já os restos de crustáceos são ricos em fósforo e nitrogênio, enquanto os de peixe em nitrogênio e cálcio; a borra de café em fosfato, potássio e nitrogênio; a casca de ovo em cálcio e potássio; e a cinza de madeira em potássio, fosfato e micronutrientes.

Podem ser adicionados fertilizantes minerais (conhecidos como organominerais) aos orgânicos, desde que eles não tenham passado por nenhum tipo de processamento industrial: o pó de rocha é, em geral, de baixa solubilidade.

Há inúmeras formas de se conduzir um plantio e muitas vezes o manejo adequado é muito particular ao estilo de vida do agropecuarista. Não existem generalidades quanto à melhor forma de conduzir uma produção, mas um quesito é fundamental para todos: as plantas devem estar bem nutridas, pois só dessa forma elas poderão expressar suas qualidades genéticas de produtividade.

Ficou com alguma dúvida sobre a adubação de plantio, adubação de cobertura e adubação orgânica? Escreva pra gente pelos comentários e até a próxima.

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Fri, 04 Aug 2017 15:34:22 +0000
<![CDATA[Vale a pena investir em sementes de milho transgênico?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/vale-a-pena-investir-sementes-milho-transgenico/ Para falar sobre milho transgênico, vamos começar do início! Transgênicos são organismos geneticamente modificados. E o que é isso? Segundo a Lei 11.105/2005, que trata sobre esse assunto, organismos geneticamente modificados (OGM) são aqueles cujo material genético (DNA ou RNA) tenha sido alterado por qualquer técnica da engenharia genética.

Os tipos de milho transgênico

De forma resumida, existem basicamente 2 tecnologias de maior importância que envolve o mercado de milho transgênico. Sendo a tecnologia Bt que deu início e destaque aos transgênicos no Brasi.

Milho Bt

Ele possui, agregado em seu DNA, o gene de uma bactéria chamada Bacillus thuringiensis (Bt), que produz uma toxina de ação inseticida e atua, principalmente, em insetos da família Lepidóptera (lagartas). Em geral, o Bt controla a lagarta-do-cartucho do milho, a lagarta-da-espiga do milho (e a broca da cana-de-açúcar) e lagarta-elasmo. Para que ele apresente atividade, a toxina deve ser ingerida pelas pragas; por isso, ainda assim, há alguns sintomas nas plantas do ataque das pragas, só que em quantidade mínima.

É preciso ser dito que o milho Bt apresenta duas especificidades que são de responsabilidade do produtor. A primeira é a área de refúgio, na qual 10% da área de Bt deve ser de milho “não Bt”, e é recomendado que esse segundo seja de mesmo porte e ciclo do primeiro.

O milho convencional não deve estar a mais de 800 metros do Bt, e se possível, é melhor plantá-lo entre faixas alternadas. O único beneficiado desse cuidado é o próprio produtor, já que esse manejo faz com que o surgimento de resistência seja dificultado, pois diminui a pressão de seleção.

A outra especificidade é referente à convivência com os outros tipos de milho sem que haja cruzamentos indesejados. Esse requisito se chama coexistência, pode ser empregado juntamente com a área de refúgio, e exige uma bordadura de dez linhas de milho convencional cercando o Bt (que também funciona como área de refúgio), ou, então, de uma distância de 100 metros da lavoura de milho convencional vizinha.

Milho RR

Milho TransgênicoA segunda tecnologia muito usada no mercado é a que confere ao milho resistencia ao glifosato ou glufosinato de amônio, comumente chamado de milho RR, por conta da tecnologia Roundup Ready. Atualmente, são muitas tecnologias nesse sentido disponíveis no mercado, os chamados eventos. Essas plantas resistentes ao glifosato auxiliam no controle de plantas daninhas, pois ele possui um amplo espectro de ação, sendo indicado para reduzir o banco de sementes em áreas muito infestadas.

No entanto, são necessários alguns cuidados quando se faz a sucessão com a cultura da soja, pois o milho tiguera (remanescente do cultivo anterior, quando as sementes de milho brotam no meio da soja) é tomado como uma planta daninha para a cultura da soja e o glifosato não irá controlá-lo, já que ele é resistente a esse herbicida.

Atualmente é muito comum a utilização de hibridos transgênicos que possuem as duas tecnologias, Bt e RR, em seu DNA. Evidenciado como um produto completo, observa-se a redução no uso de inseticidas e maior facilidade de manejo da cultura, promovendo tanto o plantio tanto convencional, quanto em sistema de plantio direto otimizado, onde outras alternativas são possibilitadas. Vale lembrar, que quanto mais tecnologia é usada, melhor deve ser o manejo do ponto de vista técnico.

No caso do cultivo do milho transgênico, é necessário repensar tudo o que estiver relacionado ao manejo da cultura, principalmente no que se refere aos produtos (defensivos) utilizados. O preço do saco das sementes que apresentam essa tecnologia é, de fato, mais elevado, mas deve-se levar em consideração o novo custo de produção o qual não envolverá mais aplicações de inseticidas antes obrigatórios, além de facilitar de forma antes inimaginável o controle das ervas daninhas, já que o glifosato, conforme a tecnologia adquirida, pode ser aplicado em área total agora sem medo de atingir o milho.

Além disso, no momento da compra das sementes deve-se verificar se a tecnologia é aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Atualmente, os eventos mais comuns são o PRO, PRO2, Power Core, YieldGard, RoundUp Ready, MON, Viptera e etc. Esse número não para de crescer, pois novas tecnologias estão sendo lançadas e a pesquisa em inovações para facilitar a produção agrícola são incessantes.

Vale a pena investir em sementes de milho transgênico?

Ao plantar milho transgênico, há investimento em tecnologia, por isso não se pode dispensar o manejo adequado da cultura, levando-se em conta o preparo adequado da área, correção de solo, adubação, aplicação de defensivos específicos, manejo da irrigação, assistência técnica e época de plantio correta para que ele expresse seu potencial produtivo, retornando o que foi investido e gerando lucro. Ao adquirir a semente de milho transgênico, é importante seguir todas as recomendações para se ter sucesso no investimento.

Assim sendo, vale a pena, sim, investir em milho transgênico, pois ele reduz as aplicações de defensivos, diminui gastos com combustível e a compactação do solo, além de possuir um potencial produtivo muito maior, justificando seu preço.

E você, costuma investir em sementes de milho transgênico? Ficou com alguma dúvida sobre o custo-benefício dessa tecnologia? Escreva pra gente pelos comentários!

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Fri, 28 Jul 2017 14:41:08 +0000
<![CDATA[Pastagens: Dicas de plantio, manejo e potencial produtivo]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/pastagens-dicas-de-plantio-manejo-potencial-produtivo/ A profundidade de plantio de sementes de forrageiras, seu manejo e potencial produtivo são fatores decisivos para o sucesso da formação de pastagens. As sementes das principais gramíneas usadas na alimentação bovina possuem quantidade limitada de reserva orgânica. É ela a responsável por “alimentar” os processos metabólicos da semente, da germinação à emergência, até o surgimento das primeiras folhas fotossinteticamente ativas, que vão possibilitar a independência das reservas.

Essa pequena quantidade de reservas obriga que o desenvolvimento primário da semente seja bastante rápido. Para que ela esteja em plenas condições de germinação, a profundidade de plantio é fundamental, pois será o contato entre a semente e o solo úmido que favorecerá a embebição. Caso a semente se encontre muito superficial, o contato com o solo será menor, dificultando a embebição, fazendo com que ela fique mais exposta às intempéries, como mudanças de temperatura, ventos e chuvas.

O segundo fator do qual depende a germinação é a presença de luz para que ela seja desencadeada, por isso, a profundidade de plantio não deve ultrapassar 5 cm. A necessidade de luz para a germinação de sementes de gramíneas é evidenciada pelos tratos culturais, pois quando o solo é revolvido por aração ou/e gradagem, as sementes dormentes em maior profundidade são expostas a luz, o que induz as mesmas a germinação e por consequência o surgimento de plântulas na área.

Profundidade de plantio e altura de entrada e saída

A profundidade de plantio adequada para os gêneros Panicum e Andropogon é de no máximo 2cm; enquanto que para o gênero Brachiaria, ela pode chegar até 4cm. As informações técnicas dos diversos materiais de cada um dos gêneros citados são encontradas na descrição de cada um deles em nosso site, juntamente com as devidas recomendações.

A forma e implementos utilizados, muitas vezes, não garantem a uniformidade quanto a profundidade de plantio desejada. Por isso, quando a semeadura é realizada a lanço, recomenda-se o uso de rolo compactador ou grade niveladora fechada após o plantio, lembrando que a semeadura deve ser feita na área previamente limpa, corrigida, arada, gradeada e nivelada, e preferencialmente após ao menos uma chuva, principalmente em solos mais arenosos, objetivando reduzir ainda mais os riscos com a cobertura excessiva das sementes. No entanto, a semeadura também pode ser realizada em linha pelo plantio em sulco, desde que o espaçamento entre linhas seja pequeno, possibilitando de 20 a 25 sementes por metro quadrado (quando sementes de valor cultural alto).

A altura correta de entrada e saída de animais no pasto para as principais forrageiras, segundo a Embrapa, são:

Gênero Brachiaria

• Marandu (entrada 40cm e saída 20cm);

• Xaraés (entrada 30cm e saída 15cm);

• Piatã (entrada 40cm e saída 20cm);

• Humidicola (entrada 20cm e saída 5cm).

Gênero Panicum

• Massai (entrada 60cm e saída 20cm);

• Mombaça (entrada 90cm e saída 30cm);

• Tanzânia (entrada 70cm e saída 30cm).

Gênero Cynodon

• Estrela (entrada 35cm e saída 15cm);

• Tifton 85 (entrada 25cm e saída 10cm);

• Vaquero (entrada 25 cm e saída 06 cm).

Gênero Andropogon

• Andropogon gayanus (entrada 50cm e saída 25cm).

É importante lembrar que o primeiro pastejo é diferente dos demais, pois seu propósito é auxiliar na formação da pastagem, estimulando o perfilhamento do capim, fazendo com que as touceiras se desenvolvam em diâmetro. Portanto, não se deve esperar que as plantas sementeiem. O correto é que a entrada de animais no primeiro pastejo ocorra quando 75% das plantas já tiverem atingido a altura de entrada. Além disso, o primeiro pastejo deve ser feito com animais jovens e não muito pesados, para promover uma seleção das melhores plantas, já que as mais sensíveis e menos enraizadas serão arrancadas por inteiro pelo gado, naturalmente.

Plantio-Manejo-Pastagens

Produtividade de cada forrageira

Na nutrição animal, é importante que o gado receba certa quantidade de proteína para seu desenvolvimento e crescimento, que depende de sua idade e objetivo produtivo. Nesse contexto, é importante conhecer o quanto cada forrageira pode oferecer de proteína e sua produtividade anual. Por exemplo, ainda citando as cultivares acima:

Gênero Brachiaria

• Marandu (produção anual de matéria seca (MS) de até 15 toneladas por hectare e proteína bruta (PB) entre 8 e 12%);

• Xaraés (produção de MS anual de até 25 toneladas por hectare e PB entre 8 e 10%);

• Piatã (produção anual de MS de 9,5 toneladas por hectare e PB de 11,5%);

• Humidicola (produção de MS anual entre 8 e 10 toneladas por hectare e PB entre 5 e 9%).

Gênero Panicum

• Massai (produção anual de MS de 20 toneladas por hectare e PB entre 5 e 11%);

• Mombaça (produção anual de MS até 40 toneladas por hectare e PB de 9 a 13% );

• Tanzânia (produção de MS anual de 30 toneladas por hectare e PB de 9 a 16%).

Gênero Andropogon

• Andropogon gayanus (MS anual de até 14 toneladas por hectare e PB entre 6 e 9%).

Por isso, a escolha da forrageira para a formação de um pasto é muito importante, pois cada cultivar apresenta peculiaridades que podem ser diferenciais para a saúde do gado, sem esquecer que a palatabilidade e digestibilidade devem ser avaliadas. Além desse fator, ainda deve-se lembrar que algumas cultivares não são ideais para o pastejo contínuo, tendo melhor aproveitamento no sistema de rotação de pasto.

Ficou com alguma dúvida sobre a profundidade de plantio e altura de entrada e saída adequadas? Escreva pra gente através dos comentários e até a próxima.

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Fri, 21 Jul 2017 15:20:39 +0000
<![CDATA[Criação de cavalos, como começar?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/criacao-cavalos-como-comecar/ Para iniciar uma criação de cavalos (também conhecida como equinocultura), é preciso definir a finalidade dessa atividade. Os animais podem ser para passeio, trabalho ou competição: essa definição é importante para escolher qual raça será o foco da criação.

As raças de cavalo mais comuns no Brasil são o Árabe, Anglo-árabe, Puro Sangue Inglês (PSI), Puro Sangue Lusitano (PSL), Mangalarga. Mangalarga Marchador, Quarto de Milha, Andaluz, Appaloosa, Brasileiro de Hipismo, Crioulo, Bretão, Campolina, Pampa, entre outros. Alguns animais são bastante ecléticos do ponto de vista da finalidade, enquanto outros mais específicos; por isso, a funcionalidade deve ser bem definida, sempre levando em consideração o mercado de demanda pelos animais.

Feito isso, o planejamento do manejo e, consequentemente, do custo para a raça determinada devem ser realizados.

A escolha da área para criação de cavalos

A área em que haverá a criação de cavalos é determinante no sucesso ou fracasso da atividade. Muitas vezes esse fator não pode ser escolhido, pois o criador já é proprietário de uma área não específica para esse fim, mas, mesmo nesses casos, é importante selecionar a parte mais adequada do terreno.

Em geral, os equinos não toleram solos mal drenados; apenas algumas raças que sofreram seleção, como o Pantaneiro e o Marajoara, se adaptam. Além disso, solos muito acidentados e pedregosos são verdadeiras armadilhas para os animais, já que acidentes tendem a ser mais recorrentes, podendo ferir de forma permanente o animal.

A facilidade de acesso também é um fator determinante para redução dos custos operacionais, bem-estar dos cavalos no momento do transporte, rapidez no atendimento veterinário e chegada de produtos, como medicamentos e ração.

Quantos cavalos por hectare?

Outra questão bastante recorrente entre os produtores é sobre a área mínima necessária para criar um cavalo. Isso depende muito do tipo de gramínea utilizada. Por exemplo, no caso do Tifton ou Capim "vaquero", a lotação média por hectare é de até 3 animais adultos (levando em consideração o alto valor nutritivo dessas gramíneas). No entanto, quando há outros tipos de capim menos nutritivos, a indicação é de 1 animal adulto por hectare.

Infraestrutura na criação de cavalos

Após a escolha da propriedade, é preciso avaliar como será montada a infraestrutura e produção de volumoso. Outra decisão nesse sentido precisa ser tomada: a escolha de como será conduzida a criação de cavalos.

Ela pode ser intensiva, extensiva ou mista. O mais adequado é que a criação seja mista, pois o pastejo é um hábito que promove qualidade de vida aos animais. A forrageira deve se adequar ao animal e ao criador, fornecendo até 70% da necessidade nutricional dos equinos, sendo que um animal precisa de 1 a 2% do seu peso corporal em pasto por dia.

E não é qualquer forrageira que é indicada! Cavalos são muito exigentes, por isso, a palatabilidade é fundamental! Algumas das gramíneas mais indicadas são: Aruanã Mombaça; Tanzânia; Zuri; Tamani; Massai, Andropogon, Capim “vaquero”, Tifton 85, Coast cross, Grama Bermuda, Grama Pensacola e Grama Batatais.

No geral, as braquiárias não são bem aceitas, com exceção da Brachiaria humidicola, cultivares Humidicola ou Llanero. O aumento em níveis proteicos pode ser fornecido com o uso de algumas leguminosas como a alfafa, amendoim forrageiro, soja perene, Lablab e estilosantes.

A infraestrutura de uma propriedade dedicada também a criação de equinos deve ser bem planejada para não apresentar custos exorbitantes. É logisticamente viável que o pasto seja dividido em piquetes e, se possível, com espécies de forrageiras diferentes para que o pastejo rotacionado proporcione qualidade nutricional e viabilidade do uso do solo.

Criação Cavalos Pasto

Como criar cavalos em baias

As baias devem ter dimensão média de 16m² e, se tiverem comunicação entre uma e outra, melhor, pois isso dá maior segurança aos animais. Os cochos e bebedouros devem ser de fácil limpeza, com escoamento de água. Salas que sirvam como depósito para ração, medicamentos e instrumentos de manejo também devem ser construídas, além de um escritório, pois a organização do negócio definirá a geração de renda da criação de cavalos.

O feno é crucial para suplementar a alimentação do animal durante os períodos de seca e também para acomodá-los em suas baias, funcionando como isolante térmico. Confira os principais capins para feno utilizados no processo de fenação.

Essa criação possui suas minúcias, por isso assessoramento técnico de qualidade e uma equipe especializada também são pontos fundamentais e determinantes para o sucesso da atividade. E você, já tem criação de cavalos ou está pensando em começar uma? Ficou com alguma dúvida? Escreva pra gente pelos comentários e até a próxima.

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Fri, 14 Jul 2017 16:14:48 +0000
<![CDATA[Recomendações para semeadura de pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/recomendacoes-semeadura-pastagens/ Como em breve estaremos no período de semeadura de pastagens, vamos relembrar alguns conceitos e formas para otimizar esse processo inicial da formação de pastagem.

O primeiro passo é definir qual o cultivar a ser plantado e o preparo da área tem início com a limpeza da mesma para posterior amostragem de solo e encaminhamento a análise de fertilidade, textura e pH, que resultará na recomendação exata do que deve ser aplicado. Para isso, é necessário consultar um engenheiro agrônomo, e com a recomendação em mãos, é possível saber se a correção do solo (aplicação de calcário) será necessária. A correção do solo deve ser feita com, no mínimo, um mês de antecedência à semeadura de pastagens, mas, se possível, o recomendado é que seja feita entre 60 e 90 dias antes.

Como os solos brasileiros são, geralmente, deficientes em fósforo, e por este ser um elemento de pouca mobilidade, ele também pode ser aplicado antes do plantio, já que sua lixiviação é praticamente nula. Ainda, a semeadura de pastagens a lanço pode ser realizada juntamente com a adubação fosfórica e de micronutrientes, quando assim for recomendado. No momento da pré-semeadura, também é necessário observar o grau de infestação de ervas daninhas na área: se houver muitas plantas daninhas, provavelmente a aplicação de herbicida será necessária, desde que sua dosagem e escolha sejam bastante criteriosas, considerando o tipo de pastagem que será implantada.

Taxa de Semeadura

A taxa de semeadura deve ser mensurada para que o produtor saiba a quantidade de sementes a ser utilizada. O valor cultural das sementes, pensando-se nos padrões convencionais, é determinante quanto a isto; mais conhecido como VC%, resume-se como sendo o resultado ou fator proveniente do produto do grau de pureza versus o grau de germinação dividido por 100. A quantidade de sementes a ser distribuida por hectare está intimamente ligada a este fator e a espécie que será implantada na área.

Por exemplo, no caso da formação de pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu VC 50%, a recomendação de uso é de 400 a 500 pontos de VC por hectare. para se determinar a quantidade em kg, basta dividir a recomendação pelo VC% das sementes adquiridas, logo: 400/50 = 08 kg a 500/50 = 10 kg.

Após realizado o preparo do solo de forma adequada, considerando também as condições climáticas ideais, a semeadura pode ser realizada. Existem várias formas para implementar esse processo:

Semeadura de pastagens convencional

É realizada por semeadoras, como as usadas para milho e soja, e também podem ser usadas as plantadoras de trigo e arroz, que possuem espaçamentos menores, mais adequados para as pastagens. A vantagem desse método é que a cobertura da semente já é feita junto com o plantio. No entanto, a profundidade é muito variável, o que pode ser uma desvantagem do ponto de vista da quebra de dormência das gramíneas, pois quanto mais a profundidade passar dos 3 cm, menor a taxa de germinação e, consequentemente, emergência de plântulas.

Semeadura de pastagens a lanço

É a forma de distribuição de sementes mais utilizada atualmente, pois não é necessário possuir um implemento específico para o plantio, podendo-se utilizar adubadeiras e equipamentos similares para o processo. No entanto, é preciso um segundo implemento pensando-se na cobertura das sementes, que é o rolo compactador ou a grade; esta deve ser utilizada fechada para não cobrir as sementes de forma exagerada.

Com a distribuição da semente à lanço, é mais difícil que profundidades superiores e 5 cm sejam atingidas. Nesse processo, é importante manter a caixa de distribuição sempre cheia, para evitar que, ao final da área, só o material inerte (mais leve) seja distribuído.

Além disso, nem sempre o maior valor cultural é o mais adequado, pois para utilizar sementes de pureza mais alta, o produtor deve ter o mínimo de tecnologia, pensando-se na forma de distribuir estas sementes. Isso influencia para que seu custo por hectare não extrapole o projetado, pois sementes de alta pureza possuem custo bem superior e qualquer erro impacta de forma significativa no custo por hectare da formação. O que ajuda muito nestes casos, é o uso de material inerte ou o próprio adubo fosfatado ou calcário misturados às sementes para a distribuição das mesmas na área de forma adequada, pensando-se em uma distribuição uniforme.

Semeadura de pastagens manual

A semeadura de pastagens manual pode ser feita com enxada e matraca e permite a observação mais próxima da distribuição, o que pode ser um diferencial no sucesso. Mesmo assim, é muito trabalhosa, por isso é somente indicada para pequenas áreas e há o aumento do custo por requerer mão de obra. Desta forma, o fechamento da área também é moroso, já que o plantio é feito em covas e não em área total. Além disto, é comum a maior incidência de ervas daninhas entre linhas, o que reflete em maior custo pensando-se na maior necessidade de uso de herbicidas.

A utilização da matraca também requer cuidados quanto a profundidade de plantio das sementes. A matraca tende a "afundar" demais as sementes no solo, por isto é recomendado que sejam soldadas duas chapas metálicas no bico dela, com o intuíto de impedir a cobertura excessiva.

Semeadura Pastagens

Plantio Aéreo

Esse método de distribuição de sementes possui a vantagem de ser muito mais rápido, o que justifica sua adoção para áreas muito grandes e de difícil acesso. No entanto, seu resultado é muito influenciado pelo vento. Como as sementes são apenas lançadas ao solo sem nenhum serviço de cobertura direcionado, é necessário o uso de uma quantidade maior delas por área do que o normalmente recomendado, considerando outras formas de plantio, tornando-o mais caro. No plantio aéreo é recomendado o uso de sementes puras ou incrustadas para um melhor resultado. No que se refere as incrustadas, estas mostram-se bastante interessantes para este método de plantio, pois seu maior peso diminui a influência dos ventos no resultado da semeadura.

Já que mencionamos sementes incrustadas, vale a pena falar um pouco sobre elas. Essas sementes são revestidas ou cobertas basicamente com um material à base de calcário, gesso e fertilizantes (macro e micro nutrientes), que podem manter ou não a sua forma original, aumentando seu peso e volume.

Ainda, em complemento ao revestimento, as sementes podem ser tratadas com polímeros, fungicidas e inseticidas, e ainda podem passar por um processo de escarificação quimica ou mecânica para aumentar a absorção de água e reduzir a dormência. O processo de grafitagem, que consiste na utilização de grafite na parte externa do revestimento, também é um procedimento comum. As sementes incrustadas são muito mais puras, pois passam por um rígido beneficiamento. A criação desse novo padrão de sementes surgiu com o intuito de melhorar a plantabilidade, reduzindo o desgaste de equipamentos, ajudando na regulagem de semeadoras, melhorando a visibilidade no que se refere ao serviço de semeadura e acelerando a formação da área.

É importante ainda diferenciar a peletização da incrustação de sementes. A primeira, como o próprio nome diz, peletiza as sementes sem manter seu formato original, sendo geralmente mais arredondando e possui menos sementes por grama. Já as sementes incrustadas, além de apresentarem um melhor acabamento, tem o seu formato mantido e acabam apresentando mais sementes por grama. Independente de um padrão ou outro, ambos são elaborados com sementes de grau de pureza superior a 90%.

Para sementes de qualidade, pensando na formação de um pasto de sucesso, procure a equipe da Galpão Centro–Oeste!

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Fri, 07 Jul 2017 19:18:08 +0000
<![CDATA[Brachiaria: Padrões legais para comercialização]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/brachiaria-padroes-legais-para-comercializacao/ O Brasil é o segundo colocado no ranking de maior produtor mundial de carne bovina, com 16,3% da produção, enquanto os Estados Unidos ainda lideram, com 19,2%, com base em informações de outubro de 2016, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até setembro de 2016, 14,93 milhões de cabeças foram abatidas. Isso sem contar a produção leiteira, que promove a pecuária de pequenas propriedades e também de grandes produtores.

Para suplementar toda essa produção, existe a forragicultura, que promove a alimentação de volumoso, já que, no Brasil, a criação de gado é prioritariamente extensiva, ou seja, a pasto. Do total de 100 milhões de hectares de pastagem no país, 70 milhões são do gênero Brachiaria.

As vantagens da Brachiaria

De origem africana, existem cerca de 80 espécies de Brachiaria, atualmente, que teve ampla distribuição a partir da década de 60. O uso dessa gramínea como pasto obteve grande sucesso devido à resistência a solos ácidos e de pouca fertilidade, por isso ela se adaptou tão bem em áreas de Cerrado.

São plantas de metabolismo C4, promovendo maior aproveitamento de água, luz e nutrientes, possuem alto vigor de rebrota e boa cobertura de solo, e, por isso, são muito indicadas para solos em áreas acidentadas e suscetíveis à erosão. Também possuem uma boa produção de palhada, o que gera bastante massa seca para alimentação bovina e também para ser usada no sistema de plantio direto.

A legislação em relação à Brachiaria

Todo o mercado da Brachiaria é regido por uma legislação, porque o consumidor não pode ser deixado à própria sorte. Além da lei de mudas e sementes (Lei nº 10.711 de 5 de agosto de 2003), existe a Instrução Normativa do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nº 30 de 21 de maio de 2008, que veio para estabelecer padrões para produção e comercialização de sementes de espécies de gramíneas.

Ela estipula que para Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens e Brachiaria ruziziensis o índice de pureza deve ser de 60% e o de germinação de 80%, enquanto que, para Brachiaria humidicula, o de pureza é o mesmo das outras e o de germinação de 40%. Por isso, sempre que você comprar sementes, verifique se o índice está adequado aos padrões legais.

A partir das informações estabelecidas pela IN30, podemos verificar o Valor Cultural (VC), que é muito utilizado para quantificar quantas sementes serão usadas por hectare, usando a fórmula VC= (%germinação X %pureza)/100.

Vamos detectar que para B. brizantha, decumbens e ruziziensis o valor cultural mínimo é de 48% e para humidicula 32%, segundo a legislação vigente. Na hora da compra, é importante quantificar e avaliar o valor cultural, pois quanto maior ele for, menor a quantidade de sementes necessárias por hectare. Apesar da legislação, ainda se encontra no mercado sementes com valor cultural abaixo do estipulado pela lei. Os preços podem até parecer atrativos, mas na verdade essas sementes são de péssima qualidade e devem ser usadas em um volume muito maior, o que anula o fator economicidade.

Dessa forma, o investimento em sementes de maior valor cultural pode valer muito a pena!

Brachiaria Pasto

Para facilitar a semeadura, agregando ainda outras vantagens as sementes de valor cultural mais alto, o investimento em sementes revestidas pode promover uma formação de pastagem mais eficiente e com melhores resultados, já que, além da qualidade inerente, elas ainda apresentam outros fatores positivos, como o tratamento com fungicidas e inseticidas e a presença de micronutrientes e bioestimulantes.

O decreto que conceitua e trata desse assunto é o de nº 5.153 de 23 de julho de 2004, que, dentre outros assuntos, obriga produtores de sementes a identificarem na embalagem que elas são tratadas (no caso de agrotóxicos) e que sejam coloridas, para diferenciá-la das não tratadas.

Com relação ao padrão revestido, que envolve as sementes peletizadas e sementes incrustadas, é importante frisar que é elaborado com sementes de VC (Valor Cultural) geralmente a partir de 75%; no entanto, após revestidas, o fator Valor Cultural deixa de existir, valendo para uma melhor avaliação daquilo que esta sendo comprado: a quantidade de sementes por grama. É esta informação que vai definir principalmente a taxa de semeadura que será utilizada e consequentemente a melhor avaliação do quesito economia, já que um dos principais fatores que o produtor deve avaliar antes de definir a sua compra é o seu custo por hectare, geralmente relacionado a qualidade das sementes que estão sendo adquiridas.

A Instrução Normativa nº 46 de 24 de setembro de 2013 (NI46), do MAPA, também é de grande valor para o conhecimento do produtor e revendedores de sementes, pois identifica também a relação de espécies nocivas, tanto as toleradas (em quantidades limitadas), quanto as proibidas, tanto em sementes nacionais, quanto importadas de forrageiras e outras culturas (válida a partir da safra 2013/2014).

Na hora de comprar sementes, procure uma empresa idônea, que valorize não só a legislação, mas também a confiança depositada pelo produtor. Ficou com alguma dúvida? Escreva pra gente pelos comentários e até a próxima.

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Fri, 30 Jun 2017 12:39:50 +0000
<![CDATA[Capim Vaquero: destaque entre os Cynodons]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capim-vaquero-destaque-entre-cynodons/ O Capim Vaquero faz parte de um grupo de capins pertencentes ao gênero Cynodon. Neste grupo encontramos capins como o Tifton, Coast Cross, Grama estrela, entre outros. O capim Vaquero apresenta muitas vantagens em relação aos demais Cynodons, o que faz dele uma excelente forrageira para diversos tipos de rebanhos, e com um custo de implantação da pastagem inferior aos demais capins deste grupo.

Os capins do gênero Cynodon tem como centro de origem o continente africano, e despertam interesse pois tem aptidão para produção de feno de alta qualidade e também podem ser utilizados para produção de animais a pasto.

O capim Vaquero foi desenvolvido nos Estados Unidos, mais precisamente na Flórida e se adapta muito bem tanto a regiões de clima quente como de clima ameno. Foi obtido inicialmente pela mistura de sementes de cultivares ornamentais (Pyramid e Mirage) da espécie Cynodon dactylon e de um outro cultivar denominado CD 90160 que tem uma boa capacidade de produção de forragem com palatabilidade elevada e ainda confere uma boa resistência a veranicos. Hoje a mistura física de sementes oficialmente estabelecida é a mistura do CD 90160 e a Bermudagrass. Conforme a proporção dos materiais na mistura, temos hoje duas opções de capim Vaquero, o capim Vaquero convencional (20% CD 90160 + 80% Bermudagrass) e o capim Vaquero Tropical (30% CD 90160 + 70% Bermudagrass).

Características do Capim Vaquero

O capim Vaquero tem como características principais o hábito de crescimento rasteiro, ser uma planta perene, apresentar folhas curtas e talos finos, produzindo de 16 a 18 toneladas de matéria verde/ha/ano. É uma forrageira que tem alta resposta à adubação nitrogenada e a irrigação, sendo ainda considerada resistente a seca. Tem qualidade nutritiva bastante boa, com teor de proteína médio sob pastejo em torno de 27%, considerando um pasto bem manejado.

Principais tipos de Cynodons

Por ser um capim que, embora já esteja a alguns anos no mercado, ainda é pouco conhecido em algumas localidades. É importante saber diferenciá-lo dos demais capins do gênero. Vejamos algumas características dos principais tipos de Cynodons:

Grama Estrela

Se propaga apenas por estolões, que são compridos, numerosos e grossos, fazendo uma rápida cobertura do solo, o que faz com que tenham uma ótima resistência ao pisoteio animal. Não é tão exigente em fertilidade de solo, mas responde bem em solos férteis e arenosos. Produz uma forragem de boa qualidade nutritiva, garantindo bom desempenho de rebanhos para produção de leite ou carne.

Coast Cross

Forrageira mais exigente em água e fertilidade de solo, apresenta ótimo diâmetro de colmos com grande quantidade de folhas, resultando em elevada produção de matéria seca. Tem bom valor nutritivo e resistência ao frio. Uma desvantagem, também comum aos outros capins do gênero, é o seu plantio exclusivamente por mudas, encarecendo os custos de formação da pastagem.

Tifton

Tem como principal característica a ausência de rizomas. Apresentam hastes grossas e ásperas, podendo ter pilosidades. São híbridos estéreis que exigem boa fertilidade do solo, em contrapartida apresentam ótima produtividade de massa fresca e digestibilidade. Possuem resistência ao frio e são propagados por mudas. De uma forma geral, observamos que o capim Vaquero possui colmos mais finos e folhas curtas, enquanto que o Tifton 85, por exemplo, tem colmos de espessura maior e folhas mais compridas, o que prejudica sua aceitabilidade e digestibilidade.

Vantagens do Capim Vaquero

Uma das grandes vantagens do capim Vaquero para formação de pastagens é a possibilidade do plantio por sementes. A maioria dos capins do gênero Cynodon são híbridos estéreis que precisam ser multiplicados por mudas ou estolões, o que exige grande quantidade de mão-de-obra quando se considera principalmente áreas mais extensas. Desta forma, o capim Vaquero resulta em um custo de implantação menor quando comparado com os demais capins do gênero.

Outra vantagem é o tempo para a formação da pastagem: em área formada com Vaquero, o primeiro pastejo pode ser realizado a partir de 21 dias, dependendo das condições de umidade do solo. Já no caso de um Tifton 85, o primeiro pastejo vai ocorrer a partir de 50 dias após o plantio.

Plantio do Capim Vaquero

O plantio pode ser feito em regiões com frequência de chuvas considerada baixa, a partir 400mm/ano, atingindo um ótimo potencial de produção em regiões com pluviosidade em torno de 800 mm/ano; condição que é encontrada na maioria das regiões do brasil. Deve ser cultivado em solos com pH na faixa de 6 a 7 e saturação por bases a 60%. A semeadura deve ser feita a lanço com taxa de semeadura variável conforme o padrão a ser semeado, fazendo-se a incorporação com grade leve, para garantir uma profundidade de cobertura das sementes de no máximo 0,5 cm.

O capim vaquero é recomendado para sistemas de pastejo intensivos, contínuo e rotacionado. Tem grande aptidão para produção de feno, pois possui folhas e colmos que perdem a umidade ao mesmo tempo, reduzindo o tempo de produção e com um alto valor nutritivo. Outra utilização do Vaquero refere-se ao auxílio no controle da erosão, que graças ao seu hábito de crescimento estolonífero, proporciona uma excelente cobertura na superfície do solo.

Capim Vaquero Irrigado

Capim VaqueroPara sistemas de produção intensivos, excelentes níveis produtivos podem ser obtidos com o capim Vaquero irrigado. Estudo realizado na Universidade Federal de Viçosa, com o capim Vaquero irrigado sob sistema de irrigação por aspersão, obteve taxas de acúmulo de forragem da ordem de 100 kg de matéria seca/ha/dia. Esta quantidade de forragem é suficiente para suportar até 8 UA/ha.

O capim Vaquero é recomendado para vários tipos de rebanhos. A altura de entrada de pastejo varia de 20 a 25 cm e saída de 10 a 12 cm. Suporta muito bem o pisoteio em pastagens de bovinos de corte e de leite. Para equinos, possui altura adequada de crescimento, o que permite um bom pastejo. Ainda possui a grande vantagem de ser uma excelente forrageira para produção de feno de alta qualidade para cavalos. Também é recomendado para caprinos e ovinos.

Por tudo o que foi apresentado, o capim Vaquero se mostra como uma ótima opção para o pecuarista que busca produzir um capim de alta qualidade nutritiva, para categorias animais exigentes e com um custo de implantação menor que outros Cynodons.

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Fri, 23 Jun 2017 14:08:27 +0000
<![CDATA[Como fazer adubação e calagem de pastagens?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-fazer-adubacao-e-calagem-de-pastagens/ Uma etapa fundamental quando se pretende formar uma pastagem é a realização da calagem e adubação. A calagem e adubação de pastagens pode ser definida como a aplicação de calcário e adubos em quantidades previamente estabelecidas, levando em consideração os nutrientes existentes no solo e o tipo de forrageira a ser plantada.

Benefícios da calagem

O objetivo da calagem é diminuir a acidez do solo e fornecer nutrientes como cálcio (Ca) e magnésio (Mg). O cálcio tem a função de promover o crescimento de raízes, aumentando a capacidade da planta de absorver água e minerais do solo. Além disso, a calagem eleva o pH, diminuindo a acidez e o alumínio tóxico, resultando em melhor disponibilidade dos nutrientes para serem absorvidos pelas raízes. Todos estes benefícios vão resultar em uma maior produção de massa fresca e maior longevidade da pastagem, permitindo uma melhor produção dos animais a pasto.

Cálculo de calagem e adubação

Para realizar o cálculo de calagem e adubação de pastagens é necessária uma análise de solo. Esta análise vai determinar a quantidade de nutrientes e a acidez presente, e assim poderão ser feitas as correções adequadas.

A coleta da amostra de solo precisa obedecer alguns requisitos para que seja representativa da área:

1) A propriedade deve ser dividida em glebas ou talhões homogêneos de, no máximo, 10 ha, levando-se em consideração o tipo de pastagem, a topografia e histórico de calagem e adubação da área.

2) Devem ser coletadas no, mínimo, 20 amostras simples por gleba, seguindo um caminhamento em zigue-zague na área.

3) Após, devem ser misturadas de forma homogênea, obtendo-se a amostra composta a qual será enviada ao laboratório para análise, cerca de 300g.

4) Para a coleta da amostra de solo podem ser utilizados trados, enxadões e pás, sendo o trado tipo holandês, o que oferece maior praticidade na coleta de solo.

5) A profundidade de amostragem deverá ser de 0 a 20 cm.

Necessidade de calagem

De posse da análise de solo, o próximo passo é saber como calcular a quantidade de calcário por hectare, também chamada de “Necessidade de calagem”. O método mais usado no Brasil é o da saturação por bases (V%), que tem por princípio a elevação da saturação de bases a valores pré-estabelecidos para cada cultura. A fórmula de cálculo é a seguinte:

N.C. =(V2-V1).CTC

                PRNT

Onde:

N.C. = necessidade de calagem (t/ha);

V2 = saturação de bases recomendada para a planta forrageira que se pretende plantar. É um valor tabelado (%);

V1 = saturação de bases observada em análise de solo (%);

CTC = capacidade de troca catiônica, obtida na análise química do solo (cmolc/dm3);

PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total. Cada calcário possui um valor e este é um indicativo de quanto do produto reagirá com os ácidos do solo (%).

O calcário é classificado em função da quantidade de óxido de magnésio (MgO) presente na sua composição. Pode ser calcítico (menos de 5% de MgO), magnesiano (de 5 a 12% de MgO) e dolomítico (mais que 12% de MgO). A aplicação de um tipo de calcário ou de outro vai depender do total de magnésio e da proporção Ca/Mg obtidos no resultado da análise de solo.

Como fazer calagem e adubação do solo

Uma vez definida a quantidade e tipo de calcário, procede-se a aplicação que pode ser feita com um distribuidor de calcário (esparramadeira), com adubadora pendular ou a disco. Deve ser aplicada 50% da quantidade de calcário antes da aração.

Em seguida, aplica-se o restante do calcário e faz-se a gradagem. Esta divisão da aplicação da dose deve ser feita com o objetivo de melhorar a incorporação e distribuição do calcário no solo. O calcário geralmente demora para fazer efeito porque precisa ser dissolvido na água presente no solo, sendo fundamental a presença de umidade para que aconteça sua ação corretiva. Por isso, deve ser aplicado de dois a três meses antes da semeadura da pastagem a fim de garantir que o calcário faça seu efeito no solo.

Calagem e gessagem

Podem ocorrer casos em que é necessário corrigir o solo em uma profundidade maior de 20 cm. Neste situação, pode-se usar o gesso agrícola (sulfato de cálcio), que graças a sua capacidade de ser mais solúvel, penetra facilmente no perfil do solo, conseguindo chegar às camadas mais profundas e assim, fornecer o cálcio e reduzir o alumínio em subsuperfície.

Adubação do solo

Adubação Calagem Pastagens

Quando falamos em adubação, a fosfatada é a mais importante para garantir o sucesso da formação da pastagem. As forrageiras requerem grande quantidade de fósforo (P) durante o seu desenvolvimento inicial, principalmente nos primeiros 30 dias após a germinação. O adubo pode ser aplicado a lanço, antes da passagem da grade niveladora, ou no momento da semeadura, caso utilize semeadora/adubadora. O superfosfato simples é umas das fontes de fósforo mais utilizadas para esta finalidade.

Uma vez estabelecida a pastagem, a adubação de cobertura é fundamental para garantia do crescimento e produtividade da forrageira. Ela deve ser feita empregando-se nitrogênio (N) e potássio (K). O nitrogênio geralmente é utilizado na forma de Uréia, e o potássio na forma de Cloreto de Potássio (KCl). Normalmente, aplica-se 50 kg de N/ha e de 20 a 60 kg K2O/ha. porém, as quantidades vão depender das condições do solo, tipo de forrageira e sistema de produção.

Por isso, sempre consulte um engenheiro agrônomo para uma recomendação precisa. Esta adubação de cobertura em pastagens é feita de 45 a 60 dias após a semeadura, geralmente quando em torno de 70% da área já estiver germinada, sendo realizada a lanço e de maneira uniforme em toda a área. Um detalhe importante a ser observado quando se aplica a Uréia, é a necessidade de umidade no solo para evitar perdas do adubo por volatilização. Devido a este fato, é recomendado fazer a adubação nitrogenada após ocorrência de chuva, durante os horários mais frescos do dia, ou seja, pela manhã bem cedo ou no final da tarde.

Desta forma, a calagem e adubação são extremamente importantes na momento da formação de uma pastagem. O pecuarista deve ter em mente que a análise do solo é fundamental para fazer o correto cálculo de calagem para pastagem e de que a eficiência da análise de solo está diretamente ligada a uma amostragem bem feita.

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Fri, 09 Jun 2017 18:35:45 +0000
<![CDATA[BRS Ipyporã: alternativa para controle das cigarrinhas]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/brs-ipypora-alternativa-para-controle-das-cigarrinhas/ O mais novo lançamento da Embrapa Gado de Corte, o Capim BRS Ipyporã, vem para atender a demanda dos pecuaristas por uma cultivar que tenha boa produtividade, com um manejo de certa forma fácil e, principalmente, um elevado grau de resistência à cigarrinha da cana.

Ipyporã significa “belo começo” na língua guarani e foi nomeado dessa forma por ser o primeiro híbrido de braquiária produzido pela Embrapa.

A BRS RB331 Ipyporã foi obtida pelo cruzamento da Brachiaria ruziziensis que apresenta alto valor nutritivo e da Brachiaria brizantha, que possui resistência às cigarrinhas. O resultado foi um capim que possui alto valor nutritivo para o rebanho e elevado grau de resistência à cigarrinha da cana, principalmente para o gênero Mahanarva.

Resistência às Cigarrinhas

BRS IpyporãA cigarrinha do gênero Mahanarva é uma praga chave na cultura da cana-de-açúcar que era facilmente controlada no momento da queima dos canaviais. Porém, com o aumento da colheita mecanizada da cana e sem queimada, a incidência da praga aumentou, e desta forma, nos últimos anos, pode-se constatar uma crescente infestação nas áreas de pastagens, já que é uma praga que se adapta muito bem aos capins do gênero Brachiaria.

As cigarrinhas das pastagens vivem, na fase adulta, na parte aérea dos capins. As ninfas, fase jovem do inseto, podem ser vistas na base da planta recobertas por uma espuma branca. Os ovos da praga eclodem com o início das chuvas. Ataques mais severos podem resultar na morte do capim e no aumento da incidência de plantas daninhas, o que torna a pastagem degradada e compromete a alimentação dos animais.

Um dos fatores mais importantes para uma braquiária é ser resistente às cigarrinhas, visto que o controle químico é de difícil aplicação na maiorias das condições de pastejo, nas diversas regiões do Brasil. Desta forma, uma preocupação que se teve no desenvolvimento do capim BRS Ipyporã foi avaliar o seu nível de resistência às seguintes cigarrinhas: Notozulia entreriana, Deois flavopicta, Mahanarva fimbriolata e Mahanarva sp.

Estudos verificaram que a cultivar apresenta resistência do tipo antibiose, que significa que a BRS Ipyporã não é uma boa planta hospedeira para a praga. Principalmente para a cigarrinha Maharnarva, gerando a expectativa de que esse genótipo venha se constituir em excelente alternativa para uso em áreas de cerrado, onde se constata a presença e os danos causados por esses insetos.

Características do BRS Ipyporã

Como se trata de um lançamento, é importante conhecer algumas de suas características. É uma planta que forma touceiras de porte baixo, prostradas, com baixa emissão de estolões e com alto perfilhamento basal; colmos curtos e delgados, com alta pilosidade nas bainhas; folhas lanceoladas e eretas, muito pilosas nas duas faces; inflorescências curtas com 4 a 5 racemos, estigmas roxos e espiguetas uniseriadas com pilosidade ausente ou muito pouca. Fornece 11 a 13% de proteína na matéria seca.

Recomendações de Plantio

Em relação às exigências de fertilidade do solo é um capim pouco exigente. A BRS Ipyporã tolera níveis de saturação por bases entre 35-40% na fase de implantação, e na fase de manutenção inicial. Sua produtividade está em torno de 4815 e 3238 kg/ha nas águas e seca, respectivamente. Outra vantagem é que o Capim BRS Ipyporã responde bem quando é adubado, principalmente ao P (fósforo), mostrando-se como uma boa alternativa para diversificar as áreas de pastagens com B. brizantha cv Marandu.

As recomendações de plantio do capim BRS Ipyporã são parecidas às cultivares Marandu e BRS Piatã. É recomendado semear de 50 a 70 sementes puras viáveis/m2, o que corresponde a 4 a 6 kg/ha de sementes puras viáveis. A semeadura pode ser feita a uma profundidade de 2 a 6 cm, com posterior incorporação com grade niveladora aberta ou diretamente com semeadora regulada no caso de plantio direto.

Pastejo do BRS Ipyporã

O rebanho poderá ser colocado para o primeiro pastejo aos 50/60 dias após a emergência da pastagem se as condições de plantio, fertilidade e de chuva tiverem sido adequadas. Para o manejo da pastagem, estudos da Embrapa mostraram que a altura de entrada ideal é de 30 cm e para saída de 20 cm.

Nas águas, o ganho de peso dos animais varia de 700 a 750 g/cabeça/dia, enquanto que na seca fica em torno de 400 g/cabeça/dia. É importante lembrar que na seca, a taxa de lotação deve ser reduzida para 1/3 daquela utilizada nas águas, considerando um sistema de pastejo rotacionado.

Por todas as características citadas anteriormente, a BRS Ipyporã é um híbrido que se mostra adequado para animais exigentes em nutrição, como é o caso de rebanho de cria e leiteiro.

Assim, pode-se concluir que o capim BRS Ipyporã apresenta a grande vantagem de ser resistente à cigarrinha Mahanarva e possuir um excelente valor nutritivo, fazendo dele um capim versátil, que pode ser utilizado para alimentação de categorias mais exigentes e uma alternativa para diversificação de pastagens do cerrado.

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Fri, 02 Jun 2017 17:44:07 +0000
<![CDATA[Como acabar com o cupim de montículo em pastagens]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-acabar-com-o-cupim-monticulo-em-pastagens/ Em áreas de pastagens podem ser encontrados montes de terra dura, popularmente chamados de montículos. Nada mais são do que ninhos de cupim no pasto. Estão presentes principalmente em pastagens velhas e degradadas e se não controlados, tendem a apresentar níveis de infestação cada vez mais elevados.

O cupim de montículo em pastagens pode ser visto em quase todas as regiões do Brasil, variando quanto ao nível de infestação de uma região para outra.

Cupim de Montículo

O nome “cupim de montículo” é associado principalmente à espécie Cornitermes cumulans, pois é alta a frequência com que seus ninhos são encontrados. Esta espécie é predominante nas pastagens da região Sudeste e, em parte, nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sul do Brasil. Outras espécies também formadoras de montículos nas pastagens são: Cornitermes silvestrii, predominando do Centro-Oeste até o norte do Brasil, e o Cornitermes bequaerti, que constroem cupinzeiros com aberturas parecidas com chaminés. Já os cupins conhecidos por Syntermes spp., fazem ninhos baixos, sem a formação de montículos e se espalham formando galerias na pastagem.

Os cupins de montículo representam uma ameaça no estabelecimento da pastagem. Nesta situação, plantas jovens são atacadas, resultando em falha parcial ou mesmo generalizada no número total de plantas, além de favorecer e acelerar o processo de degradação das pastagens. Cupins de pasto provocam amarelecimento, seca em reboleiras e dificuldade de rebrota, devido principalmente ao ataque às raízes da forrageira, prejudicando assim a absorção de água e nutrientes. A planta fica deficiente e morre.

Já os cupins do gênero Syntermes danificam diretamente a pastagem, pois cortam e carregam grandes quantidades de folhas e colmos, tanto verdes como secos, o que leva à perda de produtividade do pasto.

O cupim do pasto também causa danos indiretos como: a perda de área para o desenvolvimento da atividade, a inviabilidade de deslocamento no ambiente e contribuição para a criação de “esconderijos” perfeitos para animais indesejáveis, principalmente em meio ao rebanho, como cobras e outros. Além disso, esses cupinzeiros podem se transformar em buracos na pastagem, representando um risco de fratura aos animais do rebanho. Todos estes fatores podem resultar em prejuízo ao pecuarista.

Cupim Monticulo

Como eliminar o Cupim de Montículo

A presença de cupins de montículo está quase sempre associada a áreas com pastagens degradadas ou mal manejadas, onde o solo é muito pobre em nutrientes e com acidez elevada. Desta forma, acredita-se que o calcário combate cupim, no entanto, pesquisadores ainda tentam estabelecer uma correlação entre calagem e eliminação desta praga.

Mas é fato que a recuperação da área degradada reduz a infestação de cupim de montículo em pastagens. O revolvimento do solo, a destruição dos cupinzeiros, a aplicação de calcário e consequente correção da acidez do solo são fatores essenciais para o bom estabelecimento de uma forrageira e portanto influenciam na redução da infestação dos cupins.

Uma das dúvidas que muitos pecuaristas tem é de como acabar com o cupinzeiro no pasto. O controle químico tem se mostrado o mais eficiente no combate ao cupim, variando de 80 a 100% de mortalidade dos insetos. Inicialmente, deve-se procurar chegar a câmara interna do cupinzeiro, onde há alta concentração de celulose, sendo a parte mais mole da estrutura; isto é feito com o auxílio de uma barra de ferro ou algo similar, a qual deve ser utilizada com o intuito de abrir um furo no cupinzeiro. Depois, com o auxílio de um funil, aplica-se o inseticida dentro do buraco. A quantidade de veneno para cupim de montículo vai variar de acordo com a recomendação do fabricante. Em geral, após 30 dias da aplicação, os cupins terão morrido e então deve-se destruir os montículos. É importante saber que a simples remoção dos cupinzeiros sem aplicar o inseticida acarreta em um aumento de infestação. As partes quebradas podem conter uma quantidade de cupins suficiente para estabelecer um novo cupinzeiro na área.

Veneno para Cupim de Montículo

Os venenos para matar cupim de monte mais utilizados são:

  • Cipermetrina: Diluir 20 ml do produto em 10 litros de água. Aplicar nos orifícios até transbordarem;
  • Fention - diluir 30mL em 10 L de água e depois aplicar 1 L de calda por cupinzeiro;
  • Imidacloprid – diluir 3g em 10 L de água e depois aplicar 1L de calda por cupinzeiro;
  • Fipronil – aplicar 5 g de produto por cupinzeiro;
  • Fosfeto de alumínio - 4 pastilhas/cupinzeiro.

No caso dos cupinzeiros que não formam montículos, como é o caso dos Syntermes spp., onde é difícil de se encontrar a parte central, deve-se fazer um furo de cerca de 20 cm de profundidade (um furo a cada metro quadrado) e em seguida aplicar o inseticida no interior.

Existe também a possibilidade de realizar o controle biológico dos cupins, utilizando os fungos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana. Estes fungos são introduzidos no cupinzeiro e vão atacar o cupim, causando a eliminação. Porém, os resultados com o uso de venenos para cupim ainda são mais efetivos.

Portanto, o cupim de montículo é uma praga importante de se combater, pois afeta o desenvolvimento das forrageiras e está associada à degradação das pastagens. O controle com o uso de inseticidas deve ser feito continuamente de modo a evitar o aumento desta praga na área. Em áreas onde a infestação é elevada, a renovação da pastagem é a melhor alternativa para sua eliminação.

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Fri, 26 May 2017 18:10:37 +0000
<![CDATA[Capim Massai, opção de pastagem ou não para a tropa?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/capim-massai-opcao-de-pastagem-ou-nao-para-a-tropa/ De uns tempos para cá, está sendo cada vez mais comum alguns questionamentos por parte de nossos clientes quanto ao uso ou não do capim massai para a tropa, cuja preocupação principal resulta do relato de alguns casos de morte de equinos, principalmente na região norte do país. 

Por conta disto elaboramos este informativo, de forma bastante objetiva, que esclare o assunto.

Características do Capim Massai

Bem, o capim massai é um híbrido espontâneo, oriundo do cruzamento das espécies Panicum maximum e Panicum infestum, o qual foi estudado e desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte em Campo Grande-MS.

O capim massai suporta, por mais tempo, condições de baixa fertilidade de solo (baixos níveis de fósforo); é também tolerante a níveis acentuados de alumínio e apresenta resistência às cigarrinhas das pastagens Notozulia entreriana e Deois flavopicta.

Sua estrutura radicular diferenciada, bastante profunda e bem adaptada a condições adversas, o consolida como panicum maximum mais rústico até então disponível, sendo recomendado para bovinos, ovinos e equinos; porém, principalmente para equinos, alguns cuidados relacionados ao manejo, que serão discutidos mais a frente, devem ser tomados.

O capim massai é recomendado ainda para todas as regiões do país, com restrições somente a áreas sujeitas a geadas, embora tenha uma tolerância ao frio razoável, e áreas sujeitas a alagamentos.

O cultivar massai foi desenvolvido pensando-se em produção de folha, em detrimento da redução da quantidade de talos, estrutura predominante principalmente nos cultivares Mombaça e Tanzânia, da mesma espécie do Massai, porém com características bem diferentes.

Capim Massai para Equinos

Cavalo ColicaSabendo-se que a parte mais nobre dos capins são justamente suas folhas, e que o consumo animal portanto deve ser direcionado para o maior consumo delas, em detrimento do consumo de talos, resta-nos afirmar que o capim massai também pode ser fornecido aos equinos, porém de uma forma que não traga riscos aos animais, dependendo portanto, especificamente, do manejo da área.

Uma área mal manejada e com excesso de talos, essa sim traz sérios problemas aos cavalos, podendo inclusive causar sua morte por constipação do sistema digestivo.

Segundo o Professor Claudio Haddad, da Esalq-USP, em conteúdo publicado no canal Giro do Boi, o importante é não permitir a produção de talos em área de capim massai. Em resumo, onde se tem cavalo, não deve haver talos... 

Mas como se evitar isto?

Por meio de ações bem simples, como o piqueteamento da área e o uso da roçadeira quando for necessário!

Este piqueteamento deve ser feito considerando piquetes menores e de forma que haja sempre o pastejo em cima de folhas; ou seja, o manejo deve ser feito considerando-se isto. Em situações de excesso de massa devido ao crescimento rápido do Massai, utiliza-se a roçadeira, induzindo assim a produção de folhas novas, folhas estas de alto valor nutritivo e sem efeito negativo nenhum aos animais, pelo contrário, o capim massai, se bem manejado, é uma das melhores opções de pastagem também para equinos.

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Fri, 19 May 2017 15:03:16 +0000
<![CDATA[BRS Quênia, temperaturas baixas e superioridade no Cerrado]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/brs-quenia-temperaturas-baixas-e-superioridade-no-cerrado/ Embrapa Gado de Corte lança o BRS Quênia, segundo híbrido de Panicum maximum, juntamente com a primeira Brachiaria Hibrida da Embrapa, o BRS IpyporãO BRS Quênia é uma opção diferenciada para a diversificação de pastagens e intensificação na produção animal.

Este novo material chegou para suprir a demanda por um Panicum maximum de porte intermediário e melhor qualidade de forragem, com folhas mais macias e colmos tenros, favorecendo assim sua aceitabilidade.

Aceitabilidade e Digestibilidade

BRS Quênia X Capim Mombaça

BRS QueniaNos ensaios aplicados pela Embrapa, em Campo Grande-MS, comparando o BRS Quênia ao capim Mombaça, talvez um dos Panicum maximum mais populares do mercado, o mesmo apresentou resultados onde o ganho de peso individual por animal foi superior em 17% aos resultados obtidos com o capim Mombaça, tanto nas águas, quanto no período seco, considerando um período de avaliação de 03 anos, embora a capacidade suporte tenha sido similar (5 UA/ha nas águas / 1,9 UA/ha na seca). Conclusão: O BRS Quênia mostrou na prática sua melhor aceitabilidade e digestibilidade.

Estes resultados foram obtidos, mesmo tendo o capim Mombaça um melhor desempenho no que se refere a disponibilidade de forragem (ton/ha); porém, observou-se a melhor proporção de folhas, melhor teor proteico e maior digestibilidade do BRS Quênia, o que realmente fez a diferença em termos de aproveitamento por animal.

BRS Quênia X Capim Tanzânia

No bioma Amazônia, o mesmo ensaio foi aplicado em Rio Branco-AC, também em um período de 03 anos, mas agora comparando o BRS Quênia com o capim Tanzânia, e os resultados obtidos foram similares ao ensaio realizado em Campo Grande-MS com o capim Mombaça, onde os fatores desempenho animal (32%+ g/animal/dia) e produtividade animal (9%+ kg/ha) foram decisivos para demonstrar a superioridade deste material, mesmo o BRS Quênia apresentando capacidade suporte (UA/ha) inferior (-14%). Reforçando mais uma vez seu maior valor nutritivo e maior digestibilidade, fatores estes apoiados pelo maior percentual de folhas verdes, colmos verdes e menor quantidade de material morto (folhas e talos secos) em condições de campo.

Tolerância ao Frio

Quanto sua tolerância ao frio, apresentou excelentes resultados em ensaios realizados no Rio Grande do Sul, apresentando elevada persistência, similar à dos Panicuns mais resistentes, no caso o BRS Tamani, BRS Zuri e capim Mombaça, apresentando, no entanto, produção de forragem superior.

Destacou-se ainda, nos ensaios, a excelente arquitetura das plantas do BRS Quênia, com folhas extremamente macias e talos muito tenros, mostrando tanto uma melhor apreensão do capim pelos animais quanto a maior facilidade de manejo, facilidade esta, favorecida ainda pelo alto perfilhamento deste novo capim.

Resistência a Pragas

Outro destaque deste novo capim é sua alta resistência por antibiose às cigarrinhas das pastagens. A resistência por antibiose ocorre devido à presença de compostos na planta que conferem a mesma resistência ao ataque de insetos. Esta resistência ocorre quando as cigarrinhas estão ainda na fase de ninfa, quando dão maior prejuízo. Considerando as cigarrinhas na fase adulta, a resistência é considerada moderada, ou seja, o mesmo que o ocorre nos cultivares BRS Zuri, BRS Tamani e Tanzânia.

Uma característica deste novo híbrido de capim, ainda mais evidente no Panicum maximum BRS Zuri, é sua resistência ao fungo Bipolaris maydis, o qual traz como consequência uma doença foliar agressiva que resulta em danos econômicos significativos, já que reduz consideravelmente a produção de massa. O cultivar Tanzânia é um dos cultivares extremamente suscetíveis ao ataque deste fungo; é importante frisar que já existem relatos de áreas de Mombaça declinando frente a esta doença.

Além da doença fungica causada pelo Bipolaris maydis, outra doença que vem se tornando bastante comum em áreas de pastagens é uma virose, esta causada pelo Johnsongrass mosaic vírus, doença que se caracteriza pela presença de estrias amareladas nas folhas do cultivar, levando também a redução da área foliar da espécie e consequente redução da produção. Outros cultivares também resistentes a esta doença são o Panicum maximum cv. BRS Tamani, primeiro híbrido de panicum lançado pela Embrapa em 2015, e o Panicum maximum cv. BRS Zuri.

Quanto ao nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus), assim como BRS Zuri e o BRS Tamani, mostra-se com resistência intermediária; no entanto, é considerando resistente a todos os outros nematoides da soja. Mostrando assim, sua importância como opção para a rotação de cultura, pensando-se em redução da população de nematoides no solo.

Em breve estaremos disponibilizando sementes deste novo material com preço e condições especiais para você, produtor rural! Fique de olho e qualquer dúvida, ligue em nosso televendas 61 3436-0030!

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Thu, 11 May 2017 17:34:46 +0000
<![CDATA[Melhores práticas para produção de silagem]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/melhores-praticas-para-producao-de-silagem/ Com o processo de intensificação e incremento tecnológico nos sistemas de produção pecuária, o principal entrave a ser resolvido é a sazonalidade da produção de forragem. No Brasil, para aumentar a competitividade e a lucratividade da atividade pecuária na época da seca, adota-se a prática de ensilagem de forrageiras. A ensilagem consiste na reserva de material forrageiro a partir de um processo de fermentação (anaeróbia - sem a presença de oxigênio), prioritariamente a fermentação láctica, visando manter ao máximo as qualidades do material ensilado, evitando-se inclusive o apodrecimento do mesmo.

No post de hoje, vamos falar sobre as melhores práticas para produção de silagem. Acompanhe:

Tipos de silo e dimensionamento

Os dois tipos de silo mais utilizados atualmente são o trincheira e o de superfície. O silo trincheira exige mais infraestrutura, tanto em termos de maquinário, quanto de espaço físico e materiais específicos para sua construção. Sua compactação deve resultar em uma densidade de 500 kg de silagem por m³, enquanto que o silo de superfície, que é o mais barato principalmente por não exigir a construção de estrutura específica, deve possuir uma compactação média de 400 kg de silagem por m³.

Produção Silagem

Normalmente, um bovino come de 1,5 a 2,5% do seu peso vivo em matéria seca por dia, somando-se o volumoso e o concentrado. Conforme a quantidade de volumoso a ser servida, calcula-se portanto a quantidade de silagem que será utilizada no período da seca e, consequentemente, o dimensionamento do silo. Neste momento, já define-se também a área que deverá ser cultivada e posteriormente a colhida de determinada forragem para produção da silagem, assim como a quantidade de lona, aditivos e outros que serão necessários. 

Um silo mal dimensionado, tem como consequência vários problemas, que em maior ou menor proporção resultam no insucesso da prática, como, por exemplo, a falta de volumoso resultando na perda de peso e em situações mais drásticas na morte de animais; a necessidade de compra de silagem de terceiros, diminuindo assim o lucro da atividade; a volta dos animais ao pasto antes do mesmo ter atingido a altura de entrada ideal, causando prejuízos a pastagem. Talvez a pior consequência seria a antecipação forçada do abate de animais, animais estes abaixo do seu potencial produtivo máximo por falta basicamente de "comida". 

Apesar da existência de alguns aditivos no mercado, uns bacterianos que tem por objetivo otimizar o processo de fermentação, outros que promovem a redução da umidade na silagem e consequentemente a redução das chances de ataque de fungos, ao consultar a literatura sobre o uso dos mesmos, não há um consenso sobre os reais benefícios de seu uso.

Como garantir o sucesso da silagem?

Um momento crucial para o sucesso da silagem é o ponto de colheita da forrageira que será ensilada, que deve ocorrer quando a concentração de matéria seca estiver entre 30 e 35%. No caso do milho, a determinação do teor de matéria seca pode ser visual (quando metade do grão apresentar coloração branca). Esse momento é considerado o ideal para a colheita, pois é justamente quando se tem a melhor relação produção x sólidos solúveis, propiciando um processo de fermentação adequado, o que facilitará também a compactação do material.

Após a colheita, a forragem deve ser picada. A maneira de se fazer isso depende muito do nível tecnológico da propriedade: pode-se utilizar uma ensiladeira ou mesmo uma picadora estacionária. A forragem deve ser picada de forma mais homogênea possível, para que a área de contato seja semelhante e a fermentação aconteça de forma igual para todos os pedaços - que devem possuir entre 1 e 2 cm. Além disso, as facas do equipamento que for utilizado devem estar bem amoladas para um bom fluxo de forragem, sem embuchamento.

Depois de picada, a silagem deve ser compactada já no local de destino até atingir as densidades adequadas. A compactação possui como função retirar o oxigênio da massa ensilada para que possa ocorrer a fermentação, já que o ambiente anaeróbio promove o desenvolvimento do ácido láctico.

Como Fazer Silagem

Para o processo, o maquinário deve estar limpo para não contaminar a silagem. O silo deve ser dimensionado para que as fatias retiradas diariamente de cima para baixo tenham espessuras maiores do que 20 cm. É preciso evitar, também, a retirada heterogênea da silagem, formando degraus ou escadinhas, pois isto favorece a deposição de agentes contaminantes e umidade, além do maior contato com o ar que interrompe o processo de fermentação anaeróbia.

O silo deve ser bem coberto, depois de compactado, com lona de boa qualidade e vedação segura para impedir a entrada de ar. O tempo de abertura do silo depende da forragem utilizada, mas, em média, deve ser de 15 a 30 dias. É por isso que não se aconselha misturar forragens diferentes em um mesmo silo, pois cada uma tem um tempo específico de fermentação e a junção de várias pode reduzir a qualidade da silagem.

Um silo de qualidade otimiza a lucratividade da atividade pecuária e aumenta o bem-estar dos animais, por isso, invista nesse processo e garanta o que é melhor para o seu gado.

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Tue, 25 Apr 2017 18:09:47 +0000
<![CDATA[Pastagem diferida: estratégia para o período seco]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/pastagem-diferida-estrategia-para-periodo-seco/ O processo de pastagem diferida é uma técnica em que se reserva o excesso das pastagens do período chuvoso para ser utilizado na época da seca. Geralmente, o pousio ocorre nos últimos 3 meses de chuvas - no caso do ano de 2017, que apresentou chuvas bem equilibradas no período de safrinha, a vedação do pasto deveria ter ocorrido durante os meses de fevereiro, março e abril.

Mas não se pode estender muito esse período, pois quanto maior o tempo de vedação do pasto, menor será a qualidade nutricional e maior o teor de fibras, pois grande parte das plantas estará, quando não morta, em senescência - e é por isso que essa técnica também pode ser chamada de “feno em pé”.

Pastagem Diferida

Em um ano como o de 2017, 50% do sucesso do uso desta técnica já estaria garantido pela chuva homogênea. A outra metade se dá pelas boas práticas de conservação do solo; adubação; a forrageira utilizada; e seu manejo. Não adianta fazer o diferimento em uma pastagem degradada: ela deve estar em pleno potencial, por isso uma estratégia como uma adubação nitrogenada pode potencializar (e muito) o acúmulo de forragem.

Todo esse processo tem como objetivo a manutenção do peso do gado na época da seca, para que a quantidade que ele engordou na época das águas seja mantido, sofrendo o mínimo possível com a sazonalidade (gramíneas do gênero Brachiaria acumulam 90% de toda sua produção anual no período de chuva).

A pastagem diferida também tem o intuito de driblar a má distribuição da forragem durante o ano em consequência do mau planejamento. Além disso, há um incremento na lotação do pasto na época da seca. A proporção de uso é de cerca de 1 a 1,5 UA/ha para uma produtividade média de 2,5 a 3 toneladas de matéria seca por hectare, que é um grau de intensificação considerado intermediário.

Quais as melhores forrageiras para a pastagem diferida? 

Diferimento Pastagem CavaloAlgumas opções de forrageiras para serem usadas no diferimento de pastagem são a Brachiaria decumbens, Braquiarão, Capim Vaquero, Coastcross, Tifton 85 e Capim Tanzânia, porque possuem características como maior proporção de folhas em relação a hastes e talos e florescimento tardio ou mesmo não florescerem.

A presença dos talos e das hastes, apesar de garantir grande parte da matéria seca, aumenta as perdas por tombamento e causa a redução da eficiência do sistema por limitar a capacidade do animal pastejar a forragem. O momento do ciclo em que a proporção de hastes é acentuada se dá durante o florescimento, é por isso que o gênero Cynodon, que abrange o Coastcross e Tifton 85, é tão indicado para o pastejo diferido.

O gênero Cynodon necessita de vernalização para florescer nas condições tropicais, e é por isso que não floresce, mantendo sempre uma proporção maior de folhas. Mas existem outras formas de controlar o florescimento em diferentes variedades de forrageiras, como pastejos estratégicos para eliminar o meristema do perfilho com indução floral.

O uso de diferentes tipos de forrageiras também pode ser utilizado como minimizador do florescimento, assim como reguladores de crescimento, que apesar de uma opção, ainda não são economicamente viáveis.

A técnica de pastagem diferida, isoladamente, não conseguirá suprir todo o período de seca e manter o gado em pleno vigor, por isso, a melhor opção é levar em consideração todos os recursos disponíveis na propriedade - lembrando que usar várias fontes diferentes de suplementação para o gado tende a ser um pouco trabalhoso, mas seu resultado pode valer a pena.

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Sat, 15 Apr 2017 17:41:37 +0000
<![CDATA[Sorgo como alternativa para a safrinha]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/sorgo-como-alternativa-para-safrinha/ Características Sorgo

O sorgo entrou no Brasil com a vinda de escravos, mas só a partir de década de 60 houve desenvolvimento e valorização da cultura, quando o sistema privado iniciou o trabalho de produção e distribuição de sementes melhoradas. Desde esse período, o sorgo vem se consolidando como cultura alternativa ao milho para a safrinha no sistema se sucessão de culturas, principalmente na região do Cerrado.

Os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Triângulo Mineiro detém 90% da produção de sorgo granífero brasileiro.

Algumas características do sorgo

Na última década, houve um incremento significativo em área plantada, isso porque a cultura é tolerante a diversas condições de solo, desde os argilosos até levemente arenosos (apesar, é claro, de somente atingir seu potencial produtivo em solos bem preparados, adubados e com pH corrigido - não suportando solos mal drenados).

Além disso, o sorgo é uma planta bem adaptada a climas tropicais, devido sua tolerância ao déficit hídrico - ele tem a necessidade hídrica de 380 a 600mm por ciclo. No entanto, a média nacional de produtividade de grãos é de 3 toneladas por hectare, sendo que alguns híbridos podem obter produtividade de mais de 7 toneladas.

Em locais onde se consegue uma safrinha sem estresse hídrico, a economia em insumos pode não ser uma boa ideia, já que vale a pena investir em uma boa adubação para alcançar o índice produtivo máximo daquele híbrido.

O grão de sorgo atinge de 80 a 90% do preço do milho, sendo que o custo com sementes é de 75% a 90% do valor dele. Antes do plantio, deve-se ter bem definido o seu objetivo, pois a quantidade a ser semeada varia conforme a finalidade de uso: para o sorgo granífero são usadas de 6 a 8kg de sementes por hectare, para silagem de 5 a 7kg, para corte verde de 10 a 12kg e para pastejo, fenação e cobertura do solo de 15 a 20kg por hectare de sementes, com o mínimo de 80% de germinação.

A produção de matéria seca pode atingir até 20 toneladas por hectare, o equivalente a 50 toneladas de matéria verde por hectare, dependendo da fertilidade do solo e disponibilidade hídrica. Por isso, um manejo bem pensado é o ponto-chave para uma safrinha lucrativa.

Escolha de cultivares

A escolha da cultivar é etapa fundamental para se garantir altas produtividades; portanto, deve-se estudar bem as opções antes da tomada de decisão. É sempre recomendando que o produtor busque informações sobre o desempenho da cultivar escolhida na região que se pretende plantar. Quando não se tem informações concretas a respeito de um determinado híbrido, recomenda-se fazer o plantio de uma pequena área da propriedade no primeiro ano e aumentar-se gradativamente com os materiais novos.

O uso de híbridos simples se destacam quanto à preferência para plantio de sorgo safrinha, pois apresentam maior adaptabilidade e estabilidade de produção. Outras características devem ser observadas na escolha de um híbrido, como:

  • tolerância a períodos de déficit hídrico, sobretudo após o florescimento;
  • maior resistência ao acamamento e quebra;
  • ausência de taninos nos grãos;
  • porte de 1 a 1,5m com boa produção de massa residual;
  • ciclo precoce a médio;
  • resistência às principais doenças da região de plantio.

Devido a safrinha apresentar seus riscos de produção, é recomendado ao produtor utilizar uma combinação de cultivares. Para isso, deve-se plantar inicialmente os cultivares de ciclo tardio que apresentam maior potencial produtivo, seguido dos de ciclo precoce.

Semeadura

O sorgo por ser uma planta de origem nos trópicos, requer temperaturas altas para expressar todo seu potencial produtivo. Seu cultivo é recomendado para regiões onde a temperatura média seja superior a 20 °C, sendo o ideal, 33°C. É uma planta que precisa de pouca água para se desenvolver, fazendo dela mais resistente a seca, permitindo que seja semeada na maioria das regiões brasileiras. Desta forma, o sorgo pode ser semeado após a segunda metade de fevereiro ou até o fim do período chuvoso, sem grandes riscos ao seu desenvolvimento.

O sorgo se adapta muito bem em sistema de sucessão de culturas, podendo ser semeado logo após a colheita da soja. A profundidade de semeadura recomendada é de no máximo 4 cm. Em solos argilosos, a semente deve ser colocada a 3 cm, e em solos arenosos, não ultrapassar os 5 cm de profundidade. O espaçamento recomendado para plantio varia de 50 a 70 cm nas fileiras, colocando-se 15 a 18 sementes/m linear.

Adubação

No plantio, a adubação deve ser feita em função dos resultados da análise de solo. No geral, são aplicados cerca de 300 kg /ha de adubo formulado 4-20-20. A adubação de cobertura deve ser feita quando as plantas apresentarem cerca de 4 folhas totalmente expandidas ou cerca de 35 cm de altura, empregando-se 150 kg de sulfato de amônio/ha.

A colheita do sorgo safrinha

Colheita Sorgo SafrinhaQuanto à colheita, é importante lembrar que, depois de feita, a umidade dos grãos aumenta até 1,2%. Então, para os produtores que possuem o recurso de secagem artificial, ela pode ser feita com o grão de 14 a 17% de umidade.

Para quem não possui esse recurso, a colheita deve ser feita com umidade de 12%. A colheita com a finalidade de ensilagem deve ser realizada quando o teor de matéria seca estiver entre 30 a 35%. Esse momento de matéria seca é bem definido mediante análise laboratorial.

A colheita para fenação deve acontecer com cerca de 35 dias após a semeadura, e para corte verde, com 52 dias. Já para o uso do sorgo como cobertura morta no sistema de plantio direto, o corte deve ser feito quando a planta atingir 1,5m de altura. Vale lembrar que o sorgo é uma ótima opção como cobertura de solo, pois possui alta proporção de carbono e nitrogênio, e é exatamente isso que garante maior durabilidade da palhada.

Com todas essas características, o sorgo tem se mostrado cada dia mais como uma opção vantajosa e inovadora para uso na safrinha, já que possui alta conversão alimentar e também, por isto, tem sido adotado por muitos pecuaristas.

Mas para uma produção de qualidade, as especificidades da cultura devem ser observadas, sementes de boa procedência adquiridas e instruções de condução da cultura seguidas. Feito isso, o resultado só poderá ser positivo.

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Wed, 29 Mar 2017 15:48:29 +0000
<![CDATA[Uso do milheto como pastagem ou cobertura de solo]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/uso-milheto-como-pastagem-ou-cobertura-solo/ O milheto (Pennisetum glaucum) é uma gramínea cespitosa proveniente da África  e tem amplo uso nas áreas de Cerrado no Brasil. É uma planta anual, de porte alto (média de 1,8 a 3m), bom perfilhamento e rebrota, desenvolvimento uniforme e produção de até 2 toneladas de sementes por hectare.

Por que o milheto é uma boa opção?

Tendo em vista o atual cenário das pastagens brasileiras, que são subutilizadas, o milheto é uma ótima opção. Quando sob pastejo, apresenta cerca de 24% de proteína bruta, possui ótima palatabilidade e não tem elementos antinutricionais aos animais em qualquer estágio vegetativo.

A semeadura dessa forrageira pode ser em linha ou a lanço, utilizando de 15 a 20kg de sementes por hectare, o que varia de acordo com a sua pureza e germinação. Na semeadura a lanço, deve-se usar 20% a mais de sementes do que na em linha, por essa ser mais eficiente devido a possibilidade de correta profundidade de semeadura (2 a 4cm) e espaçamentos uniformes (25cm na entrelinha).

O milheto apresenta rápido crescimento, podendo-se iniciar o pastejo cerca de 45 dias após a semeadura. O crescimento rápido favorece outro tipo de manejo: utilização do milheto na reforma de pastos.

Milheto Nutrição Animal

Ele deve ser feito com a semeadura concomitante de milheto e a forrageira que se quer reformar (normalmente do gênero Brachiaria). Dessa forma, o milheto já poderá ser pastejado enquanto a braquiária ainda estiver em estágio pouco produtivo, utilizando o solo de uma forma melhorada.

O período de pastejo pode variar de 30 a 150 dias, mas é sempre bom lembrar que ele será muito mais produtivo em sistema rotacionado, com cerca de 22 dias de descanso.

O milheto tem se destacado, também, como cobertura de solo, em consequência ao grande avanço do uso do plantio direto. Devido ao clima tropical, manter a cobertura do solo é um desafio constante para os agricultores que utilizam essa técnica.

Por isso, para ser usada para cobertura do solo com qualidade, a cultura deve preencher alguns pré-requisitos: 

*boa produção de matéria seca;
*sistema radicular profundo e vigoroso;
*não infestar áreas;
*fácil manejo;
*baixo uso de insumos;
*crescimento rápido;
*responder bem aos efeitos climáticos da entressafra.

O milheto possui todos esses atributos, criando uma camada espessa de matéria verde, que fornecerá nutrientes para a cultura subsequente, elevará o teor de matéria orgânica, protegerá o solo e servirá como impedimento mecânico à emergência do banco de sementes de plantas daninhas presente no solo.

Quais as vantagens do milheto?

Plantio Milheto

As vantagens do uso do milheto são diversas, e embora haja uma certa competição de melhor forrageira entre milho, milheto e sorgo, cada um apresenta uma necessidade diferente, e cabe ao agricultor conhecer as características de cada espécie para tomar a melhor decisão.

Dentre as vantagens do milheto está a profundidade de suas raízes, que podem chegar a até 5 metros. Esse fator é benéfico porque elas auxiliam no processo de aeração do solo, deixando-o adequado do ponto de vista físico, além do alto teor de matéria orgânica.

Um segundo fator referente às raízes é a capacidade de buscar nutrientes em profundidade e trazê-los para camadas mais superficiais - logo, os investimentos em adubação se tornam menores. Devido à profundidade das raízes, o milheto também é capaz de suportar melhor períodos de estiagem, pois elas conseguem buscar umidade, tornando-o muito mais competitivo quando plantado em entressafra.

Além de todos esses fatores positivos, o milheto ainda apresenta um plus: auxilia no controle de nematoides. Algumas cultivares de milheto não são hospedeiras de nematoides (tanto o causador de galhas (Meloidogyne), quanto o nematoides das lesões (Pratylenchus) - que costumam se hospedar nas culturas de verão).

Dessa forma, por não encontrar alimento, a população de nematoides cai drasticamente, anulando danos econômicos. Portanto, para áreas que sofrem com essa praga, e aquelas não infestadas, o milheto é uma ótima opção, tanto para pastagem, quanto para cobertura de solo. 

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Fri, 17 Mar 2017 15:15:14 +0000
<![CDATA[Cuidados na utilização do sorgo para pastejo]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/cuidados-na-utilizacao-do-sorgo-para-pastejo/ Sorgo Pastejo

Nutrição animal balanceada é uma das maiores preocupações dos pecuaristas e também um de seus maiores desafios. Cerca de 80% da alimentação dos ruminantes possui como fonte o volumoso, por isso, devido à sazonalidade da produção de pastos, recomenda-se a complementação da alimentação.

Quanto mais próxima à realidade do pastejo for essa complementação, melhor será para a saúde animal. A complementação por silo ou mesmo feno não fornecem os mesmos benefícios do pastejo, já que o animal não é autossuficiente na coleta.

Esses benefícios incluem desde um melhor funcionamento do sistema digestivo à sociabilidade entre eles. Além disso, a silagem onera o sistema de produção, e isso justifica o uso de pastagens alternativas para que os animais continuem se alimentando à pasto.

Os principais tipos de sorgo

Existem dois tipos principais de sorgo, o granífero e o forrageiro. No geral, o que os difere é a panícula, quantidade de massa verde, e as funções principais. O sorgo granífero é aquele que possui o “cacho”, geralmente fechado e cheio de grãos, e possui como finalidade justamente a produção de grãos ou sementes, conforme a finalidade do plantio; quando a finalidade é a produção de grãos, estes são fornecidos aos animais na forma de ração (grãos secos) ou na forma de silagem (grãos úmidos). O sorgo possui rendimento praticamente igual ao do milho para alimentação animal, ainda com o benefício de evapotranspirar menos, o que faz com que o uso da água pela planta seja mais eficiente. O sorgo granífero possui porte mais baixo que os forrageiros (até 1,7m de altura) e como o segunda opção, pode ainda ser usado como pastagem e feno. No entanto, não apresenta a mesma eficácia da produção de silagem, já que não possui grande quantidade de matéria verde.

O sorgo forrageiro possui porte mais alto do que o granífero (acima de 2m) e grande produção de matéria verde, o que justifica sua aptidão produtiva, que é o pastejo, forragem para corte e silagem. Ele pode ser plantado nas águas (safra) e também no período de safrinha, geralmente em sistema de sequeiro, e permite de 2 a 3 cortes; suas panículas são abertas e há pequena produção de grãos. Existem, atualmente, várias cultivares de sorgo forrageiro, uma vez que, diferentemente do milho, a maior necessidade hídrica do sorgo ocorre no seu primeiro mês e não durante florescimento e granação.

O sorgo forrageiro possui ainda dois subtipos. O primeiro é o sorgo sacarino, que tem as mesmas características gerais do sorgo forrageiro, mas conta com a presença de um colmo doce e suculento, semelhante ao da cana, e por isso é muito palatável ao gado em geral. O segundo subtipo é o sorgo vassoura, que, como o próprio nome diz, suas panículas possuem o formato de vassoura e são utilizadas justamente para esse fim.

Sorgo na alimentação animal

Alguns cuidados devem ser tomados na utilização do sorgo para alimentação animal. Ele possui altos índices de taninos, que são eficientes para evitar doenças e afastar pássaros e insetos, no entanto, podem causar baixa digestibilidade e palatabilidade.

No caso do uso do sorgo forrageiro para pastejo ou para ser servido verde, um fator deve ser evidenciado: ele possui um elemento tóxico para o gado, o ácido cianídrico, que se associa à hemoglobina do sangue do animal, ocupando o lugar que seria o do oxigênio na célula, formando a cianohemoglobina. Quando isso acontece, a hemoglobina deixa de realizar sua função.

O ácido cianídrico está presente principalmente nos brotos, por isso recomenda-se que o pastejo ou corte só seja feito quando as plantas atingirem de 45 cm até 80 cm de altura. Este porte é atingido 45 dias após a semeadura, isto deve ser considerado tanto para o primeiro pastejo ou corte quanto para as rebrotas.

O sorgo é praticamente tão nutritivo quanto o milho, no entanto, possui a semente um pouco menor, o que pode dificultar o plantio se não houver os implementos adequados para isso. No caso do disco de plantio, por exemplo, deve haver um específico, além do quê, assim como o milho, o sorgo pode ser plantado tanto no sistema convencional quanto no plantio direto. 

Lembrando que, para cada finalidade de produção, há uma densidade populacional adequada – no caso do pastejo, a densidade populacional deve ser maior e, por isso, o custo com sementes pode ser 30% mais caro do que nos plantios destinados a silagem e grãos.

Cuidados na produção de silagem de sorgo

O ponto de partida para uma boa silagem de sorgo é a colheita no ponto certo. A ensilagem deve ser feita quando o sorgo está com um teor de matéria seca entre 30 e 35%. Se o material for colhido fora desse ponto, pode resultar em perdas muito grandes, pois não se aproveita o máximo de qualidade nutricional que o sorgo oferece. Outras perdas podem ocorrer posteriormente, pois há uma má fermentação do material vegetal no silo.

Para a colheita no ponto ideal, deve-se observar a panícula do sorgo. Coleta-se em torno de 10 panículas que representem o estádio vegetativo da maioria da cultura. Quando a metade superior estiver no ponto de grãos farináceos e a metade de baixo na fase de grãos pastosos, podemos dizer que o sorgo apresenta em média 30% de matéria seca. No caso da panícula apresentar-se inteira na fase de grãos farináceos, esta fase corresponde a cerca de 35% de matéria seca. Devemos lembrar que este é um método de caráter prático, de menor precisão. Se o produtor buscar um resultado mais preciso, deve proceder a coleta das plantas e enviar para um laboratório de análises.

Se a cultura for bem manejada, é possível conseguir uma produtividade de até 20 t de massa seca/ha e com excelente qualidade nutricional. Se for utilizado um híbrido com alto desempenho e a colheita for realizada no ponto correto, pode-se conseguir uma alta qualidade com valores de NDT (Nutrientes Digestíveis Totais) superiores a 65% e porcentagem de fibras menor que 55%, valores que indicam uma silagem de boa qualidade; assim, será possível oferecer maior quantidade de forragem para o rebanho e reduzir o gasto com concentrados.

Para a produção de silagem, deve fazer a colheita com ensiladeira para fragmentar a planta em partículas de 0,5 a 2,0 cm. Esse tamanho de fragmento deve ser seguido de forma rigorosa, pois influencia diretamente a boa qualidade da silagem. O tamanho dos fragmentos afetam desde o enchimento do silo, até o processo de digestão dos animais. Silagem com fragmentos pequenos facilitam a mistura com outros alimentos como concentrados, permitem melhor mastigação e digestão e diminuem as perdas na retirada do silo.

Em seguida, é realizada a compactação do material vegetal para criar as condições ideais para que os processos bioquímicos ocorram. Nesta fase, é preciso remover todo o ar presente no meio do material vegetal para que ocorra o processo de fermentação dentro do silo. Para isso, deve-se passar com o trator de forma seguida sobre o sorgo, para que fique bem compactado.

O próximo passo é fazer a vedação da silagem que deve ser feita logo em seguida da compactaçã,o para se obter os benefícios da remoção do ar. Para a vedação, em geral, se utiliza lona plástica preta e coloca-se terra para auxiliar.

Recomenda-se abrir o silo somente após 1 mês da vedação, que é quando se completa o processo fermentativo e a silagem está pronta para ser consumida pelos animais.

Vantagens do sorgo forrageiro  

Principais Tipos Sorgo

No geral, o sorgo forrageiro possui inúmeras vantagens que o tornam competitivo tanto como pasto como para silagem: ele possui limite de data de semeadura mais amplo do que o do milho - característica conferida pela sua rusticidade - que o torna mais resistente à seca e também a ataques de pássaros, plantas daninhas e doenças. Além disso, ele tolera solos de menor fertilidade e até os mal drenados (desde que não sejam alagados durante todo o ciclo).

Falando em fertilidade, o sorgo é muito eficiente na retirada de nutrientes do solo, e esse é um ponto positivo, mas é preciso lembrar que, se for feita a retirada total da matéria (tanto seca quanto verde) da área, também serão extraídos todos os nutrientes que estão na planta. Por isso, atente-se para não exaurir o solo, o que prejudicará a qualidade do mesmo e, consequentemente, da próxima cultura.

E então, você ainda tem alguma dúvida sobre os benefícios do uso do sorgo para alimentação animal? Escreva pra gente pelos comentários e até a próxima. 

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Thu, 09 Mar 2017 19:22:12 +0000
<![CDATA[Milho safrinha: como ter uma segunda safra de sucesso]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/milho-safrinha-como-ter-uma-segunda-safra-de-sucesso/ Que o milho safrinha representa uma ótima opção para os produtores, todo mundo sabe, mas quais os segredos para garantir os melhores resultados na colheita?

Pensando nisso, preparamos esse artigo com algumas dicas para você ter um milho safrinha de qualidade. Confira.

Os passos para definir o plantio de milho safrinha

Se você quer ter uma segunda safra de qualidade, é preciso contar com algumas cartas na manga - e a primeira delas é a antecipação. Para muitas pessoas, se antecipar nessa programação em conjunto com a safra é uma tarefa extremamente difícil, mas é isso que irá aumentar o potencial de sucesso do cultivo do milho safrinha.

Além disso, é preciso ficar de olho nos acontecimentos meteorológicos e observar se algum fenômeno pode prejudicar fortemente sua safrinha. Dessa forma, fica mais fácil planejar o plantio e estimar o tempo médio do ciclo, incluindo os processos de preparo do solo, semeadura e colheita do milho safrinha.

Adubação

Plantio Milho Safrinha

Outro fator que costuma gerar muita dúvida é a adubação. Há muita discussão sobre esse assunto, principalmente em relação à viabilidade econômica dessa prática. Apesar disso, há um consenso entre os produtores: somente por meio da análise de solo é possível ter acesso a informações das suas condições.

Feita a análise (antes da colheita da safra), as condições químicas do solo podem ser avaliadas com teor baixo, médio ou alto. Nesse momento, devem ser aplicados os elementos que apresentam média ou baixa disponibilidade no solo para que ele atinja um patamar.

Isso é extremamente importante porque a cultura do milho faz uma retirada de nutrientes do solo durante seu ciclo, que devem ser repostos, principalmente no caso da palhada também ser retirada da área.

Essa adubação de reposição pode ser feita no início da safrinha ou daquela que a precedeu, mas somente para nutrientes que são pouco móveis no solo.

Para uma adubação balanceada, é importante considerar a semente que está sendo plantada. Assim, também será sabido quanto de nutrientes será extraído por tonelada produzida.

No caso do milho, a calagem e a adubação fosfatada podem ser antecipadas na adubação de plantio da safra. Isso porque os elementos não possuem muita mobilidade no solo, então, soma-se o que será extraído pela safra e pela safrinha, além da adequação da saturação de bases, verificando sempre o status do solo a partir da análise.

Já o nitrogênio e o potássio, que são muito extraídos pelo milho, são perdidos mais facilmente no solo, devendo ser aplicados especificamente para a safrinha. O potássio pode ser aplicado no plantio, desde que não seja no sulco, pois pode provocar efeitos de salinidade se entrar em contato direto com a semente. O ideal é que o nitrogênio seja aplicado após a segunda folha completamente formada até o momento em que quarta folha ficar completa.

Para o restante dos macro e micronutrientes, deve-se sempre possuir como base a análise de solo e a expectativa de produtividade. Fazendo no tempo certo e com os insumos adequados, a safrinha é capaz de suprir a expectativas produtivas,o que justifica o crescimento da área plantada dos últimos anos.

Principais pragas do milho safrinha

As principais pragas que atacam a parte aérea do milho safrinha, em geral, são a lagarta-do-cartucho (Spodoptera fugiperda), a lagarta da espiga (Helicoverpa zea), o percevejo marrom (Euschistus heros) e o percevejo barriga-verde (D. furcatus). Os percevejos, em geral, permanecem nas áreas nas quais a soja foi a cultura antecedente ao milho safrinha, ou áreas vizinhas em que a soja tenha sido plantada tardiamente. O percevejo marrom é o mais abundante em áreas com temperaturas elevadas.

O percevejo barriga-verde é favorecido pela presença de plantas daninhas remanescentes na área após a colheita da soja, pois servem de abrigo para a praga. Uma recomendação é adicionar inseticida no momento da dessecação da soja. Desta forma controla-se os insetos presentes nas plantas daninhas antes da semeadura do milho safrinha.

Já as pragas de solo, destacam-se a larva alfinete (Diabrotica speciosa) e o percevejo castanho (Scaptocoris castanea). Estas pragas alimentam-se das raízes do milho, prejudicando o desenvolvimento geral da planta.

O controle de pragas tem sido feito de duas formas principais: uma por meio da tecnologia “Bt”, que consiste no uso de híbridos transgênicos que controlam a incidência de lagartas, quando estas se alimentam das partes da planta. Outra forma é por meio do uso de inseticidas piretroides, organofosforados e carbamatos, seguindo as dosagens recomendadas pelo fabricante. Deve ser feito monitoramento constante das pragas na área, para evitar grandes infestações. De maneira geral, são necessárias de 1 a 4 aplicações de inseticidas durante o ciclo do milho safrinha. O número de aplicações vai variar em função da época de semeadura, híbrido utilizado, estádio de desenvolvimento da cultura e nível de infestação de pragas.

Principais doenças do milho safrinha

Milho SafrinhaAs doenças mais comuns na cultura do milho safrinha são a ferrugem polissora (Puccinia polysora), a cercosporiose (Cercospora zea-maydis), a helmintosporiose (Exserohilum turcicum e Bipolaris maydis), a mancha branca ou mancha de Phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis) e as podridões do colo e da espiga (Stenocarpella macrospora). Muitas dessas doenças podem ser evitadas pela escolha de um híbrido resistente adequado a região de cultivo e condições de clima e solo da região.

A presença de doenças tem sido cada vez maior na cultura do milho safrinha devido a alguns fatores: falta de rotação de culturas, ausência de manejo integrado, utilização de híbridos com susceptibilidade a maioria das doenças e pouco utilização de fungicidas por parte dos produtores.

No que ser refere ao controle de doenças, são empregados fungicidas de ação sistêmica como estrobilurinas e triazóis, de acordo com as doses recomendadas pelo fabricante. A aplicação geralmente é feita via foliar no estádio de pré-pendoamento da cultura.

O papel da colheita nos resultados do milho safrinha

Um momento decisivo é a colheita. Por se tratar de uma safra apertada, quando se considera a disponibilidade de chuvas, o tempo é primordial. Outro fator que ajuda na economia de tempo é o plantio direto ou o cultivo mínimo, já que alguns processos de preparo de solo são eliminados.

Além disso, pode-se inclusive, fazer a colheita da safra e a semeadura da safrinha concomitantemente. Tudo isso depende da disponibilidade de equipamentos, gestão e tecnologia da propriedade.

E então, ficou com alguma dúvida? Escreva pra gente pelos comentários e até a próxima!

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Wed, 22 Feb 2017 03:00:00 +0000
<![CDATA[Você sabe o que é Milho Safrinha?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-milho-safrinha/ Mapa Milho Safrinha

O milho safrinha possui esse nome por ser plantado após a colheita da safra, entre janeiro e abril. Ele geralmente não é irrigado, por isso chamamos de um cultivo de sequeiro, desta forma, quanto mais cedo o milho safrinha é plantado, maior o volume de chuvas e menor o tempo de seca durante o ciclo. Esta seria a melhor definição de safrinha. Quer saber mais sobre esse tipo de cultivo? Acompanhe. 

Onde plantar o milho safrinha? 

Não é possível realizar esse tipo de cultivo em todo o Brasil, e o mapa ao lado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra onde são as áreas passíveis de safrinha.

O milho safrinha é, hoje, chamado de segunda safra devido aos níveis de produtividade. Como exemplo disso, na segunda safra de 2016, a Conab informou que a área plantada aumentou 10,3% em relação a 2015. 

No Centro-Oeste e Sudeste, por exemplo, onde a época de semeadura da primeira safra varia de outubro a novembro (e é muito comum que seja feita após a colheita da cultura da soja), entre os meses de janeiro a março a cultura do milho safrinha já deve ter sido semeada, sendo esta a época de plantio normal desta modalidade de cultivo. 

É por isso que o plantio direto ou cultivo mínimo favorece a velocidade da safrinha, tendo em vista que, para o plantio convencional, há a necessidade de operações prévias, o que pode atrasá-lo.

Qual milho plantar na safrinha?

Nos últimos anos, as empresas produtoras de sementes tem feito grandes investimentos em novas cultivares de milho. No geral, as mesas têm optado pelo uso de híbrido simples para a safrinha - que são mais exigentes em condições para expressar todo seu potencial produtivo, apesar da safrinha ser uma época menos favorável para a produção de um híbrido menos rústico.

Quando falamos de cultivares, não existe uma diferença específica entre os destinados a safra de verão e a safrinha. O que vai influenciar na escolha é o ciclo da cultivar, pois dependendo da época do plantio, este afetará significativamente a produção do milho safrinha. Outras características que deve-se ter em mente na escolha da cultivar são: boa estabilidade de produção, resistência às principais doenças de ocorrência na região, alta tolerância das plantas ao acamamento e quebramento, boa formação de palha e baixo índice de grãos ardidos.

A prática tem mostrado, nos últimos anos, que as cultivares de ciclo precoce e ciclo normal apresentam melhores resultados de produção do que as cultivares superprecoces. No entanto, as mesmas ainda devem ser recomendadas para áreas onde possa ocorrer a possibilidade de geadas em final de ciclo produtivo, como na fase de enchimento de grãos. Além disso, este tipo de cultivar é fundamental quando se considera o escalonamento de plantio, dentro da propriedade, para diminuir riscos na produção.

Outro fator importante a ser considerado na escolha das sementes é a resistência às principais doenças de ocorrência na região que será plantada; com o aumento de incidência nos últimos anos, o uso de fungicidas pode não compensar o ganho em produtividade.

Dicas de manejo do solo para o cultivo do milho safrinha

É muito comum em áreas de produção agrícola intensiva, como é o caso da agricultura irrigada e a sucessão de cultura, que  se enquadre perfeitamente o cultivo do milho safrinha e que o solo seja trabalhado de forma intensiva, o que leva a uma degradação mais rápida, caracterizado pelo aumento da compactação, ocorrência de erosão e, consequente, redução de produtividade.

Desta forma, o plantio direto representa a melhor forma de prática conservacionista para a produção do milho safrinha. É um sistema que oferece maior rapidez, pois reduz o número de operações, ainda mais quando consideramos o plantio da safrinha simultaneamente a colheita da safra de verão. Isto permite um plantio o mais cedo possível, obtendo-se o benefício de maior disponibilidade de chuvas ao longo do ciclo produtivo e maior infiltração da água e redução da evaporação pela palhada acumulada na superfície do solo.

Como se planejar para o plantio de milho safrinha? 

O ponto-chave do milho safrinha é o planejamento, principalmente o "quando plantar", pois é sabido que, ao final do seu ciclo, as chuvas já terão passado e a produtividade será afetada pela limitação da temperatura e radiação luminosa. Por isso, pensar em cultivares de primeira safra precoces para favorecer a safrinha é um ponto a ser levado em consideração.

Além disso, o preço do milho e seus derivados é um fator que vai auxiliar na decisão, pois se o valor do milho estiver muito baixo, talvez seja melhor um cultivar mais produtivo, o que pode significar que ele seja um pouco mais tardio. Ficar atento às condições climáticas também pode te dar um bom embasamento e facilitar na hora de tomar decisões.

Como exemplo de como a interação entre a safra e safrinha é importante, a tabela abaixo vem exemplificar a variação do ciclo de produção do milho verde conforme a época de semeadura e a classificação do cultivar. O ciclo do milho safrinha em dias, assim como do milho safra, varia principalmente com a finalidade da produção, classificação do cultivar e época de semeadura:

Epoca Plantio Milho Safrinha

O cultivo de segunda safra tem se mostrado muito vantajoso pelos seguintes motivos:

  • Melhor preço de venda da produção: isso acontece porque a comercialização da produção do milho safrinha é feita na entressafra, quando a demanda é alta e a oferta pequena, tendo em vista que a produção da primeira safra já foi, em sua maioria, vendida. A demanda provoca elevação no preço do milho, tornando-o mais lucrativo para quem produz safrinha, tanto para venda como para uso próprio.
  • Baixa de preço dos insumos: como a safrinha é extratemporal, o preço dos insumos (fertilizantes, defensivos agrícolas e etc.) também está em baixa, pois não é a época comum de procura.
  • Baixo investimento: como o investimento na primeira safra costuma ser maior, principalmente em adubação, muitas vezes, o milho safrinha pode se aproveitar da adubação da primeira safra, dispensando, ou pelo menos reduzindo a necessidade de uma nova.
  • Proteção do solo: após a colheita da safrinha (plantio direto) o solo fica protegido durante o inverno, o que, do ponto de vista da sua conservação, é muitíssimo importante.
  • Rusticidade da cultivar: para ser uma cultivar de milho apta à safrinha, é necessário que ela seja mais rústica, desde o ponto de vista de suportar o estresse hídrico que pode ocorrer ao final da safrinha, à concorrência com plantas daninhas e resistência a doenças. Isso faz com que não seja necessário investir tanto em entradas na área para aplicações, que aumentaria o custo de produção. Desta forma, o milho de segunda safra se mostra mais lucrativo pelo baixo custo de produção.

Por isso, na hora da safrinha, a cultivar ideal fará toda a diferença. E você, ficou com alguma dúvida? É só escrever pra gente pelos comentários, combinado? Até a próxima. 

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Thu, 16 Feb 2017 12:53:13 +0000
<![CDATA[Panicum maximum BRS Zuri, o banquete verde!]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/panicum-maximum-brs-zuri/ capim brs zuriEm 2014, a Embrapa lançou a gramínea Panicum Maximum cv. BRS Zuri com o objetivo de oferecer uma nova alternativa a diversificação de pastagens principalmente para os criadores da região do Cerrado e Amazônia. Há tempos os pecuaristas do Brasil demandam por soluções de alta performance adaptadas às diferentes situações que encontramos em nosso país, e tendo isto em foco, a Embrapa vem atendendo a esta carência por materiais diferenciados, lançando com certa frequência novas opções de forrageiras, como por exemplo o BRS Zuri.

Nesse sentido, este material foi desenvolvido com o intuito de enriquecer ainda mais a carteira de possibilidades de forrageiras que a Embrapa vem construindo de forma rápida, vislumbrando otimizar ainda mais a produção nacional.

A fim de compreender melhor o valor real deste material, é imprescindível citar algumas de suas particularidades. Com relação a sua morfologia, a BRS Zuri é uma cultivar cespitosa, com folhas largas e coloração verde escura. Adapta-se com facilidade aos solos de média e alta fertilidade - este é um dado bem interessante, pois comparado ao cultivar Tanzânia, cultivar considerado de alta exigência em fertilidade do solo, mesmo com menores investimentos em adubação ou implantação em áreas de fertilidade média, ainda assim o BRS Zuri tem um potencial produtivo em termos de massa (ton/ha), superior em 12% quanto comparado a mesma. Apresenta ainda certa tolerância o encharcamento, no entanto, vale ressaltar que essa forrageira obtém melhor êxito em solos drenados.

Soma-se às vantagens já comentadas, o teor protéico (15%) e produção de massa (21,8 ton MS/ha/ano) da cultivar BRS Zuri, que merece destaque principalmente quando a comparamos com cultivares de média exigência em fertilidade de solo, como o BRS Piatã e o próprio Marandu (Brachiarão), os quais apresentam potencial proteico (PB) 20% menor e produção de massa 50% inferior, o que em um ano como este de quebra de safra acentuada, tendo como consequência preços altos nunca antes vistos, define claramente qual a melhor opção de capim para determinadas situações.

A resistência às pragas é mais um fator que torna o Panicum Maximum cv. BRS Zuri , uma opção de pastagem para criadores de ponta, visto sua tolerância às cigarrinhas-das-pastagens e, principalmente, ao Bipolaris Maydis - doença fúngica que acomete o Panicum maximum cv. Tanzânia de forma bastante agressiva, mais um fator que potencializa a substituição em médio prazo deste cultivar pelo BRS Zuri.

Assim sendo, com todos esses diferenciais, fica evidente que o BRS Zuri já vem gerando um impacto bastante positivo na pecuária de corte e de leite no Brasil. Diante de tudo o que foi abordado nos parágrafos anteriores, podemos assegurar que o Panicum Maximum BRS Zuri é uma forragem essencial para o aprimoramento da pecuária de corte, pecuária de leite, ovinocaprinocultura e criação de equinos e muares.

Em relação aos sistemas de produção, a BRS Zuri pode ser utilizada para pastejo direto, silagem e fenação; finalizando, optando-se por inserir este cultivar em sua propriedade, com certeza, desde que atendida as exigências da mesma, certamente os resultados almejados serão alcançados.

Portanto, se quer formar certo, do jeito certo e começando certo, invista em boas sementes e consulte sempre um engenheiro agrônomo!

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Wed, 16 Nov 2016 18:31:59 +0000
<![CDATA[Capim Massai, por qual pastagem substituí-lo em tempos de preços altos?]]> https://galpaocentrooeste.com.br/blog/brs-tamani-alternativa-ao-massai/ Alternativa ao Capim MassaiSe você está procurando uma alternativa ao capim Massai e não sabe qual a melhor opção, o cultivar BRS Tamani pode ser a escolha certa. A palavra “tamani”, da língua africana falada no Quênia, significa “precioso”. Algumas características da forragem fazem jus ao nome.

O BRS Tamani é o primeiro híbrido da espécie Panicum maximum criado pela Embrapa. O processo de desenvolvimento da forragem foi meticuloso e durou uma década. Após ser avaliado em algumas unidades da Embrapa em mais de cinco estados, a forragem já foi devidamente reconhecida e registrada no Ministério da Agricultura, já estando disponível para comercialização.

Ela foi apresentada pela primeira vez no ano passado (2015), durante a feira Dinâmica Agropecuária (Dinapec), em Campo Grande. A forragem foi escolhida por causa de características como o porte baixo, a grande produção de folhas de alto valor nutritivo (com elevado teor de proteína bruta e digestibilidade) e resistência a pragas e doenças. Foi provado que a planta tem alta resistência às cigarrinhas das pastagens, no mesmo nível das cultivares Massai e Tanzânia. A beleza também é uma de suas virtudes.

Em condições de baixas temperaturas, é mais resistente do que o capim Massai, o que o torna superior neste quesito. A qualidade do Panicum maximum BRS Tamani faz com que seja comumente indicado também para a atividade de engorda, principalmente no cerrado. Para quem quer diversificar a pastagem nesse bioma, a cultivar é a escolha certa. Além do cerrado, a forragem foi avaliada também na Mata Atlântica e na Amazônia, destacando-se por sua qualidade.

Apesar das semelhanças do capim BRS Tamani com o capim Massai (fácil manejo, porte baixo e certa rusticidade), o novo capim tem maior valor nutritivo e melhor perfilhamento, ou seja, suas folhas possibilitam uma melhor cobertura do solo. A Embrapa recomenda o BRS Tamani para solos de média a alta fertilidade, ou após o cultivo de lavouras anuais em solos de baixa a média fertilidade.

Com relação à sua produtividade, segundo dados de pesquisa da Embrapa, o capim BRS Tamani produziu um volume de 15 toneladas de MS (Matéria seca foliar) por hectare ao ano, destacando-se por apresentar 90% de folhas e alto valor nutritivo, com destaque ao teor proteico, 9% mais elevado do que o cultivar Tanzânia, mostrando-se ainda mais digestível que o mesmo no período das águas (em torno de 3% superior, quanto ao aproveitamento).

Com relação ao capim Massai, o BRS Tamani tem sido mais vantajoso também com relação ao preço: as sementes do Massai atingiram valores de comercialização relativamente altos nesta safra devido a “quebra” de produção ocasionada por adversidades climáticas.

Quem planeja plantar o BRS Tamani em sua propriedade, segundo especialistas, precisa observar que a forragem deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado, com períodos de descanso iguais ou menores que 28 dias. É preciso também monitorar o solo e os adubos com ajuda de um Engenheiro agrônomo para garantir a produtividade. Normalmente é indicada a aplicação de cálcio, magnésio e fósforo na pastagem. A adubação está relacionada ao nível de produção desejada de carne ou de leite. Para atingir altas produtividades é necessário maior aporte de nutrientes e um acompanhamento mais frequente. Fique atento ao que o seu Engenheiro agrônomo diz e aproveite o que o capim BRS Tamani pode oferecer de melhor.

Trabalhamos com as sementes originais do capim BRS Tamani, com os melhores preços do mercado. Faça o seu pedido! Em caso de dúvidas, fique à vontade e envie uma mensagem para atendimento@galpaocentrooeste.com.br ou ligue para (61) 9 8225 3031.

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Thu, 10 Nov 2016 18:02:12 +0000