Capim Massai, opção de pastagem ou não para a tropa?

19/05/2017 12:03

De uns tempos para cá, está sendo cada vez mais comum alguns questionamentos por parte de nossos clientes quanto ao uso ou não do capim massai para a tropa, cuja preocupação principal resulta do relato de alguns casos de morte de equinos, principalmente na região norte do país. 

Por conta disto elaboramos este informativo, de forma bastante objetiva, que esclare o assunto.

Características do Capim Massai

Bem, o capim massai é um híbrido espontâneo, oriundo do cruzamento das espécies Panicum maximum e Panicum infestum, o qual foi estudado e desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte em Campo Grande-MS.

O capim massai suporta, por mais tempo, condições de baixa fertilidade de solo (baixos níveis de fósforo); é também tolerante a níveis acentuados de alumínio e apresenta resistência às cigarrinhas das pastagens Notozulia entreriana e Deois flavopicta.

Sua estrutura radicular diferenciada, bastante profunda e bem adaptada a condições adversas, o consolida como panicum maximum mais rústico até então disponível, sendo recomendado para bovinos, ovinos e equinos; porém, principalmente para equinos, alguns cuidados relacionados ao manejo, que serão discutidos mais a frente, devem ser tomados.

O capim massai é recomendado ainda para todas as regiões do país, com restrições somente a áreas sujeitas a geadas, embora tenha uma tolerância ao frio razoável, e áreas sujeitas a alagamentos.

O cultivar massai foi desenvolvido pensando-se em produção de folha, em detrimento da redução da quantidade de talos, estrutura predominante principalmente nos cultivares Mombaça e Tanzânia, da mesma espécie do Massai, porém com características bem diferentes.

Capim Massai para Equinos

Cavalo ColicaSabendo-se que a parte mais nobre dos capins são justamente suas folhas, e que o consumo animal portanto deve ser direcionado para o maior consumo delas, em detrimento do consumo de talos, resta-nos afirmar que o capim massai também pode ser fornecido aos equinos, porém de uma forma que não traga riscos aos animais, dependendo portanto, especificamente, do manejo da área.

Uma área mal manejada e com excesso de talos, essa sim traz sérios problemas aos cavalos, podendo inclusive causar sua morte por constipação do sistema digestivo.

Segundo o Professor Claudio Haddad, da Esalq-USP, em conteúdo publicado no canal Giro do Boi, o importante é não permitir a produção de talos em área de capim massai. Em resumo, onde se tem cavalo, não deve haver talos... 

Mas como se evitar isto?

Por meio de ações bem simples, como o piqueteamento da área e o uso da roçadeira quando for necessário!

Este piqueteamento deve ser feito considerando piquetes menores e de forma que haja sempre o pastejo em cima de folhas; ou seja, o manejo deve ser feito considerando-se isto. Em situações de excesso de massa devido ao crescimento rápido do Massai, utiliza-se a roçadeira, induzindo assim a produção de folhas novas, folhas estas de alto valor nutritivo e sem efeito negativo nenhum aos animais, pelo contrário, o capim massai, se bem manejado, é uma das melhores opções de pastagem também para equinos.

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