5 dicas para formar a sua pastagem com menos riscos!
A pecuária é uma atividade que tem como característica marcante a produção de animais a pasto. Por isso, é dependente da produção de pastagens de boa qualidade e em quantidade suficiente para atender as necessidades do rebanho. Para a formação de pastagens, alguns fatores devem ser levados em consideração para que sejam minimizados os riscos de implantação. Vejamos 5 fatores que influenciam diretamente o sucesso da formação de uma pastagem:
1 - Escolha da forrageira
Parece algo muito simples, porém tem grande impacto no sucesso da formação da pastagem. Alguns fatores devem ser levados em consideração na escolha da forrageira:
- a capacidade de produção;
- sua adaptação às condições de clima e solo da região (condições edafoclimáticas);
- sistema de manejo (extensivo, intensivo, banco de proteína);
- resistência às principais pragas e doenças da região;
- qualidade nutritiva.
Para tanto, o recomendado é que se faça um bom levantamento de todas as características da região que se pretende formar a pastagem. Algumas perguntas devem ser respondidas como: qual o volume de chuvas do local; quais as principais pragas encontradas; qual o tipo de solo; quais as principais plantas daninhas; qual é a temperatura média; ocorrem geadas? Todas as respostas a estas questões vão auxiliar na escolha da melhor forrageira para cada caso. Confira nossa carteira de sementes de capim!
2 - Preparo do solo
No preparo do solo, recomenda-se fazer a aplicação de metade da dose de calcário calculada e em seguida fazer uma aração ou gradagem pesada para incorporar o corretivo nas camadas mais profundas do solo. Na sequência, realiza-se a aplicação do restante do calcário e gradagem leve para eliminar todos os torrões e incorporar o calcário na camada mais superficial do solo.
Esta preparação do solo é muito importante sob 2 aspectos principais: o primeiro é que o calcário melhora o pH do solo e fornece nutrientes que são essenciais para o crescimento adequado das plantas. O segundo é que a eliminação dos torrões permite um melhor contato da semente com o solo, eliminando bolhas de ar que podem prejudicar a germinação.
3 - Época de semeadura
Em geral, as forrageiras podem ser semeadas desde o início da época das chuvas, em outubro/novembro, até o final do período em março/abril. Porém, é mais vantajoso que o plantio de capim seja feito no início das águas. A umidade no solo é um fator crítico para o bom estabelecimento da pastagem. As sementes só conseguem germinar, e dar início ao desenvolvimento da planta, se encontrarem uma quantidade de água adequada que garanta o crescimento.
A recomendação é de que o preparo do solo deva ser realizado no final do período da seca, em geral no mês de agosto/setembro. Desta forma, garante-se que as sementes, e posteriormente as plantas, tenham um suprimento adequado de água para seu desenvolvimento.
As gramíneas têm uma faixa de época de semeadura mais ampla, enquanto que as leguminosas não podem ser semeadas tardiamente, pois demandam mais água na fase inicial, devido ao seu crescimento mais lento.
4 - Profundidade de semeadura e taxa de semeadura
Como regra geral, as sementes de capim devem ser plantadas nas camadas superficiais do solo e as profundidades podem variar de 0,5 cm a 3,0 cm, conforme o caso. As sementes de forrageiras são normalmente pequenas e uma vez que germinam, não podem ter impedimento para sair do solo. O plantio de pastagens em profundidade excessiva pode resultar em redução do estande de plantas, ou seja, o número total de plantas na área. É muito comum que o plantio de sementes de capim seja feita por semeadura a lanço, deixando-as expostas na superfície do solo. Por isso, é fundamental que seja feita uma gradagem leve com os discos abertos para que as sementes sejam enterradas e assim permita o contato com a umidade do solo e proteja a semente da radiação solar direta.
A taxa de semeadura deve ser igualmente levada em consideração para o sucesso da implantação da pastagem. Ela indica a quantidade de sementes que deve ser semeada por hectare e é determinada em função do Valor Cultural (VC); no caso de sementes convencionais ou, da quantidade de sementes por grama, no caso de sementes revestidas (peletizadas, incrustadas, etc.). O VC é a relação entre o poder de germinação e a pureza das sementes. Uma semente com maior VC tem mais chances de resultar em uma pastagem bem formada; no entanto, apresenta um preço maior no mercado. Sempre deve ser levado em conta a relação do preço da semente e do seu VC para aquisição da mesma.
5 – Pastejo inicial
O primeiro pastejo é uma etapa essencial, pois é ele que vai reduzir a competição inicial entre as plantas, ajudar a uniformizar a área e propiciar uma cobertura do solo mais rápida. Deve-se atentar para que o primeiro pastejo seja feito de 40 a 75 dias após a emergência das plantas; em geral, quando a forrageira apresenta uma altura de 70% da indicada para manejo da pastagem. É indicado entrar com animais leves para evitar uma compactação inicial que comprometa o bom desenvolvimento das plantas e evitar o arranquio excessivo, uma vez que as raízes ainda estão em desenvolvimento.
Portanto, é fundamental seguir as 5 recomendações para se obter uma pastagem adequada, minimizando possíveis riscos. Ficou com alguma dúvida? Nos escreva pelos comentários e até a próxima!