Feijão Guandu: Opção para recuperação de pastagens
O feijão guandu (Cajanus cajan) é uma leguminosa arbustiva e tem grande importância para os produtores que a cultivam. Originária da Ásia Tropical, foi trazida para o Brasil durante o período da escravidão.
Essa leguminosa está presente em diversas partes do país, como Minas Gerais, Bahia, Goiás e Piauí, graças ao seu fácil manejo, implantação e à alta adaptabilidade. Sendo uma importante fonte de proteína, destacando-se tanto na alimentação humana quanto na alimentação animal quando pensasse em forragem para engorda e visando a maior produção de leite, além de sua importante função como adubo verde.
Como adubo verde, o feijão guandu é aproveitado graças aos resíduos que os animais não consomem. Ele é roçado e colocado sobre a superfície das pastagens disponibilizando mais de 200 kg/ha de nitrogênio (N) ao solo e consequentemente à pastagem ali instalada, que em consórcio com o feijão guandu tem seu teor proteico aumentado. Além disso, o próprio feijão guandu é uma forragem que apresenta alto teor proteico e boa palatabilidade, o que corrobora também para uma melhor nutrição animal.
PARA PASTO DEGRADADO
Um dos problemas enfrentados pela pecuária brasileira é a degradação de pastagens, comprometendo a sustentabilidade dos sistemas pastoris, com graves prejuízos econômicos, ambientais e sociais, e é aqui que o feijão guandu entra em ação para ajudar na recuperação destas áreas.
Para realizar a recuperação de uma pastagem degradada com o feijão guandu, sendo usado como adubo verde, o produtor precisa realizar uma análise do solo e verificar a necessidade de correção coletando uma amostra do solo com uma sonda. Após a verificação, é preciso corrigir o solo com calcário (calagem) para que se atinja 70% de saturação de bases entre os meses de maio e agosto.
Já no período das águas, é realizada a roçada deixando a pastagem com 10 cm de altura. Após isso, é chegada a hora de semear o guandu através do sistema de plantio direto feito com adubação de correção recomendada com base na análise de solo, o que dispensa a adubação nitrogenada, já que o guandu tem a capacidade de fixar o nitrogênio da atmosfera no solo.
E a semeadura tem que acontecer no início da estação chuvosa até a primeira quinzena de janeiro, sendo realizada com espaço entre 40 cm e 1 metro, ou seja, com aproximadamente 10 plantas por metro linear e com profundidade de 2 a 5 cm.
Depois de 65 a 80 dias, a pastagem pode ser usada para o primeiro pastejo. Assim, os animais são colocados na área de pastejo, mas só se alimentarão na época seca, quando acontece o florescimento e formação dos frutos. Utilizando apenas suplemento mineral, já que a leguminosa apresenta de 18% a 20% de proteína bruta.
E depois de um ano que o feijão guandu foi plantado, tem que ser roçado e o material restante ficará sobre a superfície, funcionando como adubo verde. Ou seja, o feijão guandu pode ser utilizado para substituir ao menos em parte os fertilizantes em áreas de pasto degradadas, trazendo um ótimo resultado!
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