A importância da adubação fosfatada na formação das pastagens
Os solos brasileiros são considerados de forma geral ácidos e mostram-se, geralmente, com baixa disponibilidade do elemento fósforo (P), um macronutriente essencial também para as forrageiras. A falta deste nutriente ocasiona a limitação quanto a plena formação da pastagem, já que sem ele a pastagem está sujeita a degradação mais acelerada, tem sua capacidade suporte (lotação) limitada, ocasionando a necessidade de renovação em um espaço curto de tempo.
Por este e outros motivos, realiza-se a adubação fosfatada, a qual deve ser quantificada com base em análise prévia do solo, utilizando-se fertilizantes ricos em fósforo que por consequência interferem na qualidade da formação, na qualidade da forragem e na produtividade do rebanho, ou seja, é um elemento fundamental para a formação de pastagens.
Se a adubação fosfatada ainda for associada a sistemas de plantio direto, de rotação de culturas e de integração lavoura pecuária floresta (ILPF), ela promove ainda maiores ganhos em eficiência, contribuindo ainda para a sustentabilidade agropecuária. O elemento fósforo estimula o crescimento vigoroso das raízes, o que favorece na busca de água e de outros elementos essenciais que se encontram em profundidade no solo.
A adubação fosfatada portanto, sendo feita da forma correta, é extremamente benéfica não só pelo fornecimento do elemento fósforo, o qual, conforme o fertilizante utilizado, pode ser disponibilizado para a pastagem em sua totalidade, como também de forma parcial, ficando parte na solução do solo para liberação gradual, mas também por estruturar a planta no que se refere ao melhor desenvolvimento das raízes tornando a pastagem mais resistente a seca e com maior poder em extrair outros elementos do solo que a beneficiam de uma forma geral.
E quais as formas possíveis de aplicação? Existem duas maneiras de realizar a aplicação: uma diretamente no sulco de plantio, e a outra a lanço que é feita geralmente após a correção do solo.
No sulco as plantas apresentam um desenvolvimento radicular menor se comparado com a aplicação a lanço, justamente pela concentração do fósforo no sulco de plantio. o que terá como consequência uma resistência menor da pastagem a situações de déficit hídrico, já que a raiz se desenvolverá na região da linha de semeadura. este método tem como vantagem a redução no número de operações para formação da área já que é feita junto com a semeadura.
A lanço o adubo fosfatado é incorporado na camada de 0 a 20 cm do solo, o que ajuda no desenvolvimento radicular da pastagem, tornando-a mais eficiente no que se refere a absorção de água e nutrientes. ou seja, com este método acontece uma uniformização na concentração de raízes graças às operações de preparo de solo como a aração, gradagem e nivelamento.
Antes, é claro, da aplicação do fertilizante fosfatado, o produtor deve definir qual o mais adequado a sua necessidade, isto com base em análise de solo e orientação técnica adequada. Dentre os mais diversos tipos, há o superfosfato simples, o superfosfato triplo, MAP, DAP, FH Pastagem Formação, dentre outros; que podem inclusive serem aplicados juntamente com as sementes resultando em economia, já que os procedimentos de adubação de plantio e semeadura tornam-se um só.
Definindo e adquirindo o fertilizante mais adequado, é chegada a hora da aplicação, a qual deve ser feita antes da semeadura ou de forma conjunta, como já dito, e não posteriormente, pois dessa forma há prejuízos tanto no que se refere a um melhor aproveitamento do fertilizante quanto no que se refere ao desenvolvimento das plântulas, pois logo que emergem e desenvolvem sua radícula (primórdio das raízes), elas exigem uma quantidade maior de nutrientes, porque o sistema radicular está explorando um volume menor de solo, e se faltam nutrientes, consequentemente a pastagem pode ficar falhada, mal formada ou atrasar bastante a formação como um todo.
Com um pasto bem formado, evita-se a degradação do solo e há ganho expressivo na produtividade. Recomenda-se avaliar de dois em dois anos, através de nova análise de solo, a necessidade de uma nova adubação fosfatada, a qual, havendo necessidade, deve ser sempre realizada no início das chuvas.
Conclui-se que a adubação fosfatada potencializa o sucesso na formação da pastagem, e que o acompanhamento dos teores deste elemento no solo é fundamental para a maior durabilidade do investimento realizado na área.
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